OS DESAFIOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NO BRASIL DO SÉCULO XXI

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Dr. Luiz Antônio de Souza Pereira (Orientador) ______________________________________ Profª Andrea Ribeiro Mendes ______________________________________ Prof AGRADECIMENTOS RESUMO Na contemporaneidade, o ensino de Geografia tem se tornado importante para a garantia da formação plena do cidadão, tendo em vista a convivência em um espaço dinâmico e de constantes transformações no que diz respeito aos aspectos físicos e sociais. Por essa razão, esta disciplina não só faz o homem se relacionar com a natureza e compreendê-la, como também contribui para a construção do pensamento crítico do aluno, fornecendo-lhe subsídios para que ele compreenda o comportamento humano em diferentes partes do mundo. Sob essa perspectiva, este Trabalho de Conclusão de Curso tem o objetivo de analisar os desafios para o ensino da disciplina de Geografia no século XXI, dando ênfase às possíveis formas de superá-los na sala de aula.

Para tanto, foi realizado um pequeno estudo sobre a trajetória da geografia como ciência e disciplina escolar, o qual evidenciou que a Geografia, em seu momento inicial, buscava atender a interesses dos governantes, mas que, com o tempo, tornou-se necessária para compreensão do mundo e das transformações deste. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ATUAIS E OS RESPECTIVOS ERROS 21 2. A perpetuação do fracasso escolar 21 2. O ensino tradicional frente ao mundo contemporâneo 23 3. DO ENSINO DA GEOGRAFIA TRADICIONAL ÀS POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO 25 3. O divórcio com as práticas obsoletas 26 3. Dessa maneira, pode-se inferir que o fenômeno da globalização é inerente ao desenvolvimento cotidiano de diversos setores que, em dado momento, ganha destaque por sua relevância. Tal fator transforma é capaz de transformar a sociedade em diversos aspectos e, por essa razão, acontece a dinamicidade.

Dessa forma, este Trabalho de Conclusão de Curso tem o objetivo de analisar o ensino de Geografia tradicional, a fim de propor mudanças do ponto de vista metodológico, considerando as exigências da sociedade do século XXI. Para isso, serão identificados os objetivos da Geografia contemporânea inseridos em documentos de cunho orientativo, como a Base Comum Curricular Nacional. Para a elaboração deste trabalho, utilizou-se como metodologia a consulta a bibliografias essenciais ao estudo do tema, como Santos (2000); e Vesentini (2009). O capítulo propõe, ainda, como forma de o ensino de Geografia acompanhar a realidade atual, as ideias da tendência liberal renovadora. Com essas reflexões e propostas, espera-se que o processo de ensino-aprendizagem possibilite a concretização de uma aprendizagem significativa, considerando os conhecimentos prévios do educando.

Além disso, o estudo parte da ideia de que as habilidades intelectuais precisam ser fomentadas para que se desenvolvam e, em função disso, as partes envolvidas nesse processo, como professor e aluno, precisam dialogar entre si a fim de construir uma socialização de conhecimentos. Na conclusão, são retomadas as principais ideias encontradas ao longo da pesquisa, apontando as principais falhas que fazem com que o ensino de Geografia se distancie da realidade e, a partir desse apontamento, as propostas presentes neste estudo que acreditamos que podem contribuir para a transformação do processo em algo mais democrático. Apesar disso, destaca-se também que, embora sejam sugeridas propostas metodológicas para orientar o ensino da Geografia contemporânea, não é objetivo deste esgotar as discussões acerca do assunto, uma vez que, devido à evolução, será necessário repensar a efetividade das práticas encontradas na sala de aula, a fim que de não se perpetuem aquelas que não contribuem para o desenvolvimento do ensino.

Esses aspectos permitem fazer um levantamento de cunho histórico e crítico. A partir disso, torna-se possível apontar as falhas que envolveram o processo de ensino de Geografia nas escolas brasileiras e quais podem ser os caminhos que o levará a um curso que permita ao educando se inserir plenamente na sociedade, de modo a conhecer os fatores geográficos e físicos do mundo. Do mesmo modo, faz-se preciso aprofundar o estudo nas questões que influenciam a manutenção de um ensino que, em que pese as constantes evoluções, ainda se encontra defasado. Também se questiona a quem interessaria perpetuar um ensino de Geografia que não visa à formação crítica dos cidadãos, buscando essas respostas em bibliografias que tratam do assunto. O surgimento da Geografia A Geografia, enquanto ciência, possui diversas concepções.

Diante disso, não se poderia falar de conhecimento geográfico como uma unidade até o final do século XVIII. Pois, até então, a Geografia se restringia em os relatos de viagens, relatórios estatísticos de órgãos de administração, obras sintéticas, agrupando conhecimentos a respeito de fenômenos naturais, catálogos sobre os países do globo etc. Conforme Moraes (2007), tal período pode ser denominado de “pré-história de Geografia”, na medida em que, para este autor, é somente no século XIX que o conhecimento geográfico ganhou autonomia. Desde então, foi possível conceber a Geografia como integrante de um conhecimento autônomo. Tais condições objetivaram do processo de produção, ou seja, a própria constituição do modo de produção capitalista.

A partir disso, seria possível refletir, com base em evidências, sobre o caráter variável dos lugares e a diversidade da superfície terrestre. Nesse sentido, a primeira metade do século XIX foi a época em que a Geografia ganhou aspectos de mapeamento. Outra condição para a Geografia se tornasse como é conhecida hoje está no aprimoramento das técnicas cartográficas. Isso ocorreu devido à necessidade de haver uma representação dos fenômenos observados e da localização de territórios com a mais precisão. Além disso, Santos (1978) aponta que era também uma necessidade imposta pelo comércio, pois era então imperativo adaptar as estruturas espaciais e econômicas dos países pobres às novas tarefas que deviam assegurar sem descontinuidade. Para Vlach (2006), no caso francês eles notaram que seus soldados não conheciam adequadamente o território da Prússia quando entraram em confronto com esta, o que contribui para a derrota da nação francesa na Guerra Franco-Prússia.

Já no Brasil, é preciso destacar que o ensino formal, inicialmente, foi ministrado pelos jesuítas, sendo que a ciência predominante era a matemática. Conforme Rocha (2000), o estudo da Geografia era limitado a definição das terras que passaram a pertencer aos dominantes e, por conseguinte, era destinado aos detentores de poder. A considerar isso, pode-se depreender que não havia uma ciência geográfica que fosse objeto de estudo nem mesmo pelos jesuítas, tendo em vista que era irrelevante para os objetivos destes, a saber: catequização dos índios. No país, o início do ensino formal de Geografia passou a se tornar importante, segundo Vlach (2006), após o Colégio Pedro II, em 1937, definir conhecimentos geográficos como um dos itens do teste de admissão para o curso de Bacharelado de Direito.

horas. Com a redução, Rocha (2000) aponta que houve uma queda pela busca de cursos específicos de História e Geografia, em virtude de o curso de Licenciaturas de Estudos Sociais ser mais rápido. Como consequência, diversas instituições particulares tiveram de fechar as portas para esses cursos individuais e adotarem o de Estudos Sociais. No entanto, não demorou muito para que professores e estudantes de Geografia, bem como entidades representativas, pressionassem pelo fim do curso de duração contida. A disciplina de Geografia, que já era ensinada nas escolas, mas ainda de modo não totalmente regulamentado, sofreu mudanças com a entrada em vigor da Lei n° 5692/71, que organizou a educação básica em primeiro e segundo graus e regularizou o currículo escolar, fixando a ele um núcleo comum.

São os autores que se posicionam por uma transformação da realidade social, pensando o seu saber como uma arma desse processo. São, assim, os que assumem o conteúdo político de conhecimento científico, propondo uma Geografia militante, que lute por uma sociedade mais justa. São os que pensam a análise geográfica como um instrumento de libertação do homem. MORAES, 2005, p. Conforme Lacoste apud Moraes (2005), o ensino de Geografia, antigamente, tinha por objetivo preparar para a guerra, em que pese muito do que havia nas práticas do passada não terem sido abandonas completamente. aponta que: Esta ala da Geografia Regional vai progressivamente se inteirando do papel dos processos econômicos e sociais, no direcionamento da organização do espaço. Assim, abre uma discussão mais política na análise geográfica.

Tal abertura embasou-se na crescente importância do elemento humano na Geografia francesa, que aparece: na diferenciação entre meio e meio geográfico, na sujeição da Geografia Física à Humana, e na idéia da região como produto histórico (e sua valorização como objeto primordial). Assim, a Geografia Regional francesa aproximou-se da História e da Economia. É no bojo desse processo que germinam as primeiras manifestações de um pensamento geográfico crítico, ao se introduzir na análise regional novos elementos. Nesse sentido, essa ciência que ele denomina de “Geografia dos professores” acabava por se tornar neutra e não refletir o verdadeiro significado por trás dos estudos dos aspectos geográficos. Ela era submissa, de certo modo, ao objetivo dos Estados-maiores, que diferentemente dos professores e alunos, apropriam-se dos conhecimentos para uso estratégico.

Decerto, houve mudanças desde então, mas à Geografia ainda cabe um papel restrito, sendo que grande parte dos alunos a considera como secundária no currículo escolar. Hodiernamente, há muitas evoluções acontecendo, no entanto, há uma presença marcante de práticas que, historicamente, mostram não surtir o sucesso que se deseja da escola. Nesse aspecto, o conhecimento temático inter-relacionado com a prática pedagógica é que compõe o ensino de Geografia sendo que, ao se pensar em uma mudança, é preciso considerar esses dois fatores. Diante disso, tal Geografia nada mais é do que um instrumento utilizado com a finalidade de memorização, e não construção de conhecimento social do aluno, permitindo que ele aplique tudo o que foi aprendido para vislumbrar o que acontece no mundo.

Tal prática ainda é visível na realidade atual, o que torna o estudo de geografia desinteressante e sem aplicabilidade efetiva. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ATUAIS E OS RESPECTIVOS ERROS Para analisar as práticas pedagógicas atuais predominantes no espaço escolar nacional, é necessário identificar o porquê de elas ainda se mantiverem presentes, as consequências para o desenvolvimento da educação e quais as principais falhas que são possíveis de identificar. Para tanto, faz-se preciso também a compreensão ampla de todo o processo educacional, observando não somente como o professor perpetua metodologias didáticas ultrapassadas, mas também como a escola e o Estado influenciam para essa permanência negativa. Torna-se indispensável, pois, o usa da crítica para refletir acerca do sistema educacional tradicional que não permite aos estudantes desenvolver uma autonomia intelectual, sob pena de que eles queiram voltar-se contra os interesses obscuros dos que preferem uma educação que forme alunos incapazes de analisar, interpretar e aplicar o conhecimento adquirido para a luta por uma sociedade de bem-estar social.

Porém, de acordo com Libâneo (2005), é comum entre os que atuam mais diretamente na prática educativa escolar uma visão restrita e fragmentada da educação. Nesse aspecto, o papel essencial da escola, no sentido de contribuir para a formação de indivíduos para que identifiquem à realidade em que pertencem e atuar para o desenvolvimento justo dela, é deixado à deriva quando os profissionais que atuam diretamente com a educação atuam de forma que não desperta o interesse do aluno por aprender. Não se deve, contudo, atribuir ao professor toda a culpa pelos fracassos da escola, visto que este profissional é um instrumento que trabalha conforme as limitações do ambiente e de acordo com as orientações da escola. Do mesmo modo, também não se deve isentá-lo da responsabilidade de se manter atualizado no que concerne a práticas pedagógicas ativas.

O sentido do fracasso escolar está justamente no fato de a escola não conseguir fazer com que a aprendizagem se transforme em práticas sociais ou que seja capaz de contribuir para a mudança da forma como o aluno entendia determinado assunto, com base no conhecimento científico contextualizado. O papel do professor estava focado em vigiar os alunos, aconselhar, ensinar a matéria ou conteúdo, que deveria ser denso e livresco, e corrigir. Suas aulas deveriam ser expositivas, organizadas de acordo com uma sequência fixa, baseada na repetição e na memorização (QUEIROZ e MOITA, 2007, p. Como se nota, no modelo de pedagogia tradicional, existe uma centralização do conhecimento científico na figura do professor, enquanto que ao aluno cabe à memorização do que lhe está sendo ensinado.

Uma das problemáticas dessa prática é o fato de considerar o educando como alguém que não detém nenhum saber, estando condicionado a tudo que é dito pelo professor. Como consequência, não há diálogo entre ambos e o aluno assume o papel acrítico e passivo do processo. Esta sincronia não deve ser entendida apenas como simples paralelismo entre fatos da educação e fatos sociais. Na verdade, as questões de educação são engendradas nas relações que os homens estabelecem ao produzir sua existência. Neste sentido, a educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política. ARANHA, 2005, p. Diante disso, as práticas educativas devem oportunizar a liberdade de pensamento tanto do professor quanto do aluno, uma vez que ambos são sujeitos na construção do conhecimento.

Uma das maneiras para se chegar a esse objetivo é destacar os modelos didáticos que priorizam a formação de pessoas que sejam independentes, críticas e com capacidade de analisar o espaço que as rodeiam. A Geografia também permite que se compreenda a lógica das desigualdades e o porquê de os conflitos ocorrerem. Por esse motivo, a função social dessa disciplina também se torna imprescindível para que o aluno identifique os caminhos que levam à superação desses problemas. A partir dessas abordagens, espera-se contribuir para o desenvolvimento de práticas compatíveis com o mundo contemporâneo, rompendo com as que tornam a aprendizagem como algo difícil de ser alcançado. O divórcio com as práticas obsoletas Há muito, o ensino tradicional não tem surtido o efeito desejável para que a escola acompanhe toda a evolução, especialmente a tecnológica.

Sua finalidade, cada vez menos buscada e menos atingida, é a de formar gente capaz de se situar corretamente no mundo e de influir para que se aperfeiçoe a sociedade humana como um todo. A educação feita mercadoria reproduz e amplia as desigualdades, sem extirpar as mazelas da ignorância. Educação apenas para a produção setorial, educação apenas profissional, educação apenas consumista, cria, afinal, gente deseducada para a vida. SANTOS, 1978, p. Dessa abordagem, pode-se extrair que o objetivo central da educação é formar cidadãos conscientes do que acontece no mundo, a fim de que atuem para combater as injustiças sociais e lutar por um ambiente em que o convívio seja harmonioso. Portanto, embora a educação tenha evoluído no sentido de buscar aderir a diversas tendências pedagógicas, de modo a romper com a predominância das práticas tradicionais, existem ainda diversas que impedem a concretização do ensino contemporâneo.

Por conta disso, faz-se necessário libertar-se de tais práticas e adotar a modelos que se relacionem, de fato, com a realidade tal qual ela é. Por que ensinar Geografia no século XXI? A importância do ensino de Geografia se justifica quando são analisados os aspectos históricos. Conforme Vesentini (2009), a partir da terceira revolução industrial e do processo de globalização desencadeados na segunda metade do século XX, momento em que houve uma mudança na maneira de enxergar a relevância do conhecimento geográfico, grande parte dos Estados passou a dar mais destaque ao ensino a fim de que ele contribuísse com o desenvolvimento. Um dos exemplos são os Estados Unidos, que, no mesmo período, reintroduziu a disciplina nos currículos escolares, além de aumentar o tempo de duração da aula.

De acordo com Vlach (2003), o ensino de Geografia ainda tem a importância de poder explicar aos alunos os processos das lógicas territoriais que levam as desigualdades. Nesse sentido, esta disciplina tem o papel de conscientização social do aluno, visando à assunção de responsabilidades que respeitem o espaço social de todos. Como ensinar Geografia no século XXI? O ensino de Geografia é, atualmente, um desafio, pois necessita acompanhar as mudanças do mundo contemporâneo. Porém, diante disso, encontram-se diversas propostas da tendência pedagógica liberal renovada, a qual considera o aluno como ser ativo e detentor de vários saberes. De acordo com Saviani, apud Gasparin (2003), a ênfase na necessidade de transformação do ensino no Brasil adveio do Movimento da Escola Nova. Todavia, o docente não pode fazer uso dessa tendência para transferir toda a responsabilidade do processo ao aluno.

O foco central é em uma abordagem que permita a existência de um diálogo com cerne de aprendizagem entre o profissional e o educando, pois, dessa maneira, há uma observação melhor das especificidades de cada um. Se no ensino tradicional o professor era visto, conforme Libâneo (2005), como autoridade suprema e com conhecimento absoluto, nessa tendência ele passará a ser instrumento de condução do processo sob a perspectiva de que é por meio da inter-relação do conhecimento científico com o conhecimento prévio do educando que a aprendizagem ocorre. Essa linha de pensamento converge com o prevê a Base Nacional Comum Curricular para a disciplina de Geografia, a qual orienta que o ensino seja realizado de acordo com os saberes informais, possibilitando que o educando possa ser protagonista de sua própria aprendizagem.

Esse processo de aprendizado abre caminhos para práticas de estudo provocadoras e desafiadoras, em situações que estimulem a curiosidade, a reflexão e o protagonismo. Sendo assim, faz-se necessário entender que a prática que a escola deve aderir precisa estar voltada a uma tendência que contribua para que o educando desenvolva um senso crítico, independente e construtivo, de modo a ser capaz de pensar de forma autônoma e realizar pesquisas que contribuam para o estabelecimento de relações com os demais sujeitos da sociedade. Para tanto, o estudo sugeria a tendência pedagógica liberal renovada, a qual delineia concepções que visam à construção de uma educação pautada na aprendizagem em que o aluno e o professor são peças igualmente importantes.

Sendo que compete a cada deles assumir uma postura de construção do conhecimento compartilhado. Nesse processo, enquanto ao professor cabe converter o conhecimento científico em escolar, ao educando compete se apropriar do que lhe está sendo ensinado e convertê-lo em comportamentos do cotidiano. Sob essas perspectivas da tendência supracitada, torna-se possível que, durante o processo, sejam realizadas diversas tentativas experimentais acerca de propostas metodológicas, bem como sejam sugeridas pesquisas que ampliam a independência do educando e contribuem que ele realize descobertas que poderão ser aplicadas no dia a dia. História da Educação. São Paulo: Moderna, 2005. BRABANT, Jean-Michel.  Crise da Geografia, Crise da Escola. In: Oliveira, Ariovaldo (org). br/ccivil_03/leis/L9394. htm>. Acesso em: 03 nov. BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica; Secretaria Executiva.

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Ensino de Geografia no início do século XXI: desafios e perspectivas. º Encuentro de Geógrafos de América Latina.

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