O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ANSIEDADE: UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Farmácia

Documento 1

Eles desempenham um papel importante na seleção, dosagem e monitoramento de medicamentos ansiolíticos, bem como na prevenção de possíveis interações medicamentosas e na educação dos pacientes sobre a utilização segura e eficaz dos medicamentos. Este artigo revisa as principais classes de medicamentos ansiolíticos, incluindo benzodiazepínicos, antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes e betabloqueadores. Aborda também seus mecanismos de ação, indicações e principais efeitos colaterais. Com base na revisão narrativa da literatura, este artigo destaca a importância do papel do farmacêutico no tratamento farmacológico da ansiedade, incluindo a avaliação dos pacientes, seleção e dosagem do medicamento, verificação de interações medicamentosas e monitoramento dos efeitos colaterais. Espera-se que esta revisão contribua para a valorização e reconhecimento do papel do farmacêutico nesse contexto e para o desenvolvimento de práticas mais eficazes e seguras no tratamento da ansiedade.

A farmacoterapia é frequentemente utilizada no tratamento da ansiedade e é um dos principais tratamentos recomendados pelos médicos e psiquiatras. Por outro lado, com o crescente interesse em abordagens mais holísticas e integrativas para a saúde mental, os psicobióticos têm recebido mais atenção como uma alternativa aos medicamentos psicotrópicos no tratamento da ansiedade. Os psicobióticos são suplementos alimentares ou probióticos que contêm cepas de bactérias benéficas para o intestino e cérebro. Eles agem regulando a comunicação entre o intestino e o cérebro através do eixo intestino-cérebro, que tem um papel importante na regulação do humor, comportamento e cognição (FURTADO et al. Embora existam diversas alternativas de tratamento baseada na farmacologia, o papel do farmacêutico no tratamento farmacológico da ansiedade nem sempre é amplamente reconhecido e valorizado.

Os títulos e resumos foram revisados (excluindo-se as duplicadas), e o texto completo de 47 manuscritos foram lidos e considerados para redação desta revisão. Para o processo de síntese e construção da revisão narrativa, foi identificando quatro grandes eixos norteadores: “Farmacologia dos fármacos ansiolíticos”; “Atuação do farmacêutico na prescrição e dispensação de medicamentos ansiolíticos”; “Intervenções farmacêuticas para melhorar a adesão ao tratamento”; e “Farmacovigilância de medicamentos ansiolíticos”. A partir desses tópicos, discutir-se-ão os achados desta revisão. FARMACOLOGIA DOS FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS A ansiedade é uma condição psiquiátrica comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo (DEMARTINI; PATEL; FANCHER, 2019). Embora existam várias opções de tratamento para ansiedade, os medicamentos ansiolíticos são frequentemente utilizados como primeira linha de tratamento em muitos casos (SARTORI; SINGEWALD, 2019).

STEIN, 2021). Antipsicóticos são outra classe de medicamentos que podem ser usados ​​no tratamento da ansiedade. Eles funcionam bloqueando os receptores de dopamina e serotonina no cérebro, o que ajuda a reduzir a ansiedade e outros sintomas psicóticos (WANG et al. Alguns exemplos de antipsicóticos incluem quetiapina, olanzapina e risperidona. Esses medicamentos podem ter efeitos colaterais graves, como ganho de peso, sedação e distúrbios do movimento (ALISAUSKIENE et al. Além disso, todos esses medicamentos têm riscos e efeitos colaterais potenciais, e seu uso deve ser supervisionado de perto por um profissional de saúde. Em alguns casos, pode ser necessário experimentar várias classes de medicamentos antes de encontrar o que é mais eficaz para o paciente em particular (BANDELOW; MICHAELIS; WEDEKIND, 2017). Em suma, a farmacologia dos fármacos ansiolíticos inclui várias classes de medicamentos, cada uma com seus próprios mecanismos de ação, indicações e efeitos colaterais.

Benzodiazepínicos, antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes e betabloqueadores são os mais comumente prescritos para o tratamento da ansiedade. No entanto, a escolha do medicamento certo para um paciente específico deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa de seus sintomas e história médica, bem como em uma compreensão das opções de tratamento disponíveis. O farmacêutico também pode ser responsável por ajustar a dose do medicamento ou mudar para um medicamento diferente se ocorrerem efeitos colaterais graves ou persistentes (NERI; TESTON; ARAÚJO, 2020; MOREIRA; UBER; GODINHO, 2023). Além disso, o farmacêutico tem um papel fundamental na orientação do paciente sobre o uso correto do medicamento ansiolítico. Isso inclui explicar ao paciente como tomar o medicamento corretamente, quantas vezes ao dia, a duração do tratamento e quaisquer precauções que o paciente deve tomar ao usar o medicamento, como evitar o consumo de álcool ou dirigir enquanto toma o medicamento (CORREA et al.

O farmacêutico também pode desempenhar um papel importante na prevenção e gerenciamento da dependência e abuso de medicamentos ansiolíticos. Como esses medicamentos podem ser altamente viciantes, é importante que o farmacêutico eduque o paciente sobre os riscos potenciais de dependência e auso do medicamento, bem como as medidas preventivas que o paciente pode tomar, como seguir rigorosamente as instruções de dosagem e evitar o uso prolongado ou excessivo do medicamento (FELIX et al. Além disso, o profissional pode fornecer lembretes aos pacientes sobre a importância de tomar os medicamentos de forma adequada e no horário correto. Isso pode incluir o uso de sistemas de lembrete, como alarmes de celular ou dispositivos de lembrete de dose (DING, 2018). O acompanhamento farmacêutico regular também é uma ferramenta útil para melhorar a adesão ao tratamento.

Os farmacêuticos podem monitorar a adesão do paciente, identificar possíveis barreiras e fornecer suporte ao paciente para superá-las. Isso pode incluir a resolução de problemas relacionados à terapia, ajustes de dosagem ou mudanças de medicamentos (LEMON et al. Uma abordagem integrada e multidisciplinar, considerando as necessidades individuais do paciente, pode levar a melhores resultados de tratamento e qualidade de vida para aqueles que sofrem de ansiedade (STEIN; CRASKE, 2017). FARMACOVIGILÂNCIA DE MEDICAMENTOS ANSIOLÍTICOS A farmacovigilância é uma atividade fundamental na avaliação da segurança dos medicamentos, especialmente em relação a medicamentos ansiolíticos. Isso se deve à capacidade desses medicamentos de causar efeitos colaterais indesejados, especialmente se usados por longos períodos ou em doses inadequadas. A farmacovigilância é, portanto, essencial para garantir que os medicamentos sejam usados ​​de maneira segura e eficaz, minimizando os riscos associados ao seu uso (MONTASTRUC et al.

A identificação e notificação de eventos adversos associados ao uso de medicamentos ansiolíticos é uma das principais responsabilidades da farmacovigilância. É importante destacar que a identificação e notificação de eventos adversos associados ao uso de medicamentos ansiolíticos não é apenas uma responsabilidade do farmacêutico, mas de todos os profissionais de saúde envolvidos no tratamento do paciente (NAGAPPA; KANOUJIA, 2022). Para garantir a efetividade da farmacovigilância, é fundamental que os profissionais de saúde estejam atualizados sobre as últimas informações sobre os medicamentos ansiolíticos, incluindo possíveis riscos e eventos adversos. É importante também que os pacientes estejam cientes dos possíveis efeitos colaterais e riscos associados ao uso dos medicamentos e incentivados a relatar quaisquer eventos adversos que possam estar associados ao uso do medicamento (DE OLIVEIRA et al.

Outra medida importante é a implementação de sistemas de notificação de eventos adversos associados ao uso de medicamentos ansiolíticos, tanto em hospitais quanto em farmácias comunitárias. Esses sistemas permitem a notificação rápida e eficiente de eventos adversos, o que ajuda na avaliação da segurança dos medicamentos e na implementação de medidas para minimizar os riscos associados ao seu uso (BIHAN et al. Além disso, é importante avaliar a efetividade de novas intervenções farmacêuticas, como o uso de tecnologias de informação e comunicação para fornecer suporte aos pacientes durante o tratamento. REFERÊNCIAS AK MOHIUDDIN, M. Pharmacovigilance: Present Scenario and Future Goals. Indian Journal of Pharmacy Practice, v. n. p. –1891, 15 out. Disponível em: <https://www. tandfonline. com/doi/full/10.

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