O ENSINO DE LIBRAS COMO UMA SEGUNDA LÍNGUA DO OUVINTE

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Letras

Documento 1

Ao fim de várias buscas teóricas, compreendeu-se que os portadores de deficiência auditiva já conseguiram desde muito tempo na história várias conquistas, mas ainda devem ser aprimoradas e potencializadas nos campos educacionais e todos os segmentos da sociedade. Palavras-Chaves: LIBRAS. Segunda Língua. Conquistas. ABSTRACT The present study, which was built on a bibliographic research and with a qualitative approach, sought to understand how education for a new language is constituted, in the case of Libras, for listeners and how it is itself ensured by legislation for effective, inclusive and appreciation for the deaf. Sendo dispostos da seguinte forma: Objetivo Geral: - Entender os processos históricos e atuais que dão suporte ao Ensino de Libras. Objetivos Específicos: - Entender a Libras como uma língua carregada de ações culturais, históricas e sociais; - Fomentar a importância da tecnologia no ensino de Libras; - Enfatizar um campo teórico sobre a cultura dos portadores de surdez.

Falar dos processos inclusivos na rede de ensino. Foi adota a pesquisa do tipo bibliográfica e com a abordagem qualitativa. O campo bibliográfico segue em pesquisa e leituras de materiais já publicados e que tiveram um estudo científico. Isso considerado porque ainda naquela os meios de comunicação entre os interlocutores eram baseadas mais na oralidade. Segundo o autor na Antiguidade mais precisamente no século IV a. C, Aristóteles já dizia que a educação tinha que seguir os meios de audição para consolidar. Isso oportunizava um acesso mais amplo aos cegos, mas não aos surdos, que ficavam foram dos processos de qualquer ação educativa. Para ver o quanto de atraso nas discussões sobre ações educacionais para os surdos, somente em 1880 em Milão, conforme diz Rocha (2009) que se iniciaram as primeiras tratativas sobre a educação de surdos, colocando que a educação apenas oral não permitia ao portador da deficiência auditiva um acesso ao conhecimento em sala de aula.

Traz-se o ano de 1994 como data importante para as primeiras considerações mais efetivas da inclusão de pessoas com deficiência no processo escolar com a Declaração de Salamanca, pois ela abriria o compromisso de muitos países a adotarem um processo de inclusão de alunos com deficiências, inclusive a surdez. Foi nesse momento que surge o termo portador de Necessidades Educacionais Especiais (BARBOSA, 2007). Se trouxer em voga essa última data trazida por Barbosa (2007) uma análise muito apurada pode-se ver que a dívida com estabelecer uma política educacional inclusiva para com os surdos, denota um atraso considerável, sobretudo se trazermos para os contextos mais atuais, que apontam a relutância de muitas pessoas, inclusive professores nesse processo como é trazido por Alonso (2013). Mas Gaia (2015) fala que só de então que os processos inclusivos no Brasil estariam chancelados pelas legislações: Decreto 7611/2011 que fala do atendimento especializado e dos processos inclusivos, sendo reafirmados em 2015 pela Lei 13146/2015 que se tornariam obrigatórios os processos inclusivos.

Sem contar que a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 já potencializaria um ensino inclusivo de forma mais efetiva nas redes de ensino. cita alguns marcos históricos importantes: A criação da FENEIDA nos anos 70, que em 1987 passou a se chamar FENEIS (Federação Nacional de educação e integração dos Surdos) Nesta mesma época também foi lançado o livro “Ânsia de amar”, do surdo Jorge Sérgio Guimarães. O INES criou o primeiro curso de Especialização para professores na área de surdez, difundindo assim o Bilinguismo. O reconhecimento da Libras como língua oficial do Brasil pela lei Nº 10. de 24 de abril de 2002. RACOSKI, 2019, n. Para Pereira (s. d. a Linguagem de Sinais é a língua natural de toda a comunidade surda, que são denominadas língua de modalidade gestual-visual.

Isso porque a linguagem de sinais dependem desses dois elementos, visual e gestual. Entretanto, existem outras variável como a expressão do rosto que também é característico nessa linguagem. O ENSINO DE LIBRAS COMO SEGUNDA LÍNGUA O Brasil possui um território gigantesco. Isso o faz ser um dos maiores países do mundo. Com isso, devido as suas dimensões e por ser tratar um país colonizado novo, possui entre a língua portuguesa, que é a língua oficial do Brasil, outros idiomas indígenas, mas não reconhecidas como língua oficial. Somente a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida com a segunda língua oficial do Brasil (RACOSKI, 2019). Para o autor ter a segunda língua no Brasil é positivo. Isso criará um percurso positivo para que a segunda língua seja apropriada pelo ouvinte de forma efetiva em todos os seus processos linguísticos e culturais.

Para Freitas (2018) não se pode negar que ainda a área para aquisição da segunda língua para Libras é ainda pouco explorada no país. Isso promove um distanciamento enorme dos ouvintes do “mundo dos surdos”, que fica prejudicada a função mais básica da relação de ouvinte e um surdo: a comunicação. Não se pode entender jamais que os processos comunicativos dos surdos não são estabelecidos por regras, por normas de sua língua. Aprender esse contexto exige uma operacionalização formal do aprendizado, que de certa forma desmitificaria que a linguagem dos surdos é apenas uma relação de gestos descoordenados. Assim, os surdos são, não raras vezes, situados a meio caminho entre os ouvintes, considerados humanos de qualidade superior, ou humanos em toda a sua plenitude, e os subumanos, desprovidos de todos os traços que os assemelham aos seres humanos.

Eles não podem ser classificados como subumanos porque apresentam traços de humanidade, mas também não conseguem ser aceitos como seres humanos em sua plenitude. A defesa e a proteção da língua de sinais, mais que significar uma auto-suficiência e o direito de pertença a um mundo particular, parecem significar a proteção dos traços de humanidade, daquilo que faz um homem ser considerado homem: a linguagem. SANTANA e BERGAMO, 2005, n. p). O ensino é algo universal, e nunca poderia caminhar para um determinado grupo e excluído para outros. O aluno surdo quando chega na escola para aprender, não deve esperar adaptações da rede de ensino, mas sim abarcar num processo de construção de conhecimento com já findados todos os caminhos para efetivá-lo.

Porém é um processo de luta constante, principalmente aos pais que possuem um filho surdo. As unidades de ensino promovem por si próprio espaço de exclusão, isso porque não possuem professores formados, materiais adaptados ou da área de ensino do aluno com Necessidade Especial Educacional. O autor traz que no Censo de 2000, o número de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva chegava a 8,7% da população brasileira e que destes, 13% estavam frequentando a escola regular. A palavra inclusão denota algo muito amplo e atende todos os que possuem qualquer deficiência física e mental. Desse modo, ter um currículo também amplo, deixa de proporcionar um caminho pedagógico mais científico, como proporcionado no ensino de qualquer outra ciência.

A segunda língua Libras que é reconhecida como a segunda oficial no país, precisa de normatizações dentro do espaço escolar mais sólida, que vão desde um atendimento curricular maior, até a implantação efetiva como modo de aprendizagem dela própria pelos ouvintes, mesmo que não aja no momento um aluno com surdez no mesmo espaço escolar. Para Nunes et al. p. As TIC possuem uma grande aceitação pela comunidade surda e a utilização dessas ferramentas, por parte dos professores, motiva-os a interagir com o grupo de ouvintes. A multiplicidade de novos conceitos e tecnologias evidencia que a humanidade atravessa um período de mudanças. Assim, apesar da velocidade com que os fatos vêm se processando, ainda são necessários aprofundamentos substanciais para que o domínio de suas potencialidades seja ampliado e consolidado.

Em alguns países já dão a seus respectivos programas educacionais avanços tecnológicos e por si só, já evidenciam visões diversificadas delas como ferramenta indispensável à educação (MITTAL et al. A tecnologia vem para suprir as necessidades humanas, que ao passo que desenvolvem instrumentos tecnológicos, o uso delas na vida das pessoas torna-se indispensáveis. O que Lopes (s. d) coloca como apoio pedagógico das mídias digitais ou das tecnologias digitais é o oferecimento de um ensino mais atrativo e interativo que pode despertar no aluno surdo uma aprendizagem mais significativa, pois o campo de aprendizagem também num percurso visual, permite ao aluno com surdez um hol de ferramentas para aprimorar a sua língua materna constituída pela Libras e aprender a segunda língua de forma segura, autônoma e letrada.

Campelo (2007) fala que a Libras é um campo comunicativo gestual e visual e que de posse de outros meios de aprendizagem não interligadas ao modo mecânico e tradicional podem agrupar sobre o conhecimento do aluno surdo ou aquele que quer aprender a Libras inúmeras possibilidades de aprendizagem. Essas sempre efetivas, inclusas e de um campo aberto para conceber novas visões sobre o mundo dos surdos com suas concepções culturais, sociais, humanas e outras. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ser surdo não significa ser deficiente como muitos acreditam ou tem ainda essa visão preconceituosa. Como Surgiu a Língua Brasileira de Sinais. Disponível em https://academiadelibras. com/libras/historia-da-libras/. Acesso em 26 de outubro de 2020. ALONSO. São Paulo. BRASIL. Decreto 5626/2005. Disponível em https://www2. camara. com. br/feneis.

Acesso em 30 de outubro de 2020. FONSECA, J. J. Salvador. GAIA, R. da S. P. Educação Especial no Brasil: Análises e Reflexões. p. jul. dez. GIROTO, C. R. F. de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. CEDES vol. MITTAL, S. AHMAD KHAN, M. ROMERO, D. WUEST, T. Smart manufacturing: Characteristics, technologies and enabling factors. Seminário de Pesquisa do PPE. Universidade Estadual de Maringá. Paraná. NUNES, S. da S; SAIA, A. d. Disponível em https://ufsj. edu. br/portal2-repositorio/File/incluir/libras/curso_de_libras_-_graciele. pdf. M. da. Memória e história: a indagação de Esmeralda/ Solange Rocha. – Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2010. RACOSKI, L. SENA, F. de S. A contribuição das Tecnologias Digitais no Processo de Letramento do Aluno Surdo.

Congresso Internacional de Educação e Tecnologias. CIET, EMPED. Editora Unisinos. Coleção EAD. ZANATA, E. M; CARVALHO, D. Informática aplicada à educação especial /- Bauru :MEC/FC/SEE, 2008.

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