O uso da Literatura infanto-juvenil no desenvolvimento cognitivo da criança

Dentre os motivos que incitaram a presente pesquisa, está a percepção de que o incentivo a criança para a formação e um leitor não é dada pelos professores atuais. As pesquisadoras perceberam através de estagio, observações e por experiência própria que a literatura é deixada de lado, não abordando sua verdadeira natureza. Além disso, foi notado que muitos indivíduos nunca tiveram um contato efetivo com livros, além dos didáticos, prejudicando o interesse dos alunos diante da literatura acarretando um receio na vida adulta e ao longo da vida escolar. O presente trabalho visa contribuir para as futuras pesquisas acadêmicas do tema, apresentando de fora logica a problematização, bem como vislumbra demonstrar para a comunidade escolar a relevância da literatura para o desenvolvimento da linguagem, imaginação e no pensar da criança.

Além disso, as pesquisadoras têm como base levar a reflexão sobre a discussão a respeito da desvalorização da literatura infanto-juvenil na formação escolar. Entretanto vemos que não é apenas papel da escola incentivar o gosto pela leitura, o processo de formação do leitor deveria começar desde pequeno, com o auxilio e o estímulo da família, porém averígua-se que isso não ocorre, passando a responsabilidade para a escola, que por sua vez, não incentiva efetivamente o aluno, e muitas vezes acabam por despertar o desinteresse do mesmo pela literatura. O presente trabalho tem como intuito discutir os benefícios da leitura para a educação, bem como explorar o motivo pelo qual não se percebe o incentivo ao livro tanto na escola como na família, incentivo esse não como algo didático apenas, e sim como uma leitura por prazer, já que essa despertará o interesse do aluno e ajudará no desenvolvimento da leitura e outras áreas de conhecimento, pois dentre os vários benefícios dos livros está o desenvolvimento cognitivo da criança devido à multiplicidade de conhecimento que o mesmo proporciona.

O mesmo também expositará o advento da leitura, bem como alguns autores renomados do gênero. Além disso, buscaram apresentar escritores do gênero, que devem ser utilizados dentro da sala de aula e no âmbito familiar, como forma de incentivar o aluno. O surgimento da leitura infanto-juvenil. Entretanto para que se consumissem os livros, eram necessários que as crianças soubessem ler, devido a isso, constata-se que a segunda instituição incentivada pela burguesia da época, foi à escola. Fez se necessária que a escola habilitasse a criança para que essa consumisse as obras impressas, Gusmão-Garcia e Facincani transcrevem a “Literatura infantil e escola, inventada a primeira e reformada a segunda” (ZILBERMAN, 1985, p. apud GUSMÃO-GARCIA e FACINCANI, 2007, p. ou seja, após o surgimento da literatura foi necessária uma nova organização dentro da escola, pois no período antecedente somente o clero e a nobreza frequentavam a educação, e para a burguesia que se formulou dessas classes, não era lucrativo que apenas eles comprassem.

Para burguesia era essencial que as crianças consumissem a literatura posta a eles, pois não apenas na questão da lucratividade, ela propiciava a manutenção do poder e a difusão de uma ideologia, pois, “Estes deixam transparecer o modo como o adulto quer que a criança veja o mundo” (ZILBERMAN e LAJOLO, 2007, p18). A multiplicidade de benefícios da literatura infanto-juvenil. A leitura traz inúmeros benefícios para o individuo, autores apontem como a literatura faz se fundamental para a vida do ser humano, quando mais cedo se incitar o habito da leitura, maior será as vantagens geradas por essa inserção precoce no mundo dos livros, como dito por Prado “verifica-se que a literatura infantil pôde propiciar para uma aprendizagem mais significativa para crianças” (PRADO, 2005, p.

ou seja, quando mais cedo a criança adentrar na cultura dos livros mais facilidades de aprendizagem e mais ferramentas essa terá para desenvolver o seu cognitivo. Dentre os benefícios que podemos citar, está a formação de uma criticidade mais acentuada, pois “a criança aprende a questionar a ideologia veiculada por esses meios, desenvolvendo, assim, o seu senso critico” (SOUZA, 1995, p. É perceptível que a literatura não é neutra, até em livros destinados ao publico mais jovem, podemos encontrar historias que tentar passar valores, morais, normas, sempre de uma maneira simplória, porem sempre transpassando algo. A literatura também proporciona a discussão de assuntos diferenciados e que dificilmente são discutidos com as crianças, este é outro beneficio, como dito por Ferreira e Pretto através da literatura, os professores: “Oportunizamos para as crianças histórias que abordaram o preconceito, os valores os sentimentos a individualidade, a fé a negligencia e por fim a alimentação.

Dentro dessas abordagens conseguimos trabalhar a escrita, a interpretação a criatividade, entre outros aspectos fundamentais que o processo de alfabetização contempla. ” (FERREIRA E PRETTO, 2012, p. Todavia, deve-se tomar cuidado com a escolha de tais livros, pois o professor deve procurar aqueles que abordem tais temáticas, de maneira simples e subjetiva, para não chocar os leitores e acabar por destruir seu interesse pelo livro. Por fim dentre os benéficos, que iremos citar no presente trabalho, está à facilitação na alfabetização, segundo Souza e Carniel “os livros infantis contribuem para o desenvolvimento da aquisição linguística da criança de maneira progressiva, tanto na oralidade quanto na escrita” (SOUZA e CARNIEL, 2012, p 138), ou seja, a literatura infanto- juvenil irá auxiliar o professor no processo de alfabetização, facilitando e deixando mais prazeroso esse processo inicial.

MAGNANI, 1992, p. Em outras palavras a criança e o adolescente que não possui o hábito e o costume de ler, quando ele descobre o prazer da leitura ele amplia sua visão de mundo, amplia seus conhecimentos se torna mais criativo, ele desenvolve sua linguagem verbal, tanto oral quanto escrita, pois a leitura só traz benefícios. Como afirma Souza “Os pais podem ser os primeiros incentivadores da leitura. Mas para isso teriam que ser leitores ou, pelo menos, proporcionar o contato da criança com o livro” (SOUZA, 1995, p. ou seja, o papel do adulto é fundamental nesse processo, pois quando os pais leem para a criança e a incentivam certamente no futuro ele se tornará também um adulto leitor e apreciador da literatura. XVI Jornada Nacional da Educação: território de saberes.

Santa Maria - RS: UNIFRA, 2012. v. p. GUSMÃO-GARCIA, Sílvia Craveiro ; FACINCANI, Eliane Fernandes. ed. São Paulo: Atica, 2007. Cap. p. MAGNANI, Maria do Rosário Mortatti . Disponível em: <literatura infantil e desenvolvimento cognitivo lidiane da rocha Prado>. Acesso em: 25 set. SOUZA, Marcia Maria Previato de; CARNIEL, Fabiane. Literatura Infantil na escola. In: SOUZA, Marcia Maria Previato de; CARNIEL, Fabiane. set. Disponível em: <http://revista. fct. unesp. br/index.