Reações adversas ao contraste iodado

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

Além disso, alarmantes taxas de mortalidade foram reportadas. Portanto, a compreensão acerca dos mecanismos de ação envolvidos é crucial para a elaboração de estratégias mais eficazes, as quais possibilitem a prevenção de tais reações, bem como o seu tratamento precoce. Palavras-chave: Exame. Diagnóstico. Iodo. Iodine. Radiology. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. METODOLOGIA 5 3. Por conseguinte, um diagnóstico mais eficaz para diferentes tipos de enfermidades é possibilitado, uma vez que possibilita a observação e análise de diferentes órgãos e tecidos, inclusive de estruturas que apresentam densidades semelhantes. A tomografia computadorizada, por exemplo, a partir da visualização de estruturas anatômicas em diferentes planos, permite a obtenção de imagens de crânio, tórax, abdome e pelve (ALBUQUERQUE; SILVA, 2018). Tais procedimentos, assim, permitem a elaboração de medidas mais conclusivas tanto para a prevenção de determinadas doenças quanto para a escolha de tratamentos mais apropriados para o perfil clínico de cada paciente (POZZOBON; TRINDADE, 2017).

Portanto, uma enorme variedade de estruturas do corpo humano pode ser visualizada a partir do uso de contraste iodado em exames, incluindo regiões cerebrais, ossos e até mesmo os músculos cardíacos (ALESSANDRI et al. GONÇALVES et al. Além disso, foram priorizados os trabalhos publicados nos últimos dez anos, ou seja, entre 2009 e 2019. Trabalhos publicados anteriormente ao referido período, considerados como essenciais para compor o presente trabalho, também foram incluídos na análise. Em seguida, as publicações foram lidas na íntegra e os principais relatos foram apresentados a seguir. DESENVOLVIMENTO 3. Contraste iodado: Um breve panorama histórico O avanço científico e tecnológico evidenciado nos últimos anos resultou em imensuráveis benefícios para o desenvolvimento do campo médico, possibilitando a implementação de recursos diagnósticos mais precisos e eficazes para diferentes doenças.

ALBUQUERQUE; SILVA, 2018). Sobre os benefícios propiciados pelo uso de contrastes iodados, para fins de exames diagnósticos, Martins (2016) pontuou: “Nas duas últimas décadas, os diagnósticos por imagem contrastados como ventriculografia, angiografia de coronária e tomografias computadorizadas aumentaram substancialmente em decorrência da redução de custo, menor burocracia e por resultarem em maior acurácia (MARTINS, 2016, p. ” Enquanto exames de raios X são comumente relacionados a identificação de estruturas ósseas, as tomografias são capazes de visualizar estruturas de outros tecidos e órgãos, como o cérebro (CARVALHO, 2007). Por conseguinte, a associação de meio de contraste iodado com tais metodologias possibilitou um diagnóstico mais preciso de determinadas doenças, representando uma melhor qualidade e até mesmo expectativa de vida para a população em geral.

No Brasil, por exemplo, a implementação de equipamentos relacionados, sobretudo pelo Sistema Único de Saúde, permitiu a oferta de um serviço mais humanizado, eficaz e de melhor qualidade para a população (MARTINS, 2016; POZZOBON; TRINDADE, 2017). A atuação profissional adequada, portanto, está relacionada a oferta de um serviço de saúde mais humanizado, aproximando a interação entre paciente e profissional (KUHN, 2015). Potenciais reações adversas oriundas do uso de contraste iodado Muitos efeitos adversos, referentes ao uso de contraste iodado em exames diagnósticos de imagens, podem ser detectados imediatamente após a aplicação intravenosa do composto (JUCHEM; Dall’Agnol, 2007). Em um estudo realizado em um hospital escola localizado na região Sul do Brasil, Juchem e Dall’Agnol (2007) detectaram que a maioria das reações adversas apresenta intensidade leve, com uma frequência de 12,5 %.

Em contrapartida, o uso de contrastes não iodados resultou em uma prevalência de até 1% de manifestação de reações adversas nos pacientes estudados (JUCHEM; Dall’Agnol, 2007). As autoras concluíram que tais estatísticas são bastante similares aos resultados observados pela literatura especializada, revelando a necessidade de uma investigação mais minuciosa e conclusiva acerca da temática. POZZOBON; TRINDADE, 2017). Pozzobon e Trindade (2017) definiram que tais reações se assemelham às características das reações alérgicas, apresentando efeito mais imediato. Ou seja, quando as reações são observadas em até uma hora após a administração do contraste, estas são classificadas como reações de hipersensibilidade. FELIX et al. Logo, as reações anafilactoides manifestam-se pela presença de urticária, coriza nasal, hipotensão, broncoespasmo e edema laríngeo, em que choque e insuficiência respiratória severa constituem evoluções clínicas mais graves resultantes de tal quadro (JUCHEM; DALL’AGNOL, 2007).

Como exemplos de reações imediatas, a identificação de alergias compreende um dos sintomas mais comuns (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2004). Por conseguinte, as reações imediatas compreendem principalmente a manifestação de lesões cutâneas (ALBUQUERQUE; SILVA, 2018; POZZOBON; TRINDADE, 2017). Recentemente, Moreira e colaboradores (2017) reportaram a identificação de uma provável síndrome alérgica, denominada como síndrome DRESS, em decorrência da administração de contraste iodado em um homem de 70 anos de idade. A síndrome DRESS é caracterizada como uma reação de hipersensibilidade a medicamentos, de ordem grave a fatal, sendo observadas a presença de lesões eritemato -descamativas pruriginosas (MOREIRA et al. Ademais, os autores ainda observaram a presença de edema das mãos, eosinofilia e hiperemia conjuntival no referido paciente, dez dias após a administração de contraste iodado.

Ou seja, a NIC é considerada uma síndrome de doença renal crônica agudizada. A NIC, assim, compreende a terceira causa mais comum de insuficiência renal aguda adquirida em hospital (BILASY et al. MARTINS, 2016). Estudos alertaram que a inconsistência em critérios para um diagnóstico minucioso da NIC é responsável pelo agravamento do quadro clínico de tais pacientes, potencializando os índices de morbidade e mortalidade relacionados (BYLASI et al. Mais especificamente, as complicações renais são observadas após a administração intravenosa de contraste iodado, as quais ocorrem de forma súbita (MARTINS, 2016; MOURA et al. De acordo com Martins (2016), o Resveratrol apresenta propriedades nefroprotetoras e, consequentemente, pode representar uma valiosa ferramenta alternativa para atenuar os efeitos do contraste iodado em pacientes portadores de doença renal crônica.

Dentre os benefícios relacionados, o Revesratrol é capaz de auxiliar na manutenção da taxa de filtração glomerular, do fluxo sanguíneo e da resistência vascular renal, além de diminuir a lesão oxidativa e a lesão do túbulo intersticial, após a exposição do indivíduo ao contraste (MARTINS, 2016). Similarmente, Bilasy et al. relataram que a teofilina também representa uma alternativa profilática eficaz contra NIC, especialmente para pacientes com risco moderado e alto, quando submetidos a angiografia coronariana ou angioplastia. A teofilina, ainda, oferece proteção aditiva quando adicionada à hidratação IV, minimizando potenciais danos renais causados pela administração intravenosa de contraste iodado em portadores de doença renal crônica (BILASY et al. Neste contexto, o diagnóstico precoce e a análise do histórico clínico do paciente compreendem procedimentos cruciais para o sucesso de exames que requerem o uso de contraste iodado.

Além da composição do contraste, o histórico prévio do paciente, portanto, compreende um relevante fator de risco para o desencadeamento de reações adversas (ALBUQUERQUE; SILVA, 2018). Estudos evidenciaram, assim, que até 60% dos pacientes podem repetir a manifestação de reações adversas, quando expostos novamente ao meio de contraste (FELIX et al. WOLF et al. Além disso, uma formação profissional adequada também é primordial. Até o momento, sabe-se que tais mecanismos estariam relacionados a dissociação iônica do contraste iodado, logo após a sua injeção no organismo do indivíduo, resultando na criação de cargas elétricas e hiperosmolaridade plasmática (ALBUQUERQUE; SILVA, 2018). Portanto, a elucidação mais aprofundada destes mecanismos é necessária para a evolução dos métodos diagnósticos disponíveis na contemporaneidade.

Tais relatos revelam, assim, a necessidade da realização de novos estudos acerca da temática, a fim de se compreender de forma mais aprofundada as vias e alvos relacionados à manifestação de efeitos adversos oriundos da presença de contraste iodado no organismo humano (PINTASSILGO SANTOS et al. POZZOBON; TRINDADE, 2017). Recentemente, novas alternativas foram testadas como potenciais substitutas ao contraste iodado. Por outro lado, uma série de reações adversas, tanto imediatas, quando a longo prazo, são reportadas, e, vista da administração de contraste iodado em alguns pacientes. Enquanto as reações imediatas se mostram menos frequentes, as reações a longo prazo preocupam especialistas e representam um enorme prejuízo para a saúde pública, visto que resultam em elevadas taxas de complicações clínicas graves, acarretando inclusive a morte de alguns indivíduos.

Dessa forma, a compreensão relacionada aos fatores que desencadeiam as reações adversas se faz necessária e de grande valia, possibilitando uma melhor qualidade, e até mesmo expectativa de vida, à população acometida. Referências bibliográficas ALBUQUERQUE, K. C. M. Tersigni, F. Sergiacomi, R. Petrassi, M. Di Matteo, A. E. O desafio da gestão de equipamentos médico-hospitalares no Sistema Único de Saúde. Saúde Debate v. n. p. Bilasy, M. E. Oraby, M. A. Ismail, H. Disponível em:< http://tabnet. datasus. gov. br/cgi/tabcgi. exe?sia/cnv/qauf. M. PEIXOTO, F. B. Uso do ácido hialurônico para rejuvenescimento da região dos lábios: relato de caso. RvAcBO, v. DINIZ, K. D. COSTA, I. K. F. M. R. MALAMAN, M. F. ENSINA, L.

T.  Métodos de pesquisa – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. GONÇALVES, L. F. G. Arq Bras Cardiol: Imagem cardiovasc. v. n. p. Greenberger, P. Risco de reação adversa ao meio de contraste iodado: um estudo de validação. Rev Gaúcha Enferm. v. n. p. n. p. JUCHEM, B. C. Dall’Agnol, C. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Direito) - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais, 2015. Maioli, M. Toso, A. Leoncini, M. Gallopin, M. LORIGADOS, C. A. B. GRUNKRAUT, A. S. Agrár. Ambient. v. n. p. Crit Care Med. v. n. p. MONTEIRO, A. CADINHA, S. VIEIRA, M. SILVA, J. P. M. HUANG, W. MAIA, M. O. Lesão renal aguda induzida por contraste: importância dos critérios diagnósticos para estabelecer a prevalência e o prognóstico na unidade de terapia intensiva.

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