PAPEL DO PROFESSOR DIANTE A INCLUSÃO ESCOLAR
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Pedagogia
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Inclusão; Prática Pedagógica 1 Introdução O presente trabalho tem por objetivo analisar a prática pedagógica frente a inclusão escolar, os seus reflexos nos processos de socialização e aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, bem como identificar as dificuldades encontradas pelos professores e escolas para inseri-los no contexto social A inclusão de alunos com necessidades especiais no Ensino Regular tem se constituído num desafio para as instituições de ensino, pois estas encontram dificuldades para efetivar uma educação pautada em critérios inclusivos e democráticos. Sendo assim, a escolha pela abordagem do tema em questão partiu da necessidade de expor os problemas encontrados para a inclusão, bem como apontar caminhos, estratégias e possíveis soluções para que se possa minimizar as consequências de uma inclusão escolar realizada de forma inadequada, já que a LDB 9394/96 em seu capítulo V, prescreve que a educação desses alunos deve ser "oferecida preferencialmente na rede regular de Ensino".
Verificara-se que os responsáveis pela as inclusões do aluno em sala de aula devem garantir que ele tenha a estrutura necessária para atender o seu direito como aluno, mesmo que seja a adequação na estrutura física para facilitar o acesso da criança ou na contratação de profissionais especializados em determinado atendimento. Por esse motivo o interesse na pesquisa, pois acredita-se que a inclusão é necessária não apenas para a criança aprender a ler e escrever, mas para que haja uma interação social entre alunos considerados “especiais” com os “normais”. Posso citar um exemplo simples sobre a falta de estrutura que pode haver em algumas escolas que é a falta de um interlocutor para os deficientes auditivos. pessoas com necessidades educacionais especiais (PNEE) referem-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagens.
Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto, necessidades educacionais especiais em algum momento de sua escolarização. O problema das necessidades educacionais especiais (NEE) passou a ocupar o lugar de destaque a partir da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, Espanha, em 1994. A conferência foi planejada para atender a duas preocupações essenciais: a) garantir a todas as crianças, particularmente àquelas com necessidades especais, acesso às oportunidades da educação; b) promover educação de qualidade com introdução de ideias inovadoras sobre a relação entre os serviços de Educação Especial e a reforma do sistema educativo. Respaldada por legislações vigentes, temos, de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica: que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
As pessoas que possuem alguma deficiência possuem os direitos civis como qualquer outro cidadão, mas ainda estamos caminhando para que isto ocorra naturalmente sem que haja a necessidade de se recorrer à justiça em alguns casos. Pois ainda vemos a dificuldade de se obter um ambiente totalmente adaptado para dar o atendimento adequado a esse indivíduo. Podemos dizer que o tema “A Importância da Inclusão Para Todos”, está sendo vivenciado cotidianamente nos ambientes escolares, além de gerar um pouco de divergência de opinião dos profissionais envolvidos nesse processo já que a Constituição garante que seja um direito de todos, além de ser o dever do Estado assegurá-la. Durante as pesquisas realizadas para a elaboração deste projeto percebemos que em algumas unidades escolares não pode contar com a estrutura física e até mesmo o despreparo da equipe em lidar com algumas situações que podem vir a acontecer.
Para a elaboração desta monografia realizei pesquisas e através dela percebi que o maior problema que se encontra ainda é a de falta estrutura e especializações dos profissionais, para que possam lidar com as diversas situações que poderão ser vivenciados no seu cotidiano, como saber que a sua postura está correta e até mesmo se os seus objetivos estão sendo alcançados no período planejado. Na execução deste artigo pesquisamos diversas instituições que fazem um excelente trabalho com relação a inclusão sendo ela privada ou pública, em alguns lugares as escolas públicas possuem melhores resultados com os alunos com necessidades especiais. Além disso, não devemos de deixar de citar o belo trabalho realizado pela APAE, que durante muito tempo foi responsável pela a escolarização dos alunos especiais e que hoje em dia trabalha em conjunto com as escolas regulares.
A inclusão enfrenta muitas dificuldades começando pela família, que em alguns casos é onde começa o preconceito com a pessoa deficiente, pois até a família aceitar essa situação leva um tempo. Então por esse ponto percebemos as dificuldades que iremos enfrentar para a inclusão dos alunos especiais. Os profissionais que trabalharão com os alunos especiais devem ter em mente que se deve trabalhar com todos os outros alunos e comunidade esse assunto que gera tanta polemica, pois em alguns casos a falta de informações que gera o preconceito. O movimento inclusivo, nas escolas, por mais que ainda seja muito contestado, pelo caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente no âmbito educacional, convence a todos pela sua lógica e pela ética de seu posicionamento social.
Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar seus professores e equipe de gestão, e rever as formas de interação vigentes entre todos os segmentos que a compõem e que nela interferem. Precisa realimentar sua estrutura, organização, seu projeto político-pedagógico, seus recursos didáticos, metodologias e estratégias de ensino, bem como suas práticas avaliativas. Para acolher todos os alunos, a escola precisa, sobretudo, transformar suas intenções e escolhas curriculares, oferecendo um ensino diferenciado que favoreça o desenvolvimento e a inclusão social. GLAT 1995, p. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Caracteriza como uma ampliação do acesso à educação a grupos excluídos historicamente desse direito em função de classe social, gênero, etnia, faixa etária e deficiência, o que garantiria a democratização do ensino.
Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas De acordo com Madureira e Leite (2003, p. a perspectiva inclusiva, as dificuldades são agora entendidas como decorrendo de limitações existentes no currículo (planificado ou não) oferecido a todos os alunos e, nessa medida, implicam que a escola desenvolva processos de inovação e mudança curricular que respondam com eficácia a todos os alunos que a frequentam. Incluir não significa apenas receber o aluno com deficiência nas escolas comuns. Ferreira (2005, p. afirma que inclusão educacional é um termo utilizado em referência a todas as pessoas que foram, de alguma forma, excluídas no e do contexto escolar, pois não encontraram oportunidades para participar de todas as atividades escolares, ou se evadiram, foram expulsos ou suspensos, ou não tiveram acesso à escolarização, permanecendo fora da escola.
A Inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos envolvidos no processo de inclusão dando um passo para caminhar em sociedade livre de preconceitos e limitações. Sassaki, 1999, p. A educação inclusiva tem sido caracterizada como um “novo paradigma”, que se constitui pelo apreço a diversidade como condição a ser valorizada, pois é benéfica à escolarização de todas as pessoas, pelo respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem e pela proposição de outras práticas pedagógicas, o que exige a ruptura com o instituído na sociedade e, consequentemente, nos sistemas de ensino. As crianças NEE têm dificuldade de entender sobre as relações humanas e as regras e convenções sociais.
Podem ser ingênuas e não compartilham do senso comum. Sua rigidez gera dificuldade em gerir a mudança e as tornam mais vulneráveis e ansiosas. Muitas vezes não gostam de contato físico. Se a situação for mal manejada, podem acabar exploradas e ridicularizadas por outras crianças. Acredita-se, por tanto, que o professor deve além de realizar pesquisas, ser uma ponte para o alcance do conhecimento do aluno, através da transmissão de conhecimentos. Ainda acerca do papel do professor, Batista (2008) assinala que, no mundo contemporâneo, o mesmo não deve se limitar a assumir papéis de meros reprodutores dos saberes. Os mesmos devem ser capazes de entender a importância de assumir postura de especialistas do ensino e também de pesquisadores.
O raciocínio de Batista (2008) tem sentido, pois o novo perfil do docente é o de facilitador, mediador do conhecimento, bem como construtor de novos conhecimentos. É de responsabilidade do professor a atenção especial e a sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos. É necessário que o adulto assuma o seu papel com o objetivo claro da relação de ensino (que é o de ensinar), levando em consideração a condição de ambos os lados dessa prática, como parceiros intelectuais, desiguais em termos de desenvolvimento psicológico e dos lugares sociais ocupados no processo histórico, mas por isso mesmo, parceiros na relação contraditória do conhecimento 3 Conclusão Após a análise crítica dos documentos oficiais e legislações vigente, foi possível concretizar que existem diversas metodologias para a inserção e inclusão do alunado com NEE’s na Rede Regular, respaldado oficialmente o processo de ensino aprendizagem não depende só do “papel impresso”, que se mostra como perfeito e sim de uma construção gradativa nas comunidades escolares, sendo necessário conhecer todo o envolto dos alunos, compreendendo seu contexto sociocultural para melhor intervir em seus processos.
Percebeu-se que, para que a escola inclusiva se concretize, é preciso mudanças tanto na concepção da sociedade escolar em relação à pessoa com necessidades especiais, em à sua capacidade, quanto em adaptações curriculares com propostas diferenciadas perante a heterogeneidade das deficiências. É necessário proporcionar ajuda pontual para atender as necessidades específicas dos estudantes. A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais.
Disponível ______. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. R. GOLDBERG, K. Necessidades educativas especiais: subsídios para a prática. Edifapes: Erechim, 2007. EVANS, P. p. Out. GLAT, Rosana. A integração social dos portadores de deficiência: uma reflexão. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1995. E. Contribuições da abordagem histórico-cultural na educação de alunos autistas. Humanidades Médicas, v. n. pp. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999, 174p.
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