TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO: Epidemiologia

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

A você filha o meu eterno amor! AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus pelo dom da vida, pela sabedoria e entendimento a mim concedido, que no seu infinito amor me abençoe sempre nessa nova jornada. Chegar até aqui não foi fácil, mais a caminhada se torna mais amena quando temos ao lado pessoas que amamos. Agradeço ai meu marido Clênio pela ajuda e pelo incentivo ao longo da caminhada. As colegas que direta ou indiretamente me ajudaram principalmente Beatriz, que esteve e está ao meu lado sempre. Aos mestres pela sabedoria compartilhada e a paciência na hora de ensinar. Epidemiologia. Saúde Mental. ABSTRACT Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a heterogeneous disease, considered by many as a complex of disorders. To present the epidemiological data on Obsessive-Compulsive Disorder found in publications indexed in databases.

It is an integrative review of the literature, characterized as a bibliographic, descriptive and qualitative research, between the years 2000 to 2017, in the databases SCIELO, BIREME-BVS and DEDALUS, with terms previously consulted in DeCS: obsessive-compulsive disorder, epidemiology. Diagnóstico diferencial 15 4. Tratamento 16 5 METODOLOGIA 19 6 DESENVOLVIMENTO 20 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22 REFERÊNCIAS 23 1 INTRODUÇÃO O Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença heterogênea, sendo considerada por muitos como um complexo de transtornos (CORDIOLI, 2008). Até pouco tempo atrás, o TOC era considerado doença rara, entretanto, a baixa procura pelo tratamento tende a subnotificar os casos, apresentado uma amostra clínica bastante diferente da verdadeira condição da população atual. O TOC é uma doença caracterizada, como diz o próprio nome, por obsessões e compulsões. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos V – DSM V, esclarece que obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes, vivenciados como intrusivos e indesejados.

JUSTIFICATIVA O Transtorno Obsessivo-compulsivo é uma doença psíquica cujo meio diagnóstico é puramente clínico. Desta forma, faz-se necessário o conhecimento do maior número possível de informações sobre a doença, sua distribuição na população, sua evolução, sintomas e possíveis tratamentos para que o diagnóstico aconteça de maneira correta. Os profissionais de enfermagem, por lidar com uma gama variada de pacientes, necessitam conhecer estas informações para auxiliar no tratamento e acompanhar o paciente com TOC da melhor forma possível. Baseado nesses fatos, este estudo se justifica pela necessidade e importância dos profissionais da enfermagem conhecerem o TOC, suas características e tratamento, pois só assim poderão oferecer uma assistência humanizada e de qualidade. REFERENCIAL TEÓRICO 4.

O DSM V caracteriza o TOC: “. pela presença de obsessões e compulsões. Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes, que são vivenciados como intrusivos e indesejados, enquanto compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente” (DSM V, p. O DSM V diferencia alguns transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados com a presença de preocupações e comportamentos repetitivos ou atos mentais como resposta a preocupações. Outros transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados, por sua vez, são caracterizados pela presença de comportamentos repetitivos recorrentes focados no corpo e tentativas repetidas de reduzi-los ou para-los (DSM V, 2014).

Em muitos casos, há diversas obsessões e compulsões que acontecem ao mesmo tempo e não sintomas únicos, e os pacientes variam o tema e sintomatologia com o passar do tempo. Apesar de na maioria dos casos o quadro piore na fase adulta, alguns relatam que o acontecimento de problemas que necessitem de enfrentamento pode atenuar os sintomas. Ainda, a gravidade do transtorno é suficientemente variável, existindo casos leves a extremamente graves e incapacitantes (TORRES; SMAIRA, 2001). Muitas pessoas portadoras do TOC têm vergonha de seus rituais, chegando muitas vezes a se esconder para realiza-los. Eles se imaginam como pessoas más, portadoras de algum desvio moral ou de caráter, fato pelo qual muitas delas não comentam sobre a doença com outras pessoas e demoram a buscar tratamento (CORDIOLI, 2008).

Todos esses rituais e ainda outros, podem ocasionar grandes conflitos familiares, destruindo-as por meio do divórcio ou comprometendo o lazer e a rotina da família (CORDIOLI, 2008). Por outro lado, famílias que possuem portadores de TOC tem a tendência de transformar o cotidiano da família baseado nos comportamentos compulsivos. Como dito anteriormente, a presença da pessoa com TOC produz mudanças na vida daqueles que com elas convivem. Pacientes com TOC estão susceptíveis à deterioração, nas situações de trabalho, escola e família. Muito frequentemente significando a perda do emprego, o abandono da escola, o rompimento de laços de amizade e a ausência de atividades de lazer. Nesses aspectos, ambos os transtornos são semelhantes, de forma que o TOC já foi conhecido como uma forma de melancolia.

A depressão também é a complicação mais comum do TOC. Diferem, entretanto, sobre o motivo da autoculpabilização: enquanto na depressão esta se refere a um evento indesejado já ocorrido, no TOC o indivíduo busca evitar a realização dos rituais, para que no futuro algo negativo (temido) não ocorra, por sua culpa (TORRES, 2001). O TOC possui sintomas semelhantes a fobias, como “medos irracionais de certas situações e objetos, envolvendo extrema ansiedade e habitual preservação da crítica”. O TOC pode ser confundido com agorafobias e fobias sociais graves, entre outros, e vice versa. Outros transtornos, como transtornos do controle de impulsos, transtornos alimentares, transtorno da ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno do estresse pós-traumático, transtornos delirantes e esquizofrênicos também devem ser diferenciados do TOC para um diagnóstico preciso (TORRES, 2001).

De acordo com um estudo, o TOC raramente acontece sozinho, sendo que cerca de 50% dos pacientes com TOC também apresentam outro transtorno e cerca de outros 40%, no mínimo, preenchem requisitos para transtorno de personalidade. Além da depressão, que é a complicação mais frequente do TOC, agorafobia, fobia social e pânico possuem altas taxas de comorbidade (PETRIBÚ, 2001). Tratamento O tratamento de pacientes com TOC e comorbidades devem ser tratados também as doenças psiquiátricas associadas. Por isso, os tratamentos desses pacientes são geralmente prolongados. Um estudo verificou que a EPR e a terapia cognitiva são eficazes no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo de crianças, adolescentes e adultos (PRAZERES; SOUZA; FONTANELLE, 2007). Estudos promissores com estimulação magnética transcraniana e estimulação cerebral profunda tem sido realizados na tentativa de oferecer melhor tratamento para os pacientes com TOC que não melhoram com o uso dos tratamentos convencionais.

Entretanto, o conhecimento sobre o tratamento do TOC ainda é limitado (SHAVITT, 2001). METODOLOGIA Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que se refere à análise de pesquisas variadas, permitindo que se tenha uma visão geral sobre o assunto em estudo e conhecimento para nortear a prática clínica, apontando ainda a necessidade de mais pesquisas para sanar deficiências e questões levantadas por estudos já publicados. Pelo fato de aportar vários estudos diferenciados, em um recorte de tempo, a revisão integrativa mostra-se como uma ferramenta importante, principalmente para profissionais como o Enfermeiro, que não dispõem de tempo para a leitura de vários estudos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). O TOC está entre as 10 doenças do mundo mais incapacitantes. Em estudo com amostra clínica de 105 brasileiros, 30% deles estavam sem trabalhar ou estudar, como consequência da doença (DEL PORTO, 2001).

Cerca de 2% dos suicídios nos Estados Unidos devem-se ao TOC, independente de condições de comorbidades (DEL PORTO, 2001). Sabe-se que os portadores de TOC tendem a ocultar o problema, procurando tratamento em poucos casos. Dessa forma, os pacientes clínicos não podem representar adequadamente a população. Outro estudo apresenta comorbidades com tiques, TOC associado à febre reumática e TOC com crítica prejudicada, em casos clínicos. Ambos os transtornos apresentam início precoce dos sintomas, mais comumente em homens, e frequentemente associados a tiques (HOUNIE et al, 2001). Um dos estudos abordou a relação entre TOC e fobia alimentar, especificamente, sendo a taxa de comorbidade entre TOC e fobias específicas entre 22% a 27% (CORREGIARI et al, 2000). Existem semelhanças do quadro clínico para TOC em pacientes da Índia, Inglaterra, Israel, Estados Unidos, Uganda, Egito, Japão, Dinamarca, Espanha.

Observou-se a frequência das compulsões de limpeza e verificação e das obsessões por contaminação e agressão.  DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014. CORDIOLLI, A. V. Vencendo o transtorno Obsessivo-compulsivo. Epidemiologia e aspectos transculturais do transtorno obsessivo-compulsivo.  Revista Brasileira de Psiquiatria, v. p. DINIZ, J. B. L. Relação família-paciente no transtorno obsessivo-compulsivo.  Revista Brasileira de Psiquiatria, v. p. HOUNIE, A. n. p. MARQUES, C. Tratamento farmacológico do transtorno obsessivo-compulsivo.  Revista Brasileira de Psiquiatria, v. n. p. MINAYO MCS (org. Pesquisa social. Teoria, método e criatividade.  Revista Brasileira de Psiquiatria, v. p. PRAZERES, A. M; SOUZA, W. F. p. TORRES, A. R; LIMA, M. C. P. p. TORRES, A. R; SMAIRA, S. I. Quadro clínico do transtorno obsessivo-compulsivo.

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