PEDAGOGIA HOSPITALAR ATUAÇÃO DO PEDAGOGO FORA DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Ressalta-se que é vital que a formação dos docentes precisa considerar a atuação em hospitais e clínicas, locais com particularidades que requerem, além dos saberes peculiares da formação, condições para enfrentar situações e contextos distintos do que são encontrados em instituições escolares. Palavras-chave: Pedagogia hospitalar. Atuação do profissional. Educação. Introdução O espaço de atuação da Pedagogia tem aumentado progressivamente para diferentes campos, não se limitando somente ao ambiente da escola, principalmente, pelos resultados trazidos pelas Diretrizes Curriculares do Curso, no ano de 2006. Os momentos de dificuldade na saúde não podem atrapalhar a evolução do desenvolvimento cognitivo dos alunos, nesse sentido, o pedagogo atuando na instituição hospitalar, é crucial. Essa ação permite que o paciente não seja prejudicado emocionalmente e nem seu desenvolvimento escolar seja afetado.

Além disso, são vários os relatos acerca da dificuldade em se encontrar bibliografias que abordam este assunto, então, é imprescindível que sejam feitos estudos e debates sobre essa temática, para continuar valorizando e contribuindo para observações e diagnósticos que abordem a qualidade de vida do paciente, seja ele criança ou jovem, ajuda a todos os envolvidos na educação, como material bibliográfico para futuras pesquisas e para o esclarecimento das pessoas. A metodologia deste trabalho é a pesquisa exploratória, tendo como coleta de dados o levantamento bibliográfico, pautado nos trabalhos consultados entre os anos de 2011 a 2018, composto, essencialmente, por monografias e artigos, apresentados no final de curso de graduação e pós-graduação. Desenvolvimento No Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, no início da década de 1950, aconteceram as primeiras aulas para crianças hospitalizadas, no Hospital Municipal de Jesus, no entanto, essa iniciativa não teve nenhuma relação com a Secretária do Estado de Educação.

Ela vai além, perpassando outras esferas e atividades. Assim, nota-se que a evolução tecnológica e cultural, exigindo uma sociedade mais igualitária e inclusiva, exigiu o aparecimento de novas formas de se pensar a educação. Desse modo, o processo de ensino e de aprendizagem é uma necessidade que não se restringe ao espaço escolar, mas sim, a outros espaços (DIAS; RODRIGUES, 2017). Todo esse paradigma requer um olhar apurado para a organização dos espaços educativos. O pedagogo pode atuar em espaços bem distintos, assim, é preciso que o profissional se encontre preparado e, para isso, é necessária uma formação continuada, para que os diferentes espaços sejam contemplados. Esses atendimentos, de caráter especial, possuem finalidade fundamental, planejar as orientações que possibilitem ao estudante, começar ou continuar os seus estudos, de forma a conservar sua relação com a instituição escolar, através de um currículo ajustado e flexível, que contemple as necessidades de cada aluno, que esteja com problemas de cursar o ensino regular, devido ao tratamento que está fazendo.

Tanto a classe hospitalar quanto o atendimento educacional domiciliar se encaixam nos padrões da educação inclusiva, desse modo, é um tipo de ensino que corrobora com as ideias da educação especial. O educador que trabalha no atendimento educacional domiciliar ou na classe hospitalar precisa estar preparado para atender as peculiaridades de cada estudante com enfermidade e, assim, elaborar estratégias pertinentes e apropriadas para o que precisam e podem realizar, como uma maneira de ofertar a possibilidade de um aprendizado qualificado, para que ele se realize de forma mais significativo quanto possível (SILVA; FARAGO, 2014). O profissional precisa manter contato com o professor do ensino regular, de forma a manter o cronograma curricular planejado pela sua instituição escolar, assim como, fornecer informações ao docente da escola que o aluno estava estudando, todo o trabalho feito com esse estudante na classe hospitalar, ponderando sobre sua evolução ou não.

O docente, para que tenha uma boa atuação nesse local, necessita de desenvoltura, habilidade e sabedoria, para trabalhar com programas flexíveis, abertos, norteados continuamente pela conjuntura que o indivíduo hospitalizado se encontra (SILVA; FARAGO, 2014). Deve-se ter em mente que esse trabalho visa fornecer a continuação dos estudos de estudantes hospitalizados que, por motivos de doença, tiveram que parar de frequentar salas de aula. Outro aspecto importante é que ele precisa se sentir acolhido, conservando uma ligação com o ambiente em que está inserido (SILVA; FARAGO, 2014). Os professores que escolherem trabalhar com a Pedagogia Hospitalar, além da especialização, por estar dentro dos limites da Educação Especial, precisam também, estarem capacitados psicologicamente para o confronto com circunstâncias laborais, envolvendo estudantes que estão lidando com doenças que os deixaram fora do âmbito escolar ou que precisam de cuidados terapêuticos (BELANCIERI et al.

Essa modalidade de trabalho tem sendo implantada, continuamente, no interior dos ambientes hospitalares e uma subdivisão desse espaço é a classe hospitalar, que realiza o atendimento educativo aos estudantes enfermos que precisam de uma educação fora dos limites dos colégios e que estão em tratamento. Assim, é um lugar projetado e concebido, sobretudo, para que os pedagogos possam incentivar a evolução de cada aluno, considerando sua singularidade e a sua demanda. Assim, ela brinca, se diverte e aprende, tudo isso concomitantemente, evolui suas aptidões, a criatividade, obtendo conhecimentos diferenciados ou melhorando os que ela já possui. No desenvolvimento de tarefas lúdicas, o pedagogo tenta diminuir a ansiedade, o medo e a aflição, provocados pela estadia em instituições hospitalares, sobretudo, em estudantes com idades menores, por se encontrarem em um contexto que a doença impôs a eles, mudando totalmente seu cotidiano, deixando-os afastados da família, dos coleguinhas e dos amigos.

Algumas pesquisas na área corroboram para que esse tipo de atitude ajude na recuperação do doente. A introdução da figura do pedagogo no corpo funcional do ambiente hospitalar não é somente vantajosa para a criança ou jovem enfermo, e sim, para todo o hospital, tornando esse espaço, mais humano, em virtude do serviço prestado e das próprias características do profissional em questão (SILVA; FARAGO, 2014). Uma ligação ótima entre o professor e os integrantes de saúde (médicos e enfermeiros) é imprescindível nos hospitais, trazendo vantagens para a pessoa em recuperação, assim como para a sua família, por ajudar na compreensão e na tomada de decisão para que a mediação seja eficiente no trato com os pacientes.

Essa modalidade de ensino contribui para a evolução pedagógica do estudante internado para o tratamento de sua saúde. Desse modo, essa função tenha obtido ainda mais espaço, pois, educação e saúde são direitos prioritários e adquiridos, protegidos pela legislação, sendo que o atendimento terá que ser realizado de forma oportuna. É claro que ainda se fazem necessárias transformações para que esse tipo de trabalho tenha ainda mais sucesso e qualidade, unindo pilares como governo, universidade e hospital, o que permitiria maiores incrementos. Um aspecto que o profissional dessa área precisa ter em mente é que ainda existem poucas possibilidades de formação continuada, pois, no próprio curso de Pedagogia, diversos estudantes nunca ouviram falar em Pedagogia Hospitalar (DIAS; RODRIGUES, 2017). Relevante frisar que outro desafio enfrentado é o tempo e acomodação necessários para se atender o estudante no ambiente hospitalar, pois, diversos partícipes desse processo simplesmente ignoram que o aluno precisa disso, atendendo apenas a parte clínica e esquecendo outras necessidades, sobretudo, o aspecto cognitivo e educacional do discente.

É um grande desafio, pois, nem sempre, é fácil separar, ou pior, diversas vezes, o sentimento emocional é tão forte que familiares e pedagogo acabam por consolidarem grande laços afetivos. De uma maneira mais prática e, através de consultas ao material bibliográfico, pode se elencar duas formas (entre várias) de atuação do pedagogo dentro do contexto da Pedagogia Hospitalar. O primeiro caso é a ideia da contação de histórias como uma prática educativa. O interesse é que contar histórias é algo muito antigo e comum, existe desde o começo das civilizações (BELANCIERI et al. A contação de histórias possui condições de melhorar a capacidade criativa dos alunos. A brincadeira não é uma coisa desnecessária. Ela permite que o menino/menina aprendam, realizem descobertas, melhorem a expressão e ganhem autonomia.

Ela possibilita que haja a melhoria da comunicação entre o estudante e todos os profissionais envolvidos no seu cuidado e contribui para a sua recuperação. Assim, os projetos lúdicos tornam o local menos estressante para o aluno enfermo e para toda a sua família. Os pedagogos que trabalham nos hospitais percebem que, ofertar esse tipo de iniciativa ao paciente, só colhem resultados positivos na formação do conhecimento e no desenvolvimento da criança (MARCHI; SILVA, 2017). Junto aos projetos, há as oficinas pedagógicas que trabalham em grupos, com diversos fins, com a melhoria da psicomotricidade do enfermo com brincadeiras e atividades motoras, observando a doença que ele tenha e suas condições clínicas para a execução do trabalho. O pedagogo hospitalar pode cooperar com suas capacidades e destrezas através das oficinas de arte.

Este local tem que ser receptivo, possibilitando que os alunos fiquem à vontade, possam experimentar uma situação diferente da vivida dentro da instituição hospitalar, inclusive desfrutando de uma decoração distinta do que ele viu na maioria das salas (MARCHI; SILVA, 2017). Conclusão A educação é um direito resguardado pela legislação a todas as pessoas, sem distinção, e é a partir dela, que o sujeito se desenvolve, evolui continuamente e consegue se portar como cidadão, ciente de seus direitos e representante consciente da sociedade onde está inserido. Desse modo, ela não pode estar restrita somente ao seu caráter pedagógico e sistematizado possibilitado pela educação formal, e sim, precisa ser ampla, como ferramenta que leve ao desenvolvimento geral do indivíduo, em todas as esferas, seja cognitiva, afetiva, motora, psicológica ou social, e também, suportar as necessidades particulares dos indivíduos.

p. jan. jun. DIAS, M. M. S. Atuação do pedagogo no ambiente hospitalar. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação da prof. ª Dra. Fabiana Sayuri Sameshima e orientação técnica da Prof. A pedagogia no espaço hospitalar: contribuições pedagógicas a um ambiente de renovação e aprendizagem. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Municipal de São José – USJ como requisito para aprovação do Curso de Graduação em Pedagogia. Orientadora: Prof. ª Dra. Izabel Cristina Feijó de Andrade.

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