O aluno autista na escola regular
Tipo de documento:Redação
Área de estudo:Gestão ambiental
O objetivo desse trabalho foi analisar os possíveis métodos que podem ser trabalhados no sistema educacional com as crianças autistas e de conhecer melhor as questões relevantes acerca dessa síndrome. Para tanto, utilizamos como metodologia a análise bibliográfica, trabalhos de pesquisadores e estudioso da área. Com este estudo percebemos que existem muitas possibilidades de metodologia que podem ser aplicadas no processo de ensino e aprendizagem do aluno autismo, a principal é acreditar que este aluno tem potencial para aprender, mas para isso é necessário que professores, escola e família estejam aliados no processo de desenvolvimento para garantir ao aluno o direito a aprendizagem e a inclusão social. Palavras-chave: Autismo. Inclusão. Pensar em uma instituições inclusiva vai muita além de matricular e inserir o aluno com deficiência na sala de aula regular.
Uma instituição inclusiva atende, acolhe e valoriza a diversidade, adaptando-se as necessidades cognitivas e sensoriais do seu corpo discente e docente, possibilitando a busca pelo conhecimento desses alunos com autonomia nas mais diversas atividades e espaços da escola. No entanto, é notório perceber que o professor mesmo tendo conhecimentos teóricos sobres questões que norteiam o processo de inclusão, durante a sua prática em sala de aula se depara com uma diversidade de alunos que apresentam as mais diversas necessidades. Entre eles o aluno autista, que apresenta um processo de aprendizagem divergente dos alunos ditos “normais”. Cabendo ao professor a obrigação de ensinar o aluno autista, inserido em um ambiente que dispõe de uma metodologia criada para um padrão de aluno. Somente assim com o proposta de uma prática embasada em uma dinâmica de reflexão, ação e reflexão que os docentes juntamente com os profissionais da educação podem efetivar uma educação inclusiva e assim proporcionar ao aluno autista como aos demais aluno com necessidades especiais a garantia do seu direito a educação.
Para tanto, o estudo partiu de uma análise bibliográfica de pesquisas e estudiosos da área. Assim, após a debilitação do tema, iniciou-se um estudo qualitativo com analise das bibliografias selecionadas. REVISÃO DA LITERATURA Uma instituição inclusiva constitui em um paradigma educacional que tem como norte atender as concepções defendidas pelos direitos humanos, que sugere um sistema educacional que respeite e atenda às necessidades de todos os alunos. Neste sentido, a atemática requer reflexões, uma vez que, quando pensa-se em inclusão na educação deve-se analisar que essa questão só se faz necessária devido ao processo de exclusão, ao qual as pessoas que fazem partem da sociedade são as responsáveis direta e indiretamente. De acordo do Fernandes (2013), com a promulgação, em 1948, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o documento passou a inspirar políticas públicas e as leis de muitos países.
Para discutir essa questão, Brasil (2011) apresenta uma definição atual do que se entende por deficiência: Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. BRASIL, 2011, p. A educação como reflexo social também passou por várias fases de percepção do aluno com deficiência, atualmente, ao discutir sobre o cenário atual da educação ressalta-se as ideias apresentadas por Ferreira (2011) que traz uma reflexão da educação inclusiva como um desafio, uma vez que: A educação inclusiva é na atualidade um dos maiores desafios do sistema educacional.
Criada na década de setenta os pressupostos da educação inclusiva fundamentam vários programas e projetos da educação. Ainda segundo o autor “Em vista disso, acreditamos que para garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno com necessidades educacionais especiais na sala de aula do ensino regular é preciso que a prática do professor seja baseada nas necessidades, nas potencialidades e nos interesses desses alunos. ” (Silva, 2003) De acordo com Montoan (2015, p. para se transformar as escolas visando um ensino inclusivo é preciso: Colocar a aprendizagem como eixo das escolas; assegurar tempo e condições para que todos possam aprender de acordo com o perfil de cada um e reprovando a repetência; garantir o Atendimento Educacional Especializado, preferencialmente na própria escola comum de rede regular de ensino; abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercidos nas escolas por professores, administradores, funcionários e alunos, pois são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania; estimular, formar continuamente e valorizar o professor, que é o responsável pela tarefa fundamental da escola- a aprendizagem dos alunos.
Atualmente, o autismo pode ser classificado como um transtorno invasivo do desenvolvimento, que não se conhecem as causas, nem prevenções, no entanto reconhece se as características que levam os especialistas a diagnosticar a perturbação que provoca graves limitações ao longo da vida, no que diz respeito às habilidades sociais, comunicativas, que apresentam comportamentos e interesses limitados e repetitivos. A palavra autismo, segundo Orrú (2009) tem origem na palavra grega (autós) que tem como significado “por si mesmo”. Apesar de seus possíveis causadores ser considerados como assunto polêmico, Orrú (2009, p. descreve suas causas como desde “psicológicas, disfunções cerebrais e alteração de neurotransmissoras e fatores ambientais como definidores da doença, até os de natureza genética”, sendo esta última como a mais pesquisada nos dias atuais.
Os principais sintomas do autismo, ocasionados de problemas físicos no cérebro são os distúrbios no ritmo de desenvolvimento de habilidades físicas, sociais e linguísticas, como também as reações anormais às sensações. Além desses sintomas citados, os autistas podem apresentar agitação, agressividade, autoagressão, déficits de atenção, irritabilidade, controle motor e transtornos de humor e afetivos. A importância de um diagnóstico precoce, ressaltados por autores como Silva e Mulick (2009), possibilita a criança começa a receber intervenções apropriadas que podem promover um melhor prognóstico em termos de seu desenvolvimento. Mas sim, o indivíduo deve ser incluído em ambientes satisfatórios, uma vez que, a vida em sociedade pode ajudar na redução da intensidade das deficiências secundárias.
O tratamento dos indivíduos com autismo, Choto (2007) enfatiza a importância da união entre terapia e a educação, além disso, a autora ressalta a respeito da integração de métodos pedagógicos e psicológicos como sendo de extrema importância para o avanço da intervenção terapêutica para uma melhor socialização e desenvolvimento geral da criança. Silva (2012, p. relata que: Pessoas com autismo apresentam muitas dificuldades na socialização, com variados níveis de gravidade. Existem crianças com problemas mais severos, que praticamente se isolam em um mundo impenetrável; outras não conseguem se socializar com ninguém; e aquelas que 19 apresentam dificuldades muito sutis, quase imperceptíveis para a maioria das pessoas, inclusive para alguns profissionais. MONTOAN, 2015, p.
Diante disso, cabe à escola incluir e garanti a continuidade do ensino desde a educação infantil até o superior. Assim, o papel da escola é fazer o reconhecimento no nível de desenvolvimento deste aluno para elaborar estratégicas para que estes alunos consigam interagir com outras crianças ditas “normais”. O conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu potencial, de acordo com sua idade e de acordo com o seu interesse. Se a criança estiver executando uma atividade nova de maneira inadequada, é importante a intervenção rápida do professor, mesmo que para isso seja necessário segurar a mão da criança ou até mesmo dizer-lhe a resposta. Além disso, preparar programas para atender a diferentes perfis, uma vez que, os autistas podem possuir diferentes particularidades.
A indicação de um planejamento pedagógico individual para o portador de Autismo se propõe exatamente pela individualidade dos casos, ideia esta que estamos apresentando durante todo o estudo, a importância dos contextos sóciofamiliares, econômicos e culturais, que interferem no aprendizado. Tais interferências diferem de pessoa a pessoa no que concerne ao estágio de desenvolvimento, grau de comprometimento da patologia e a idade no período do tratamento (RODRIGUES, 2010, p. Vale ressaltar que a aprendizagem individual exige uma maior atenção do professor que necessitará da sensibilidade na utilização de práticas reflexivas e recursos didáticos alternativos de visualidade, gravuras, ilustração que promovem facilitar a compreensão do aluno e assim estimular a linguagem direcionando para uma aprendizagem mais significativa. Deste modo, ao recriar em suas estratégias e métodos de intervenção o professor possibilita o enriquecimento no comportamento, na interação social e na aprendizagem.
Tem como finalidade auxiliar a criança portadora de autismo a desenvolver e melhorar o comportamento e a disposição adequada de como atingir o máximo de autonomia ao longo da vida. Este método é voltado para as necessidades individuais de aprendizagem, na qual são elaborados planos terapêuticos individuais no qual será realizado um planejamento com atividades diárias, de maneira visual, constituído com objetos concretos. Segundo Rodrigues (2010) a criança autista desenvolve melhor a percepção visual do que os demais sentidos durante as estimulações. De modo que, retribui a ela positivamente quando realizadas em ambientes organizados, ou seja, o funcionamento adaptativo do autista é consideravelmente melhor em ambientes estruturados. Desta forma, as crianças autistas precisam de uma motivação organização para poder associar o que está sendo proposto.
é um termo do campo científico do Behaviorismo, que parte da observação em seguida realiza a análise e depois explica a associação entre o comportamento ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem. Torne o ambiente de aprendizagem reforçador. Prepare o ambiente de aprendizagem. Combine e varie demandas de ensino. Intercale tarefas fáceis e difíceis. Está ajuda é concedida até que este aluno consiga realizar as atividades de forma autônoma. Desta forma, a abordagem ABA concentra em avaliar, explicar e modificar comportamentos, tal procedimento se baseiam nos princípios de condicionamento operante que é proveniente dos estudos realizados por Skinner, no que se refere a aprendizagem e sobre a análise doas reações entre as ações do organismo e do ambiente. O trabalho educacional com o aluno autista na abordagem comportamental pode contribuir de forma significativa para o avanço no desenvolvimento da aprendizagem.
Nesse sentido, o trabalho focado na teoria comportamental prima por meio do treino da pessoa a partir da, segundo Orrú (2009, p. “emissão de comportamento exploratórios e adequados, sob instruções previamente expostas”. Primeiramente, foi feita a pesquisa e posteriormente a leitura minuciosa de literaturas de textos de autores que buscam explicar a trajetória histórico enfrentada por indivíduos com necessidades especiais, com esse estudo buscou-se entender o processo que levou a construção dos paradigmas educacionais da educação inclusiva. Feito isso, iniciou-se a pesquisa e análise de documentos oficiais que resguardam o indivíduo com deficiência e o processo de inclusão social. Em seguida, foi feita a leitura de textos de pesquisadores que buscam analisar o atual cenário da inclusão na educação, com isso foi realizado a reflexão dos estudos realizados e se chegou a um resultado.
RESULTADOS E DISCUSSÕES O presente trabalho possibilitou trazer uma reflexão sobre as políticas de inclusão. Assim, reconhece-se que para que a inclusão de fato aconteça é preciso eliminar os obstáculos que limitam as pessoas com deficiência no cotidiano social. Decreto nº 7. de 17 de novembro 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. b. Disponível em: <http://www. gov. br/component/tags/tag/38701#:~:text=Estima%2Dse%20que%2070%20milh%C3%B5es,%2C%20leves%2C%20moderados%20ou%20severos. Acesso em: 17 de jul. de 2022. Secretaria de Educação Fundamental. CHOTO, M. C. Autismo infantil: el estado de la questión. Revista Ciencias Sociales Universidad de Costa Rica, v. n. Curitiba: Ibpex, 2011. GAUDERER, E. C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: uma atualização para os que tem na área: do especialista aos pais.
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