SÍFILIS CONGÊNITA: ASPECTOS GERAIS E NÚMERO DE CASOS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Farmácia

Documento 1

Aprovada em de de BANCA EXAMINADORA: Profª. Ms. Carlos Renato Nogueira (Orientador) Profª. Drª. Joyce Fonteles Ribeiro (Membro) Biomédica. Desta forma, é possível concluir que na cidade de Fortaleza-CE tem-se observado o aumento da notificação de sífilis congênita até o ano de 2016 e uma pequena diminuição foi observada em 2017, contudo a quantidade de casos ainda é alta neste município havendo a necessidade da implantação de políticas de saúde locais para permitir o maior controle dessa doença. Palavras-chave: Sífilis. Sífilis congênita. Fortaleza. ABSTRACT The present study aims to highlight the main characteristics of congenital syphilis and to evaluate the increase and decrease in the number of cases of congenital syphilis in Fortaleza-CE during the years 2006 to 2017. Objetivo geral 11 2. Objetivos específicos 11 3.

METODOLOGIA 12 3. Delineamento do Estudo 12 3. Critérios de Inclusão e Exclusão 12 3. Onde o acesso ao teste para diagnóstico durante o pré- natal e a realização do tratamento adequado das gestantes e de seus parceiros podem impedir a evolução da doença (COSTA et al. Os autores supracitados ainda enfatizam que a adolescência e juventude são períodos de definição de uma identidade sexual, com experimentação e troca de parceiros. O sentimento de invulnerabilidade faz esses jovens acreditarem que são inatingíveis. Portanto se expõem a riscos de contrair doenças sexualmente transmissíveis (COSTA et al. a exemplo da sífilis. Objetivo Geral: • Destacar as principais características da sífilis congênita e avaliar o aumento e diminuição do número de casos dessa doença em Fortaleza-CE durante os anos de 2006 a 2017, tomando como base dados do DATASUS.

Objetivos Específicos: • Discutir os determinantes sociais que se relacionam com a vulnerabilidade social para acometimento de sífilis durante a gravidez. • Realizar um levantamento bibliográfico contendo informações importantes acerca da sífilis congênita. • Enfatizar principais dificuldades relacionadas ao controle da sífilis congênita. • Destacar medidas preventivas que devem ser tomadas para o controle da doença. Aspectos gerais da sífilis congênita A sífilis é uma doença sexual que teve seu primeiro registro no ano de 1945 quando uma epidemia atingiu o exército de Carlos VII, na França (FRANCISCO, 2014). A bactéria responsável por causar essa enfermidade é nomeada de Treponema pallidum, um tipo de espiroqueta, que se apresenta em forma de uma esperial fina com espiras regulares e extremidades afiladas (figura 1) (BRASIL, 2010).

Figura1. Representação morfológica de Treponema pallidum. Fonte: Brasil, 2010 Dessa forma a sífilis é conceituada uma doença infectocontagiosa, tendo evolução em três fases. A sífilis congênita é uma doença que pode ser evitada por mulheres em idade reprodutiva se for realizada assistência pré-natal de forma efetiva (DOMINGUES et al. Embora essa doença apresente uma variedade de recursos diagnósticos e terapêuticos simples e de baixo custo, seu controle na gestação mostra-se um desafio para profissionais de saúde e gestores. Isso em decorrência do curto intervalo da gestação para a realização do seu diagnóstico e tratamento; pela dificuldade de abordagem das doenças sexualmente transmissíveis, principalmente durante a gestação; e provavelmente pelo desconhecimento da magnitude desse agravo e dos danos que ele pode causar à saúde da mulher e do bebê pela população e pelos profissionais de saúde (DOMINGUES et al.

p. Ressalta-se que a sífilis pode aumentar o risco de transmissão do HIV em até três vezes, sendo considerado um preditor significativo para a infecção (PINTO et al. Destacam Ramos,Figueiredo e Succi (2014, p. o seguinte: Além dos esforços para identificar e tratar gestantes com doenças infecciosas é fundamental que as ações sejam ampliadas e envolvam o encaminhamento da gestante para o parto e da mãe e do RN após a alta hospitalar, o que evitará a duplicidade de ações, garantirá uma assistência mais adequada e diminuirá o risco de repetição de eventos em gestações sucessivas. O treinamento contínuo da equipe multidisciplinar deve garantir o encaminhamento dos pacientes com informações suficientes que subsidiem a conduta médica, visando à prevenção da TV, às consequências desses agravos e aos desfechos negativos em outra possível gestação, atendendo os princípios da integralidade do cuidado nos serviços e ações em saúde.

Neste exposto, a sífilis congênita no Brasil aumentou de forma desordenada, variando de acordo com os anos, por exemplo, nos anos de 1986, 2005 e 2011 houve maior agravo de notificação compulsória desta doença no país (MESQUITA et al. Destaca-se que em Sobral, município do Ceará, no ano de 2006 foi intensificada a vigilância da sífilis congênita em gestantes, sendo considerado de forma tardia, o que cuminou para a elevação dos casos de sífilis congênita nos últimos anos (MESQUITA et al. A ocorrência de sífilis na gestação associa-se à cor, baixo nível de escolaridade, condições socioeconômicas, antecedentes de risco obstétrico, falta de acompanhamento pré-natal e número insuficiente de consultas (DOMINGUES et al. Do ponto de vista psicológico, a adolescência é uma fase em que se define a identidade sexual e por isso ocorre maior troca de parceiros, tornando-as mais expostas ao risco de contaminação (MIRANDA et al.

A maior aceitação de buscar ajudar médica são de mulheres com maior nível de estudo, talvez pelo maior conhecimento sobre os riscos que a sífilis causa caso não seja tratada (PINTO et al. O papel do Programa Saúde da Família é fundamental para a abordarem à saúde dessas mulheres atuando no diagnóstico precoce da doença (MIRANDA et al. Diagnóstico de triagem A sífilis quando transmitida para o concepto durante a gestação torna-se um problema de saúde pública, precisando, portanto ser diagnosticada. Ano do diagnóstico Número de casos confirmados 2006 04 2007 335 2008 189 2009 542 2010 519 2011 636 2012 718 2013 741 2014 806 2015 826 2016 905 2017 819 Total 7040 Fonte: adaptado de Brasil, 2018. No ano de 2006 houve uma menor quantidade (n=4) de casos de sífilis congênita notificados em Fortaleza-CE, isso pode ser explicado principalmente, devido a problemas relacionados a notificação (REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA, 2008).

Entre os anos de 2006 a 2016, por sua vez, observa-se um supreendente aumento do número de casos notificados de SC, podendo indicar não só o aumento da incidência dadoença, mas também melhorias no sistema de notificação. No município de Santa Maria-RS, foram observados 73 casos de SC durante os anos de 2007 a 2012, onde o maior número destes foi evidenciado no ano de 2012 (n=30), corroborando, portanto, com os dados encontrados nessa pesquisa, onde durante esse mesmo período de tempo, o ano de 2012 foi aquele que teve o maior número de casos em Fortaleza-CE (SANTOS et al. Aumento de casos notificados de SC também foram evidenciados na cidade de Porto Velho – RO, em que observou-se uma ascensão significativa entre os anos de 2009 a 2014, onde de 198 casos ao total, 79 destes foram notificados em 2014, corroborando com os resultados encontrados Fortaleza-CE que teve maiores notificações no ano de 2014, levando em consideração o mesmo período de tempo estudado em Porto-Velho (MOREIRA et al.

Em Londrina-PR também observou-se uma diminuição dos casos de SC no período de 2013 a 2015, ademais, não houve casos de mortalidade entre os anos de 2014 a 2015 relacionados a essa enfermidade. Tais resultados são justificados pelos pesquisadores devido ao treinamento dos profissionais de saúde, que por estarem mais capacitados conseguem promover saúde mais ativimente frente as gestantes havendo, portanto consequente diminuição dos casos de SC (LAZARINI; BARBOSA, 2017). A diminuição dos casos estará ligada diretamente a cada região, cidade ou estado uma vez que diversos fatores podem contribuir para essa diminuição, como: melhoria da assistência e do sistema pré-natal e o maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento (ALVES et al. entretanto o número de notificações em Fortaleza-CE mesmo tendo diminuído em 2017 ainda se mostra elevado.

Este é um dado preocupante e muitas vezes mesmo que hajam serviços de saúde disponíveis e profissionais capacitados ainda é necessário enfretar grandes barreiras para promover saúde aos acometidos devido, principalmente, a questões sociais e econômicas. p. ARREAS, C. O. et al. Masculinidade, vulnerabilidade e prevenção relacionadas às doenças sexualmente transmissíveis/HIV/Aids entre adolescentes do sexo masculino: representações sociais em assentamento da reforma agrária. Disponível em:<http://www. aids. gov. br/es/node/58919>. Acesso em: 26 mai. BRASIL. Ministério da Saúde. Sífilis Congênita. Disponível em:<http://tabnet. datasus. br/bvs/publicacoes/sifilis_estrategia_diagnostico_brasil. pdf>. Acesso em: 30 mai. CARDOSO, A. R. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. n. p. CEARÁ, Secretaria de Saúde.

Boletim epidemiológico Sífilis. M. et al. Sífilis congênita: evento sentinela em saúde. Revista de Saúde Pública, v. n. p. LAZARINI, F. M. BARBOSA, D. A. n. p. MAGALHÃES, D. M. S. n. p. MIRANDA, A. E. et al. PINTO, V. M. et al. Prevalência de sífilis e fatores associados a população em situação de rua de São Paulo, Brasil, com utilização de teste rápido. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.  p. REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA. Sífilis congênita e sífilis na gestação. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. n. Profile of gestation syphilis and congenital in Santa Maria – RS: multidisciplinary experience for knowledge exchange. Saúde (Santa Maria), v.

n. p. SILVA, L. BENITO, L. A. O. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil no período de 2008 a 2014. Universitas: Ciências da Saúde, Brasília, v.

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