O USO DA IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA NA INDÚSTRIA 4.0
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharias
No intento de obter o escopo definido, o artigo foi baseado, essencialmente, na pesquisa exploratória, abordando aspectos qualitativos, a partir de literaturas que abordam o tema, tentando entender quais aspectos influenciam na acuracidade do estoque, como funciona o gerenciamento dele e no que a automação em conjunto com a tecnologia de identificação por radiofrequência podem colaborar para o alcance dos melhores resultados. Palavras-chave: Indústria 4. RFID. Conferência de estoque. Exatidão. Este estudo se justifica pela importância desse controle com os ativos da empresa, representando montantes expressivos que, se mal gerenciados, podem levar a prejuízos e falência. Além disso, é necessário conhecer os artigos em estoque, para o atendimento ao cliente, no menor prazo possível e, ao mesmo tempo, garantir que não exista um volume demasiado de itens, pois, isso poderia levar a prejuízos e certa imobilização de capital sem necessidade.
A gestão de estoque fundamentada em instrumentos corretos e em sistemas de gerenciamento podem conferir uma melhor administração dos materiais, fazendo com que organizações que utilizem esse procedimento, tenham destaque sobre as outras. Qual a importância da gestão de estoques em uma indústria? Para a indústria, que trabalha com a modificação de produtos quase acabados em bens para consumo, a partir do manuseio das matérias-primas e fontes energéticas, é imprescindível que se tenha controle da quantidade de mercadorias para a realização do trabalho e que este não seja comprometido pela falta delas. Além disso, é necessário saber quais itens são mais ou menos urgentes, para se fazer uma hierarquização daquilo que não se pode faltar ou escolher entre o que é mais relevante naquele momento.
Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monografias não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões. ANDRADE, 2001, p. As empresas procuram todos os dias por excelência nos seus processos, com o intuito de melhorar a gestão das informações e dos materiais, de tal forma que sua atividade possa caminhar da melhor maneira possível. Os motivos fundamentais para a existência dos estoques são: • A operação precisa continuar: o processo produto é contínuo e não pode sofrer com paradas, pois, elas significam prejuízos e perda da competitividade; • A demanda varia ao longo do tempo e sua necessidade futura é de características inexatas, assim, é preciso se precaver e planejar, para não ficar refém do dia seguinte; • O material precisa estar disponível naquele momento e os prazos precisam ser executados e o cliente precisa receber no tempo certo (COSTA; SILVA, 2017).
Os tipos de estoques, sob a ótica de estratégia para a empresa, podem ser conceituados como: • Estoques de Proteção: protege das dúvidas de abastecimento e demanda; • Estoques de Ciclo: acontece quando um ou mais fases das operações não fornecem, ao mesmo tempo, todos os itens que geram; • Estoque de Antecipação: usado geralmente quando as oscilações de demanda são expressivas, no entanto, com certo grau de previsibilidade ou também quando as alterações de fornecimento são importantes; • Estoques de Distribuição: ocorre quando não se podem conduzir frequentemente os materiais entre o local de fornecimento e de demanda, constitui-se um estoque em trânsito ou de canal de distribuição (COSTA; SILVA, 2017). Como o estoque está relacionado a grandes quantias imobilizadas e tem um aspecto estratégico para a empresa, é vital realizar um controle sobre ele, pois, quando não o tem, possivelmente problemas no processo acontecerão, resultando em atrasos para a entrega de itens para o cliente.
Não somente as dificuldades no processo, a falta de controle de estoque gera dúvidas nas informações armazenadas, o que pode ser ainda pior do que não ter o produto. Esse controle é imprescindível para a logística, por otimizar o investimento que é feito no estoque, que podem chegar a 40% do custo total da organização, o que corrobora para o uso de uma gestão interna para minimizar o seu dispêndio. vem do termo industrie 4. Surgiu na Alemanha em 2011 como uma estratégia de grande tecnologia para 2020. Acredita-se que essa geração da indústria traga benefícios para os seus processos que abrangem os campos da engenharia, PCP (planejamento e controle da produção), logística, operacional e melhoria contínua, por todo o ciclo de vida do produto (SILVA, 2017).
A existência da quarta geração da indústria se baseia nos CPS (sistema cibernético-físico) e no IoT, que farão as organizações a conseguirem um novo estágio de produção. Por ser um paradigma totalmente distinto das metodologias tradicionais da produção, tem-se um modelo dinâmico que está em um nível superior à produção e dos processos relacionados, com capacidade para modificar o escopo inicial do projeto a qualquer momento. Segurança cibernética. Simulação e impressão 3D (SILVA, 2017). Contextualização histórica da Indústria 4. A figura 1 mostra o contexto histórico das revoluções industriais ao longo da história. Figura 1 – Evolução das revoluções industriais. O CPS é formado por unidade de controle, que encaminha instruções para sensores e atuadores (aqueles que fazem a interação com o mundo real), tecnologia de identificação (RFID é um tipo), estruturas de armazenagem e de análise de dados (SISTEMA FIRJAN, 2016).
II) Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) Rede composta por objetos físicos, plataformas, sistemas e aplicativos que possuem tecnologia embarcada, usada para realizar a comunicação ou interagir com lugares internos e externos. Possibilita que as coisas se relacionem entre si e que decisões aconteçam, sendo o alicerce para a quarta geração da revolução industrial. III) Internet of Services (IoS) Com a rede das coisas em pleno funcionamento, os dados são processados e analisados conjuntamente, resultando em outro estágio de agregação de valor à informação resultante. Diferentes serviços são inseridos e aqueles que já existem, são otimizados. Figura 2 – As quatro fases. Fonte: Sistema Firjan, 2016. I. Rede vertical de sistemas de produção inteligente Nas indústrias inteligentes, a produção se adequa muito rápido com relação à estimativa de demanda, erros e baixo nível de estoque e isso ocorre devido a grande integração existente e o chão de fábrica e os dados que a organização possui.
Itens e soluções se encontram em rede, sendo alcançáveis em todo local e a todo momento, por causa do CPS. IV. Rapidez tecnológica Metodologias fabris mais flexíveis e eficazes acontecerão a partir de tecnologias de ponta, que irão acelerar e revolucionar a manufatura avançada. São essas tecnologias: inteligência artificial, IoT, tecnologia de sensores, manufatura adicional e robótica pioneira. Desafios e tendências da indústria 4. As organizações e empresas têm se confrontado com dificuldades no desenvolvimento da big data, um dos pilares de sustentação da manufatura avançada: • Aquisição de dados no setor industrial; • Modificação de CBS em um modelo unificado; • Modelagem e coesão dos dados para a interoperabilidade de sistemas; • Manipulação de dados produzido pela internet das coisas, sensores com capacidade de comunicação wireless, computação em nuvem (SILVA, 2017); • Ingressar a big data em tempo real; • Segurança e privacidade de dados; • Expansão de algoritmos para big data analítica (SILVA, 2017); • Programas para visualização, análise e encapsulação de dados.
Em 2003, objetivando realizar, de forma eficiente, o acompanhamento dos seus inventários ao nível de paletes, a Wal-Mart determinou que seus cem principais fornecedores introduzissem etiquetas RFID em seus paletes e produtos até 2005, depois ampliou essa cobrança a seus outros 12000 fornecedores até 2006. Em 2007 no Brasil, o projeto de RFID da HP foi considerado top 50 na categoria de Innovation Mastery pelo Gerenciamento de Manufatura e Supply Chain com identificação por radiofrequência. A implementação da HP foi tida também como um dos melhores projetos de tecnologia da informação do ano pelo InfoWorld 100 "The Best IT Projects of 2007” que mostraram o uso inovador de tecnologias de ponta na melhora de processos e alcance de objetivos corporativas (COSTA; SILVA, 2017). Estrutura e componentes do RFID O sistema RFID é formado por quatro elementos: tag (transponder), leitor, software RFID e rede de comunicação.
Assim, a tag é a etiqueta vinculada ao produto a ser rastreado e existe um leitor que realiza a varredura dos identificadores colhendo e processando os dados adequados, possibilitando uma ideia total e contínua de itens em estoque ou em trânsito. As aplicações imóveis possuem leitores, antenas (normalmente duas ou quatro antenas por leitor), denominados também de portões RFID, onde os leitores assemelham-se a portões, atendendo a informações de objetos e enviando-as para os servidores. Já as aplicações móveis são parecidas com os sistemas fixos no quesito estruturação do sistema RFID, no entanto, utilizam a transmissão sem fio para obter os dados (COSTA; SILVA, 2017). As etiquetas são acionadas pela energia fornecida pelos leitores RFID que mandam as informações para os leitores, que recebem e enviam as mesmas para os sistemas de banco de dados ou sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) ou MRP (Material Requirement Planning).
Benefícios do uso do RFID na gestão de estoques A utilização da identificação por radiofrequência melhora o gerenciamento de estoques, no entanto, é similar ao código de barras: as duas tecnologias utilizam scanners para a leitura das etiquetas e precisam de um sistema informatizado que faça a correlação da etiqueta com um item do banco de dados. º panorama – utilização de código de barras: um palete recebido com diversas mercadorias chega do depósito e o conferente necessita fazer a leitura de cada produto, para que sua inserção no sistema; 2º panorama - utilização da identificação por radiofrequência: o mesmo palete contendo diversos produtos, não há a necessidade de separar e observar cada produto, ele é enviado para um portal de leitores RFID e todos os produtos seriam identificados e incluídos no sistema de forma automática e quase imediata (COSTA; SILVA, 2017).
Esta concepção ainda possui grande espaço para se desenvolver mais. De acordo com as explanações das referências pesquisas neste artigo, a indústria brasileira ainda se encontra na transição da segunda geração – uso de linha de montagem e da eletricidade – para a terceira – que usa automação aliada à robótica e programação. Contemplando este aspecto, verifica-se que se a identificação por radiofrequência era importante nas outras gerações da indústria nacional, sem dúvidas, será muito relevante e ainda mais útil em uma geração que utiliza ainda mais dentro de um contexto de ainda mais convergência, desenvolvimento e integração. Constata-se que, de acordo com a pesquisa, a relevância da utilização do RFID para a gestão acertada dos estoques.
Assim, o artigo permitiu, principalmente para aqueles que já trabalham com o gerenciamento de estoque, compreender melhor a utilização da tecnologia e as vantagens que este instrumento confere aos processos logísticos. C. SILVA, M. C. A importância do uso da tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) como ferramenta de gestão e acuracidade em estoques. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4. Disponível em: < http://www. firjan. com. br/publicacoes/publicacoes-de-inovacao/industria-4-0-1. htm >.
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