O TRABALHO EM ENFERMAGEM E SUAS RELAÇÕES COM A SÍDROME DE BURNOUT

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho”. RESUMO- A preocupação básica deste estudo é refletir sobre a síndrome de Burnout e seus fatores de risco para os trabalhadores de enfermagem. Este artigo tem como objetivo investigar as relações da Síndrome de Burnout com o trabalho realizado pela equipe de enfermagem. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como Campos et al (2015); Ferreira e Lucca (2015); Larré, Abud e Inagaki (2018), entre outros, procurando enfatizar os principais aspectos que relacionam a síndrome de Burnout ao profissionais de enfermagem, bem como a necessidade de intervenção nesses fatores, por meio de programas institucionais que trabalhem e melhorem as formas de lidar do profissionais com o estresse que pode acontecer em ambiente de trabalho e em sua vida profissional.

Estes custos ocorrem devido à alta taxa de absenteísmo e presenteísmo (estar presente, mas sem condições de trabalhar) destes trabalhadores e queda de produtividade. Por isso, este problema requer medidas para sua prevenção e controle em todos os níveis, justificando-se a realização deste trabalho pela necessidade de elaborar medidas para prevenir e tratar a Síndrome de Burnout nos profissionais de enfermagem. Conforme o exposto anteriormente, o objetivo deste estudo é investigar as relações da Síndrome de Burnout com o trabalho realizado pela equipe de enfermagem. DESENVOLVIMENTO 2. Metodologia Para responder aos questionamentos feitos previamente, utilizou-se como recurso metodológico a pesquisa bibliográfica, realizada na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e suas bases indexadas, como a Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCiELO), Bases de dados de Enfermagem (BDENF).

a síndrome de burnout também é considerado uma doença ocupacional, que leva muitas pessoas a abandonarem seu local de trabalho, fato que gera prejuízos tanto para o empregador quanto para a economia e para os cofres públicos. Fica evidente, portanto, a necessidade de execução das várias políticas públicas com mais eficácia e responsabilidade por parte das autoridades de saúde e dos empregadores. Torna-se urgente a adoção de medidas preventivas e o controle de doenças laborais para evitar um caos no setor previdenciário e na economia do Brasil (MOURÃO et al, 2017, p. A ocorrência da Síndrome de Burnout no Brasil é estimada em torno de 10%, sendo que a prevalência em profissionais de saúde varia entre 30 e 47% (MORAES, 2014).

Esta é uma taxa considerada alta, uma vez que em cada 100 profissionais, quase a metade deles podem ser acometidos pelo Burnout. Estas consequências que podem se tornar catastróficas no trabalho da enfermagem, justamente por conta do constante chamado à humanização do cuidado, por meio do qual os pacientes podem apresentar melhora considerável, em oposição ao cuidado mecanizado. Corroborando o comentário acima, os autores Rodrigues, Santos e Sousa (2017) as jornadas de trabalho elevadas dos profissionais de enfermagem, somadas à carga de trabalho elevada, trazem ao profissional sob estas condições, fadiga, esgotamento físico e mental, levando a consequências negativas ao cuidado destinado ao paciente. Todavia, apesar dos profissionais de enfermagem com vínculo hospitalar possuírem maior risco para o Burnout, estudos comprovam que profissionais que trabalham na atenção básica, por exemplo, também estão susceptíveis à síndrome devido à exaustão emocional (precursor para o seu desenvolvimento) (HOLMES et al, 2017).

Além disso, a prevalência da síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem da atenção básica foi de 58,3%, com níveis altos na dimensão despersonalização (48,3%) e baixa realização profissional (56,6%) (MERCES et al, 2017). Outro exemplo são os profissionais que trabalham nos serviços de urgência e emergência: um estudo apontou escores altos para desgaste emocional (28,1%), despersonalização (21,9%) e incompetência profissional (28,1%), para a equipe de forma geral. Fica explícito que os ambientes de trabalho anteriormente citados como exemplo (atenção básica, serviços de urgência e emergência e UTI), apesar de demandarem um trabalho completamente diferente, com pacientes de perfis diversos, ambos possuem fatores de risco em comum para a síndrome de Burnout. Entre estes fatores de risco, podem ser citados problemas de relacionamento com colegas de trabalho, insatisfação com o trabalho (CAMPOS et al, 2015).

Outros estudos apontaram a faixa etária média entre 20 e 30 anos, devido à falta de confiança, pouco tempo de trabalho e insuficiência de habilidades como consequência à limitada experiência prática. Além disso, profissionais de enfermagem com ensino superior completo apresentaram maior probabilidade de desenvolver a síndrome. Trabalho noturno, bem como trabalhadores diurnos com alta carga de trabalho e falta de autonomia (LARRÉ; ABDUL; INAGAKI, 2018, OLIVEIRA; LIMA; VILELA, 2017). CONCLUSÃO A síndrome de Burnout tem relação com o trabalho de enfermagem devido a aspectos inerentes à profissão, como o lidar contínuo com pessoas, a carga de trabalho e carga horária excessivas, trabalho noturno, aspectos referentes ao ambiente de trabalho, condições trabalhistas e relação interpessoal. Devido às altas prevalências identificadas nos estudos analisados, torna-se indispensável o estabelecimento de programas que visem à proteção dos trabalhos de enfermagem contra a síndrome de Burnout.

Estes programas devem ser responsabilidade de cada instituição de saúde, que devem estabelecer também atividades que ajudem o profissional a lidar com as situações estressantes em seu trabalho e em sua vida profissional, uma vez que o estresse tem relação direta com o desenvolvimento de Burnout. Desta forma, melhorando a qualidade de vida desses profissionais e minimizando os riscos aos pacientes cuidados por estes profissionais, advindos dos sintomas da síndrome de Burnout. REFERÊNCIAS CAMPOS, Isabella Cristina Moraes et al. seer. unirio. br/index. php/cuidadofundamental/article/view/4199 > Acesso em: 14 mai. FERREIRA, Naiza do Nascimento; LUCCA, Sergio Roberto de. n. LARRÉ, Mariana Costa; ABUD, Ana Cristina Freire; INAGAKI, Ana Dorcas de Melo. A relação da Síndrome de Burnout com os profissionais de enfermagem: revisão integrativa.

 Nursing (São Paulo), v. n. MERCES, Magno Conceição das. et al. Prevalência da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem da atenção básica à saúde Prevalence of Burnout Syndrome in nursing professionals of basic health care.  Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, v. n. Doenças ocupacionais – agentes: físico, químico, biológico, ergonômico. ed. São Paulo: Érica, 2014, p. e 220. MOURÃO, Artemísia Lima et al. NUNES, Ana Paula Lima. Programa de intervenção para prevenção do Burnout em unidades de cuidados intensivos: um dever ético. Tese (Doutorado em Bioética) – Universidade Católica Portuguesa. OLIVEIRA, Raquel Fátima de; LIMA, Gilberto Gonçalves de; VILELA, Gláucia de Sousa. Incidência da Síndrome de Burnout nos profissionais de enfermagem: uma revisão integrativa.

 Revista Brasileira de Enfermagem, v. n. SÁ, Adriana Müller Saleme de; MARTINS-SILVA, Priscilla de Oliveira; FUNCHAL, Bruno. Burnout: o impacto da satisfação no trabalho em profissionais de enfermagem. Psicologia & Sociedade, v. p. SOBRAL, Renata Cristina et al. Burnout e a organização do trabalho na Enfermagem.  Rev. bras.

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