O ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS NO CENTRO CIRÚRGICO
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Enfermagem
CONTEÚDO Grau: ______ 2. FORMA Grau: ______ 3. NOTA FINAL: ______ AVALIADO POR _________________________________________ São Caetano do Sul, _____ de ______________ de 2019. RESUMO O ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS NO CENTRO CIRÚRGICO O centro cirúrgico (CC) é uma unidade fechada onde, na maioria das vezes, o paciente é submetido a procedimentos invasivos que, independentemente da complexidade, podem gerar sentimentos de ansiedade, além de envolver risco, resultando na necessidade de o enfermeiro oferecer atenção especial na recepção e durante sua permanência na respectiva unidade. Questiona-se: Quais são as ações do enfermeiro que podem colaborar para a prevenção de Eventos Adversos (EA) em CC? O objetivo deste estudo é levantar dados bibliográficos para descrever estratégias que sejam subsídios para a atuação do enfermeiro em CC, visando a prevenção de EA nesse ambiente.
Organizing the process of caring for, coordinating and controlling the work of the nursing staff and also the activities that the CC maintains with other sections of the hospital and ensuring complete patient care are purposes of the nurse's work in CC. The contribution of the professional nurse in the intraoperative is essential, so it is necessary to intensify their performance to ensure better results in patient safety, creating protocols, cheklists and applying preventive care to avoid risks and AE. Key words: Nursing, Adverse Events, Operating room. INTRODUÇÃO Atualmente, a segurança do paciente é internacionalmente reconhecida como componente de extrema importância para a qualidade em saúde, exigindo das instituições hospitalares o fornecimento de bens e serviços com o mínimo ou a ausência total de riscos ou falhas que possam comprometer o cuidado (PARANAGUÁ, 2013).
Neste sentido, a preocupação com a segurança do paciente em centro cirúrgico (CC) tem sido crescente, devido à elevada frequência de erros e eventos adversos (EA), que muitas vezes poderiam ser prevenidos (SOUZA et al. morte no intraoperatório ou pós-operatório imediato (VENDRAMINI; SILVA e FERREIRA, 2010). O protocolo Universal da Joint Commission on the Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) inclui três etapas: verificação pré-operatória, marcação do sítio cirúrgico e procedimentos antes do início da cirurgia TIME OUT e o protocolo da OMS, além das etapas propostas pela JCAHO inclui uma etapa de conferência no período pós-operatório imediato (SIGN OUT). As etapas da OMS são denominadas de SIGN IN (antes da indução anestésica), TIME OUT (antes da incisão da pele) e SIGN OUT (antes do paciente sair da sala cirúrgica) (BRASIL, 2009).
Acredita-se que a aplicação de medidas preventivas para a ocorrência dos incidentes, durante o procedimento cirúrgico, bem como dos potenciais riscos, será mais eficaz quando a assistência pré e pós-operatórias, também, seguir padrões mínimos de atendimento com qualidade. Essa realidade reforça a necessidade de estimular a elaboração de ações educativas para a notificação e prevenção dos incidentes (CAMERINI e SILVA, 2011). Logo, os cuidados de segurança do paciente têm se constituído em importantes instrumentos em várias áreas hospitalares e principalmente no CC. Por isso, o estudo dessas práticas, visando a redução desses EA, tem sido impulsionado pela necessidade de garantir a segurança, e consequentemente, a vida dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos (FERREIRA et al, 2019).
Outro motivo pelo qual os EA ocorridos em CC merecem uma atenção diferenciada é por ser este o setor em que estes eventos mais ocorrem. Além disso, este setor é um dos mais complexos no ambiente hospitalar, devido ao fluxo de pessoas de diversas áreas da saúde, bem como de diversidade de procedimentos anestésicos-cirúrgicos e diagnósticos (ARAÚJO e CARVALHO, 2018). Desta forma, este estudo fomentará a discussão sobre o papel do enfermeiro na prevenção dos EAs em CC, justificando-se pela necessidade de alcançar melhores padrões de qualidade na assistência em CC, garantindo a segurança do paciente. Primeiramente, as obras foram armazenadas em computador, para que em seguida fosse realizada uma pré-seleção de acordo com a leitura dos resumos. Nessa fase, buscou-se a relação entre o conteúdo, título, resumo, e se atendiam ao objeto do presente estudo (quadro 1).
Na fase de seleção, as obras foram lidas na íntegra, com atenção especial para os resultados e conclusão das obras, os trabalhos que não apresentavam qualquer relação com o tema da pesquisa foram excluídos. Realizada a triagem das obras foram obtidos 14 artigos, 1 manual da ANVISA e 1 dissertação. Na fase de interpretação, as obras foram lidas e analisadas sendo que os eixos temáticos resultantes da análise textual foram organizados no item Discussão. Para que a Lista de Verificação seja bem-sucedida, os chefes de cirurgia, anestesiologia e enfermagem devem apoiar publicamente este instrumento, demonstrando sua importância para a segurança do paciente. Freitas, N. Q. et al, 2011, Brasil. Relatar a vivência de alunas do curso de Graduação em Enfermagem de uma Universidade Federal junto à Unidade de Centro Cirúrgico de um Hospital Escola da região Sul do Brasil, dando ênfase às competências do Enfermeiro voltadas para os aspectos da assistência, administração, ensino e pesquisa.
incidentes sem danos, 1. circunstâncias notificáveis, 218 eventos adversos e 18 quase-erros. A maior prevalência foi de circunstâncias notificáveis (84,7%), seguido dos incidentes sem danos (82%), eventos adversos (18,7%) e quase-erros (1,7%). Foi possível obter um panorama dos indicativos de saúde associados aos incidentes, com evidências para subsidiar a tomada de decisão de gestores e coordenadores, para a elaboração de propostas de capacitação dos profissionais de saúde. Turrini, R. T. B. et al. Brasil. Estimar a prevalência de incidentes sem dano e eventos adversos em uma clínica cirúrgica. C. M. et al. Brasil. Identificar as publicações científicas sobre os eventos adversos na assistência de enfermagem em pacientes adultos hospitalizados e discutir os principais eventos adversos na assistência de enfermagem.
O maior desafio para a gestão do CC, é o desenvolver uma cultura de segurança, pois requer o comprometimento de todos os profissionais do setor, sejam da área assistencial ou de apoio. Silva et al. Brasil. Analisar os eventos adversos notificados no Centro Cirúrgico para a segurança do paciente. Estudo documental retrospectivo para investigação das notificações, realizado em um Centro Cirúrgico ambulatorial privado. Revisão integrativa. As publicações denotaram a existência de ações positivas da enfermagem na segurança do paciente, como a prevenção de eventos adversos por meio de boletins de notificação. A identificação do erro e a utilização de ferramentas são fundamentais para a melhoria da cultura de segurança nas instituições brasileiras. Amaral, J.
A. Os enfermeiros apresentaram pouco conhecimento e contato com a SAEP. Quanto maior o tempo de trabalho na instituição, maior o contato com a SAEP. A implementação da SAEP é um desafio para o enfermeiro cirúrgico. Ferreira, P. T. Para 22 profissionais, o PCS é extremamente importante para a prevenção de infecções cirúrgicas, e 23 deles acreditam que o programa é extremamente importante para a prevenção de erros em procedimentos cirúrgicos. Os profissionais demonstram dificuldades de comunicação e necessidade de mudança de comportamento frente às etapas da Lista de Verificação, recomendando-se a retomada de treinamentos com toda a equipe – cirurgiões, anestesiologistas, residentes e profissionais de enfermagem – para exposição dos objetivos do programa e sua importância para a segurança do paciente. Lopes, T.
M. R. Santo, I. M. B. E. et al, 2019, Brasil. O enfermeiro deve estender um olhar mais humano às pessoas que tiveram sua cirurgia cancelada, por meio de uma comunicação acolhedora e eficiente. DISCUSSÃO O Centro Cirúrgico e a ocorrência de eventos adversos As instituições hospitalares estão cada vez mais preocupadas em garantir um atendimento de qualidade aos seus clientes. Nesse âmbito, a segurança do paciente, por meio do gerenciamento de riscos, tem recebido destaque com a implementação de medidas de prevenção à exposição aos riscos, bem como aos danos ao cliente decorrentes da assistência à saúde. Por isso, a equipe deve ficar atenta às atividades desenvolvidas para que sejam evitados erros advindos de despreparo e desatenção na assistência ao paciente (LOPES et al.
O Bloco Cirúrgico é uma área de constante intensidade e de alta concentração de cuidados e fatores de risco. Para isso, o enfermeiro se utiliza da Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP), estabelecida pela Resolução nº 358 de 2009, do Conselho Federal de Enfermagem (SANTO et al. Neste sentido, o uso de indicadores de qualidade se faz necessário, por serem de grande importância para os processos de trabalho em CC. Os principais indicadores para a assistência de Enfermagem perioperatória estão relacionados à SAEP, visita pré-operatória de Enfermagem, lesão de pele, queda, infecção em sítio cirúrgico e registros de enfermagem (AMARAL; SPIRI e BOCCHI, 2017; LOPES et al. A SAEP é um importante instrumento para assistência do paciente de forma integralizada e humanizada pela equipe de enfermagem.
Assim como a SAE, a SAEP é operacionalizada pelo Processo de Enfermagem (PE): histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação (RIBEIRO; FERRAZ e DURAN, 2017). Métodos inconsistentes de registro de complicações tornam o seu uso como medida de qualidade não confiável, devido à grande variabilidade de definições e sistemas de classificação, sendo o ponto frágil do uso de complicação com esse objetivo a confiabilidade do processo de registro. A incidência de complicações registradas depende da validade das definições e do sistema de registro utilizados (BRASIL, 2009; SILVA et al. A liderança é o carro chefe do papel do enfermeiro em várias nuances de sua atuação, associado ao conhecimento técnico científico. A área da segurança exige do enfermeiro, capacitação, atualização, liderança para que sejam executadas as tarefas e os cuidados preventivos, promovendo a segurança do paciente e evitando os EA (FREITAS et al.
A fragilidade na liderança efetiva do enfermeiro, compromete em alguns momentos, a comunicação com as equipes de trabalho e o processo de trabalho. Entre os grandes desafios destaca-se o pensamento crítico para o exercício de uma prática de maneira segura e eficiente, além da atualização contínua para uma prática baseada em evidências científicas. As ações de enfermagem em CC são de grande importância para a manutenção da segurança do paciente. O enfermeiro deve identificar possíveis riscos e intervir para evitar que os EA aconteçam, visando também uma melhor qualidade da assistência para pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Foi possível evidenciar que algumas ações de enfermagem como a visita pré-operatória, o uso de checklists, a SAEP e o registro adequado do cuidado oferecido ao paciente e seus desdobramentos, podem prevenir a ocorrência de EA no CC.
Desta forma, o enfermeiro deve estar capacitado para utilizar esses instrumentos, para melhor uso de ambos. Rev. SOBECC, v. n. p. Disponível em: <http://docs. sobecc. org. br/sobecc/article/view/77/pdf> Acesso em: 14 out. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. D. Segurança do paciente: análise do preparo de medicação intravenosa em hospital da rede sentinela. Texto contexto enferm. Florianópolis, v. n. Brasília, v. n. p. jan. fev. Rev. Esc Enferm USP, v. n. Esp, 2015. Disponível em: < https://www. n. p. Disponível em: <periódicos. unb. br> Acesso em: 13 out. br/index. php/contextoesaude/article/view/1756> Acesso em: 17 out. GOMES, L. C; DUTRA, K. E; PEREIRA, A. LOPES, T. M. R. et al. Atuação do enfermeiro na segurança do paciente em centro cirúrgico: revisão integrativa da literatura.
Análise dos incidentes ocorridos na clínica cirúrgica de um Hospital Universitário da Região Centro-Oeste. Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Goiânia: Universidade Goiás – Faculdade de Enfermagem, 2011. Disponível em: < https://ppgenf. fen. ufg. p. Disponível em: < https://repositorio. bc. ufg. br/xmlui/handle/ri/15708> Acesso em: 12 out. sobecc. org. br/sobecc/article/view/231> Acesso em: 17out. SANTO, I. M. br/index. php/saude/article/view/559> Acesso em: 21 out. SANTOS, A. L; FONSECA, G. G. Assistência de enfermagem e o enfoque da segurança do paciente no cenário brasileiro. Saúde em Debate, v. p. Disponível em: <https://www. scielosp. dez. Disponível em: < http://sobecc. org. br/arquivos/artigos/2015/pdfs/v20n4/202-209. pdf> Acesso em: 14 out. Disponível em: < https://repositorio. bc. ufg. br/xmlui/handle/ri/15684> Acesso em: 13 out.
TURRINI, R. Disponível em: <https://www. revistas. usp. br/reeusp/article/view/48153> Acesso em: 15 out.
157 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto
Apenas no StudyBank
Modelo original
Para download
Documentos semelhantes