SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Políticas Ambientais e econômicas 5 2. LOGÍSTICA NA ENGENHARIA CIVIL 6 2. Influência na sustentabilidade 8 3. CONCLUSÃO 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 1. SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA CIVIL O desenvolvimento sustentável pode ser definido como o desenvolvimento capaz de atender as necessidades das gerações atuais, sem prejudicar o desenvolvimento e o atendimento das gerações futuras (CURI, 2011). Que podem auxiliar no melhor planejamento dos municípios, de modo a levar em consideração as inter-relações entre os subsistemas urbanos e naturais. E assim, estabelecer a eficiência energética, a utilização de fontes renováveis de energia, a redução dos deslocamentos e da dependência de automóveis, bem como na criação de construções inteligentes. A sustentabilidade na construção civil, portanto, visa implantar instrumentos e mecanismos capazes de proporcionar obras mais sustentáveis, capazes de contribuir tanto para a preservação do meio ambiente, quanto a redução de impactos ambientais e, principalmente, de saúde pública.

Neste cenário, com a crescente preocupação relacionada ao elevado consumo de insumos naturais, surgem as construções bioclimáticas, a arquitetura sustentável, as ecovilas, os edifícios verdes, a casa ecológica e entre outros empreendimentos de caráter verde, sustentável e/ou ecológico. De acordo com Blumenschein (2004), na construção civil, a sustentabilidade deve ser abordada em três pontos principais, os quais correspondem à: construção atenta ao meio ambiente, construção sustentável e vida sustentável. Além disso, buscam reduzir o efeito ilha-de-calor, a poluição do ar e a ocorrência de enchentes, que constituem um dos principais desconfortos aos usuários e problemas dos centros urbanos. Políticas Ambientais e econômicas A política ambiental corresponde ao conjunto de ações ordenadas e práticas tomadas pelas empresas e governos, com o objetivo de atuar na preservação do meio ambiente e, garantir o desenvolvimento sustentável do planeta.

Enquanto que a política econômica constitui o conjunto de ações panejadas para atingir determinadas finalidades, que se encontram relacionadas com a situação econômica da empresa ou do país (GARÉ, 2011). Pode-se perceber que um dos atuais instrumentos de políticas ambientais e econômicas, na construção civil, é ISO 14000, a qual representa uma série de normas, responsáveis por fornecer uma estrutura para a gestão ambiental em empresas. Esta série inclui normas voltadas a: sistema de gestão ambiental, auditoria, avaliação de desempenho ambiental, rotulagem ambiental (selos), avaliação do ciclo de vida de produto e aspectos ambientais em normas de produto. Desta forma, a logística gere estrategicamente a aquisição, a movimentação e o armazenamento de materiais, peças e produtos acabados, de movo a maximizar os lucros presentes e futuros, visto que a integração entre o fabricante, fornecedor e consumidor final, acarreta um processo mais ágil, seguro e lucrativo.

Com base nestes conceitos, as empresas buscam implantar a logística integrada, juntamente com a filosofia da produção enxuta, a qual se baseia na eliminação progressiva de desperdícios, fluxo continuo de processos e produção de acordo com a demanda (no tempo e quantidade pré-estabelecidos). A construção civil, muitas vezes, é caracterizada por processos que envolvem atrasos, desperdícios e baixa qualidade, devido considerar a produção apenas da matéria prima em produto acabado e fundamentar-se na área técnico-estrutural, negligenciando as outras. Entretanto, o processo de logística neste setor, pode possibilitar um melhor planejamento de atividades, aquisição de matéria prima, fornecimento e manutenção de equipamentos, movimentação da mão de obra e, consequentemente, maior lucratividade. A otimização do setor por meio de princípios de logística, permite reduzir as atividades de espera, inspeção e transporte, aumentando a produtividade e agregando valor ao produto final.

O processo logístico em uma empresa, que acompanhe as mudanças na sociedade, contribui para um conceito que faz parte da realidade da logística, a sustentabilidade. Apesar do principal objetivo da logística estar relacionado em coordenar atividades de transporte de produtos, este processo passa a considerar as consequências ambientais e sociais de suas atividades. Com o objetivo de obter benefícios conjuntos e não isolados, existem técnicas e conceitos que são utilizados na indústria como, por exemplo, a logística reversa, em meio a necessidade de estabelecer princípios de destinação correta de resíduos. Este instrumento é obrigatório por lei e pode ser definido, de acordo com Mazur (2015), como a área empresarial responsável por planejar, operar e controlar o fluxo, bem como as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando valor econômico, ecológico, legal e logístico.

Sendo assim, a logística reversa representa, portanto, um instrumento de desenvolvimento econômico e social, que permite o retorno dos produtos às empresas e indústrias, com o objetivo de reduzir os índices de poluição e os desperdícios de insumos, assim como contribuir para a reutilização e reciclagem direta de materiais descartados pelo setor da construção. A logística, apesar de ser uma área que demanda muitos recursos, como citados no tópico anterior, corresponde a uma das áreas que mais possibilita a eficiência operacional. Nas operações de transporte, por exemplo, pode vir a auxiliar na definição de rotas bem delineadas, que favoreçam mais entregas em períodos mais curtos que, consequentemente, reduz a emissão de gás carbônico, depreciação dos veículos e do consumo de combustível.

Além da logística reversa, a construção civil busca constantemente estabelecer e implantar sistemas e processos construtivos capazes de gerar um menor impacto ambiental ao ambiente urbano. O que demonstra a importância da implementação de processos de gestão e programas de reciclagem de resíduos da construção, até técnicas mais avançadas para a geração e conservação de energia, captação de águas pluviais e melhoria da qualidade do ar no interior da edificação, com a finalidade de oferecer uma melhor qualidade aos empreendimentos. A adoção de práticas de racionalização e otimização, aliado ao emprego de novas tecnologias (materiais e equipamentos) e de técnicas operacionais mais aprimoradas, na indústria da construção civil, tem como objetivo viabilizar empreendimentos e aumentar a competição entre as organizações do ramo, além de proporcionar ganhos de qualidade, produtividade e minimização de custos.

R. Aplicação de logística no contexto da construção civil. f. Monografia (Graduação em construção civil). Universidade Federal de Minas Gerais. São Paulo: Pearson, 2011, 313 p. GARÉ, J. C. Contribuições da construção civil brasileira para o desenvolvimento sustentável. f. MATTOS, A. M. Logística na Construção Civil. f. Monografia (Graduação em Engenhara Civil).