Patologias em estruturas construídas em ambiente marítimo

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações, monografias e teses. Os principais resultados demonstraram que as principais patologias referem-se a corrosão de armaduras, fissuras e desagregação do concreto. Concluindo que, são responsáveis por comprometer o funcionamento, segurança e vida útil da construção, propondo um maior risco de acidentes. Palavras-chave: Manifestações patológicas; Ambientes marítimos; Concreto armado. ABSTRACT The civil construction sector is fundamental for the economic development of the country, being essential for the planning of large urban centers and, in particular, of maritime areas. As manifestações patológicas constituem anomalias responsáveis por comprometer a vida útil das construções, afetando suas propriedades de resistência, durabilidade e rigidez, de forma a reduzir o nível de conforto, bem-estar e segurança, seja em razão do aparecimento de doenças (respiratórias) ou ainda, na ocorrência de acidentes (ARIVABENE, 2015).

Implicam, também, em gastos financeiros, direcionados a reparos, correções e/ou reformas, não previstas, bem como perdas materiais (NADALINI; BISPO, 2017). Segundo Nadalini e Bispo (2017), o concreto armado representa o principal material empregado na concepção de estruturas, sendo o mais utilizado dentro do setor da construção civil e nas áreas marítimas, uma vez que, constitui um material com propriedades únicas e vantajosas em termos de qualidade e segurança estrutural. Porém, apesar desta grande importância, pode vir a apresentar inúmeras patologias, principalmente, em ambientes agressivos, como é o caso das zonas marítimas. De acordo com Serra (2012), quando as estruturas se encontram expostas a inúmeros agentes físicos, químicos e biológicos do meio, tendem a estas suscetíveis ao aparecimento de anomalias, tanto na fase de construção, quanto no período de pós entrega.

Conforme o mesmo autor, estas patologias são, normalmente, resultantes da ausência de programas adequados de vistoria e manutenção, geradas assim, pela falta de conhecimento técnico, da capacidade dos profissionais e por problemas econômicos (REIS, 2011). Já Lapa (2008) ilustra que, podem ainda, serem resultantes de causas naturais, relacionadas a degradação física (ações da temperatura, do vento, da chuva, da abrasão e da vibração), química (presença de águas puras ou agressivas, sulfatos, sais e oxigênio) e biológica (ações de agentes vegetais (fungos e raízes) e de esgotos, bem como dejetos animais) do material. Em ambiente marítimo Acredita-se que grande parte das estruturas construídas no ambiente marítimo sejam executadas em concreto armado e que, portanto, sejam compostas pela associação do concreto a barras de aço.

Segundo Lima e Brito (2016), o concreto representa um material com propriedades vantajosas para o setor construtivo, em razão, principalmente, de sua grande rigidez, porém, se exposto a ambientes agressivos, como os marinhos, é capaz de demonstrar significativa fragilidade. De acordo com a Norma de Projetos e Estruturas de Concreto, NBR 6118, que estabelece uma das classificações mais importantes para o dimensionamento de estruturas construídas em concreto, a classe de agressividade do ambiente marinho é IV (muito forte) e seu risco de deterioração é considerado elevado. Já com base em Lima e Brito (2016) é possível notar as patologias relacionadas: ao desgaste do concreto e perda de massa superficial (em razão de fenômenos físicos de abrasão, erosão e cristalização de sais); e a corrosão de armaduras (devido à carbonatação ou ingresso de íons de cloreto).

RESULTADOS E DISCUSSÃO O surgimento de manifestações patológicas em estruturas construídas, de acordo com Arivabene (2015), Lapa (2008) e, Lima e Brito (2016), constitui uma das maiores preocupações em termos de qualidade, segurança e bem-estar. Uma vez que, estas anomalias podem afetar diretamente a saúde e a segurança dos indivíduos, bem como funcionamento das estruturas, não apenas em relação a probabilidade de acidentes, mas, também, na redução da qualidade de vida. É possível observar por meio do estudo de Silva (2017), que os agentes físicos de degradação, no ambiente marítimo, compreendem aos gradientes de umidade e de temperatura, que são responsáveis por promover variações volumétricas no concreto e fissuras mapeadas, por meio de mecanismos de ciclos de gelo-desgelo, de umedecimento-secagem e retração térmica inicial.

Já os agentes biológicos constituem os organismos encrustadores (algas, crustáceos, equinodermos e moluscos), responsáveis por gerar desgaste nas estruturas, ao se fixarem ou ainda, indiretamente, por meio da produção de resíduos metabólicos, enzimas e ácidos. Ou seja, constitui a separação física do concreto em fatias, o que reduz e compromete a sua capacidade resistente a esforços, principalmente, na região desagregada, tornando a estrutura fraca e vulnerável a acidentes. CONCLUSÃO Com base nas informações coletadas, bem como apresentadas no presente artigo, é possível concluir que as estruturas construídas em ambiente marítimo estão sujeitas a inúmeros agentes físicos, químicos e biológicos, que podem comprometer o funcionamento, segurança e vida útil da construção, por meio, principalmente, do aparecimento de manifestações patológicas.

Estas resumem-se, em grande parte, em casos de corrosão de armadura, fissuras e desagregação do concreto. Conclui-se ainda que, a implantação de planos de manutenção constitui uma ferramenta essencial para a proteção da estrutura neste meio, considerado altamente agressivo, uma vez que, sua ausência é capaz de contribuir para a precarização destas zonas, em termos estruturais, de modo a agravar a quantidade e a gravidade das patologias. REFERÊNCIA ARIVABENE, A. Belo Horizonte, 2008. LIMA, A. O. BRITO, V. L. ° Ed. São Paulo: Editora Pini, 1994. NADALINI, A. C. V. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas). Universidade Federal de Minas Gerais – Escola de Engenharia. Belo Horizonte, 2001. SERRA, A. Levantamento de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado no estado do Ceará. f.

Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2011. Revista Especialize Online: Goiânia, v. p.

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