O ENSINO DE CIÊNCIAS NA PERSPECTIVA INCLUSIVA DO 6º AO 9º ANO

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Nesse contexto, procurou-se responder ao seguinte problema de pesquisa: Quais as contribuições do ensino de Ciências para o processo de inclusão escolar no ensino fundamental do 6º ao 9º ano? Para tanto, a hipótese que sustenta o estudo é a de que o conhecimento científico, por múltiplo e proporcionar o desenvolvimento da criticidade, pode ser utilizado no processo de inclusão escolar dos educandos e na autonomia destes. Para tanto, traçou-se como objetivo geral da pesquisa: Analisar as contribuições do ensino de Ciências para o processo de inclusão escolar no Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano. Especificamente buscou-se: caracterizar o processo de Educação Inclusiva no Brasil permeado por diferentes visões históricas ao longo do tempo; refletir acerca das dificuldades enfrentadas pelos professores de Ciências para a consolidação do processo inclusivo e enumerar ações que podem ser realizadas pela escola para que o processo de inclusão escolar tenha mais êxito.

A motivação para pesquisar esse tema veio da constatação de que, apesar da legislação educacional que estabelece regras e normas para a inclusão de educandos com necessidades especiais no ensino regular, tais prerrogativas nem sempre são colocadas em prática. Por isso, a necessidade de pesquisar um tema tão atual e importante. Segundo Ferreira (2005), em 1942 já existiam 40 escolas públicas regulares no país que apoiavam pessoas com deficiência mental e que atendiam estudantes com outras deficiências. O Instituto Benjamin Constant publicou em Braille a Revista Brasileira para Cegos, a primeira voltada para o referido público. A partir da década de 1950, particularmente em 1957, o Governo Federal forneceu explicitamente apoio educacional a pessoas com deficiência em nível nacional, criando campanhas especificamente para esse fim (MENDES, 1995).

Na década de 80, o grande marco na história do país foi a promulgação da Constituição Federal em 1988 (CF 88), a qual também define no Artigo 205 que a educação é um direito de todos, sendo de fundamental importância, pois possibilita o pleno desenvolvimento do indivíduo. Isso significa que a educação e o desenvolvimento pessoal são direitos de qualquer cidadão, independentemente de suas necessidades pessoais, destinado a qualificar essa pessoa para atuar na sociedade em que vive. Seu papel é importante, uma vez que visa garantir condições igualitárias ao processo de ensino-aprendizagem através de profissionais capacitados e metodologias dirigidas aos alunos com necessidades especiais. Historicamente, o direito à educação às pessoas com deficiência é um processo relativamente “novo” no Brasil e, em algumas situações, possui inúmeras restrições para realmente ser eficaz.

No entanto, cabe aos sujeitos (com deficiência ou não) exercer seus deveres como cidadãos e exigir que seus direitos sejam respeitados. Segundo Mazzota (2006), além do progresso, também podem ser identificados fenômenos culturais como ignorância, abandono, superstição, marginalização e marginalização de pessoas com deficiência que atrasam ou impedem seu pleno desenvolvimento e exercício da cidadania. Ademais, os investimentos na organização de serviços e programas para atender às necessidades individuais específicas dessa comunidade têm sido inadequados e ineficientes. Todo o contexto social da sala de aula e outros ambientes escolares são importantes para a formação acadêmica dos alunos (SASSERON; CARVALHO, 2011). Mesmo que não haja laboratórios científicos na maioria das escolas brasileiras, o que agrava as dificuldades no ensino de Ciências, é possível sugerir alternativas viáveis para o uso de experimentos como o uso de jogos, apresentações em slides, projetos interdisciplinares.

É válido mencionar também que desde a década de 1990 e na conjuntura atual, cada vez são incentivadas propostas para o ensino de Ciências com uma abordagem interdisciplinar que leva em consideração os conceitos dos alunos, o que é um desafio importante para a didática no campo da referida disciplina (BRASIL,1998). Entretanto, o ensino de Ciências ainda se baseia, em sua maioria, em um currículo fragmentado e em um método tradicional de transmissão de informações usando um livro, quadro-negro e giz. Nessa perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) enfatizam a necessidade de desenvolver habilidades básicas de cidadania. O movimento de inclusão escolar deve, eo entanto, oferecer aos professores oportunidades para refletir criticamente sobre sua educação e prática pedagógica (MICHELS, 2006).

Por isso, cabe ao professor buscar a adequação e adaptação de suas aulas, utilizando novos métodos e recursos diferenciados, ou seja, aprimorar sua prática de ensino para melhorar o desempenho dos alunos, pois os docentes são responsáveis pela mediação do conhecimento. É necessário ensinar os discentes a pensar cientificamente e apresentar-lhes situações problemáticas, para que possam formular hipóteses, buscar explicações, tomar consciência dos fenômenos naturais que afetam suas vidas e da possibilidade de reconstrução durante esse processo. Conforme Gomes (2014), é essencial que o professor repense sua prática e tenha estratégias de ensino para atender às necessidades desses alunos, pois eles devem antecipar as dificuldades da sala de aula ao planejar. Promover um ambiente convidativo e, acima de tudo, facilitar os conceitos a serem transmitidos.

a garantia de “condições de acesso, durabilidade, participação e aprendizado, oferecendo serviços e recursos para Acessibilidade, deve remover obstáculos e promover a inclusão completa”. Sendo assim, a importância da inclusão não se limita a adaptar os alunos aos requisitos da escola, mas a adaptar o sistema escolar às suas necessidades. Essa perspectiva é dirigida a todos os discentes na busca por mudanças no ambiente escolar. Nesse contexto, Santana (2005) também enfatiza a relevância da formação de professores, que se baseia em uma qualificação que não se limita a cursos ocasionais, mas vai além dos programas de treinamento frequentemente implementados, nos quais os educadores precisam refletir sobre sua prática e entender a relação entre ensino e aprendizagem.

Para isso, a formação de professores deve se basear não apenas no acúmulo de conhecimentos e habilidades, mas também na reflexão crítica de suas práticas de (re) construção contínua de uma identidade pessoal. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, DF: MEC/SEESP, 1994. Lei nº 9. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://portal. Disponível em: http://loos. prof. ufsc. br/files/2016/03/O-ENSINO-DE-CI%C3%8ANCIAS-NATURAIS-NAS-S%C3%89RIES-ANOS-INICIAIS-do-ensino-fundamental. pdf Acesso em: 12 de jul. FERREIRA, W. B. Inclusão x exclusão no Brasil: reflexões sobre a formação docente dez anos após Salamanca.

In: RODRIGUES, D. org. Disponível em: http://www. scielo. br/pdf/rbedu/v12n36/a07v1236 Acesso em: 11 de jul. LIPPE et al. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. G. Deficiência Mental: a construção científica de um conceito e a realidade. Tese de Doutorado. USP. São Paulo,1995. a ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003. SASSERON, L. H. br/ienci/ artigos/Artigo_ID254/v16_n1_a2011. pdf. Acesso em 12 jul. SILVA, Karla Mendes dos. A família e os portadores de necessidades especiais.

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