O LÚDICO

INTRODUÇÃO A criança descobre o outro e se descobre através do lúdico, de forma que ele é de extrema importância para o desenvolvimento mental da criança, pois é através dele que ela cria seu mundo simbólico e é estimulada a fantasia e imaginação. Na sala de aula ele promove um laboratório, pois enquanto a criança brinca exterioriza o que sente e representa o que vivencia, além de proporcionar momentos agradáveis e desenvolver habilidades cognitivas, motoras e facilitar a aprendizagem. Com a Constituição Federal de 1988 a educação passa a ser um direito da criança tanto familiar, social e politicamente assegurado. Com o fim da ditadura militar mais uma constituição foi elaborada, entrando em vigor em 1988. Ela afirma, no artigo 205: a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (PASSETTI, 1999, p.

” (Platão, Grécia Antiga,427a. C. a. C. Outro pesquisador é Walon, pesquisador francês, que se preocupou muito em pesquisar a relação do ser brincante( do lúdico) com as origens do pensamento, ou seja, as suas primeiras experiências interativas com o mundo, como se origina o processo de pensar, se imaginar que a mediação da aprendizagem passa pelo processo do pensamento, então Walon tem razão, de que quanto mais a criança estiver com o pensamento solidificado, o processo de construção do pensamento, elaborado de modo a favorecer a não só interação com o mundo ,mas apreensão dos conteúdos escolares e do mundo. Ela é um ser social e aprende o mundo, quando brinca e reconstrói o mundo, transforma e amplia as possibilidades, assim.

sem brincar, o conhecimento torna-se mecânico. “Brincar com a criança não é perder tempo, é ganha-lo. ”(DRUMMOND,C. “A criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. ANTUNES,2004). O professor deverá provocar a participação coletiva (instigar para que a criança cante junto, de sua opinião), despertar o espírito de companheirismo, cooperação e autonomia A LUDICIDADE CONCEITOS E DEFINIÇÕES O lúdico quer dizer brincar, diversão, liberdade, troca, interação, movimento, afetividade e socialização. Um fator importantíssimo é que no jogo, a criança aprende as regras e aprende sem perceber que aprendeu, onde o brinquedo é o objeto da brincadeira, não importa se a criança fantasiar determinados utensílios, mas ela cria através da fantasia o espaço da brincadeira.

Com isso, a aprendizagem torna-se significativa e a socialização ocorre na briga por um objeto(brinquedo), ou na troca, não importa, precisamos do meio para trocar. Segundo a teoria de Wallon, o ser humano é um sujeito geneticamente social e quando a criança é estudada sempre é vista contextualizada com o meio. A vida é movimento e o lúdico está ligado a psicomotricidade e que está relacionado com o desenvolvimento da inteligência e do cognitivo. O movimento e o corpo está 100%relacionado com a educação infantil, pois a criança não lê, não faz contas e precisa dessa interação do corpo, mente e meio. A brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típico da vida humana enquanto todo – da vida natural/interna do homem e de todas as coisas.

Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, e paz com o mundo (. A criança que brinca sempre, com determinação auto ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção de seu bem e dos outros. O mundo está cheio de novidades, brinquedos eletrônicos são importantes, mas os mais simples, como o criar com materiais recicláveis, brincar ao ar livre, a criança é criativa, motivar isso através da interação. A imaginação é algo que precisa ser construída, no brincar a criança conhece o mundo, adquiri conhecimento das relações sociais, noções de regras, de controle e vitória, de ter autocontrole de suas emoções, o faz de conta, o imitar um personagem, a incorporação é de uma riqueza incalculável.

A questão da utilização de brinquedos eletrônicos que limitam e pouco promovem a interação e a exploração do ambiente, por exemplo: o jogo da memória virtual não tem a mesma interação, quando é jogado com o outro, que tem que controlar o amigo, aprende as regras, já no virtual isso não ocorre. “a criança a penetrar em sua própria vida tanto como na natureza e no universo. ” (Brougére,1998, p. As crianças se relacionam de várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos, pois nas brincadeiras elas ressignificam o que vivem e o que sentem. Brincando desenvolvem a inteligência e a cultura. O fazer é a manifestação mais profunda do brincar, é exatamente nesse ponto que há a essência humana.

Desde de que nasce a criança é estimulada a brincar, seja com o paninho, bichinho de pelúcia, os pais falam com voz diferente, isso reflete no desenvolvimento: da linguagem, motor além da efetivação dos vínculos. Há pais que tem receio de deixar a criança explorar o local, mesmo que ela coma terra ou areia, role pelo chão, não importa, além de fortalecer o sistema imunológico, desenvolve o sistema sensorial perceptivo auxiliando todo o processo do neurodesenvolvimento, seja ele, para aprendizagem de qualquer atividade, como aprendizagem de escola. São Paulo, Ícone Editora USP, 1988. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas Em Discussão, Yves de LA TAILLE, editora Summus editoriais, SP, 2001. WILEY SCHWARTZ, G. M. Emoção, Aventura e Risco – A Dinâmica Metafórica de Vários Estilos – 2002.

In. Revista de divulgação técnico _ científica do ICPG. Vol. n. p. VIGOTSKY, L. S. A formação sócia da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.