A CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, ECONÔMICA E SOCIOCULTURAL DOS SUJEITOS DA EJA

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

É válido ressaltar que todos têm direito à educação, isto é assegurado por lei, por outro lado ainda há muito o que fazer e investir na educação, em relação à resolução da problemática, no que diz respeito ao entendimento dos discentes, por mais que os docentes invistam em estratégias para a compreensão, muitos preferem desistir a ter que tentar superar os obstáculos do dia-a-dia, como ter que lidar com prazos, chegar no horário, é complicado lidar com estes quesitos quando nosso aluno já trabalha, tem uma família. Com essa pesquisa foi possível constatar quem são os alunos da EJA, é perceptível o modo deles enxergarem a escola como uma chance, uma oportunidade para um futuro melhor. Palavras-chave: EJA. Alfabetização. Sociocultural. A história da EJA no Brasil e ensino aprendizagem A família real chegando ao Brasil, surgiu formação de trabalhadores para atender a aristocracia, em virtude deste fato, implantou-se o processo de escolarização para adultos.

Até 1874 já existiam 117 escolas, sendo que elas tinham fins específicos, como por exemplo: no estado do Pará para a alfabetização de indígenas e no Maranhão para esclarecer colonos de seus direitos e deveres. O histórico da EJA no Brasil perpassa a trajetória do próprio desenvolvimento da educação e vem institucionalizando-se desde a catequização dos indígenas, a alfabetização e a transmissão da língua portuguesa servindo como elemento de socialização dos nativos (PAIVA, 1973). Na transição do Império-República, a educação foi considerada uma salvadora para os problemas da nação. O caráter avaliatório e a otimização proporcionaram melhores condições didáticas e pedagógicas da rede escolar, quando iniciadas as mobilizações em torno da educação como dever do Estado, sendo este um período de intensos debates políticos.

Estas vertentes apesar de buscarem a escolarização dos adultos (RUMMERT, 2007) e constituírem iniciativas ampliadas para as políticas de EJA, estabelecem ações no sentido da profissionalização, mas reforçam a ideia de fragmentação de programas, em que a certificação é meta na busca da universalização da educação e erradicação do analfabetismo sem, contudo, uma perspectiva de continuidade caracterizando a formação inicial (RUMMERT; VENTURA, 2007). Faz-se presente aí, o caráter do capital humano assinalando a força do trabalho tomada como mercadoria na produção de capital econômico (GENTILI, 1998). No que diz respeito ao aprendizado, numa primeira instância, ler e escrever é alfabetizar, levar o aluno ao domínio do código escrito. É frequente os professores acreditarem que as dificuldades apresentadas por seus alunos em ler e interpretar uma questão, estejam associados a pouca competência que eles têm para leitura da língua materna.

Embora, tais afirmações não seja errônea, como os estudiosos Smole e Diniz relatam: A dificuldade que os alunos encontram em ler e compreender textos de problemas estão, entre outras coisas, ligadas à ausência de um trabalho pedagógico específico com o texto de problema, nas aulas de matemática. MATERIAIS E MÉTODOS Muito se discute em relação ao ensino de jovens e adultos,com o desejo de entender essa modalidade fez-se necessário pesquisar instituições que atuem neste cenário,levando assim a produzir uma pesquisa de investigação científica que se foca-se no caráter subjetivo. LOCAL ESCOLHIDO O número de discentes matriculados na modalidade EJA é mais de 3,7 milhões de pessoas em todo o Brasil. Segundo o portal do MEC nosso país conta com “191 entidades executoras, 17.

turmas ativadas 167. alfabetizandos, 17. Aos 88 anos, o senhor José, caminhoneiro começou a frequentar a escola pela primeira vez,isso só foi possível graças à sua filha Rosimeire que encontrou um curso de inglês para a 3ª idade. Neste mesmo dia ele resolveu procurar o Serviço de Educação de Jovens e Adultos do Governo de Sergipe e se matriculou no Severino Uchôa. Segundo a coordenadora pedagógica, Edite, o senhor José já era alfabetizado,porém nunca havia estado em uma escola. Em relação ao seu rendimento escolar é considerado satisfatório, porém com uma certa dificuldade na disciplina de matemática. Podemos perceber através da fotografia cedida pela Ascom/SEED, a felicidade no rosto do senhor José,que sentado na primeira carteira da fila central da sala de aula,esperava ansioso e alinhado pela chegada da professora.

BUEHRING, 2006, p. Igualmente importantes revestem-se as ações voltadas à avaliação do perfil de entrada dos alunos e dos educadores; as expectativas de ambos com a formação em EJA; a qualidade do material didático empregado em sala de aula; a adequação dos processos pedagógicos utilizados pelos educadores; a qualidade das parcerias estabelecidas entre o Governo Federal e os Estados, de modo a garantir adequado ambiente de formação; dentre outros fatores que, de um modo ou de outro, afetam a qualidade das atividades de EJA, que compõem um conjunto maior de políticas públicas voltadas a impulsionar o retorno às atividades educacionais de segmentos desfavorecidos socialmente. O desenvolvimento dos conteúdos aqui colocados, também abordam as consequências do contexto histórico que influencia até hoje no ainda presente desmerecimento.

Fica evidente que a rotina de um estudante mais velho, que retorna às escolas através da EJA é complicada de se conciliar, mas não justifica a opção do abandono quando se diz respeito a políticas públicas. Por todos os aspectos até aqui referidos, pode-se asseverar que as ações de formação educacional na modalidade de EJA têm acentuada relevância social e educacional, corroborada pelos dados e pelas informações já mencionadas. Este, além de outros aspectos leva ao alto índice de evasão observada nos programas de EJA na atualidade. A concepção produtivista nas atuais políticas educacionais, ao mesmo tempo em que se baseia no discurso da equidade e democratização, estimula a exclusão de determinadas modalidades de ensino por meio de desobrigação governamental.

É dessa forma que a educação de jovens e adultos vem sendo dimensionada no contexto social. Como é relatado por Soek et al: “Os desafios da EJA exigem um olhar cuidadoso sobre as questões que podem interferir na motivação do alfabetizando, em sala de aula, uma vez que um dos fatores que dificultam a aprendizagem encontra-se no fato de o alfabetizando iniciar ou recomeçar a escolarização na fase adulta. ” (SOEK; HARACEMIV; SOLTZ; 2009; P. R. de S. FONSECA, M. C. F. M. Visões da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Cadernos Cedes, ano XXI, n. nov. Disponível em: <http://www. In: FRIGOTTO, G. Org. Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Ed. Petrópolis: Vozes, 1998. Políticas públicas para educação de jovens e adultos no Brasil: a permanente (re)construção da subalternidade - considerações sobre os Programas Brasil Alfabetizado e Fazendo Escola.

Educ. rev. online]. n. n. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/rbedu/v15n45/09. pdf> Acesso em: 29 nov. SOEK, Ana Maria; HARACEMIV, Sônia Maria; STOLTZ, Tânia. Mediação pedagógica na Alfabetização de Jovens e Adultos. Curitiba: Editora Positivo, 2009.

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