ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS SURDOS

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

No qual o primeiro capítulo procurou tecer considerações acerca do alunado surdo, suas especificações e necessidades e no segundo capítulo a alfabetização desse em nível fundamental. Para a realização desta análise, buscamos compreender a temática em suas múltiplas determinações. PALAVRAS–CHAVE: Alfabetização; Aluno Surdo; Libras; Surdez. Introdução O mundo é uma escola na era das múltiplas formas de acesso à informação instantânea, o aprendizado não pode ficar restrito à o processo institucional, muito menos à transferência passiva de informações e pseudoconhecimentos. Em meio à contemporaneidade e rompimentos de paradigmas educacionais. Diante dos estudos realizados no decorrer do Curso de Especialização em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, percebe-se a importância da compreensão e análise do a alfabetização do alunado surdo, a fim de potencializar os processos, bem como uma lograr uma aprendizagem significativa.

A metodologia aplicada para a explanação e análie deste tema é a pesquisa bibliográfica, e para fundamentação teórica utilizou-se seguintes autores Dorziat (2006), Ferreiro (2000), Quadros (2007), Skliar (2000), entre outros Sendo assim, o referido artigo está dividido em três capítulos. No qual o primeiro capítulo procurou tecer considerações acerca do alunado surdo, suas especificações e necessidades e no segundo capítulo a alfabetização desse em nível fundamental. Para a realização desta análise, buscamos compreender a temática em suas múltiplas determinações. Acredita-se que as discussões viabilizadas pelo desenvolvimento desta pesquisa possam trazer contribuições significativas para pais, professores e demais profissionais da área da educação, pois permitirão maiores esclarecimentos acerca da alfabetização do alunado surdo Assim, após analise crítica, observamos que é dever do professor, enquanto figura de conhecimento, mediador e orientados, estimular e possibilitar meios para o educando aprender e (re) construir seus conhecimentos.

Tomas Hopkins Gallaudet fundou nos EUA a primeira escola permanente para surdos. A Universidade Gallaudet permanece até hoje nos Estados Unidos. Foi na década de 1950 do século passado, que houve um impulso maior no que diz respeito à técnica vocalizada, com os avanços da tecnologia voltada para a deficiência auditiva, onde as crianças surdas muito pequenas poderiam usar próteses, numa esperança de fazê-las ouvir e falar. A partir da década de 1960 iniciaram estudos da Língua de Sinais. Quem impulsionou tais estudos foi WIlliam Stokoe. Isto significa que abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo. Descreve a pesquisadora surda: [. as identidades surdas são construídas dentro das representações possíveis da cultura surda, elas moldam-se de acordo com maior ou menor receptividade cultural assumida pelo sujeito.

E dentro dessa receptividade cultural, também surge aquela luta política ou consciência oposicional pela qual o indivíduo representa a si mesmo, se defende da homogeneização, dos aspectos que o tornam corpo menos habitável, da sensação de invalidez, de inclusão entre os deficientes, de menos valia socia”. PERLIN, 2004, p. Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. BRASIL 2002) 2. Aluno com surdez/deficiência auditiva O termo surdez é o nome dado à perda auditiva ou à incapacidade de ouvir. Pode acontecer por diversos motivos. De fato, o “ouvitismo” teve como base os textos da medicina, a autoridade dos pais e, até mesmo, dos próprios surdos que acabavam por negar sua condição.

Deste modo o “ouvitismo” foi de fato, é o que expõe o Skliar, uma forma de “colonização” do currículo que acabou equiparando os surdos aos doentes mentais. Tal conjuntura leva incondicionalmente ao fracasso escolar que muitas das vezes é atribuído ao fracasso dos professores; a metodologia de ensino tidas como limitadas; e ao próprio surdo pela sua condição biológica natural. Introduziu o termo "ouvintismo" como um conjunto de representações dos ouvintes a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte. Nessa perspectiva é que acontecem as percepções do ser deficiente, do não ser ouvinte, percepções que legitimam as práticas terapêuticas. As representações descritas anteriormente que tratam a língua enquanto um sistema mais rudimentar chamado de "gestos" faz parte de várias experiências educacionais.

Perpassam assim, todos os estereótipos mencionados, utilizando a língua visual-espacial apenas como um recurso a mais, mas jamais a reconhecendo em sua completude linguística. A possibilidade de trabalhar com as ideias do multiculturalismo crítico permite-nos optar pelo caminho em que a surdez é vista como uma diferença política e uma experiência visual e, assim, pensarmos as identidades surdas a partir do conceito de diferença, e não de deficiência. Aqui implica distanciarmo-nos do conceito de diferença como exclusão, e marginalização daqueles que são considerados como os "outros", daqueles que parecem estar "fora do lugar". A surdez, como diferença nega uma atribuição puramente externa do ser surdo a alguma característica marcante, como por exemplo, não ouvir.

Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico. Deficiências Auditiva Sensório-neural: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. • Deficiência Auditiva Profunda - Limiares acima de 90 dB. Indivíduos com níveis de perda auditiva leve, moderada e severa são mais frequentemente chamados de deficientes auditivos, enquanto os indivíduos com níveis de perda auditiva profunda são chamados surdos.

Alfabetização de alunos surdos O primeiro professor de surdos de quem se tem notícia foi Pedro Ponce de Leon (1529‐1584), monge beneditino que instruía filhos de nobres ensinando‐os a ler, escrever, calcular e expressar‐se oralmente. No entanto não se tem relatos sobre metodologias adotadas por esse monge na alfabetização de crianças. Durante esse período, até meados do século XVII as práticas educacionais com os surdos eram realizadas apenas por padres e abades. Várias tentativas de alfabetizar a criança surda por meio do português já foram realizadas, desde a utilização de métodos artificiais de estruturação de linguagem até o uso do português sinalizado (p. Para Soares (2005), a alfabetização ocorre por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, ou seja, através de atividades de letramento, e esta, por sua vez, só se realiza, efetivamente, por meio da aprendizagem das relações fonema/grafema.

É importante ressaltar que os professores e os pais são peças fundamentais no processo de alfabetização dos surdos, assim os alunos surdos devem ser estimulados desde pequenos, para que eles possam estar mais preparados e familiarizados com sinais e terão mais facilidade de aprender a Língua Brasileira de Sinais. Portanto os professores devem estar capacitados para incluir estes alunos junto aos ouvintes na sala de aula, não deixando no fundo da sala de aula, solitário como se fosse uma criança que não tivesse capacidade de ser alfabetizado. tanto a aquisição quanto a fixação de vocabulário, e consequentemente o desenvolvimento na leitura, aconteçam também a partir de jogos e brincadeiras realizados com acriança. Para ser eficaz “deverá adaptar seu ponto de vista ao da criança.

Uma tarefa que não é nada fácil” (Ferreiro, 2000, p. Assim, o processo de Alfabetização do aluno surdo varia de acordo com cada necessidade do aluno. Segundo Quadros, (2007, p. os surdos têm o direito de ser alfabetizados com a libras, sua primeira língua e o português como segunda língua, para ter a possibilidade de se interagir com os ouvintes e toda a sociedade. A questão principal do bilinguismo é a Surdez e não a surdez, ou seja, os estudos se preocupam em entender o Surdo, suas particularidades, sua língua (a língua de sinais), sua cultura e a forma singular de pensar, agir, etc. e não apenas os aspectos biológicos ligados à surdez. GOLDFELD, 1997, p. Com auxílio de estratégias adaptativas, instrumentos específicos, o método bilíngue e a LIBRAS é possível maximizar e proporcionar a maior rotação de informações e conhecimentos significativo, possibilitando um melhor processo de ensino aprendizagem do alunado.

Bilinguismo A educação bilíngue de surdos no Brasil está amparada pela Lei e é recomendada pelo Ministério Nacional da Educação (MEC), como sendo uma proposta válida e eficaz para o ensino das duas Línguas reconhecidas pelo país, Língua Portuguesa e LIBRAS, necessárias para a inclusão social efetiva destes sujeitos. Essa situação nos faz refletir que a educação de surdos ainda carrega as bases enraizadas do oralismo que perpetuou durante muito tempo no Brasil e no mundo, em que a criança surda precisava aprender a falar para se comunicar. Nesse contexto os pais esquecem ou desconhecem que “numa abordagem educacional como o bilinguismo, o mais importante que saber articular palavras e ter o que dizer” (SÀ, 1999). LIBRAS Conforme Dorziat (1998), o aperfeiçoamento da escola comum em favor de todos os alunos é primordial.

Esta autora observa que os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais, entretanto, deve-se considerar que a simples inserção dessa língua não é suficiente para escolarizar o aluno surdo. Assim, a escola precisa implementar ações que tenham sentido para todos os alunos e que esse sentido possa ser compartilhado com os alunos surdos. As autoras Strobel e Fernandes (1998, pág. afirmam que: A modalidade gestual-visual espacial pela qual a LIBRAS é produzida e percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o desenho no ar referente ao que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza linguística, a realização de um sinal pode ser motivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma regra.

Portanto, necessita de um aprendizado sistemático, preferencialmente ensinada por surdos. Assim temos a utilização da LIBRAS – Língua Brasileira de sinais, que seve ser utilizada como iluminadora para o processo de ensino aprendizagem, segundo a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS): LIBRAS é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Segundo Lacerda e Lodi (2009), é necessária a construído um espaço em que os estudantes surdos possam “falar” e pensar em libras, relacionar com seus pares, sem a necessidade de intermediação do intérprete e compreender a língua portuguesa a partir de discussões com pares que apresentam as mesmas dúvidas e dificuldades, “definindo-se e constituindo-se na relação estabelecida com outros sujeitos iguais em sua diversidade” (LACERDA; LODI, 2009, p.

Os aprendizados da língua de sinais, assim como o seu ensino na sala de aula, devem ser pensados como propostas de inclusão e uma forma de respeito às peculiaridades do sujeito surdo. Seria desejável que professores e alunos dominassem a língua de sinais e, mais do que isso, conhecessem as particularidades dos surdos, especialmente a forma peculiar “de interagir e interpretar o mundo à sua volta” (RIBEIRO, 2013, p. Para se sentirem motivados, os alunos surdos, assim como os ouvintes, precisam se reconhecer como participantes no processo de ensino e aprendizagem da escola regular. Segundo Lacerda et al (2013b, p. Rosa, 2005, p. Considerações Finais Após a análise crítica dos documentos oficiais e legislações vigente, foi possível concretizar que existem diversas metodologias para a alfabetização em LIBRAS , respaldado oficialmente o processo de ensino aprendizagem do alunado surdo não depende só do “papel impresso”, que se mostra como perfeito e sim de uma construção gradativa nas comunidades escolares, sendo necessário conhecer todo o envolto dos alunos, compreendendo seu contexto sociocultural para melhor intervir em seus conhecimentos.

Os alunos com necessidades especiais auditivas possuem dificuldades assim como os ouvintes, a alfabetização e o letramento deles são através da memorização, a professora mostra a figura e mostra o sinal, e dessa forma o aluno surdo vai aprendendo e memorizando o alfabeto, e todas as imagens que a professora mostra, para que ele possa viver em sociedade e aprender tudo que criança ouvintes aprendem nas escolas e pelo mundo a fora Para Dorziat, 2006; Lacerda, 2006; Pedroso, 2001: A educação dos alunos surdos no Brasil, ao longo da sua história, tem sido marcada por muitas controvérsias e poucos resultados positivos, independentemente da modalidade de ensino frequentada, seja classe comum, sala de recursos ou escolas de surdos oralista. O processo de Alfabetização do aluno surdo é muito objetivo, pois os métodos ramo variar de acordo com cada necessidade do aluno.

O método para se alfabetizar em libras é a memorização.  A escola deve se adaptar as necessidades dos alunos, de modo que ofereça diferentes estratégias de aprendizagem e avaliação, garantindo que nenhum aluno será excluído das atividades desenvolvidas, os cuidados com a acessibilidade devem ser seguidos desde a construção e reformas da escola, através de uma planificação criteriosa e das limitações de pessoas com deficiência e seus alunos. REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, S. M. Federação Desportivo dos Surdos. Revista FENEIS. Lei nº. de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://portal. mec. htm. Acesso em: 06 jun 2017 ________. Projeto Escola Viva: Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial, Brasília: MEC/SEESP, 1998 DORZIAT, Ana.

Alteridade e Currículo. In: PEREIRA, Maria Zuleide da Costa; MOURA, Arlete Pereira. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1999. p v. Reflexões Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000. Caderno CEDES, v. nº 69, maio/ago. Campinas : 2006. LODI, A. C. p. MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. A. Com a palavra o surdo: aspectos do seu processo de escolarização. Dissertação de Mestrado. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2001. PEREIRA, M. L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC/SEESP, 2005. QUADROS, Ronice M. F. A criança surda e seu mundo: o estado da arte, as políticas e as intevenções necessárias. Dissertação de mestrado. UFES, 1992. RIBEIRO, V.

UFF, 1999 SASSAKI, R. K.  Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997. SKLIAR, C. ed. Porto Alegre: Mediação, 1998, v. p. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008. STROBEL, K. L. FERNANDES, S. Aspectos lingüísticos da língua brasileira de sinais/ Secretaria de Estado da Educação.

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