Os princípios do código de Ética articulados à atuação crítica de Assistentes Sociais - princípio 11

” (ALMEIDA, 2013, p. Visto que, a experiência política predominante na sociedade brasileira é a dominação, Almeida (2013) elenca alguns apontamentos conceituais acerca dessa diferenciação imposta historicamente, e conceitos conexos na tentativa de explicitar o impacto que incide sobre as classes subalternas e no cotidiano de trabalho da Assistente Social. A professora Almeida (2013) expõe um breve histórico das ações de combate à discriminação construídas pelo Conjunto CFESS/CRESS, com ênfase na participação do CRESS 7ª Região. No decorrer do texto a autora apresenta várias iniciativas do referido Conjunto de combate à discriminação. De acordo com a doutora Almeida, “na história das entidades da categoria a luta contra o preconceito e discriminação é assumida na agenda política no final dos anos de 1980 e conduzida a partir de iniciativas locais ou regionais.

ALMEIDA, 2013, p. Caracteriza a práxis profissional da Assistente Social, ter uma visão holística dos processos sócio-políticos geradores de desigualdades sociais, demarcado pelo projeto de ordem burguesa, em detrimento do exercício pleno da democracia. Desta forma A análise das expressões da questão social na perspectiva de totalidade deve ser orientada por valores historicamente construídos em defesa da democracia, liberdade, cidadania, justiça e igualdade, os quais cimentam o projeto ético político profissional do assistente social em defesa dos direitos. ALMEIDA, 2013, p. A autora chama a atenção para “a força viva das práticas discriminatórias, pois estas atitudes são aliadas do conservadorismo e também responsáveis por naturalizar as diferenças e transformá-las em desigualdades. As intervenções profissionais desencadeadas por diversas formas de atendimento que excluam ou discriminem os usuários, impeçam o seu acesso aos serviços, limitem a sua autonomia, que os submetam a situação de desrespeito e de autoritarismo interferem na vida do usuário.

Almeida (2013) enfatiza as várias formas de preconceito que se expressam no universo profissional, a existência de expressões discriminatórias oriundas de uma cultura conservadora “decorrente da precarização da formação profissional, da falta de solidez teórico-metodológica, da ausência da crítica etc. ” (ALMEIDA, 2013, p. A autora cita Carrara (2010) que expõe a necessidade de uma atitude não essencialista em relação às diferenças, justificada eticamente a restrição do acesso a cidadania a negros/as, indígenas, mulheres e homossexuais. ALMEIDA, 2013, p. Iniciando assim uma nova etapa para a convivência social, uma nova época para o homem, fundada na supressão da propriedade privada dos meios de produção e na abolição das diferenças entre proprietários e não-proprietários, de cuja distinção se nutre a sociedade em classe.

ALMEIDA, 2013, p. É premente a superação das estruturas racistas e discriminatórias a que os sujeitos sociais estão submetidos, assim como, a edificação de valores críticos emancipatórios. É preciso estar atenta para não colaborar com a “manutenção do silêncio das expressões da discriminação inscritas nas expressões da questão social que se expressam na instituição. ” (ALMEIDA, 2013, p. numa conjuntura de muitas contradições, nas quais os direitos humanos, em tempos de barbárie, têm sido sistematicamente violados, (ALMEIDA, 2013, p. torna-se uma exigência teórica e ético-política a escolha de referenciais emancipatórios, sem os quais nos manteremos presos/ as ao conservadorismo. ” (ALMEIDA, 2013, p. Dessa forma Nesse cenário, processos discriminatórios das mais variadas motivações, atuam para naturalizar as diferenças e manter as desigualdades.

O racismo, a homofobia, lesbofobia e transfobia, a misogenia ou sexismo, recrudescem. Idem, p. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Magali da Silva. Princípio 11 - Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física. Projeto Ético Político e exercício profissional em Serviço Social – Os princípios do código de Ética articulados à atuação crítica de Assistentes Sociais / Conselho Regional de Serviço Social (Org. Rio de Janeiro: CRESS, p.