Suicídio: Abordagem da Terapia Cogniivo Comportamental

É caracterizada por pensamentos ou ideias acerca do suicídio e/ou planejamento da própria morte. Engloba desejos, atitudes ou planos que o indivíduo tenha para se matar (Borges & Werlang, 2006). As tentativas de suicídio ou sua prática efetiva sempre demanda sentimentos de desgosto, sofrimento, angústia, pessimismo. Esta dor pode ser consequência emocional ou pode ser referente a uma crise de natureza orgânica, uma conturbação mental. Outro fator que envolve a ideia suicida provém do consumo de drogas e de álcool, e estas quando associado a distúrbios mentais a ação é potencializada significativamente, o que torna a atitude suicida praticamente inevitável. Objetivo Geral Aplicar o uso da terapia cognitivo comportamental (TCC) como tratamento para a ideação suicida, tentativas e atos suicidas.

Objetivos Específicos Compreender como se dá a atuação do psicólogo diante de pacientes com ideação suicida e atos suicidas; analisar a coparticipação entre terapeuta e paciente para a identificação de pensamentos disfuncionais; apontar técnicas da TCC que podem ser utilizadas como dispositivo de intervenção no tratamento a esses pacientes 3. METODOLOGIA O trabalho foi elaborado sob uma pesquisa bibliográfica, através da consulta de livros, e artigos científicos e acadêmicos na internet. Gil (2010, p. conceitua pesquisa bibliográfica da seguinte forma: A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Quadro 1: Definição de termos Termo Definição Ideação suicida Quaisquer pensamentos, imagens, crenças, vozes ou outras cognições relatadas pelo indivíduo sobre terminar intencionalmente com sua própria vida.

Tentativa de suicídio Comportamento não fatal, auto infligido, potencialmente danoso, com qualquer intenção de morrer como seu resultado. Uma tentativa de suicídio pode resultar ou não em um ferimento. Suicídio Morte causada por comportamento danoso auto infligido com qualquer intenção de morrer como resultado desse comportamento. Ato suicida Comportamento auto infligido, potencialmente danoso, com qualquer intenção de morrer como seu resultado. Bastos, 2009, p. Portanto ele afirma que o suicídio acontece no plural, onde quem o executa, não acaba apenas o corpo biológico, mas como o sofrimento, com o tormento e as angustias; em diferentes graus de fantasias inconscientes, atitudes ambivalentes entre a vida e a morte numa autodestruição que segue uma sequenciam continua. A TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO SUICIDA Aaron T.

Beck, psiquiatra e psicanalista realizou no início dos anos 1960 estudos com o objetivo de mostrar à comunidade médica a eficácia da psicanálise. A partir desses estudos Beck acabou por desenvolver uma forma de psicoterapia denominada de “Terapia Cognitiva”, onde ele descobriu outras explicações para a depressão, através da identificação de cognições distorcidas e negativas, sendo um modelo estruturado e de curta duração, trabalhando o presente do indivíduo desenvolvendo técnicas para que esse processo ocorra. A terapia cognitivo-comportamental é orientada para os objetivos e focada nos problemas; 5. A terapia cognitivo-comportamental enfatiza inicialmente o presente; 6. A terapia cognitivo-comportamental é educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída. A terapia cognitivo-comportamental visa ser limitada no tempo; 8.

As sessões de terapia cognitivo-comportamental são estruturadas; 9 A terapia cognitivo-comportamental ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais; 10 A terapia cognitivo-comportamental usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento. Uma das possibilidades de auxiliar o paciente é ensina-lo a pensar e agir de forma mais adaptativa e funcional, pode ser através de um treinamento de habilidades e resolução de problemas. O terapeuta deve incentivar o paciente a expor os problemas que enfrenta em seu cotidiano e que lhe causam sofrimento, procurando soluções possíveis através do questionamento sobre como ele aconselharia alguém a agir diante daquela situação, ou ainda oferecendo potenciais soluções como forma de estimular seu pensamento. A TCC utiliza-se de técnicas que visam modificar estes pensamentos e crenças disfuncionais, fazendo com que o sujeito identifique alternativas de resolução de problemas, treine suas habilidades e faça adaptações.

Entre as técnicas possíveis, sugere-se o relaxamento, a dessensibilização sistemática e a reestruturação cognitiva. Canfield 2005). Segundo KOVÁCS, (1992, p. O suicídio é um ato muito complexo, portanto não pode ser considerado em todos os casos como psicose, ou como decorrente de desordem social. Também não pode ser ligado de forma simplista a um determinado acontecimento como rompimento amoroso, ou perda de emprego. Trata-se de um processo, que pode ter tido o seu início na infância, embora os motivos alegados sejam tão somente os fatores desencadeantes. Assim sendo foi constatado que há eficiência na aplicação da terapia cognitiva-comportamental diante do comportamento suicida, que se apresenta como uma importante estratégia de intervenção nestes casos pois a TCC utiliza técnicas diretivas e objetivas, baseadas na cooperação entre terapeuta e paciente para o reconhecimento de pensamentos disfuncionais, possibilitado promoção da afirmação deste sujeito na resolução dos seus conflitos.

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