A educação de jovens e adultos
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Física
Apesar da evasão escolar ser um desafio complexo, é fundamental a implementação de políticas públicas educacionais direcionadas para a consolidação e melhoria da qualidade de ensino na Educação de Jovens e Adultos, direcionadas nas necessidades e especificidades deste público. Para isso, é preciso investir na formação de educadores na perspectiva de uma prática reflexiva e formadora de senso crítico promovendo efetivamente a emancipação do sujeito histórico, isto é, o aluno para que contribua com o seu crescimento cultural e, consequentemente, com a transformação da própria sociedade. O aluno da EJA não deve ser visto como alguém que nada sabe porque, na sua grande maioria, trazem uma bagagem de experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da vida em outros espaços educadores.
Neste contexto, esta situação deve servir como instrumento a favor da construção do conhecimento, da formação e emancipação das pessoas envolvidas neste processo de ensino para que a metodologia de ensino e aprendizagem seja significativa para todos os envolvidos, professores e alunos, para alcançar o objetivo a ser assumido: a educação. Aspectos históricos, sociais e pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos O EJA ( Educação de Jovens e Adultos) é um programa de ensino público que tenciona proporcionar o ensino fundamental e médio para estudantes que estão fora da idade adequada e que não tiveram a chance de estudar. Todavia, a organização democrática conquistada desobrigou o Estado de manter e expandir o ensino público. Neste cenário, iniciou-se uma manifestação elementar de desigualdade entre as pessoas, uma forma simples de perceber que os indivíduos não eram iguais, pois havia aqueles que não tinham acesso à escola e aqueles que possuíam o privilégio de frequentar os bancos escolares.
A constituição de 1937 favoreceu o ensino profissionalizante para capacitar jovens e adultos a trabalhar nas indústrias. É nítido que o Estado não tinha interesse com o ensino de qualidade e sim formar mão de obra especializada para suprir a necessidade emergente com o desenvolvimento industrial. A capacitação de jovens e adultos resumiu-se nas escolas atraindo muitas pessoas na expectativa de melhor qualidade de vida. Em 1974 o MEC (Ministério da Educação e Cultura) propôs a implantação dos CES (Centros de Estudos Supletivos); em 1985 o MOBRAL deu lugar a Fundação Educar e com a promulgação da Constituição de 1988 o Estado amplia o seu dever com a Educação de Jovens e Adultos. Foram vários projetos e planos que visavam o avanço na educação e a erradicação do analfabetismo no Brasil com puro interesse político porque transformar o ensino supletivo como forma de garantir o conhecimento e a valorização da cultura era fora de questão.
Partindo do princípio que uma das tarefas mais importantes para garantir o sucesso de qualquer prática pedagógica é refletir e planejar suas atividades diárias, o trabalho do educador para jovens e adultos era de assegurar uma prática dinâmica e atrativa para o público da EJA, possibilitando a capacidade destes alunos em transformar sua própria realidade. Era possibilitar a reflexão e proporcionar uma modalidade educativa de qualidade e de encontro à vivência do aluno. Sendo assim, à formação de profissionais capacitados para a educação da EJA deveria ser prioridade. A EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas , de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.
UNESCO,2000) CONSIDERAÇÕES FINAIS É notório que direitos básicos do cidadão brasileiro estão ameaçados, dentre eles o direito à educação. É de extrema importância que o governo brasileiro se comprometa com uma escola pública que não exclua nenhuma pessoa para que todos tenham a possibilidade de formação correta no tempo adequado. No Brasil atual, parte significativa da população não conclui o ensino fundamental ou médio e as razões que justificam este fato são inúmeras, mas a relevante é pela opção de sobrevivência, isto é, estudar ou trabalhar. Por conseguinte, a criação de sujeitos funcionais é decorrência do tratamento que a educação brasileira sofreu ao decorrer de sua história. • Freire, Paulo. Ação Cultural para a liberdade.
Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1981. • Fernandes, Dorgival Gonçalves. Alfabetização de Jovens e Adultos: pontos críticos e desafios.
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