PTI - Os desafios e possibilidades de igualdade de gênero no espaço escolar
Tipo de documento:Redação
Área de estudo:Gestão ambiental
Esse assunto mexe com muita gente e é preciso estar preparado para responder perguntas e reflexões feitas por crianças e jovens cheios de dúvidas e medo. Um dos principais espaços de formação para a cidadania e socialização, é a escola. Apesar de todo o suporte educacional que a escola oferece, muitas vezes ela se mostra incapaz de lidar com as diferenças ligadas a sexualidade e orientação sexual. Isso acaba afetando os alunos e toda comunidade escolar, prejudicando o aprendizado e o bem-estar de todos. Ao trabalhar questões sobre gênero, a escola dá a oportunidade dos alunos se expressarem também, demonstrando suas visões de mundo, suas dúvidas e questionamentos sobre o assunto. É frequentemente perpetrado como resultado de normas e estereótipos de gênero e imposto por dinâmicas desiguais de poder.
Para facilitar a instrução sensível ao gênero, os currículos e os livros didáticos devem estar livres de preconceitos e promover a igualdade nas relações sobre gênero. A forma como os alunos se percebem e como projetam seu papel na sociedade é moldada, em certa medida, pelo que experimentam na escola, inclusive pela forma como são representados nos livros didáticos. Programas abrangentes de educação em sexualidade, baseados na escola, equipam crianças e jovens com conhecimentos, habilidades e atitudes fortalecedoras em muitos contextos. Os programas se concentram quase exclusivamente no HIV como motivador para incentivar os alunos a adiar a atividade sexual, ter menos parceiros sexuais e contatos sexuais menos frequentes. Ambas as tendências são inconsistentes com as demandas usuais da vida em sala de aula, é claro, e tornam um pouco mais provável que a escola seja uma experiência difícil para meninos, mesmo para meninos que nunca se metem em problemas por serem inquietos ou agressivos.
Durante os primeiros dois ou três anos do ensino fundamental, as habilidades motoras brutas se desenvolvem quase na mesma taxa média para meninos e meninas. Como um grupo, ambos os sexos podem correr, pular, arremessar uma bola e coisas do mesmo tipo com a mesma facilidade, embora haja, obviamente, grandes diferenças significativas entre os indivíduos de ambos os sexos. No final do ensino fundamental, no entanto, os meninos se adiantam às meninas com essas habilidades, embora nenhum sexo tenha começado ainda a experimentar a puberdade. A razão mais provável é que os meninos participam mais ativamente de esportes formais e informais devido às expectativas e apoio dos pais, colegas e sociedade. O Plano Nacional de Educação (PNE) é o documento que segundo Azevedo, Costa e Paiva (2015) serve de base para as diretrizes da educação brasileira.
Além dele, em 1997, o Ministério da Educação criou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sobre sexualidade. Esse PCN que contempla a temática dos gêneros em seus mais variados temas transversais, foi publicado em 1997 pelo Ministério da Educação. Em seu volume sobre tais temas, o PCN argumenta que é preciso haver uma urgência na inclusão do tema orientação sexual e gênero nos currículos escolares. Além disso, o documento proporciona aos profissionais “metas de qualidade que ajudam o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres. Na sala de aula, no pátio da escola, existem muitos casos de agressões contra garotos e garotas. Nesse sentido, a campanha inicia-se com a parceria da escola com a comunidade, diretores, supervisores, técnicos, orientadores, alunos, professores, funcionários para a discussão e planejamento das ações que serão importantes para o sucesso da campanha.
Em seguida, todo o grupo deve realizar um estudo relacionando conteúdos sobre o assunto. Mesmo a igualdade de gênero ser uma questão discutida pela sociedade contemporânea, as medidas técnicas ainda são pouco praticadas, principalmente no ambiente escolar. Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela agência Énóis Inteligência Jovem, em parceria com o Instituto Vladimir Herzog e o Instituto Patrícia Galvão, revelou que 39% das jovens mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de preconceito na escola ou faculdade relacionado ao seu gênero. Infelizmente a maior parte do conhecimento adquirido na escola sobre sexualidade e gênero, ficam ao encargo dos professores de Ciência e Biologia. Porém, importantíssimo que as outras disciplinas abordem esses temas para que haja uma conscientização e uma maior compreensão sobre o assunto, abordando uma visão mais crítica e pautada nos direitos humanos, sexuais e reprodutivos, fugindo da visão naturalizada dos conceitos biológicos.
Dessa forma, a discussão com os alunos deve evidenciar as dinâmicas sociais, políticas e históricas que servem para tratar dos assuntos sobre as desigualdades entre homens e mulheres. CONCLUSÃO O compromisso com a solidariedade e a afirmação de valores são itens fundamentais para o sucesso do projeto, visando o compromisso da família, da escola e da sociedade. Ao longo do trabalho é possível observar que a escola deve e precisa desenvolver um trabalho de ampla amplitude relacionada a Desigualdade de Gênero. N. E. discursos e sujeitos no contexto Mossoroense. II Congresso Nacional de Educação. Mossoró, 2015. Mito e realidade. Campinas: Mercado de Letras,1995. INSTITUTO UNIBANCO. Silêncio da Escola em Relação à diversidade sexual prejudica a todos. Aprendizagem em Foco, nº 11, 2016.
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