O papel do Ensino Superior na Formação de Formadores
O estudo se dividiu em dois momentos: uma primeira discussão sobre a origem do ensino superior no Brasil e, na sequência, as implicações pedagógicas e sociais na formação de formadores, considerando que a educação é um processo que exige reflexão prática e contextualização com a realidade e o contexto dos indivíduos, exercendo assim sua função social. Palavras-chave: Docência superior. Licenciatura. Formação de professores. Introdução A docência superior exige uma atividade de reflexão, especialmente sobre como ela se dá na prática, a produção do conhecimento e a formação dos profissionais. E o segundo, presente na Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB), “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nos movimentos culturais” (BRASIL, 1996, art.
Ao se inserir na agenda das políticas sociais brasileiras, a educação, nas últimas décadas, tem enfrentado importantes desafios. Muito se discute a respeito da sua qualidade, dos métodos, de capacitação de professores e do seu papel na transformação do mundo. Nesse sentido, não se pode negar que “Embora a escola não crie a desigualdade (ela começa muito antes da escola), é a educação quem decide quem vai e quem não vai ser incluído na sociedade” (GADOTTI, 2010, p. A hipótese que sustenta essa investigação se ancora na concepção de que o professor exerce papel fundamental na vida de seus alunos, não só na apreensão de conteúdos formais, mas no aprendizado da leitura do mundo, da interpretação de símbolos, na assimilação da cultura e no autoconhecimento.
Além disso, o descritor “formação de formadores” auxiliou na seleção dos artigos aqui discutidos. Cumpre ressaltar que as revisões favorecem a reflexão, a crítica e o entendimento sobre o referencial encontrado. Reflexões sobre origem do ensino superior no Brasil e função social da educação A Magna Carta brasileira assegura que a educação é um direito constitucional da sua população, sendo que Estado e família, compartilham a obrigação de prover o acesso a ela, de maneira que o indivíduo possa se desenvolver integralmente e, por ela, seja preparado para exercer sua função cidadã e se qualifique para o mundo do trabalho. Além disso, o ensino, no Brasil, será ofertado primando pela igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade, qualidade e laicidade (BRASIL, 1988, art.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional organiza a educação brasileira e explica que ela se refere aos processos de formação acadêmica e individual, que ocorrem na família, escolas, organizações do trabalho e movimentos sociais e de cultura. O antropólogo, educador e político Darcy Ribeiro aplicou alguns princípios da Escola Nova na educação do estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, para outros estados brasileiros (GOMES, 2010). Em 1961, quando era Ministro da Educação do governo João Goulart, com a aprovação da primeira Lei Federal de Diretrizes Nacionais para a Educação (BRASIL, 1961), determinou que todos os estados e municípios oferecessem a escolarização para toda a população em nível correspondente ao atual ensino fundamental.
Essa Lei ficou em discussão por 13 anos no Congresso Nacional e, com sua aprovação e sansão presidencial, pela primeira vez na história da educação no Brasil, a escola passou a ser obrigatória, gratuita e laica. Em comparação com a Europa, pode-se afirmar que o ensino superior no Brasil é ainda bem jovem. No período colonial, cabia aos Jesuítas a formação de filósofos e teólogos. alunos Rede Privada 75,3% dos alunos Rede Pública 24,7% dos alunos Fonte: adaptado de (GOMES; MACHADO-TAYLOR; SARAIVA, 2018, p. Neves e Martins (2014) expõem que há um entendimento de que o desenvolvimento social e econômico está atrelado à expansão e qualificação da graduação e pós-graduação, no Brasil. Contudo, mesmo com os recentes avanços ainda há um importante desafio a ser superado nesse setor.
Como se vê: O crescimento das matrículas é evidente e notável no ensino superior brasileiro, no entanto, revela-se insuficiente quando confrontado à dimensão e às expectativas da população brasileira e em que pese o enorme aumento dos investimentos público e privado nesse nível de ensino. A persistência de enormes desigualdades sociais no tocante ao acesso e à permanência no nível de ensino superior segue sendo um desafio urgente a ser enfrentado. Na prática, esse docente ainda não existe, embora já haja previsão do mesmo nas políticas educacionais. Assim, a contemporaneidade impõe essa desafiadora tarefa à formação docente. Isso pode ser verificado a partir do entendimento do modelo educacional ainda vigente: “A escola transmissora – que confunde ensino com aprendizagem e informação com conhecimento – continua se perpetuando, nos programas, cursos e manuais de capacitação docente” (VAILLANT, 2002, p.
Igualmente, Demo (1992) expõe a urgência na da reformulação da Escola Normal, primeiro para atentar à qualidade e à atualização desse tipo de formação. Essa modalidade de formação será responsável pelo primeiro contato que a criança terá com a escola e com o conhecimento formal. Tanto é falso conceber o professor como alguém que meramente ensina, quanto é falso conceber o aluno como alguém que meramente aprende. O aluno comparece para produzir ciência também, ou seja, para fazer, no fundo, o mesmo que o professor, apenas em estágios diferenciados. É preciso transmitir para o aluno a ambiência moderna do "aprender a aprender", e isto também na educação básica, para sairmos da "decoreba", da cola, da imitação barata. O "pedagógico" na aula está sobretudo no horizonte emancipatório de ocupação de espaço próprio via pesquisa e elaboração própria.
Por incrível que pareça, tecnologia já sabe disso desde sempre, pois vive de inovar. Entretanto, os autores apontam a necessidade de rompimento com o paradigma até então vigente em educação, primeiro entre os educadores, para que se possa alcançar as séries introdutórias, modificando a forma como as crianças aprendem e, por consequência seu modo de perceber sua realidade. Considerações Finais Este trabalho buscou compreender como o papel do ensino superior na formação de educadores. Neste sentido, o aporte teórico encontrado contribuiu para melhor esclarecer os pontos que articulam o modelo atual de educação, para a urgente transição que se faz necessária nesse seguimento. Mesmo após a redemocratização política do Brasil e com os importantes marcos legais criados para garantir direitos sociais, como o da educação, ainda se observa no país uma gestão da política educacional descontínua.
Além disso a educação é pouco democrática, uma vez que ainda não respeita as características individuais dos discentes, seu tempo de aprender e seu contexto. BITTAR, M. História da Educação no Brasil: a escola pública no processo de democratização da sociedade. Acta Scientiarum. Education Maringá, v. n. DEMO, P. Formação de formadores básicos. Em Aberto ano 12 (54), Abr. Jun, 1992. DEWEY, J. Como elaborar projetos de pesquisa. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GOMES, CA. Darcy Ribeiro. Acta Cir. Bras. São Paulo , v. supl. p. Aprendizagem da docência:professores formadores. Revista e-Curriculum, [S. l. v. n. MARTINS, C. B. Educação Superior e os Desafios no Novo Século: contextos e diálogos Brasil-Portugal, 2014. ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática X revisão narrativa.
access on 18 Nov. SILVA COSTA, Jeiffineny. Docência no ensino superior: professor aulista ou professor pesquisador? Caderno Discente do Instituto Superior de Educação – Ano 2, n. – Aparecida de Goiânia, 2008. VAILLANT, D.
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