A importância do projeto arquitetônico para a prevenção contra quedas em edifícios

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

O país é considerado como a quarta nação do mundo que mais registra a ocorrência de acidentes, durante atividades laborais. Além disso, estatísticas apontam que entre os anos de 2012 a 2016 ocorreram, aproximadamente, 3,5 milhões de acidentes, em que 13,3 mil resultaram no falecimento do indivíduo e 40% destas situações ocasionaram doenças ocupacionais, responsáveis por reduzir a capacidade do profissional. A indústria da construção civil constitui um setor fundamental para o desenvolvimento econômico do Brasil, sendo responsável por grande parte das movimentações financeiras que ocorrem no país, empregam, também, um papel importante na geração de empregos e na composição do Produto Interno Bruto – PIB (OLIVEIRA; RODRIGUES; ALBERICO, 2018). Entretanto, suas atividades implicam diferentes níveis de complexidade, requerendo uma grande diversidade de produtos, técnicas e processos, especialmente, na execução de obras (CARVALHO; AZEVEDO, 2013).

Apesar de sua grande representatividade na economia do país, de acordo com Magalhães, Mello e Bandeira (2018), é possível notar que em grande parte das empresas no mundo, há um relativo improviso nos canteiros, de modo que, as obras são executadas, geralmente, de forma artesanal, ou seja, sem um planejamento formal ideal, previamente estabelecido. Tendo como objetivos específicos: i) Avaliar a influência do projeto arquitetônico na segurança do trabalho; ii) Indicar as ferramentas para a prevenção de quedas de altura; iii) Analisar perigos e métodos de avaliação de riscos no início das fases de concepção e de engenharia. A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações, monografias e teses, disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, no Google Acadêmico e Scielo.

Foram consultados trabalhos acadêmicos e técnicos, bem como normas, publicadas, pelo menos, nos últimos 20 anos. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2. A SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO A Segurança e Saúde do Trabalho, segundo Meireles e Pinto (2016), pode ser definida como a ciência que tem por objetivo estabelecer princípios de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle, de possíveis perigos e riscos, existentes ou originados, no local de trabalho. Silva, Santos e Nascimento (2013) ressaltam que a segurança do trabalho constitui um componente essencial ao processo de produção, principalmente, para uma empresa que visa não só lucros e a redução de retrabalhos, como preservar seu patrimônio humano e material, de modo a garantir a satisfação de seus clientes por meio de padrões adequados de produtividades, baseados na qualidade de serviços.

Além disso, corresponde a uma obrigação legal para a empresa que possui um alto valor técnico, administrativo e econômico, capaz de promover benefícios significativos aos empregadores, empregados e a sociedade (SILVA; SANTOS, NASCIMENTO, 2013). Desta forma, as empresas que utilizam mão-de-obra como parte integrante de suas atividades e oferecem situações de risco aos seus trabalhadores devem, de acordo com a legislação vigente, criar e implementar meios e/ou dispositivos capazes de controlar, diminuir ou eliminar os riscos existentes (CAVALCANTI et al. O reconhecimento da importância da implantação de princípios de Segurança e Saúde no ambiente ocupacional, constitui um fator primordial para o alcance dos objetivos, assim como das metas definidas pela organização. Além disso, seus valores tendem a contribuir para a implementação de um programa de responsabilidade social, capaz de proporcionar a melhoria do ambiente de trabalho, em termos de saúde, segurança e bem-estar dos funcionários (GRAJEW, 2001).

Uma vez que, esta prática tende a favorecer o controle, redução e mitigação de impactos sociais, provenientes da ocorrência de acidentes, dentre outras fatalidades que o profissional se encontra exposto no ambiente de trabalho. PROJETO ARQUITETÔNICO 2. Conceitos Há inúmeras definições de projeto, que buscam delimitar o termo a um sentido, porém, o significado mais aceito e coerente é aquele observado por Vargas (2009), que o define como sendo Um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade (VARGAS, 2009, p. Já a Associação de Normas Técnicas (ABNT, 2000), por meio da ISSO 10.

– Diretrizes de Qualidade de Gerenciamento de Projetos, estabelece a definição do termo de “projeto como Um processo único, consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos (ABNT, 2000, p. Para um projeto ser executado é necessário que seja gerenciado de forma eficiente, por meio de processos conjuntos, que visem possibilitar o controle e o aumento de produtividade (OLIVEIRA; RODRIGUES; ALBERICO, 2008). De modo a evitar o surgimento de erros, incertezas ou riscos futuros (SILVA, 2011). Contribuições para a segurança e saúde dos trabalhadores O projeto arquitetônico constitui um instrumento essencial para o desenvolvimento do setor da construção civil, uma vez que, conforme ressalta Rodrigues (2014), é capaz de auxiliar no planejamento e controle das obras civis, de modo a oferecer suporte para tomadas de decisões e reduzir a ocorrência de erros, principalmente, provenientes de ações mal planejadas.

Tendem, portanto, a diminuir incertezas intrínsecas às obras e propor a melhoria do desempenho da organização, serviço e/ou produto (RODRIGUES, 2014). A elaboração deste projeto pode proporcionar inúmeros benefícios, gerando impactos positivos a organização, em termos de economia, qualidade e prazo.

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