PERSPECTIVAS DO ENFERMEIRO DOCENTE QUANTO À PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO SUPERIOR

Tipo de documento:Dissertação de Mestrado

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Orientador (a) Universidad Europea del Atlántico _______________________________________ Prof(a). Componente da Banca Universidad Europea del Atlántico ___________________________________ Prof(a). Componente da Banca Universidad Europea del Atlántico Campos dos Goytacazes , _____de ___________de _____. RESUMO O trabalho apresenta uma investigação sobre a docência no Ensino superior, e as expectativas dos formandos em enfermagem em atender essa demanda docente; mais especificamente, foram consultados professores e alunos de cursos de enfermagem, e buscamos refletir sobre as possibilidades e dificuldades existentes para os formandos atuarem como docentes neste curso em questão. Foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, de forma a obter dados por meio de entrevistas e questionários com oito professores e cinquenta alunos deste curso, sobre a importância de ter uma formação em práticas educativas para uma futura atuação como docente.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 5 1. JUSTIFICATIVA ACADÊMICA E PESSOAL DO TEMA 8 2. REFERENCIAL TEÓRICO 9 2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 9 2. O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL 17 2. Bortolonza (2017, p. afirma que: As práticas pedagógicas são atividades desenvolvidas pelo professor no processo educativo e não uma mera ação repetida, mas aquela que o professor desenvolve com consciência e não encontra dificuldade para realizá-la e partilhá-la. A prática pedagógica não deve ser solta e, sim, ligada a um referencial teórico e metodológico (Bortolanza, 2017, p. Pode-se dizer que as práticas pedagógicas têm por objetivo promover o aprendizado, e o desenvolvimento de competências cognitivas, comunicativas e sócioemocionais, assim contribuindo ao desenvolvimento integral dos estudantes que se encontram em um contexto sócio-político-cultural que comtempla as transformações da sociedade, assegurando a flexibilidade, a diversidade e a qualidade do ensino oferecido aos acadêmicos; estimulando a adoção de concepções que objetivem o desenvolvimento da prática investigativa e reflexiva nas diversas áreas de atuação como a assistência, o ensino, a pesquisa e a extensão, conforme afirmam Rodrigues e Sobrinho (2006).

Em se tratando de educação em enfermagem se faz necessário pensar em estratégias que rompam com a separação teórica e prática, assim contribuindo com a formação integral desses futuros profissionais, que estarão aptos a exercer com qualidade sua profissão escolhida. Dessa forma, o presente trabalho está ancorado na seguinte pergunta de partida: Quais as perspectivas, para o enfermeiro, como docente no ensino superior neste século XXI? Buscando compreender a educação em Enfermagem nas Instituições de Ensino Superior (IES), e a preparação dos futuros formandos para a prática docente, será traçado a trajetória das práticas pedagógicas existentes, e a possiblidade de melhoria das mesmas com a dedicação desses futuros profissionais posicionando-se de acordo com a meneira como gostariam que seu curso estivesse sendo ministrado, para alcançarem todas as expectativas profissionais esperadas da graduação que escolheram.

Conclui-se então, que se trata de um trabalho que aborda uma série de valores e posicionamento dos discentes e docentes sobre a atuação como professor do curso de enfermagem para a formação integral dos alunos, e uma capacitação eficiente para os professores das IES. Para melhor entender o processo de aprendizagem para a preparação docente em ensino superior é preciso formar professores que estejam aptos para trabalhar com as inúmeras singularidades apresentas, e dispostos a usarem metodologias ativas, que venham de encontro a preparar profissionais de qualidade e aptos a se destacarem no mercado de trabalho, que se encontra cada vez mais competitivo. Em frente aos fatos, definiu-se debater sobre as perspectivas, para o enfermeiro, como docente no ensino superior, procurando responder ao questionamento de partida, assim contribuindo para os futuros profissionais.

Para encontrar respostas à pergunta, foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, de forma a obter dados por meio de entrevistas com 8 professores de Enfermagem da Educação Superior e 50 alunos do curso de graduação em Enfermagem, no município de Campos dos Goytacazes RJ. REFERENCIAL TEÓRICO Apresentaremos estudos sobre a educação brasileira, seguido da compreensão sobre o ensino superior em nosso país e estudos sobre a história da enfermagem, e as possibilidades para docência neste curso nas IES. Esse embasamento teórico fornecerá as ferramentas necessárias para a resolução do problema de pesquisa. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Em seu estudo, Ribeiro (1993) traça uma linha bastante aprofundada da educação brasileira desde sua fundação como colônia, com a vinda dos jesuítas até, aproximadamente a década de 1990; e será usada a cronologia apresentada do autor citado, que é a que melhor se aproxima do proposito deste estudo, para compreender os caminhos percorridos pela educação até o início do ensino profissionalizante, para assim, se ter um embasamento para a compreensão do objeto da pesquisa.

Assim, no período em que o Brasil foi colônia de Portugal, a economia era baseado nas grandes propriedades rurais, e também mão de obra escrava. Ribeiro (1993, p. Assim, Leite (1995, p. coloca: Este tipo de educação. se adequava ao momento e sobreviveu todo o período colonial, imperial e republicano, sem sofrer modificações estruturais em suas bases. Tanta foi à influência jesuítica, que, no período colonial media-se a posição social do indivíduo pela quantidade de terras, número de escravos e títulos que o indivíduo recebera dos colégios católicos. Concluímos, então, que este tipo de educação sobreviveu e permaneceu, porque reforçava o sistema sócio-político e econômico da época. Neste mesmo período foram criadas a Real Academia Militar e a Academia de Marinha, visto a motivação bélica, em tempos de guerras proporcionadas por Napoleão, por praticamente toda a Europa.

No ensino profissional a Agricultura que primeiro se apontou. O conjunto da obra educativa foi formado por academias, cursos e aulas régias, a exemplo da aula de Economia destinada a José da Silva Lisboa, além do apoio da Biblioteca Pública, Museu, Jardim Botânico. A síntese de Fernando de Azevedo citada por Hilsdorf (2003), deixa patentes as inovações: Sobre as ruínas do velho sistema colonial, limitou-se D. João VI a criar escolas especiais, montadas com o fim de satisfazer o mais depressa possível e com menos despesas a tal ou qual necessidade do meio a que se transportou a corte portuguesa. Pedro I, as leis por ele promulgadas tinham por foco tornar o sistema educacional popular e gratuito, muitas ações nesse sentido foram feitas, porém pouco se avançou devido a falta de recursos e pobreza do país, dando frente a iniciativa privada que abriu escolas em várias partes do Brasil.

Outra grande dificuldade da época eram os baixos salários que se podiam ser ofertados aos professores, assim os devidamente qualificados trabalhavam em escolas particulares que ofereciam melhores salários, enquanto as escolas públicas possuíam professores sem formação docente adequada, contribuindo muito para a evasão e fracasso escolar. Para suprir essa carência de professores, no ano de 1823 foi feita a tentativa do Método Lancaster, que constituía em um aluno mais adiantado ensinar aos demais sob a vigilância de um inspetor, o qual também não deu certo. No período que compreende a República Velha (1889-1929), percebe-se a influencia da filosofia positivista nas instituições educacionais. Com a Reforma de Benjamin Constant que tinha por princípios a liberdade e laicidade do ensino, e a gratuidade da escola primária, em consonância com a Constituição brasileira; objetivava-se formar os alunos para o ensino superior, com foco nos estudos científicos, em substituição aos literários, que eram predominantes.

O tenentismo foi um movimento político e militar realizado por jovens oficiais brasileiros durante o período da Primeira República. Escola Nova =>> Movimento pela defesa de uma escola pública, universal e gratuita Anísio Teixeira traz para a Bahia a experiência que acumulou em cursos de educação nos Estados Unidos, onde foi aluno de John Dewey, o grande idealizador do movimento da Escola Nova norte-americano, que inspirou o do Brasil. a 1927 Coluna Prestes Movimento político-militar brasileiro ligado ao tenentismo. Escola Nova =>> Movimento pela defesa de uma escola pública, universal e gratuita. José Augusto Bezerra de Menezes, no Rio Grande do Norte, dá continuidade ao movimento de reformas. Nos primeiros parágrafos do documento “saltam” do papel a primazia da administração escolar estabelecida como fator fundamental para a solução dos problemas educacionais agravados no regime republicano.

O Manifesto ressalta, pela primeira vez, que a educação é dever da família e obrigação do estado; assim neste período são criadas universidades públicas em atendimento as novas visões capitalistas da Era Vargas. Já no Estado Novo (1937 a 1945), é decretada uma educação para suprir as necessidades de mão de obra crescente abertas no mercado, assim a Constituição de 1937 oportuniza um ensino profissional e pré-vocacional, porém só se responsabiliza pela Educação Primaria gratuita e sua obrigatoriedade, se abstendo dos demais níveis de educação em nosso país; deixando de lado as conquistas pela Constituição de 1934. Com isso a uma notável demarcação das classes sociais, ficando a educação intelectual aos mais favorecidos e o ensino profissional as classes menos favorecidas.

No período da República Nova (1946-1963), a nova Constituição, determina a obrigatoriedade do ensino primário e responsabiliza a União por legislar sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mais uma vez, faz-se notar que a educação é direito de todos. Com a Nova República (1986-2003), passa-se a discutir estratégias educacionais que vão de encontro a cercar todos os âmbitos da educação, com o envolvimento de muitos pensadores, pensando na administração escolar, estratégias de ensino, relação professor-aluno, metodologias dinâmico e tudo mais que é necessário para englobar uma educação de qualidade isso só foi possível devido ao impedimento de muitas pessoas atuarem em suas funções, devido às políticas do Regime Militar, assim muitos profissionais que não eram da educação, passaram a assumir postos nesta área e concretizar discursos em nome do saber, propiciando inúmeras iniciativas para melhorar a qualidade da educação brasileira.

De 2003 para cá muitas mudanças aconteceram, sendo a reforma do Ensino Médio em 2017, uma das mais polemicas e marcantes. Em síntese a educação em nosso país passou por muitas transformações, do descobrimento até a atualidade, com personagens que dedicaram a vida para que a população tivesse de fato um ensino digno, gratuito e de qualidade, como rege nossa Constituição, muito ainda há de se fazer para alcançarmos um modelo ideal, mais aos estudarmos a fantástica trajetória da educação em nosso país fica notável que tudo é possível à partir do envolvimento de pessoas que acreditam em si mesmas e sabem que podem contribuir com a vida de muitos outros. O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL A trajetória do ensino superior segue os mesmos moldes elucidados na história da educação brasileira, para uma melhor compreensão dos fatos ocorridos, nessa modalidade em questão, preparamos um estudo cronológico com o que há de mais importante a ser evidenciado, como poderão conferir na tabela 03: Tabela 2.

Cronologia do ensino superior no Brasil Ano – Período Fato Histórico Características 1808 Chegada da Corte Portuguesa Começo da estruturação do núcleo de ensino superior no Brasil. Ano da Proclamação da República e da nova Carta Constitucional. Período de mudanças no formato do sistema de ensino superior no Brasil. Fim da República Velha com o regime revolucionário de Getúlio Vargas, que dura até 1945. Período de mudanças no formato do sistema de ensino superior no Brasil. Cria-se o Ministério da Educação Responder por toda a política nacional de educação. Nesse contexto o ensino precisou se adaptar a todas as mudanças políticas no decorrer de nossa história, se adequando aos princípios legais estabelecidos em cada período, e ainda se encontra em construção, com promissoras expectativas para o futuro e para os profissionais que se dedicarem a essa modalidade de ensino.

O advento da educação a distancia (EAD) A educação a distância (EAD) surge, em nosso país, da necessidade de garantir o crescimento econômico no Brasil, no contexto do poderio militar, que iniciou-se no ano de 1964, o processo de industrialização adotou padrões internacionais de produção, tendo o Estado como mediador entre os interesses internacionais e nacionais. Essa mediação se concretizou por estabelecimento de leis, planejamentos e regulamentações feitas pelos governantes militares, como exemplo citamos a Lei da Reforma Universitária 5. que propôs a racionalidade das estruturas, e também a Lei 5. que reforçou a profissionalização, garantindo o egresso ao mercado de trabalho para desempenhar ocupações técnicas a todo educando que concluísse o ensino médio, que lhe dava habilitação técnica.

A princípio a EAD tinha como base os materiais impressos, depois fizeram uso do rádio e da televisão, em auxílio ao material impresso, com o advento da informática passa-se a usar também os computadores, e recentemente as tecnologias dos recursos multimeios, que combinam textos, sons, imagens, para criar novos mecanismos de geração de aprendizagem, os hipertextos; e instrumentos virtuais interativos como programas e tutoriais informatizados. A educação à distância, a princípio usada como recurso de superação das carências educacionais, qualificação profissional e atualização dos conhecimentos, agora esta sendo cada vez mais utilizada para graduação no ensino superior e especializações, demostrando a importância e eficiência deste ensino. A educação em massa é o elemento que impulsiona o processo, já que o trabalho especializado era fundamental ao progresso econômico, que no século XIX estava ligado à automatização e no século XX passava aos setores de serviço.

A tendência apontada por alguns teóricos para o século XXI é uma outra mudança de pólo: do serviço para a informação. Já em fins do século XX, a informação constitui um setor econômico produtivo e os ‘trabalhadores da informação’ constituem um conjunto de profissionais altamente capacitados que poderiam ‘transformar o mundo’ (Gouvêa e Oliveira, 2006, p. Florence Nightingale e Sidney Rebert, se propuseram a cuidar dos feridos de guerra, que ultrapassaram os 20. homens, com ajuda de mais 38 enfermeiros no Hospital Militar, se rebelaram em relação às péssimas condições das instalações para cuidar dos pacientes, se negando, mesmo que a contra gosto, a cuidar dos pacientes até que as questões de saneamento fossem atendidas. Primavam por considerações básicas, que naquela época eram negadas aos pacientes, com destaque para: • Ar puro: provisão de ar fresco, sem correntes de ar.

• Iluminação: luz solar, além da claridade. • Limpeza: ambientes sujos são fontes de determinadas infecções. Os primeiros personagens que se tem registro na história do país em cuidados com as pessoas, enfermagem, datam do século XVII; com Francisca de Sande, baiana, filha de portugueses ricos; dedicou-se a causas nobres e durante a epidemia de febre amarela no país (1680 a 1694), recolhia os doentes pelas ruas e levava-os para cuidar em sua casa, a qual transformou em uma grande enfermaria; dava assistência até mesmo aos hospitais, pois esses transferiam os doentes para a casa de Francisca quando lotavam, e ela os alimentava e medicava com remédios que ela própria manipulava. Foi reconhecida publicamente, por seus feitos altruísticos, pelo rei de Portugal que tomou conhecimento de suas ações.

Os jesuítas tornaram-se enfermeiros do hospital colonial, este cuidava dos doentes e vítimas das longas viagens marítimas, também dos militares, pois neste período ainda não havia aqui um hospital militar. Com a assinatura da Carta Régia em 1808 por D. João VI, foram criadas, neste mesmo ano, a Escola de Cirurgia da Bahia, a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, ampliando o atendimento a saúde. A enfermagem tem como atividade primeira a assistência à saúde, sendo habilitados a exercerem suas funções em hospitais e clínicas, e também em centros de saúde direcionados ao atendimento das famílias por meio de ações e programas, para aqueles que optam pelo campo da docência, ou da pesquisa, são imprescindíveis cursos de especialização que os habilitem para tais práticas.

O enfermeiro, que queira atuar como docente, precisa possuir domínio dos conhecimentos científicos de sua profissão, e também dominar o ato de repassar seus conhecimentos, recriando situações de aprendizagem por investigação do conhecimento de forma coletiva, com o propósito de valorizar a avaliação diagnóstica dentro do universo cultural e cognitivo dos discentes com processos interativos e motivadores (Souza, 2013; Rodrigues; Mendes, 2007). Compreende-se como saber docente aquele formado pela associação dos conhecimentos adquiridos na formação profissional, transmitidos pelas IES na formação de professores; sendo assim, para ser professor é importante ter a formação para tal que comtemplem os mais variados campos do conhecimento; currículos, objetivos, metodologias e experiências, que serão a base para o trabalho no dia a dia.

Os profissionais em enfermagem sempre passaram por episódios de lutas, primeiro com o poderio religioso e depois com a hierarquia imposta pelos médicos, sendo uma classe lutadora, que sempre foi vista com a finalidade de desempenhar ações curativas, desde o estabelecimento dessa profissão, e não será sem luta que alcançaram os postos de docência, estes quais serão altamente beneficiados com o empenho dessas pessoas em repassar os conhecimentos diretamente da fonte, que possui a habilidade de ministra-los. A profissão de enfermeiros antecede a transmissão do ensino como educação formal. Fica evidente a contribuição das perspectivas e reflexões no exercício da docência para a valorização da profissão docente, dos saberes dos professores, do trabalho coletivo destes e das escolas enquanto espaço de formação contínua.

Isso porque assinala que o professor pode produzir conhecimento a partir da prática, desde que na investigação reflita intencionalmente sobre ela, problematizando os resultados obtidos com o suporte da teoria. E, portanto, como pesquisador de sua própria prática. Os professores e as escolas não são considerados, portanto, como meros executores e cumpridores de decisões técnicas e burocráticas gestadas de fora. Para isso, o investimento na sua formação inicial e no desenvolvimento profissional e o investimento nas escolas, a fim de que se constituam em ambientes capazes de ensinar com a qualidade que se requer, são grandes. As considerações de Oliveira (1996), são muito pertinentes quando afirma que vislumbrar o papel educativo somente vinculado ao ensino formal é uma grave distorção e desconhecimento dos legisladores.

A práxis da Enfermagem está extremamente inserida ao princípio educativo e sem essa visão não pode existir tal prática. Em contrapartida, a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, possibilita preencher ou resolver esse problema, dando autonomia Universitária para fixar os currículos dos seus cursos e programas. Acredita-se que discussões atuais sobre o remanejamento dos currículos para a formação integral dos profissionais, deslumbra contribuir para uma estruturação de projetos político pedagógicos nos cursos de Enfermagem com visão autônoma. Contemplando o perfil do graduando como reflexivo, crítico e generalista. Está realizando várias ações Prêmio de Gestão da Qualidade (PGQ), Dimensão de Ensino, desenvolvido pela ABESE (Academia Brasileira de Enfermagem e Sociedade de Especialistas), que entre 2010/2011, compreende a avaliação do processo de gestão didático-pedagógico.

Em parceria com a ABEN-SP e a FUNDAP, criaram o projeto de capitação docente, atingindo centenas de Enfermeiros docentes, aprimorando e aperfeiçoando a arte da Educação. E ainda, em 2007, o COREN-SP obteve, junto ao Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo (CEE), a regulamentação que determina que nenhum docente de Enfermagem, pode atuar nas escolas técnicas sem que possua, em seu currículo, a pós-graduação em docência. Graças a isso o COREN-SP acredita que os profissionais de Enfermagem irão crescer técnica e cientificamente, beneficiados pela melhoria na docência da formação do profissional, dizem que a prova disso é o aumento do número de transferências solicitadas pelos profissionais aprovados em concursos públicos em diversos estados principalmente Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Afirma ainda que exista muito mais a se fazer, intensificar estas estratégias, inovar e dinamizar o processo de unir forças junto ao mundo acadêmico e ao universo de escolas técnicas, estabelecendo, a cada ação de fiscalização, metas e objetivos, em parcerias com Enfermeiros responsáveis pelo processo educativo. A pesquisa em questão é descritiva, que conforme define Gil (1999), resume-se em descrever as características de determinada população ou fenômeno, visto que será descrito a opinião dos 8 professores de enfermagem e dos 50 alunos do curso de enfermagem, sobre suas perspectivas relacionadas às questões da pesquisa, que concordaram em contribuir para o entendimento sobre as perspectivas, para o enfermeiro, como docente no ensino superior neste século XXI. A abordagem dessa pesquisa é qualitativa, pois ‘’não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.

’’ (Goldenberg, 1997, pg. Como instrumento de pesquisa será utilizado à entrevista, que aconteceu com os 8 professores de enfermagem e os 50 alunos do curso de enfermagem; assim como a análise de documentos oficiais sobre a formação de enfermeiros, levantamentos bibliográficos sobre educação, educação em saúde e ensino de enfermagem. Assim contribuindo para a elaboração de uma base teórica que se relacionasse com os dados das entrevistas, possibilitando o entendimento do objetivo proposto com esse trabalho. Sendo o Rio de Janeiro a  segunda maior metrópole do Brasil, a sexta maior da América e a trigésima quinta do mundo; com uma população, estimada pelo IBGE em julho de 2018, de 6 688 927 habitantes. Representa o segundo maior PIB do país, e o 30º maior do mundo, estimado em cerca de 140 bilhões de reais (IBGE/2007), e é sede das duas maiores empresas brasileiras, a Petrobras e a Vale, e das principais companhias de petróleo e telefonia do país, além do maior conglomerado de empresas de mídia e comunicações da América Latina, o Grupo Globo.

Contemplado por grande número de universidades e institutos, é o segundo maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 19% da produção científica nacional, segundo dados de 2005. Destaque para a Universidade Federal do Rio de Janeiro que publicou 5 952 artigos entre 1998 e 2002. Rio de Janeiro é considerada uma cidade global beta - pelo inventário de 2008 da Universidade de Loughborough (GaWC). Na referida reunião foi também explanado como aconteceria a escolha dos alunos participantes: participariam os voluntários. O autor passaria nas salas do curso de enfermagem, faria uma breve explicação sobre o objetivo da pesquisa e entregaria o questionário há quem quisesse participar e depois recolheria em data previamente combinada. Nestas duas unidades, conversou-se com a administração que autorizou a distribuição do questionário.

Os mesmos foram deixados com os profissionais e os alunos teriam até 5 dias para responder, quando o autor da pesquisa voltaria à unidade para recolher o documento. Dos 25 profissionais existentes em ambas universidades, participaram 8, conforme explicitado acima e 50 alunos, dos 450 que compunham as turmas. Na última fase uniu-se todos os dados e, após, trabalhou-se com os mesmos para realizar a discussão, tendo como foco responder ao problema da pesquisa. RESULTADOS 4. DOCENTES Na pesquisa foram entrevistados oito docentes em enfermagem no ensino superior, sendo quatro homens e quatro mulheres (figura 1), todos graduados em Enfermagem; as idades variaram da seguinte maneira: 2 tinham entre 21 e 30 anos, 4 entre 31 e 40 anos, 1 entre 41 e 50 anos e 1 mais de 50 anos (figura 2). Sobre o estado civil, 6 eram casados e 2 solteiros (figura 3). Figura 1: Divisão por sexo dos docentes Fonte: Dados originais da pesquisa Figura 2: Idade Fonte: Dados originais da pesquisa Figura 3: Estado civil Fonte: Dados originais da pesquisa Quando indagados se eram formados em enfermagem, todos disseram que sim.

Figura 10: Perspectivas na carreira docente Fonte: Dados originais da pesquisa Perguntou-se sobre o apoio que os profissionais recebem no dia a dia, em seu trabalho docente. Em relação à coordenação do curso e mesmo da IES, 4 disseram receber, 2 disseram receber parcialmente e 2 disseram não receber (figura 11). Em relação ao apoio dos alunos, quando o aluno participa da aula, realiza as atividades propostas, etc. – 7 disseram receber apoio e 1 disse não receber (figura 12). Figura 11: Apoio ao docente em relação à coordenação/IES Fonte: Dados originais da pesquisa Figura 12: Apoio ao docente em relação aos alunos Fonte: Dados originais da pesquisa Continuando, no questionário perguntou-se se existiam alguma forma de avaliação institucional que incluísse os docentes, 5 disseram existis e 3 disseram que não (figura 13). Um dos docentes afirmou que houve ano em que apenas a semana de iniciação científica era tida como formação (figura 18).

Figura 17: Trocas de conhecimentos entre docentes Fonte: Dados originais da pesquisa Figura 18: Formações proporcionadas pela IES Fonte: Dados originais da pesquisa 4. DISCENTES Participaram do estudo 50 alunos no total, sendo 35 (70%) mulheres e 15 (30%) homens (figura 19). Esses participantes tinham idade que variavam: 30 (60%), entre 20 e 30 anos, 15 (30%) entre 31 e 40 anos e 5 (10%) entre 41 e 50 anos (figura 20). Sobre o estado civil, 40 (80%) eram solteiros, 6 (12%) casados e 4 (8%) divorciados (figura 21). disseram não saber e 3 (6%) disseram que sim. Desses que disseram que sim, afirmaram que olharam a grade e viram que as disciplinas eram voltadas mais à educação em saúde do que docência em sala de aula (figura 25). AO serem questionados se seguiriam a carreira docente, 21 (42%) disseram que não, 15 (30%) disseram que talvez e 14 (28%) disseram que sim (figura 26). Figura 25: Conhecimento da existência de disciplinas sobre docência Fonte: Dados originais da pesquisa Figura 26: Se seguiram a carreira docente Fonte: Dados originais da pesquisa Após a apresentação dos resultados com seus devidos gráficos, passa-se à análise dos mesmos com uma discussão aprofundada relacionada com a literatura revisada, já exposta no referencial teórico.

ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO Após apresentação dos dados colhidos, nos questionários aplicados aos docentes e alunos participantes do estudo, observou-se que o sexo feminino predomina entre os estudantes deste curso, mas que permanece na média quando observados os docentes. Sobre sua graduação, a média de tempo variou entre 10 a 15 anos, o que demonstra que não é antiga, atendendo às demandas sociais relativamente recentes. Em relação à pós-graduação, muitas a possuíam, mas nenhuma em relação à docência. A maioria também possuía de extensão ou de capacitação para docência superior, mas nada com status de uma pós. Dos que possuíam mestrado e doutorado, nenhum era voltado à educação, todos sobre atendimento, administração ou tratamento de doenças.

Isso demonstra que mesmo os professores não estão devidamente qualificados, ou não se interessam em se qualificar para a docência em ensino superior; quando se trata de cursos de mestrados e doutorados na área em que possuem graduação. Deve-se, no entanto, observar que nem sempre o trabalho do professor depende apenas dele. Como foi visto aqui, muitas IES e as coordenações dos cursos não oferecem estrutura adequada, para que os professores possam planejar aulas melhores, ricas e mais significativas aos alunos. Não há respaldo, apenas cobranças, pelo menos nas universidades foco desse estudo. O que os professores afirmaram é que não há uma troca valiosa entre a IES e o corpo docente, sendo o aluno o mais prejudicado. Um exemplo disso pode ser observado no feedback sobre as avaliações institucionais; se o professor teve avaliações positivas recebe os parabéns, somente.

Uma postura consciente, não admitindo a rebeldia, ou como relatados por muitos “a preguiça” dos alunos, já é um passo importante para mudar o paradigma dos locais analisados, assim contribuindo para uma efetiva mudança à partir do próprio exemplo. O intento dessa pesquisa é a apresentação de alternativas, que visem demostrar a melhor maneira de se expor as perspectivas para a atuação docente de enfermeiros na educação de nível superior, que hoje encontra-se carente de pessoas especializadas e dispostas para tal função, se tornando então uma ramificação muito promissora aos estudantes de enfermagem. Essas reflexões só foram possíveis pelas contribuições dos entrevistados, e também dos estudos teóricos sobre o contexto da educação brasileira. Com o apoio dos professores inseridos no cotidiano dos cursos de enfermagem, assim como dos alunos, foi possível materializar a pesquisa em texto; com o consentimento dos entrevistados em expor suas percepções, fazendo dessa obra um start para futuros debates com a mesma temática; pois este assunto necessita de constante avaliação, assim podendo contribuir para uma promissora, e qualificada, função docente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo do presente estudo foi refletir sobre as perspectivas do enfermeiro na docência superior. Saviani (2003) propõem um diálogo entre professore e alunos sem deixar de valorizar a cultura acumulada das partes e suas expectativas. Freitas (2001) diz que é preciso uma metodologia participativa que estimule os alunos a pensarem, debaterem, formarem opiniões e assim se tornarão profissionais de primeira grandeza. Parra (1993, p. afirma que os docentes devem estar sempre alertas às alterações do mundo e, a combinar as metodologias com o cenário que se encontram; assim as dinâmicas precisam permitir que os discentes critiquem e sejam criticados, essa é a base para a construção de uma cultura democrática e profissionais eficientes. Silva (2008) explica que, por isso, é fundamental que o docente se sinta confiante frente aos métodos escolhidos para que, diante dos seus alunos, atue para todos considerando as diferenças que encontrar e extraindo o melhor de cada um deles.

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Se o feedback for negativo como se coloca seu superior ou a IES?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 18. E se o feedback for positivo, como se coloca seu superior ou a IES? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 19. Se não, explique a razão e o que poderia melhorar. Os professores demonstram conhecer sua disciplina? Sim ( ) Não ( ) 10. Seu curso possui alguma disciplina voltada à docência? Sim ( ) Não ( ) 11. Pretende seguir carreira docente? Sim ( ) Não ( ) 12. Justifique a resposta da questão 11.

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