REALIDADE DO ENSINO RELIGIOSO E DAS ARTES NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO Este trabalho teve por objetivo discorrer, de forma não exaustiva, sobre o tema religião e arte nas escolas públicas brasileiras, seus desafios e dificuldades de manutenção dessas duas disciplinas em suas grades curriculares. O método utilizado foi da busca bibliográficas de autores inseridos neste universo como, Gombrich, Kaiany, Ana Mae, Zilles entre outros que abordam sobre tema de forma que possibilite o desenvolvimento em uma narrativa de evidenciar as principais características as quais geram tantas controvérsias em nosso país, nos dias atuais, de forma que, através dos dados coletados, seja possível identificar o motivo da não equalização deste assunto, onde deveras construiu nações inteiras e foram responsáveis por grandes mudanças mundiais, e qual o seu impacto no Brasil, país laico, onde conclusão deste artigo seja producente, uma vez que no cenário brasileiro a grande diversidade e pluralidade religiosa e artística é o principal obstáculo para a exaustão do tema proposto.
PALAVRA CHAVE: RELIGIÃO – ARTE – LAICO – PLURALIDADE. – INTRODUÇÃO Este artigo relata a atualidade de um tema que acompanha a sociedade mundial desde o seus primórdios e que no Brasil se intensificou quando a religião católica deixou de ser a principal doutrina religiosa em nosso país. É possível perceber percorrendo o passado da arte, onde segundo A. Gombrich não há povo sem arte. “Se aceitarmos o significado de arte em função de atividades tais como a edificação de templos e casas, realização de pinturas e esculturas, ou tessitura de padrões, nenhum povo existe no mundo sem arte. ” (GOMBRICH, 1999, p. – RELIGIÃO E ARTE PROFESSAM A FÉ DE UM POVO A religião concatenada com a arte sempre esteve presente em diversos povos, como por exemplo, os indígenas, assim como os aborígines expressam as fases de suas vidas através das pinturas em seus corpos, tais como: luto, doença, rituais religiosos entre outros.
Eles foram o primeiro exemplo da educação religiosa no território brasileiro, sendo expulsos em 1759 pelo primeiro ministro de Portugal Sebastião José de Carvalho (o marquês de Pombal), rompendo um processo já implantado e consolidado como modelo educacional em nosso país. Ao discutirmos sobre a educação identificamos um processo de desenvolvimento moral e social do individuo através de uma transformação continua porem sua complexidade vai alem das teorias da educação. Para José Carlos Libaneo a educação é uma ação e o acontecer de um resultado de um processo. O acontecer educativo corresponde à ação e ao resultado de um processo de formação dos sujeitos ao longo das idades para se tornarem adultos, pelo que adquirem capacidades e qualidades humanas para o enfrentamento de exigências postas por determinado contexto social.
Libaneo 2010 p. O curso de ciências acessórias seria composto por cadeiras de matemática aplicada, anatomia e fisiologia das paixões e história da arte, estética e arqueologia. A quinta especialização seria em música, já que o conservatório foi incorporado à academia. – RELGIÃO NAS ESCOLAS BRASILEIRAS Diferentemente da arte o ensino religioso passa por sua maior crise nos recintos públicos pedagógicos dos últimos tempos, algo que em décadas passadas não eram alvos de tantas controvérsias. Isso se explica pelo fato das ideias da igreja católica se sobressair na educação brasileira. Atualmente com o conceito de laicidade esse cenário modificou pois há uma diversidade maior de orientações religiosas o que faz com que o debate a respeito das aulas de religião nas escolas não seja confessional e tão pouco obrigatórias.
O modelo francês de laicidade é, ainda hoje, tido como uma referência mundial/ideal. Caracterizado por um ecossistema social, uma concepção jurídica e um conjunto de conceitos e noções que legitimam um esquema de inteligibilidade (Gautherin, 2014), o modelo republicano francês contemporâneo prevê três espaços em uma sociedade. O primeiro é o espaço privado, de foro íntimo. O segundo é público, intimamente ligado com a questão política, no qual se encontra o Estado laico. O terceiro é também um espaço público, mas é civil ou comunitário, regrado pela secularização. O ensino da música, artes visuais, dança e teatro é importante por que no processo de conhecimento da arte são envolvidos, além da inteligência e do raciocínio, o afetivo e o emocional, que não são incorporados ao currículo escolar.
Segundo a especialista gerações passadas fizeram sua educação a partir de filmes de Hollywood que na concepção dela é uma barbárie. Segundo pesquisadores a arte estimula o desenvolvimento da inteligência racional, medida pelo teste de QI vinculado ao fato que grande parte da produção artística é feita no coletivo o que estimula o trabalho em grupo e a criatividade de futuros profissionais. De acordo com informações coletadas a dificuldade de se estabelecer a aula de arte nas escolas se dá ao fato das aulas sensoriais que envolvem a expressão corporal, indo contra aos princípios religiosos do passado que veem o corpo como algo pecaminoso o que levava as escolas deixarem de lado essa disciplina. – RELAÇÃO ENTRE A ARTE E A RELIGIÃO Como podemos ver até o agora, tanto a arte quanto a religião possuem um aspecto cultural e social intrínseco que demanda inúmeras discussões a respeito do tema e nos cenários identificados.
No Brasil a diversidade religiosa e artística teve influencia de diversas partes do planeta, sendo a religião católica a mais preponderante em função da colonização de Portugal, um país estritamente católico onde seus costumes religiosos foram trazidos pelos jesuítas, na tentativa de conversão do índios. A arte teve seu papel e o principal ícone dessa história é a Escola de Belas Artes, responsável pela formação, não só de artistas como também de outras áreas importantes para a sociedade. Embora o ensino religioso e da arte estejam presentes na grade curricular das escolas, sua manutenção, principalmente da religião ferem a Constituição brasileira, quando é dito que o Brasil é um país laico vinculado ao fato que não existe um direcionamento uno para ser seguido, uma vez que cada estado ou município possuem suas próprias interpretações de ensino religioso confessional ou não confessional, de forma que ambos geram conflitos dentro do seio de uma escola, devido a diversidade religiosa dentro das instituições públicas de ensino, que são um reflexo de nossa sociedade laica, que experimenta diversas culturas aqui existentes.
Em conclusão, a obrigatoriedade dessas matérias, onde o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já expos seu posicionamento, entendo que no momento a manutenção dessas matérias separadamente é inviável por falta de senso comum, de forma que uma solução plausível para o tema seria a ministrar a arte concatenada com a religião de forma não confessional, pois o ser humano deslumbra as peças teatrais. Quando representamos nos despimos de nossas crenças ou ideais políticos e damos espaço ao personagem incorporado naquele momento, desta forma se o objetivo for de transferir conhecimento religioso laico, livre de ideologias ou seguimentos específicos a união dessas duas matérias seria um caminho saudável e apaziguador desse tema tão polêmico no Brasil.
FILHO, MANUEL ALVES, https://www. unicamp. br/, JORNAL DA UNICAMP, Implicação do Ensino Religioso nas Escolas. SILVA, RUNA GRAUTH, https://www. portaleducacao.
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