A utilização das tecnologias de informação e comunicação na educação
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Letras
Esta recente realidade de acesso não é igualitária. As regiões Sul e Sudeste ainda permanecem como mais conectadas e o Norte e Nordeste, têm os mais intensos aumentos de conexão, mas ainda ficam atrás no ranking de acesso à rede. Além disso, quanto maior o poder aquisitivo do sujeito, mais acesso a uma boa estrutura de conexão existe, uma vez que a internet no Brasil, segundo pesquisa realizada pela fundação Getúlio Vargas, é a segunda mais cara do mundo. A intensidade de acesso à internet dos últimos anos, seja por meio do computador ou, de forma mais recente, por meio do celular, transformou as relações sociais. Na escola, a relação entre professores e alunos não está isenta de sofrer os impactos de uma sociedade mais conectada, seja por excesso de conexão ou por falta dela, uma vez que, no Brasil, a desigualdade de acesso também se dá na escola.
Segundo Pirozzi (2013), os alunos são nativos digitais e os professores migrantes digitais. Os nativos são a “nova geração” que já nasceram num ambiente cercado de tecnologia, podendo ser compreendida como uma geração que nasceu “apertando botões e clicando”. Já os chamados imigrantes digitais são compostos por pessoas que não nasceram na era digital, mas precisam incorporar as novas tecnologias e fazer uso delas em seu dia-a-dia. PIROZZI, 2013, p. Isto posto, como garantir um efetivo processo de ensino-aprendizagem? Como lidar com o fato de que os alunos têm acesso à inúmeros conteúdos, por meio da mídia, que extrapolam o espaço da escola? Estes conteúdos podem transformar a prática educativa? Como fazer uso da tecnologia para que ela seja uma aliada da escola e do professor e não o contrário? Imigrantes digitais: a dificuldade docente em incorporar a tecnologia Uma rápida pesquisa em grupos de professores da rede pública formados via Facebook de diversas regiões do país apontou uma preocupação crescente com o uso, por exemplo, de celular no espaço da escola.
Segundo Pirozzi é comum que os professores se deparem com dificuldade de diferenciar tecnologia de informática, associando tecnologia com computadores, tablets, celulares, distanciando-a de nosso cotidiano: O que acontece frequentemente no ramo educacional é a confusão entre tecnologia e informática. O professor, em grande parte das vezes, associa o uso da tecnologia como atrelado ao mundo da informática e as questões digitais, esquecendo, ou melhor, não distinguindo que todo instrumento a serviço da melhoria da qualidade dos serviços e do aprimoramento da ação humana é considerado uma tecnologia. PIROZZI, 2013, p. Imaginemos a seguinte situação de ensino-aprendizagem: A professora do colégio X prepara suas aulas com base nos recursos disponíveis, quadro negro, giz, cartazes etc. Sua didática está voltada às aulas tradicionais, onde ela explana os conteúdos trabalhados.
Professora: “quatro vezes dois: oito” Alunos: “quatro vezes dois: oito”. Esta situação aponta, claramente, para a dificuldade docente em fazer uso das tecnologias da comunicação e informação no contexto da sala de aula. A professora se utilizou da tecnologia em questão para expor o conteúdo ministrado da mesma maneira que o faria por meio das tecnologias tradicionais como giz e lousa. Não compreendeu que se utilizar do acesso à internet expande a possibilidade de acesso a informações que não constam nos livros didáticos tradicionais da escola. Exemplos de uso mais complexo da internet, no caso acima, seriam: levar os alunos até a sala de informática e realizar uma pesquisa sobre os principais matemáticos da história da humanidade; elaborar slides acerca da história da matemática e passar para os alunos antes da aplicação do conteúdo tradicional; buscar documentários e vídeos que mostrem os principais feitos da matemática no desenrolar de seu desenvolvimento.
Cabe ao docente ter conhecimento não só da tecnologia, mas estar informado a respeito de sua nova atuação no espaço escolar: A função do professor não pode ser mais uma difusão de conhecimentos, que agora é feito de forma mais eficaz por outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem e o pensamento. O professor torna-se um animador da inteligência coletiva, dos grupos que estão ao seu encargo. Sua atividade estará centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens, o incitamento a troca de saberes, à mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem. LEVY, 1999, p. Os aspectos positivos dos jogos de computador são: a necessidade de concentração e atenção, o desenvolvimento da capacidade indutiva, espacial e visual, e o tratamento paralelo de informações dadas [.
Os programas de computador indicados são aqueles que visam estimular o raciocínio e motivar a criança para querer aprender. Nesses contextos educacionais, para a interação entre o saber científico e o jogo, é necessário que na execução da brincadeira o professor envolva o trabalho com conhecimentos ou que selecione o jogo mais adequado ao componente curricular. Com a utilização dos jogos o professor pode propiciar aos alunos a vivência em equipe, desenvolver a criatividade e a imaginação, além de proporcionar oportunidades de autoconhecimento, de descobertas de potencialidades, promover a formação da autoestima e a prática de exercícios de relacionamento social. Mas, para isso ocorrer, deve estar convencido de que o jogo é um instrumento cognitiva e afetivamente significativo e que pode trazer enriquecimento das atividades pedagógicas.
Ele também é produtor de conteúdo, na medida em que, possuindo as ferramentas disponíveis, pode gravar vídeos, elaborar textos e distribuir seu próprio material. Nesse sentido, a escola precisa estar atenta para essa nova possibilidade de acesso e elaboração de informação, uma vez que o aluno passivo, que somente recebe informações por meio da figura do professor não é mais uma realidade com o advento da tecnologia e da internet 2. Um terceiro e último exemplo de utilização das ferramentas da tecnologia que auxiliam na transmissão de conhecimento no espaço escolar é a rede social. Trata-se de uma dinâmica que pode ser absorvida pela escola no sentido de facilitar a troca entre professores e alunos. As redes sociais na Web emergem das práticas de interação orientadas para a partilha e formação de grupos de interesse que estão na origem das narrativas digitais da Sociedade do Conhecimento.
Referências Bibliográficas BELLUZZO, Regina Celia Baptista; FERES, Gloria Georges. Tecnologias e a Formação de Leitores: Desafios na Sociedade Contemporânea. In. Educação e Tecnologias: Reflexão, Inovação e Práticas. Lisboa, 2011. br/formacao/tecnologia-educacao-quanto-como-utilizar-680610. shtml. Acesso em 14 dez. MIRANDA, Luisa; MORAIS, Carlos; ALVES, Paulo; DIAS, Paulo. Redes Sociais na Aprendizagem. FINAN - Nova Andradina/MS, dez/mar 2013. Disponível http://faculdadefinan. com. br/pitagoras/downloads/numero4/tecnologia-ou-metodologia. pdf.
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