TCC - AUTISTA ATENDIMENTO NAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS NAS ESCOLAS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

A educação especializada deve desenvolver o potencial de cada indivíduo, com aprofundamento de conhecimento, explorando técnicas nos seus procedimentos. Assim procurando conhecer todo o processo das salas multifuncionais, no qual sejam bem sucedidos com valores que determinante no sucesso do dia a dia educacional para alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica decorrente do processo de ensino e aprendizado, realizado durante o tempo de estudo através de livros, sites, artigos e visita informal a algumas escolas do locais que atende esses alunos em salas de recursos multifuncionais (AEE), o presente trouxe como discussão principal, o acesso às políticas públicas dessas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), pela busca dos diretos adquiridos, como proceder para receber atendimento especializado em todas as áreas, quais os profissionais envolvidos no atendimento a criança e também as famílias.

Palavras Chave: AEE. Autista. Com relação ao desenvolvimento da pessoa com necessidades especiais em estudo os TEA, pode-se dizer que a sala de recurso oferece uma atenção pedagógica diferenciada, ou seja, pode se afirmar que “a finalidade da intervenção pedagógica é contribuir para que o aluno desenvolva as capacidades de realizar aprendizagens significativas por si mesmo e que aprenda a aprender” (BRITO, 2003. p. No desenvolvimento deste trabalho o método utilizado para corresponder aos objetivos foi à pesquisa bibliografia, sendo que essa metodologia permite analisar leitura de vários livros que abordem a temática estudada, publicações, revistas e também a possibilidade de buscar suporte necessário para realizar a pesquisa. Com o passar dos anos, a sociedade brasileira passou a conviver com mudanças significativas na estrutura familiar, nota-se que as mesmas estão mais heterogêneas, enfrentando paradigmas ate então não observado.

Hoje nas escolas o atendimento para todos os alunos com alguma necessidade especial passou a ser mais respeitado, todos tem atendimento direcionado para cada necessidade. BREVE HISTÓRICO SOBRE O AUTISMO A palavra autismo vem da origem grega, onde “autos” possuem seu significado “em si mesmo” e “ismo” significa “voltado para”, ou seja, se juntarmos os dois termos podemos compreender as características de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou seja, a criança autista possui o seu próprio mundo. LIRA, 2004; GOMES, 2007). O primeiro médico a usar a palavra autismo foi psiquiatra Plouller, o mesmo realiza estudos sobre o que pensavam os pacientes até então diagnosticados com esquizofrenia, pois neste período o TEA ainda era entendido. Mas foi em 1943 que o psiquiatra Kanner depois de muitos estudos conseguiu diferenciar o paciente esquizofrênico, do paciente autista, após observar o comportamento de grupos de crianças que se isolavam e mantinham comportamento diferente das demais, pois as mesmas não se relacionavam com as famílias ou a sociedade e algumas tinham alguns movimentos repetitivos.

Durante muitos anos, acreditava-se que o autismo estava relacionado com o vínculo familiar, relacionamento entre pais e filhos, e que o mesmo estava ligado à esquizofrenia por apresentar alguns sintomas parecidos. º I e II: Art. A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios: I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural; II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; e III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.

De acordo com a Política Nacional, fica claro que é dever do estado fazer esta integração entre o indivíduo e a sociedade, mas o mesmo deixou muito desejar, pois, não oferecia serviços adequados para inseri-los junto à Sociedade, foi assim que surgir o terceiro e último paradigma, o paradigma de suporte, que não visava somente à inclusão do indivíduo junto à sociedade, mas também como fazê-lo. São necessários profissionais qualificados, visando o bem estar social, econômico, cultural, e a inclusão dos mesmos. Segundo o autor Mader, inclusão é ermo que se encontrou para definir uma sociedade que considera todos os seus membros cidadãos legítimos. BRASIL, Ministério da Educação, 1996). Assim, observa-se a priorização da inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular, na forma de serviços de apoio especializado e classes especializadas.

Em 2008, o Decreto nº 6. trouxe a implementação da “Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva”, cujo objetivo principal se referia ao compromisso da União na prestação de apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para o atendimento educacional especializado. No Decreto anteriormente citado, as Salas de Recursos Multifuncionais atendem especificidades de dois grandes grupos, divididos em salas Tipo I e Tipo II. Pode-se observar nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica na Instrução n° 016/2011: Certamente, “A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.

O respeito e a valorização da diversidade dos alunos exigem que a escola defina sua responsabilidade no estabelecimento de relações que possibilitem a criação de espaços inclusivos, bem como procure superar a produção, pela própria escola, de necessidades especiais. ” (INSTRUÇÃO N° 016/2011). Portanto, para que haja uma inclusão no âmbito educacional, é necessário que os segmentos escolares assegurem as políticas estabelecidas segundo concepções curriculares e fornecendo todo e qualquer tipo de recursos necessários para a aprendizagem na totalidade do individuo. Assim sendo, independente da classe social a que o individuo pertence, tem direito a uma escola que se adapte as suas necessidades especiais, todo o âmbito deve suprir a demanda da aprendizagem. Segundo Arnal e Mori, 2007, p. “Um pressuposto básico de nosso trabalho é a importância da mediação.

A forma como o professor trabalha, as estratégias que ele utiliza para ensinar são definitivas para a aprendizagem do aluno. Uma prática realmente mediadora implica um trabalho intencionalmente organizado para que o aluno, com ajuda, adquira os conteúdos planejados. Esse talvez seja o ponto mais problemático nas práticas pedagógicas observadas nas salas de recursos. O papel da escola é fazer o reconhecido no nível da educação, na elaboração de estratégias para que estes alunos com autismo consigam desenvolver capacidades para se integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”. O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e gradativo, o professor deverá sempre fazer uma flexibilização em todo aprendizado e comunicação com o aluno.

O professor tem a responsabilidade a dar atenção especial e sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos autistas. Ensinar coisas funcionais para a criança autista é a essência de um trabalho adequado e a persistência é um grande aliado deste objetivo. É preciso atender prontamente toda vez que a criança autista solicitar e tentar o diálogo, a interação é essencial para esse convívio escolar. Através da mediação do professor a criança poderá desenvolver uma adequação a aprendizagem e uma transformação as estruturas cognitivas da criança. AUTISMO E SEU DESENVOLVIMENTO Nota-se na criança com a síndrome, alterações na afetividade, ausência de interesse no ato de brincar, dificuldade na fala dando a impressão de ser uma criança tímida ou arrogante, o comportamento pode interferir no desenvolvimento no meio social a qual está inserida.

Os estudos atuais a respeito do déficit cognitivo do autismo é inspiração no trabalho pioneiro de Hermelin e O’Connor (1970), que foram os primeiros a testarem, cientificamente, como as crianças autistas processavam a informação sensorial na resolução de testes de habilidades de memória e motoras. Eles concluíram que essas crianças mostravam déficits cognitivos específicos, problemas de ordem e significado e na percepção, os quais não poderiam ser explicados por deficiência mental; dificuldades em se concentrar, em ter atenção para fazer discriminações na ausência de respostas retorno de respostas na forma motora; e tendência a armazenar a informação visual, utilizando um código visual, enquanto as crianças com desenvolvimento normal usavam códigos verbais e/ou auditivos.

Particularmente surpreendentes foram as respostas dessas crianças aos estímulos auditivos - a intensa resposta fisiológica a sons contrastava com a passividade geralmente demonstrada por essas crianças em situações envolvendo tais estímulos (BOSA; CALLIAS, 2000, p. DIRETRIZ DE ATENÇÃO À REABILITAÇÃO DA PESSOA COM TRANSTORNOS. A criança com esta síndrome tem dificuldade de se adaptar e conviver com outros, também faz com que eles, se dispersem com facilidade, não sejam carinhosos e apresentem determinadas dificuldades como: Não aceitar mudança de rotina, resistência ao aprendizado. Mas também apontam pontos fortes e habilidades que podem ser ressaltados, em determinadas práticas ou situações, como ser habilidoso e sábio. De acordo com a autora a criança com autismo pode apresentar dificuldades em todos os seus componentes.

Isto não quer dizer que a criança não se comunique, mas ela não o faz para se socializar, e sim para que o outro regularize seu comportamento. Na idade escolar, seu desenvolvimento da linguagem e dificuldade em usá-la para comunicar suas ideias são umas das principais dificuldades do autista. A criança com autismo não são relutantes ou preguiçosas, o atraso na linguagem faz com que ela tenha dificuldade de formar frases, por este motivo às atividades pedagógicas em formas de jogos são repetitivas e monótonas. Para Piaget o desenvolvimento cognitivo é interpretado a partir da experiência com o meio físico, e o processo de desenvolvimento intelectual pelo mecanismo de equilibração das ações sobre o mundo.

E em Vygotsky, a interação social e o instrumento linguístico são decisivos para compreender o desenvolvimento cognitivo (CASTORINA 2002 apud SANTOS, 2013, p. De acordo com Piaget (2002), para um desenvolvimento de qualidade do autista a área principal a ser estimulada deve ser o seu cognitivo e interação social, pois por meio do contato com os materiais necessários, trará para o autista uma aprendizagem mais ampla e satisfatória, pois não é só pelo contato com os materiais que o seu desenvolvimento é adquirido, mas também por meio da comunicação com o cotidiano, o contato com o outro, levando-o a aprender por meio desta interação, com mundo ao seu redor. Como cidadãos, possuem os mesmos direitos previstos na Constituição Federal de 1988 e em outras leis, que são garantidos a todas as pessoas.

Além disso, as crianças e os adolescentes com autismo também são possuidores de todos os direitos presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990). A Constituição Federal de 1988 assegura um rol de direitos à pessoa com deficiência, a saber: a responsabilidade da União, do Estado, do Distrito Federal e dos municípios de cuidar da saúde e da assistência social das pessoas com deficiência (artigo 23º, inciso II); a responsabilidade da União, dos Estados e do Distrito Federal de legislar sobre a proteção e a integração das pessoas com deficiência (artigo 24º, inciso XIV); a prestação da assistência social a quem dela necessitar, objetivando a habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência e a integração à vida em comunidade (artigo 203º, inciso IV); a responsabilidade do Estado de garantir o atendimento educacional especializado à pessoa com deficiência, de preferência na rede regular de ensino (artigo 208º, inciso III).

O Estatuto da Criança e do Adolescente também traz em sua redação uma lista de direitos assegurados às crianças e aos adolescentes com deficiência, como por exemplo: o direito de atendimento especializado (artigo 11º, parágrafo 1º); fornecimento gratuito pelo poder público de medicamentos, próteses ou outros recursos necessários ao tratamento, habilitação e reabilitação da criança e do adolescente (artigo 11º, parágrafo 2º); o direito à educação especializada, “preferencialmente na rede regular de ensino” (artigo 54º, inciso III); a garantia de trabalho protegido (artigo 66º); o direito de “prioridade de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção e proteção” às famílias com crianças e adolescentes com deficiência (artigo 70º-A, parágrafo único); o direito ao tratamento especializado e individual aos adolescentes com doença ou deficiência mental (artigo 112º, parágrafo 3º).

A Lei n° 12. estratégias e critérios de atuação docente; e admite decisões que oportunizam adequar a ação educativa escolar às maneiras peculiares de os alunos aprenderem, considerando que o processo de ensino aprendizagem pressupõe atender à diversificação de necessidades dos alunos na escola. Este processo de Adaptação Curricular é entendido como mudanças do planejamento e melhorias no âmbito educacional por meio de conteúdos e formas de avaliações diferenciadas. O PAPEL DO PROFESSOR E SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA NAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS O professor da Sala de Recurso, para Jesus e Martins (2000) é conduzido de diversas formas, de acordo com a necessidade enfrentada: Trabalho direto com o professor na sala de aula – o papel mais importante do professor de apoio educativo na Escola Inclusiva é o de consultor ao professor do regular.

Este papel poderá implicar uma série diversificada de atividades que têm como objetivo ajudar o professor a responder com sucesso às necessidades educativas dos seus alunos (JESUS; MARTINS, 2000, p. Este aluno da sala de Recursos Multifuncionais necessita de uma formação atendendo sua especificidade, e deve ocorrer uma interação do professor das salas de recursos multifuncionais e da classe regular para acompanhar o desenvolvimento deste aluno. Educação e Inclusão Escolar: Á Pratica Pedagógica da Sala de Recursos de 5ª a 8ª Séries. p. Disponível em http://www. ppe. uem. Reflex. Crit. vol. n. Porto Alegre, 2000. Parâmetros Curriculares Nacionais, Adaptações Curriculares - estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Disponível em: http://200. Nucleus/media/common/Downloads_PCN. PDF. Acesso em: 01 Dezembro.

Lei nº 12. de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. da Lei nº 8. de 11 de dezembro de 1990. CAMARGOS Jr, Walter et al. Autismo Infantil - Sinais Sintomas. In: Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. Brasília: Corde, 2002. Constituição Federal de 1988 Art. Inclusão de alunos (as) com necessidades especiais: mais do que respeitar as diferenças, valorizá-las. In: Ciência e Cultura. Ano III. No 3 jul-dez/2006. Estatuto da Criança e do Adolescente. Formação continuada: construindo um diálogo entre teoria, prática, pesquisa e educação inclusiva. In: JESUS, D. M. BAPTISTA, C. R. Porto: Edições ASA, 2000. LAMPREIA, Carolina.  A perspectiva desenvolvimentista para a intervenção precoce no autismo.  Estud.

psicol. MADER, G. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um novo paradigma. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Caminhos pedagógicos da Educação Inclusiva. IN: GAIO, Roberta, MENEGHETTI, Rosa G.   ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. ª rev. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1997 PARANÁ; Secretaria de Estado da Educação Superintendência Da Educação. INSTRUÇÃO N° 016/2011 – SEED/SUED. educacao. pr. gov. br/arquivos/File/instrucoes/Instrucao162011. pdf>. BAPTISTA, M. N. Avaliação familiar, sintomatologia depressiva e eventos estressantes em mães de crianças autistas e assintomáticas. Contextos Clínic. São Leopoldo , v.

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