PORNOGRAFIA E MASCULINIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: UMA DISCUSSÃO PSICANALÍTICA
Tipo de documento:Plano de negócio
Área de estudo:Psicologia
RESUMO O trabalho tem como objetivo discutir as implicações do consumo de pornografia online no contexto contemporâneo e suas possíveis ressonâncias na masculinidade a partir das teorias psicanalíticas sobre a sexualidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujo levantamento bibliográfico foi realizado a partir das seguintes palavras-chave: masculinidade; pornografia; masturbação; psicanálise; compulsão; adicção; abuso; sexualidade; rede social s nas bases de dados Lilacs, Bvs-Psi, Sibi, Scielo, Redalyc e também em obras de autores de referência sobre o tema proposto o tema proposto. A produção e o consumo pornografia é uma problemática contemporânea em virtude do avanço tecnológico que a torna permanentemente acessível a todos que desejarem. Dentro da concepção psicanalítica as questões sexuais e de desenvolvimento nos sujeitos adultos remetem aos atravessamentos em torno do Complexo do Édipo, ainda assim o estudo mostrou o quanto é necessária a discussão sobre as possibilidades de fruição do desejo no contexto contemporâneo tem como contrapartida a necessidade de o sujeito fazer barra às possibilidades de gozo oferecidas pelas formas totalizantes de satisfação, como o consumo de pornografia online sugere.
Palavras-Chave: masculinidade; pornografia; masturbação; psicanálise; compulsão; adicção; abuso; sexualidade. MÉTODO 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 12 4. A PORNOGRAFIA DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO 12 4. O ATO MASTURBATÓRIO E A FANTASIA 17 4. O TABU DA SEXUALIDADE 20 4. Para além dos objetivos propostos, a intenção dessa pesquisa também é o de favorecer questionamentos sobre o consumo da pornografia, de forma não moralista. A pornografia tem ganhado expansão com o avanço tecnológico. Desse modo, a indústria pornográfica vem se estabelecendo dentro de um mercado lucrativo, possibilitando um consumo facilitado. Assim, na produção e propagação da pornografia existe uma adaptação massiva para o gosto e possibilidades do consumidor, adaptando-se, assim, às fantasias, gostos e preferências das mais variadas possíveis, podendo ser acessada de qualquer aparelho que possua conexão à internet.
JENKINS, 2020). OBJETIVO GERAL Discutir as implicações do consumo de pornografia online no contexto contemporâneo e suas possíveis ressonâncias na masculinidade através das teorias psicanalíticas sobre a sexualidade. OBJETIVO ESPECÍFICO Discutir as implicações do consumo de pornografia online na sexualidade masculina; Discutir a especificidade do desenvolvimento psicossexual do homem; Analisar a questão do olhar e do exibicionismo na relação com a sexualidade; Discutir os meios contemporâneos de acesso a pornografia; Evidenciar as questões psicopatológicas que envolvem o consumo de pornografia. MÉTODO Este estudo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, com levantamento bibliográfico de até 10 (5) anos. Com as palavras-chave sendo: masculinidade; pornografia; masturbação; psicanálise; compulsão; adicção; abuso; sexualidade; rede social. Da busca inicial foram extraídos os trabalhos cujos títulos e posteriormente os resumos se distanciaram dos objetivos do trabalho.
anos, os povos paleolíticos esculpiram em pedra numerosas estatuetas de coxas grossas e peitos de mamute e uma vulva sem corpo flutuante em pedra, embora se acredite que essas imagens tenham sido destinadas aos propósitos religiosos, em vez de pura excitação (HUNT, 1999). Um ponto de partida para o surgimento de uma cultura erótica na história moderna se deu em virtude da tecnologia de impressão no século XVI, passando a circular reproduções, criando assim um próspero comércio para o obsceno. Desse modo, a pornografia reprodutível e mecanizada foi inaugurada na Europa em meio ao Renascimento, publicando palavras e imagens que feriam o pudor, representando explicitamente o sexo (HUNT, 1999). Alves (2018, p. refere que, O Reino Unido institui em 1857 o Obscene Publication Act, que previa o confisco de qualquer material considerado obsceno por um magistrado.
” Essa concepção também vale para os panfletos impressos pornográficos, cartões postais com imagens de pin-ups na Segunda Guerra. Assim, as fotografias podem ser entendidas como as primeiras formas para a comercialização de material do sexo. Embora os valores com fotos de nudez fossem mais altos, que exatamente com prostitutas, tinham clientes que não se importavam em gastar com fotos de nudez. Em Paris, alguns estúdios vendiam esses materiais sob o enfoque artístico para burlar as autoridades. Apesar de não se saber quando exatamente foi feita a primeira fotografia de nu, Koetzle (2014) entende que o início da fotografia se confunde com a primeira imagem de nudez. Degas e Colbert e dentre outros já produziam obras com muita sensualidade para os mais ricos.
Porém, as fotografias tinham a capacidade de ofertar coisas que as artes plásticas não conseguiam (ALVES, 2018). Além disso, o tempo para produzir uma obra era muito maior no caso do quadro como “A Origem do Mundo”, de Gustave Courbet que foi encomendado por um turco que era Diplomata e colecionador de obras eróticas e precisava de uma técnica, esforço e tempo maior que uma fotografia. Por mais que a pintura fosse realista, ainda assim era uma reprodução, enquanto a fotografia se dava sempre por meio da realidade. Os formatos eram bem variados também. Quando houve a invenção do cinema, já se verificava que já se tinham homens e mulheres tendo relações sexuais. A Free Ride, também conhecido Grass Sandwich feito em 1915, foi um dos filmes pornográficos realizados e um dos mais antigos e atualmente faz parte da coleção do Instituto de Pesquisa Sexual da Universidade de Indiana, nos EUA.
Esse filme é um stag film mudo que narrava a história de um motorista que dava carona a duas mulheres na beira de uma estrada e posteriormente se envolvia em atos sexuais com elas. Há também filmes pornográficos mais antigos, contudo não se tem mais acesso, pois se deterioraram ao longo dos anos. Inclusive uma das dificuldades em estudar essa área, é que as distribuidoras vão dando outros títulos aos filmes, dificultando assim de nomeá-los (DE RENZY, 1970). Na década de 1970, a maior parte dos vídeos vendidos se tratavam de material pornográfico. Quando no surgimento da fita, ela tinha uma baixa procura e alto custo para produção, contudo a privacidade que ela possibilita estimulou a indústria (KÄMPF, 2008). A indústria pornográfica foi relevante para que houvesse também o desenvolvimento da internet, o conteúdo pornográfico auxiliou no estabelecimento de conexões além de distribuir conteúdo de forma online.
Nesse sentido, Kämpf (2008, p. complementa que, O pornô pode também ser estudado em relação ao desenvolvimento de novas tecnologias. A figura da mulher é colocada como um passiva nas cenas. Portanto, a pornografia é reproduzida como uma mercadoria que tem o objetivo de excitação e diversão, se estabelecendo como instrumento que ratifica estereótipos e que transforma a forma como os sujeitos observam o seu corpo, bem como a sua sexualidade e os outros corpos (SOUSA, 2020). Vitto e Figueredo (2021, p. discute que, A indústria pornográfica, com seu caráter contraditório, pode ao mesmo tempo se configurar como espaço de reprodução de estereótipos e de papéis sociais, contribuindo inclusive para a representação de papéis de gênero assimétricas e engessadas, mas também como espaço de quebra de estereótipos e de visibilidade para práticas tidas como dissidentes.
De todo modo, se analisa que o masculino se constitui também por meio de como a pornografia é posta. A masturbação se mostra mergulhada na fantasia; por mais que exista uma tentativa de satisfazer os impulsos, é necessário o cenário fantasioso para isso. Nos estudos sobre a neurose atual, onde a masturbação esteve presente como sintoma, Freud (1912, p. diz que existem efeitos nocivos à saúde: a) organicamente, por um mecanismo desconhecido, em que devem ser levadas em conta as considerações acerca da imoderação e satisfação inadequada, que os senhores fizeram não poucas vezes. b) pelo estabelecimento de um padrão psíquico, na medida em que não se tem de buscar a modificação do mundo externo para satisfazer uma grande necessidade; c) ao possibilitar fixação de metas sexuais infantis e a permanência no infantilismo psíquico.
Com isso há a predisposição de se cair na neurose. Mas a fantasia aqui funciona como uma área suspensa do princípio da realidade, onde a sustentação em objetos reais não é pedida (FREUD, 1911) Freud (1911) elucida que quando acontece a substituição do princípio do prazer pelo da realidade, a adaptação não ocorre de forma homogênea, principalmente os instintos sexuais. No primeiro momento tais instintos são autoeróticos, evitando a frustração que ocorre com o instalar do princípio da realidade; assim que se inicia a procura do objeto, uma interrupção ocorre no período de latência, retardando o desenvolvimento sexual até a puberdade. Tal leitura de fatores (autoerotismo e o período de latência), coloca uma consequência: o instinto sexual é parado e mantido sob o princípio do prazer por muito tempo, posição que muitos sujeitos não conseguem sair.
Dentro desse desenho, existe um estreitamento da fantasia e o instinto sexual; aqui então a continuidade do autoerotismo facilita a satisfação com o objeto sexual, que é momentânea e fantástica, no lugar da satisfação real, que demanda esforço e adiamento (FREUD, 1911). A predisposição neurótica, existe através do atraso da educação do instinto sexual através do princípio da realidade e as condições de atraso para tal desenvolvimento. Pois o funcionamento da compulsão serve à dois sistemas: o da pulsão de morte e ao mesmo tempo o do princípio do prazer - realidade, ou seja, existe o sofrimento psíquico que abarca o princípio da realidade e ao mesmo tempo traz prazer. A adicção é uma das características mais presentes da compulsão à repetição, com o fenômeno da masturbação (no caso) aparecendo de forma direta e explícita; para então entender que esse mecanismo, funciona na verdade como uma defesa de possível desorganização psíquica (NETTO; CARDOSO, 2017).
A masturbação aparece como saída para os adolescentes que se sentem inseguros com as mudanças que ocorrem em suas vidas nesse período, é uma alternativa (essencialmente ligada a pornografia) de obtenção de prazer e autoconhecimento. Mas com tamanha oferta e estímulo, os adolescentes não conseguem ter uma organização, na sua maioria (BALDIM, 2017) 4. O TABU DA SEXUALIDADE A sexualidade humana é complexa, merecendo uma compreensão aprofundada, tendo em vista que diversas variáveis afetam a sua constituição como por exemplo, o tabu. Cada um deve decidir qual o momento para que esta sexualidade se manifeste de forma física e seja compartilhada com outro indivíduo através da relação sexual. Para Heilborn (2006), a concepção de sexualidade é construída a partir de um contexto social, que influencia os desejos, as emoções, as experiências e práticas sexuais.
Portanto, a sexualidade não pode estar restrita a tão somente uma dimensão biológica. Bearzoti (1993, p. por sua vez, compreende a sexualidade como um assunto amplo, de difícil conceituação e até controvertido. Pontes (2004) ainda endossa que o tabu, é para o sujeito a expressão da criação de um conjunto de mecanismos de estratégia, meios para lidar com a natureza, ou seja, sua interação como o meio, até a sua esfera mais individual, biológica, fisiológica, que consequentemente explicita o ser social que constrói uma moral, ética, leis, regras e instituições, ou seja, se trata de toda uma estrutura para se objetivar suas relações. Alguns tabus, parecem racionais, tendo em vista que tendem a imposição das privações, bem como abstenções.
Nesse sentido, os tabus são ricos de conteúdos inconscientes (FREUD, 1993). Destarte, o homem cria para si proibições e tabus individuais e que as observa de forma rigorosa. Esse processo ambivalente e autopunitivo, Freud (1993) denominava de enfermidade do tabu ou neurose obsessiva. Para Freud, a sexualidade humana, na sua constituição e gênese teriam ocorrido a partir de tabus. Desse modo, a civilização humana é resultante de bloqueios e renúncias pulsionais (FREUD, 1905/2016). A repressão da sexualidade estaria na origem da própria formação do ser humano. Dentro desta ótica de apontar a sexualidade como instância reprimida, a psicanálise, em certa medida, rompeu com o discurso patologizante das perversões, do “anormal” na sexualidade. Isso aconteceu na medida em que a perversão deixou de ser uma característica do outro anormal e passou a ser algo passível de existir em qualquer inconsciente.
A criança que anteriormente se confundia com a mãe, passa então a se diferenciar, contudo continua tendo a mãe como alvo de foco e atenção. A criança, de forma gradativa, sente que a mãe vai diminuindo a atenção e entende que o pai é uma suposta causa (FREUD, 1900/2016). A sexualidade, portanto, se trata de uma construção individual, apesar de ser também influenciada pelo meio, mas também se trata da forma como o indivíduo experimenta de forma consciente e especialmente inconsciente, sendo, portanto, o resultado do processo de identificação construído na dinâmica edípica que é protagonizada ao escolher os objetos que dão vazão às vicissitudes dos impulsos. Trata-se de um conjunto de distintas variantes, amor, corpo, gozo, desejo.
Assim, cada indivíduo vai buscar a solução dos conflitos, sejam eles reais ou imaginários que estão presente no início da vida, na tentativa de fugir do sofrimento psíquico, não se pode entender a especificidade de cada solução sexual, sem levar em consideração a homeostase na dinâmica dos impulsos que o sujeito responde. Essa moral ocidental, incentiva caminhos para a satisfação sexual, mesmo sendo após criar modelos comportamentais, citando Ceccarelli (2011, p. Ao mesmo tempo que a moral sexual ocidental cria padrões de comportamento sexual, ela incentiva a criação de soluções como possibilidades de satisfação. Dentre elas, temos a pornografia que, como vimos, utiliza-se de expressões milenares dando-lhes novo sentido a partir da moral sexual ocidental.
Mas, é isso o verdadeiramente perverso: a mesma moral que obriga o sujeito a recorrer à pornografia como possibilidade de prazer, oferece as formas de tratamento e cura para os “desajustados”!”. Então a pornografia, até esse momento, pode ser entendida como uma tentativa de escapar da repressão sexual moral, pois é oferecido pelo conteúdo um alívio das moções sexuais reprimidas socialmente (NETO; CECCARELLI, 2022). A pornografia então, com a facilidade da internet, limita o aspecto fantasioso do sujeito, o limitando a categorias específicas, “perversificando” o sujeito consumidor, deixando-o menos sensível ao conteúdo, procurando criações cada vez mais específicas. A mídia cria modelos que são fundamentalmente inacessíveis, causando sofrimento, pois são imagens fantasiosas (BALDIM, 2017). O uso contínuo da pornografia provoca esvaziamento dos sentidos da vida e do prazer, pois as práticas de satisfação, refúgio e de entretenimento se tornam íntimas, intensas e sendo o único meio de conseguir os prazeres que são desejados (BALDIM, 2017).
No final, o contato com o outro, se torna escasso, pois a pornografia oferece um livre caminho para a satisfação sexual, sem pressões sociais de aproximação com um objeto de desejo; o sexo dará o gozo, sem interferências. O explícito que a pornografia oferece não coloca trocas afetuosas naturais do sexo, como as preliminares; coloca os sujeitos inferidos como máquinas, onde se existe um roteiro a ser seguido. Silva (2006, p. faz uma reflexão sobre a crise da masculinidade, A crise da masculinidade contemporânea se configura a partir de um conflito identitário vivido pelo homem. No nosso entender, esse conflito se constitui a partir de dois momentos distintos: primeiro, a partir da tentativa de se manter um modelo de identidade de gênero hegemônico e, ao mesmo tempo, pluralista, ora baseado em modelos tradicionais ora em modelos modernos de masculinidade, e segundo, a partir da impossibilidade de sustentar essa hegemonia no que se refere às subjetividades da maioria dos homens.
Desse modo, a cultura, bem como as sociedades ocidentais no geral abordam, em parte, o sujeito por meio de modelos normativos sexual e de gênero, sem se importar com as construções subjetivas do próprio sujeito. A constituição da masculinidade de acordo com a orientação lacaniana, se apoia as suas conclusões nos efeitos do complexo de Édipo, bem como a introdução da lei do pai -metáfora paterna na constituição da subjetividade (LACAN, 1958). Esses modelos introjetados e outros que se expressariam no decorrer da vida, se tornam a base da constituição do sentimento de masculinidade, que só estabeleceria de modo mais organizado com a puberdade, posteriormente a um longo período de latência da sexualidade. Dentro da constituição masculina, um tema que ganha destaque é a histeria masculina.
Contudo, é necessário trazer breves perspectivas histórias. No início do século XX, de acordo com Gay (1993) é que se há uma demarcação mais específica entre o masculino e o feminino no Ocidente, o que culminou na naturalização dessas divisões naquele período. Nesse aspecto, influenciando, Freud (1905) endossa que a anatomia é o destino, ratificando as divisões históricas que associam o homem à atividade, à racionalidade, à autossuficiência, e à circulação na esfera pública e a mulher à passividade. Esse conflito se revela entre o desejo e a virilidade, se referindo à natureza objetal entre o pênis (o órgão). SILVA; CECCARELLI, 2019, p. Em termos pragmáticos, Silva e Ceccarelli (2019) abordam que não é incomum, na atualidade, homens que chegam ao consultório médico e psicanalítico se queixando de disfunção erétil.
Nesse sentido, a escuta deve se atentar a desvendar as motivações inconscientes que causam essa disfunção para lidar com esse pulsional. O sintoma é o conflito psíquico inconsciente que deve ser interpretado, trazendo um sentido que o paciente desconhece, o qual o psicanalista possibilita análises. Grassi (2004) entende que a histeria se mostra como um relevante elemento no entendimento da compreensão dinâmica da disfunção erétil, no aspecto que a impotência psíquica implica de modo subjetivo na falha da masculinidade. Assim, na histeria, a castração falhou de modo a cumprir sua função estruturante fomentando o acesso ao prazer sexual, tendo em vista que não foi instituída e subjetivada de modo verdadeiro. Assim, a castração não é recalcada, se tornando incapaz de proporcionar potência genital, uma vez que representa uma real ameaça.
Desse modo, sem o falo e sem admitir o limite da castração, os histéricos acabam se recusado a ter prazer, bem como a responder genitalmente às excitações. Logo, a conquista da identidade sexual masculina ocorre por meio da atribuição fálica, ou seja, ter ou não ter o falo, e da castração, sendo que os sintomas disfuncionais da sexualidade masculina associada às questões identitárias (LACAN, 1958). Os impactos da pornografia na constituição da masculinidade são tão expressivos que Zimbardo (2012), professor da Havard evidencia que os homens viciados em pornografia, são incapazes de terem relações normais. Além disso, o isolamento provocado pela pornografia faz com que esses homens fiquem desajustados e tenham menos expectativa de vida. A pornografia vem formando homens que têm dificuldades em lidar com relacionamentos reais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio desse estudo foi possível analisar que a pornografia remonta desde os tempos mais antigos e atualmente ganha contornos diferenciados em virtude do avanço tecnológico. Assim, o universo online permitiu com que vídeos e imagens pornográficas fossem pulverizados, se tornando mais acessível. A pornografia é uma problemática contemporânea em virtude do avanço tecnológico. A análise realizada foi desprovida de qualquer questão moral, tendo em vista que a pornografia ela não tem valor moral, mas depende da sociedade e de como essa atribui tal valor moral. Ademais, a pornografia pode ser entendida como uma forma de dar vazão a repressão moral, contudo que se verifica que um vício de pornografia afeta a vida do sujeito, em que ele não consegue ter relações íntimas e ativas de qualidade.
É necessário ampliação da discussão acerca da temática e compreender os conteúdos inconscientes que estão imbrincados nesse processo. Portanto, é necessária uma postura mais crítica e analítica no contexto contemporâneo que repressiva. Psico-USF [online]. v. n. Acessado 29 Outubro 2022] , pp. Disponível em: <https://doi. In. Magia e Técnica, Arte e política. Obras escolhidas I. Trad. Rouanet S. php/revistaperiodicus/article/view/25851/17162 Acesso em 10 de outubro de 2022. CECCARELLI, P. A pornografia e o ocidente. Portugal: Revista (In)visível, v. p. Universidade Federal do Rio de Janeiro/Museu Nacional/PPGAS, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: https://periodicos. ufsc. br/index. php/ref/article/view/S0104-026X2012000100021 Acesso em 10 de outubro de 2022. Rio de Janeiro: Imago. Texto originalmente publicado em 1905). FREUD, S. A negativa.
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