O Gestor e a Gestão democrática escolar

A partir de pesquisadores como Félix, Gadotti e Hora foi possível traçar um embasamento teórico a fim de analisar qual o papel do gestor na democratização da escola. A metodologia utilizada foi bibliográfica e documental. Ao final da pesquisa, avalia-se que o gestor é imprescindível para assegurar a inclusão da comunidade nas tomadas de decisão de forma que todos tenham voz ativa e de que o mesmo contribui para a construção de crianças e adolescentes participativos e mais interessados na qualidade do ensino. Palavras-chave: Educação. Escola. Partindo dessa discussão pretende-se responder a questão: Qual o papel do gestor na gestão democrática escolar? Conforme. “a escola democrática sustenta-se em valores e práticas democráticas. Os valores que orientam as práticas vinculam-se à liberdade, autonomia, desenvolvimento do espírito crítico, iniciativa, responsabilidade, cooperação, solidariedade e tolerância”.

O objetivo, portanto, é identificar como os gestores buscam envolver os alunos, professores e demais funcionários de forma com que eles desenvolvam suas atividades de forma autônoma, porém, cooperativa através de diálogo, projetos e novas formas de intervenção. Entende-se que o trabalho poderá contribuir para o aperfeiçoamento da gestão democrática escolar no que diz respeito às estratégias de gestão. A partir do estudo da contribuição de outros educadores, Santos (2002, p. diz que “os gestores devem conscientizar-se de que o papel na escola de hoje é muito mais de um líder que de um burocrata. Espera-se dele que assuma a direção como um membro ativo da comunidade escolar”. Assegurar que haja, de fato, a participação de todos é também um desafio ao gestor, por isso ele precisa criar meios e ser um facilitador dessa participação social em diversas áreas, seja ela na área educacional onde o objetivo é aprimorar os métodos de aprendizagem ou na área administrativa através da fiscalização dos recursos financeiros, por exemplo.

Para uma boa forma de gestão é fundamental que haja uma dimensão política (FÉLIX, 1986, p. Esse novo modelo pedagógico, no entanto, proposto pelo professor, deve estar de acordo com a política pedagógica da escola e que incluirá a participação dos pais e alunos em formato de um projeto coletivo. Não há dúvidas, porém, que esse processo enriquecerá a atividade educativa, com avanços significativos na qualidade do ensino, a partir de uma profunda reflexão alimentada pelos problemas concretos enfrentados na sociedade, construindo-se, assim, novas relações sociais num espaço público de decisão[. VIEIRA, 2014, p. A democratização escolar não é um processo rápido, mas que depende de uma boa gestão assim como uma equipe empenhada.

Com ênfase na qualidade de ensino, a tendência da escola se destacar nas estatísticas educacionais é mais um argumento positivo da gestão democrática. A participação pertence à própria natureza do ato pedagógico (GADOTTI, 2001, p. Fica evidente ainda que quanto mais pessoas da convivência do aluno fizerem parte da democratização escolar, maior será sua influência na participação cidadã de crianças e adolescentes. É, portanto, o gestor o responsável por essa ambientalização educativa. A promoção da participação deve ser orientada e se justifica na medida em que seja voltada para a realização de objetivos educacionais claros e determinados, relacionados à transformação da própria prática pedagógica da escola e de sua estrutura sociais, de maneira a se tornar mais efetiva na formação de seus alunos e na promoção de melhoria de níveis de aprendizagem (LUCK, 2006, p.

Também é papel do gestor adequar o espaço e o uso de equipamentos de forma adequada e que seja benéfico à educação. Assim, cabe ao gestor democrático que todos tenham vozes ativas nas tomadas de decisão e que o organograma político-pedagógico seja horizontal e não vertical. Ficou claro, portanto, que a qualidade no ensino de uma escola democrática é superior e que uma boa gestão é um ponto essencial e favorável para elevação da integração da comunidade em geral na educação de crianças e adolescentes. A este pesquisador, a produção do presente artigo confirmou a premissa do gestor pedagógico como papel central na democracia, seja ela na escola e na construção de crianças e adolescentes com voz ativa na tomada de decisão e na construção cidadã, o que acaba por refletir em sua vida cotidiana.

REFERÊNCIAS FÉLIX, M. F. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2004 – Guia da escola cidadã. HORA, D. L. Dianir. Gestão Democrática na Escola. Curitiba: IBPEX, 2011. VIANNA, I. O. A. Planejamento participativo na escola: Um desafio do educador.