AVALIAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESCOLARES DA ESCOLA MUNICIPAL DE SANTANA DA VARGEM

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

No entanto, em diversos casos existe uma dificuldade no estabelecimento e manutenção deste tipo de hábito, tendo em vista o número crescente de crianças obesas e subnutridas ao redor do mundo. Com isso, é de extrema relevância que sejam desenvolvidas estratégias para melhorar a alimentação das crianças e, para isso, é necessário que sejam realizados estudos nos quais sejam evidenciados os problemas e limitações específicos daquele grupo estudado. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi a identificação dos hábitos alimentares de 31 crianças de oito e nove anos de idade de uma escola da rede pública da cidade de Santana da Vargem (MG) através de um questionário com 6 questões. Os principais resultados evidenciam que todos dos alunos participantes ingerem pães, cereais, carnes e ovos diariamente e que 54,84% também consomem açúcares e doces todos os dias, sendo esta última opção sua predileta, ao passo que 41,94% apresentou grande índice de rejeição ao jiló.

Outro ponto interessante é que 45,16% dos alunos disseram levar lanches preparados pelos pais para serem consumidos nos intervalos. consume sugars and sweets every day, the latter being their favorite, while 41. presented a high index of rejection to the jiló. Another interesting point is that 45. of the students said to take snacks prepared by the parents to be consumed in the intervals. Through this study it can be concluded that although, at first, the dietary habits of the group of children analyzed may appear diverse, there is a pattern very close to that of other studies carried out in different localities, that is, high consumption of breads, cereals and sweet and low consumption of vegetables and fruits. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de caráter transversal realizado durante o ano de 2018, do qual participaram 31 escolares com idades entre 8 e 9 anos, de ambos os sexos, matriculados no terceiro ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Doralice Mendonça Reis, uma instituição pública do município de Santana da Vargem, Minas Gerais.

Os pais e/ou responsáveis, juntamente com os alunos, foram devidamente informados sobre o objetivo da pesquisa, bem como sobre os procedimentos a serem adotados. Assim, o estudo teve início somente após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o qual foi assinado por todos os participantes. Para a coleta de dados do consumo alimentar das crianças, foi aplicado um questionário com questões de múltipla escolha, o qual teve como objetivo obter informações para identificar os hábitos alimentares, reunindo dados sobre quais alimentos e bebidas costumam ser consumidos, assim como as preferências e aversões dos participantes. A aplicação do referido questionário ocorreu durante as aulas, com o auxílio dos professores. Adicionalmente, Fisberg e colaboradores discutem que as principais opções escolhidas por crianças desta faixa etária para levar de lanche consistem em biscoitos em geral, pães, iogurtes e frutas (FISBERG et al.

Em relação a composição dos hábitos alimentares, de acordo com os dados obtidos por Fisberg, o consumo médio protéico no lanche da manhã é de 4,5g e no lanche da tarde, cerca de 9,5g. De acordo com e trabalho de Spinelli e colaboradores, que analisou o estado nutricional alimentar de pré-escolares e escolares de uma escola privada da cidade de São Paulo, é comum encontrar situações nas quais ocorre o consumo inadequado de praticamente todos os grupos alimentares (SPINELLI et al. Em seu trabalho, Spinelli encontrou resultados de consumo inadequado de hortaliças, frutas doces e açúcares que atingiram 89,7%, 72,2% e 67,7%, respectivamente. Por outro lado, somente 52%, 10,3% e 52% dos alunos analisados apresentaram consumo adequado de leguminosas, frutas e leites, respectivamente. Do mesmo modo, foi investigado qual o alimento que os alunos mais sentem repulsa (Figura 3).

O alimento que obteve o maior índice de desaprovação entre os alunos foi o jiló, com 41,94% (n = 13), seguido pelo chuchu com 19,35% (n = 6), feijão com 16,13% (n = 5), alface com 12,90% (n = 4), pão com 6,45% (n = 2) e leite com 3,23% (n = 1). Adicionalmente, 16,13% (n=5) das crianças participantes disseram nunca consumirem feijão. Figura 3 – Repulsa de alimentos entre os alunos. Um dos quesitos importantes na avaliação da qualidade da alimentação de escolares se refere ao hábito de levar para a escola os lanches preparados em casa, pelos pais. Embora a qualidade dos alimentos trazidos de lanche seja uma preocupação, é extremamente importante que o consumo de lanches intermediários seja realizado, já que este tipo de ingesta fracionada tem sido associada a menor prevalência de obesidade abdominal em crianças, bem como a redução de doenças crônicas não transmissíveis e, considerando que 6,45% (n=2) das crianças participantes relataram não ter o hábito de fazer refeições a noite, o lanche da tarde pode ser sua última refeição do dia (FISBERG et al.

Além dos resultados do questionário, foi realizada também uma entrevista com a nutricionista da escola. Na entrevista foram discutidos tópicos pertinentes ao tema como a importância da alimentação escolar, a qualidade do cardápio e orientações passadas aos pais e funcionários. Segundo a nutricionista, a alimentação está diretamente associada ao aprendizado, uma vez que crianças bem nutridas apresentam maior facilidade no processo de aprendizagem e melhor desempenho nas atividades as quais necessitam de concentração para execução. Quando questionada sobre o cardápio ofertado pelas escola, a entrevistada mencionou que o cardápio é o melhor possível dentro dos seus recursos financeiros concedidos. S. et al. Alimentação na escola e autonomia-desafios e possibilidades. Ciência & Saúde Coletiva, v.

p. n. p. FISBERG, M. et al. Hábito alimentar nos lanches intermediários de crianças escolares brasileiras de 7 a 11 anos: estudo em amostra nacional representativa. n. p. MARQUES, A. R. F. MASTROENI, M. F. Consumo da refeição escolar na rede pública municipal de ensino. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. n. M. L. A trajetória do Programa Nacional de Alimentação Escolar no período de 2003-2010: relato do gestor nacional. Ciência & Saúde Coletiva, v. p. REIS, A. B. C. Educação alimentar e nutricional em escolares: uma revisão de literatura. Cadernos de Saúde Pública, v. A. DE LIMA, J. H. C. A. Ciência & Saúde Coletiva, v. p.

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