CROMOTERAPIA COMO TÉCNICA COMPLEMENTAR À ATENÇÃO FAMACÊUTICA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Farmácia

Documento 1

Além de tal cenário, a descrença por parte dos pacientes e mesmo dos profissionais da área de saúde impedem que a cromoterapia seja adotada como tratamento complementar, por esse motivo se faz necessária uma orientação específica. A cromoterapia não sugere o abandono da atenção farmacêutica e reconhece sua importância, a proposta é complementar o tratamento do paciente, uma vez que a farmacêutica trata dos sintomas da enfermidade, enquanto a cromoterapia trata as causas. Palavras-chave: Cromoterapia; atenção farmacêutica; tratamento complementar; saúde. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 OBJETIVOS 5 2. OBJETIVOS GERAL 5 2. CROMOTERAPIA COMO TÉCNICA COMPLEMENTAR À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 17 3. ENTRAVES E RESTRIÇÕES QUANTO A APLICABILIDADE DA CROMOTERAPIA 18 4 MATERIAIS E MÉTODOS 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 REFERÊNCIAS 21 1 INTRODUÇÃO Tratamentos que visam a promoção ou restabelecimento da saúde conhecidos como alternativos ou complementares à medicina convencional são cada vez mais adotados, tanto pelos profissionais que os indicam, quanto pelos pacientes que sobre eles são informados.

No entanto, existem algumas dessas técnicas que muito têm a oferecer e contribuir à atenção farmacêutica, que ainda são pouco conhecidas, pouco divulgadas, pouco adotas ou ainda totalmente desconhecidas no âmbito da saúde e esta realidade automaticamente priva muitas pessoas dos benefícios propostos por essas técnicas. O presente artigo, intitulado Cromoterapia como técnica complementar à atenção farmacêutica, como o própria título sugere, apresenta a cromoterapia, tratamento complementar, como objeto principal do estudo, especificamente no viés de como suas técnicas podem ser aderidas como complemento à atenção farmacêutica. A cromoterapia consiste basicamente, conforme definição da autora Balzano (2013, p. Na sequência o estudo discorre sobre o objetivo principal da pesquisa, a saber, como a cromoterapia pode ser usada em complemento à atenção farmacêutica de maneira prática e quais os benefícios oferecidos que justificam tal interrelação de métodos.

O estudo não incentiva o abandono ou substituição da atenção farmacêutica para o tratamento dos diversos males e doenças que acometem a sociedade, mesmo porque a própria cromoterapia não promove tal procedimento. Segundo Polizelli (2015, p. “a cromoterapia é um complemento, não substitui o tratamento indicado por profissionais médicos, fisioterapeutas, psicólogos entre outros”. O estudo tem como proposta trazer a conhecimento que ambos podem interagir e se complementam, beneficiando os pacientes que podem tratar os sintomas e as causas de seus padecimentos de forma simultânea. No território americano, por exemplo, os profissionais começaram a mudar o eixo da profissão deixando de ser apenas visando a manipulação dos medicamentos, mas ampliando a intervenção para assistência aos usuários de medicamentos.

Segundo Bisson (2016, p. “a preocupação com o usuário de medicamentos começa a ganhar força na década de 1960, com o uso indiscriminado da talidomida e as consequências nefastas que isso provocou”. Em território nacional, porém, tal mudança não foi sentida. A atenção na época, no quesito formação profissional, era voltada para disciplinas como química orgânica e analítica e físico-química. Desde então, de forma progressiva a atenção farmacêutica foi evoluindo e ganhando cada vez mais espaço na área da promoção a saúde. Segundo Eurofarma, “atenção farmacêutica é a provisão responsável do tratamento farmacológico com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente”.

Entre tais resultados estão a diminuição da enfermidade, cura da enfermidade, diminuição ou eliminação dos sintomas. O termo atenção farmacêutica configurou na literatura pela primeira vez no ano de 1990, usada na forma pharmaceutical care que traduzido na língua portuguesa fica atenção farmacêutica. São de responsabilidade da atenção farmacêutica os seguintes processos sequenciais interventivos: ● A consulta com o farmacêutico; ● Verificação do tratamento medicamentoso em uso; ● Checagem do problema e promoção de soluções; Visando atingir o objetivo das ações acima, é necessário usar metodologias para a prestação do serviço e efetuar o registro das ações e resultados. SITE EUROFARMA). Em conformidade com o exposto acima, a diferença básica e relevante entre os dois processos, é que a atenção farmacêutica é mais completa e mais personalizada, por assim dizer, influindo mais diretamente no acompanhamento do paciente.

É criada uma relação entre farmacêutico e paciente. Benefícios da atenção farmacêutica A intervenção da atenção farmacêutica proporciona ao paciente inúmeros benefícios. De acordo com Eurofarma, alguns destes benefícios são: ● Melhora na saúde do paciente; ● Redução dos problemas relacionados ao uso de medicamentos; ● Facilidade em se comunicar com o profissional farmacêutico; ● Esclarecimento de dúvidas; ● Maior confiança na exposição de problemas; ● Maior segurança e eficácia no tratamento; O mais interessante quanto aos benefícios propostos pela atenção farmacêutica é que tais não se limitam exclusivamente ao paciente. O termo cromoterapia certamente não é completamente desconhecido, mas entre conhecer ou já ter ouvido um certo termo e saber o que ele significa ou o que está envolvido na sua atuação é bem diferente.

A proposta do estudo a partir deste ponto é conceituar a cromoterapia, abordando um breve histórico sobre a técnica e suas formas de aplicação, bem como explicitar o uso das cores, técnica que define o tratamento. Conceituando a cromoterapia: definições e breve histórico No quesito definições, não existem grandes divergências quanto a conceituação da cromoterapia sob os olhares de vários autores estudiosos na temática. É interessante, porém, mencionar algumas destas definições para endossar a eficácia da técnica e o respeito conquistado pela cromoterapia no cenário da saúde e suas propostas contemporâneas. A cromoterapia é definida como uma ciência. Alguns dos templos egípcios eram construídos de tal forma a permitir que os raio de sol entrassem e refletissem as cores do arco íris, uma em cada sala.

O ponto alto desta estratégia, era o encaminhamento do paciente à sala que refletia determinada cor, de acordo com sua necessidade. A cor aplicada contribuía para seu restabelecimento. NEVES, 2014). O autor Madeira (2008) apresenta a história da cromoterapia inserida na Grécia e na Índia. O referenciamento das cores e sua significância O estudo abrange neste tópico alguns aspectos técnicos quanto ao referenciamento das cores, associada à luz. A cromoterapia se embasa em técnicas de reconhecimento e fundamentos no que diz respeito a luz intervindo com as cores ou a produção de cores perceptíveis a olho nu como possibilidade oferecida pela luz. Na literatura sobre a cromoterapia o termo espectro é muito usado. Neves (2014) apresenta a formulação básica para representação das cores visíveis.

O espectro visível ou radiação visível é composto de ondas EM abrangendo comprimentos de onda situados entre λ 0,74 mícron (f = 4,05 x 1014 Hz) e λ 0,38 mícron (7,89 x 1014 Hz). NEVES, 2014). Problemas psicológicos geralmente são mais complexos de tratar do que os males físicos, a começar pelo diagnóstico. Desta forma, é possível crer que os males físicos também são passíveis de tratamento eficaz à base das cores. Como as cores são utilizadas na cromoterapia, qual a proposta de ação de cada uma das cores? Seguem as considerações: Primeiramente, as cores são consideradas sob algumas vertentes, levando em consideração o efeito que produzem, a saber: cores quentes, cores frias e cores equilibrantes. As cores quentes são o vermelho, laranja e amarelo; as cores frias são o azul, índigo e violeta e entre as cores equilibrantes está o verde, cuja proposta é propor um efeito harmonizador.

Atua nos sistemas nervoso central e periférico como calmante, aliviando angústia e depressão. A cor azul é indicada também para combater insônia. BALZANO, 2013). Verde – atua numa série de fatores, tais como funcionalidade de antisséptico, anti-inflamatório e anti-infeccioso. Também exerce a função calmante, isolador, regenerador e dilatador. Representa sensualidade, usada para aumentar produção de hormônios sexuais e libido. Laranja – segundo Polizelli (2013, p. “laranja é a cor que une o vermelho ao amarelo, estimula o sistema autônomo simpático, no entanto estimula menos do que o vermelho. Essa cor é ideal para desobstrução, indo desde um entupimento no nariz até problemas de pedra na vesícula e nos rins. Laranja é considerada a cor da “quebra”, usado para melhorar a função do sistema respiratório, auxiliando na regeneração do tecido pulmonar.

Em união com a cor amarela, funciona como queimador de gorduras, pois baixa a taxa de colesterol do sangue. BALZANO, 2013). Violeta – propõe ação cauterizadora e bactericida nos diversos processos inflamatórios e infecciosos. Essa cor precisa do azul para exercer sua função, uma vez que o azul atua como fixador. Agindo em conjunto com as cores verde e azul, a cor violeta exerce propriedade que equivale aos antibióticos e a grande vantagem é que não produz efeitos colaterais. Existe também a técnica dos conjuntos de cores. Normalmente o conjunto de cores é usado para que o corpo humano retorne ao seu estado de equilíbrio ou saúde. Como a cromoterapia é aplicada? A aplicação da cromoterapia pelos profissionais não é de todo complexa, mas necessita de especialização principalmente para discernir a cor, o tempo, a incidência e o intervalo nas sessões.

Existem inclusive algumas contraindicações que devem ser de conhecimento dos profissionais que aplicam a terapia. Neves (2014, p. POLIZELLI, 2015). O profissional que faz uso da cromoterapia precisa realizar uma avaliação detalhada antes mesmo da aplicação propriamente dita, associando os sintomas de seu paciente com as causas emocionais. As doenças físicas, não raro estão associadas a causas mentais e emocionais. É como se os problemas emocionais fossem somatórios e resultassem nos sintomas das enfermidades. Entre as intervenções da cromoterapia, está o banho de luz realizado por meio de lanternas cromoterápicas, abajures usados para espalhar as cores, vitrais coloridos que permitem a penetração do sol. Finaliza-se a aplicação geralmente com a cor azul no corpo todo, passando-se no sentido horizontal, em ziguezague, a partir dos ombros até os pés, tanto pela frente, como pelas costas, por 1 minuto.

BALZANO, 2013, p. Quanto a frequência das aplicações, a autora menciona que muito depende de cada caso, mas normalmente são ministradas de duas a três vezes na semana quando o tratamento está no início. Após um mês, o paciente já deve apresentar melhoras e desta forma as aplicações podem ser reduzidas para uma ou duas aplicações por semana. Com o desaparecimento dos sintomas, as sessões são aplicadas a título de manutenção com aplicações a cada 10 ou 15 dias, com duração entre 1 a 2 meses. Empresas tem contratado profissionais da cromoterapia para decorar o ambiente com cores que afetam os colaboradores de acordo com os objetivos específicos, bem como a atuação de cada colaborador. A autora Balzano (2013, p.

endossa a eficiência e eficácia da cromoterapia, do ponto de vista da ciência, nas seguintes palavras: A física explica os fundamentos da Cromoterapia, pois ao se aplicar uma luz colorida sobre um órgão doente, a energia da cor, pela sua frequência e comprimento de onda, vai atuar não só no equilíbrio do corpo bioenergético, mas também revitalizar o físico, destruindo células doentes e eliminando bactérias. CROMOTERAPIA COMO TÉCNICA COMPLEMENTAR À ATENÇÃO FARMACÊUTICA O principal aspecto benéfico proposto pela atuação da cromoterapia junto à atenção farmacêutica é o combate tanto dos sintomas quanto das causas para cada enfermidade. Enquanto a atenção farmacêutica trabalha para combater os sintomas das doenças, a cromoterapia age principalmente nas causas.

Os medicamentos, similarmente atuam em cada enfermidade especificamente, utilizando a posologia medicamentosa que deve ser acompanhada pela atenção farmacêutica. O paciente é beneficiado pelo acompanhamento proposto por ambas as técnicas. A cromoterapia visa limitar as aplicações, de acordo com o progresso no restabelecimento da saúde do paciente, ou seja, de acordo com a amenização e até mesmo extinção dos sintomas, a cromoterapia é aplicada em termos de manutenção. A atenção farmacêutica acompanha todo o histórico do paciente, propondo a intervenção medicamentosa e verificação da eficácia, bem como apontamento de possíveis complicações ou efeitos colaterais. A atenção dispensada ao paciente visa exclusivamente o restabelecimento da sua saúde, o que pode ser feito pelo combate aos sintomas desconfortáveis proposto pela atenção farmacêutica, uma vez que a doença já está estabelecida e simultaneamente agindo em atenção das causas com o objetivo de eliminá-las, papel este desempenhado pela cromoterapia.

Neves (2014, p. aponta outra cautela quanto a eficácia da cromoterapia ao dizer que “o certo é que para utilizar as cores do arco íris, ou qualquer outro padrão, a seleção visual é imprecisa, podendo não produzir o resultado desejado ou produzir resultado diverso do esperado, com risco de dano”. Madeira (2008) apresenta outro aspecto que merece cautela quanto a aplicação da cromoterapia: Se um corpo ficar excessivamente exposto a uma luz colorida, ele absorverá apenas a quantidade de energia que lhe for necessária e permitir a sua capacidade, rejeitando o excesso, o qual deposita-se sobre a pelo, podendo causar ardência, dor ou coceira. Isto é raro, mas quando ocorre é porque o aplicador calculou mal a distância do aparelho ao corpo do paciente e/ou focalizou mais tempo do que o necessário.

MADEIRA, 2008, p. Houve uma época, não muito remota, onde se acreditada que a cromoterapia era associada a magia ou envolvimento de poderes fantásticos atribuídos as cores. Embora tais conceitos tenham se dissipado quase por completo com o passar do tempo, ainda é digno de nota que a cromoterapia, não raro, é unicamente associação a temática espiritual, como se propusesse apenas o tratamento da alma. A realidade é outra e hoje isto já é sabido pela maioria das pessoas e pela comunidade médica. A cromoterapia é uma técnica que se utiliza das cores e seus efeitos no corpo humano. É aplicada com lanternas, abajures e banhos de luz, podendo se utilizar de apenas uma cor ou de cores em conjunto, dependendo da necessidade específica de cada paciente. Agindo de forma multidisciplinar, ambas as técnicas beneficiam os pacientes ou usuários de forma completa, combatendo causas e sintomas das enfermidades, bem como realizando manutenção desta perspectiva.

Existem ainda alguns entraves quanto a aplicação da cromoterapia de forma mais expansiva, devido em partes a falta de conhecimento da sociedade, incluindo muitos profissionais da área de saúde, bem como a falta de credibilidade da técnica. O sistema público de saúde não disponibiliza amplamente os tratamentos de cromoterapia. Ainda assim, como ocorre com a maioria dos tratamentos conhecidos como alternativos ou complementares, a progressão é discreta, mas contínua e conforme a verificação de sua eficácia, vai ganhando relevância na área da saúde. Com a cromoterapia não deve ser diferente e tal expectativa é promissora. Atenção farmacêutica. Disponível em: <http://www. eurofarma. com. br/wp-content/uploads/2016/12/atencao-farmaceutica. hospedagemdesites. ws/site/wp-content/uploads/2016/04/cr10-REFERENCIAMENTO-DE-CORES-PARA-CROMOTERAPIA. pdf> Acesso: 28/05/18. PEREIRA, Leonardo Régis Leira; FREITAS, Osvaldo.

A evolução da atenção farmacêutica e a perspectiva para o Brasil.

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