SALA DE AULA INVERTIDA: UMA METODOLOGIA ATIVA NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

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PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia; Educação; Inovação; Docente; Conteúdo. Introdução Observam-se os tempos atuais como consequência de uma revolução tecnológica que transformou profundamente as relações sociais em todos os aspectos. Grandes mudanças na política, reestruturação do mundo do trabalho, a expansão das indústrias e o alargamento da economia. Tudo isso ocorreu devido ao impacto da revolução da informação nos diversos setores da sociedade. Como Lúcia Santaella afirma em Culturas e Artes do Pós-Moderno: (. Os cursos de licenciatura e pedagogia têm procurado modificar seus conteúdos curriculares a fim de formar profissionais habilitados para esse novo paradigma escolar, entretanto, a qualidade da formação superior ainda varia muito, dependendo de certos aspectos. Em "A Formação do Professor de Português" (2006), Paulo Guedes comenta que o aluno de licenciatura acaba sendo responsável pela sua própria formação, devido a existência de uma infinidade de modelos a qual seguir.

O autor afirma que a formação docente não deveria se restringir ao domínio de teorias, mas também na identificação e correção de deficiências como aluno de Letras. Portanto, muitas vezes o docente só vai realmente se tornar habilitado quando chega à sala de aula, quando se vê desafiado e precisa tornar os recursos tecnológicos como seus aliados em favor da êxito do ensino-aprendizagem. Dessa forma, como inovação dos modelos tradicionais de ensino, a proposta do flipped classroom - sala de aula invertida - objetiva envolver os recursos digitais na aplicação de conteúdo. Dessa forma, com base na leitura de diversos autores, o presente trabalho visa descrever a importância do Flipped Classroom para a inovação da rotina escolar, especialmente no planejamento das aulas de língua portuguesa e língua inglesa.

Utilizando as referências nos Parâmetros Curriculares Nacionais direcionado a estas disciplinas, será enfatizado a relevância da atualização da prática docente junto aos recursos tecnológicos. Invertendo um Paradigma Todo o processo formativo educacional de um indivíduo envolve diversos fatores. A escola é um dos espaços formadores, mas não o único nem o principal: a convivência em família e em sociedade, a maneira como o indivíduo encara a si e ao mundo, muitas coisas ditam os aspectos que contribuem para a formação integrada que cada pessoa recebe. Entretanto, a Escola dever assumir um papel transformador nesse processo, estabelecendo o ensino de novas ideias e o aprimoramento da compreensão. Professor é quem deixa claro que o aluno tem um intelecto a ser mobilizado na organização de uma relação mais inteligente e mais consciente com a vida.

GUEDES, 2006, p. Jonathan Bergman e Aaron Sams definem que "Basicamente o conceito de aula invertida é esse: aquilo que era tradicionalmente feito em sala agora é feito em casa, e aquilo que era tradicionalmente feito como dever de casa agora acontece em sala. BERGMAN & SAMS, 2012, p. Em seu livro a respeito do método, os autores relatam a grande transformação que a aplicação da sala de aula invertida gerou em suas práticas docente. Os PCNs comentam sobre a variedade de softwares direcionados à aprendizagem de aspectos específicos da Língua Portuguesa, e assim como nas indicações para língua estrangeira (que serão analisadas mais adiante), os Parâmetros orientam certa criticidade na escolha dessas ferramentas no ensino de LP. Observando que os Parâmetros preveem o uso dos recursos tecnológicos em favor da aprendizagem, é possível pensar na aplicação da aula invertida para essa disciplina como contextualização com a cultura atual.

Visto que diversos novos textos, expressões e conceitos são propagados diariamente de forma global através da internet, é possível propor, por exemplo, a análise da repercussão de determinado assunto através da leitura dos diversos textos, imagens, memes e expressões difundidas pela rede. De posse da análise prévia desses textos, os alunos chegam a sala de aula prontos para participar de uma discussão que pode ser enriquecedora para o processo didático, quando bem conduzida pela professor. Pensando no aproveitamento do método para as aulas de língua inglesa, podemos fazer relação com as orientações didáticas dos Parâmetros Nacionais Curriculares para Língua Estrangeira. tradução nossa) Os PCNs levam em conta o impacto da tecnologia da informática na aprendizagem de língua estrangeira, tal como a crescente exigência do mercado de trabalho em relação ao conhecimento das redes de informação, que usam predominantemente a língua inglesa.

O conhecimento de LE é crucial para se poder participar ativamente dessa sociedade em que, tudo indica, a informatização passará a ter um papel cada vez maior. BRASIL, 1998a, p. Entendendo a relevância que o ensino do inglês tem atualmente, a aplicação da sala de aula invertida torna-se muito fácil no caso desta disciplina. Com o aproveitamento de recursos online, cabe ao professor saber conduzir o processo didático, podendo utilizar de mídias que o aluno já conhece e procurar esclarece-las através do método. A quebra do modelo tradicional, onde a classe espera até o momento da aula para então ouvir a exposição de conteúdo do professor, se dá quando se compreende que ele realmente não está mais em vigor.

Ao disponibilizar previamente o material didático, o professor precisa esclarecer que não se trata de "souvenir" da aula, mas de um elemento necessário para a aprendizagem. E esse material didático não precisa ser necessariamente arquivos digitais. Se há a impossibilidade do uso dessas ferramentas, pode-se utilizar material impresso como cópias ou livros. A proposta de estudo prévio deve ser orientado pelo professor, assim como as discussões sobre o assunto entre os alunos nas atividades em sala de aula e o conseguinte aprofundamento do tema. Referências Bibliográficas BERGMAN, Jonathan. SAMS, Aaron. Flip Your Classroom: Reach Every Student in Every Class Every Day. Washington, DC: ISTE/ASCD, 2012. págs. In: A Formação do Professor de Português: que Língua Vamos Ensinar? São Paulo: Editora Parábola, 2006.

Pág. SANTAELLA, Lúcia. Culturas e Artes do Pós-Humano: Da Cultura das Mídias à Cibercultura. São Paulo: Editora Paulus, 2003.

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