O aluno autista na Educação Infantil

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Os educadores e as práticas pedagógicas são a base para a concepção do trabalho com as crianças com TEA, auxiliando na solução das dificuldades impostas na sua vivência física, mental, emocional e social, sendo assim, o apoio da família é a base para que esse trabalho seja realizado com sucesso, trazendo benefícios para a criança, transformando-o em um cidadão capaz de ver o mundo conforme sua realidade. Palavras chave: autismo – escola - professor Abstract Early childhood education is an important stage for children, providing conditions for learning, motor development, interpersonal exchange and promoting diversity among peers. This phase of development means thinking about the possibilities and practices that manage to involve and awaken the interest of children with autism spectrum disorder in the school routine.

The school inclusion of children with autism in early childhood education has been happening gradually in all stages of education. Educators and pedagogical practices are the basis for the design of work with children with ASD, helping to solve the difficulties imposed on their physical, mental, emotional and social experience, therefore, family support is the basis for this work is carried out successfully, bringing benefits to the child, transforming him into a citizen capable of seeing the world according to his reality. O governo brasileiro estabeleceu políticas e diretrizes, proporcionando condições de ascensão ao espaço e recursos educacionais, habilitando os profissionais para alcançar a inclusão escolar no método de aprendizagem, avaliando as diferenças para atender à demanda dos educandos com atenção especializada. Essas políticas educacionais de inclusão propiciam a constituição de educadores especializados para formar essas crianças com deficiência, incentivando a interação da família na comunidade escolar.

A educação infantil, nesta fase do desenvolvimento, significa pensar nas possibilidades e práticas que conseguem envolver e despertar o interesse das crianças, principalmente crianças com transtorno do espectro do autismo. É vista como espaço e tempo de aprendizagem, desenvolvimento motor, troca interpessoal e promoção da diversidade entre os pares, é uma etapa importante para as crianças. autismo. “Olá, tudo bem? Você sabe o que é inclusão? O que é aluno especial no MEU Primeiro Ano A? NÃO SABE! EU SEI QUE NÃO SABE! Quando a pessoa abre a boca para explicar é porque realmente não SABE NADA!!!!! Foi a MINHA PROFESSORA quem ensinou isto! E ensinou de uma maneira para ninguém, nunca mais na vida, esquecer! O primeiro dia de aula com a Professora.

Foi com as carteiras em círculo e todos sentados debaixo delas. É, você ouviu direito!. Todos nós estávamos sentados debaixo das carteiras!. Ninguém tinha explicado para nós o que, exatamente, era essa tal de inclusão. Mas podem-me chamar de Leco. Meu apelido na escola. Agora todos me chamam de Leco. Sou o LECO. Sou o narrador desta história. Você está se perguntando quem é a Dona Praga? Uma praga! Tenho vontade de mostrar a língua para ela. A Dona Praga informou a minha professora sobre um aluno novo. Falou numa tal de inclusão. De aluno especial. Sei que não entendi nada, nem meus amigos. QUE AULA!!! E neste dia teve dever de casa!!!!!! Tínhamos que chegar em casa e contar direitinho para os pais a explicação da aula.

Fiz o meu dever no horário de almoço de minha mãe. Fiz a minha mãe sentar em uma cadeira e repeti a aula da Professora. Minha mãe colocou a mão no coração. Fechou os olhos. O Enzo é amigo de todos! Todos são amigos do Enzo! O Enzo Passarinho é meu melhor amigo! Vocês precisam conhecer o Enzo, ele é super legal. Foi ele quem me ensinou tabuada. Eu chorei, eu não entendia tabuada e o meu melhor amigo Enzo ensinou! Também precisam conhecer o Vô, nós brincamos muito e aprendemos muito. Vou te apresentar o Babão!!! Vou apresentar meus irmãos: Vinicius, Matheus, Pedro e Amanda. Tem também meus amigos de sala de aula. Fazendo com que a criança passe a ser afetada negativamente durante sua vida escolar” (BEYER, 2006) “A síndrome do Transtorno Espectro Autista, ou Autismo é caracterizada por dificuldades na comunicação, socialização e por comportamento repetitivos ou restritos.

A incidência de casos tem crescido em vários países, o que denota um problema social independente de ordem econômica e cultural” (NASCIMENTO; CRUZ, 2015). Segundo Balestro (2012) “o comportamento surge isolamento autístico, evidenciado também por Leo Kanner, em 1943, no artigo Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo, quando fez a primeira definição sobre o espectro autista, relatando que se tratava de um distúrbio inato desde o inicio da vida” (GUARESCHI; ALVES; NAUJORKS, 2016). Conforme Silva et al. “propõem que precisa ser desfeito em dizer que o autismo só tem uma forma, existem muitas variações, algumas de forma claras á aquelas que não permite a conclusão de um diagnóstico preciso”. Tem crianças que desenvolvem a leitura sozinha muito cedo e outras jamais conseguirão se alfabetizar.

“Existem crianças que apresentam retardo mental associado e outras com inteligência normal ou acima do normal. Existem àquelas que desenvolvem o sistema motor normalmente e outras que só vai conseguir andar muito tarde. Há também crianças com diferentes doenças associadas a outras sem qualquer patologia concomitante. Ainda assim, todas essas crianças serão classificadas como autistas embora suas características sejam diferentes “(GIKOVATE, 2009). Em 2012 foi aprovada a “Lei Berenice Piana” (12. que institui a “Política Nacional de Proteção aos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo”, este arcabouço é relevante para proteger os direitos dos pacientes autistas, estabelecendo um sistema único de saúde com o intuito de obter diagnóstico precoce, tratamento, terapia, medicamentos, educação, proteção social, igualdade, oportunidades de trabalho e serviços.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13. cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, aumentando a proteção dos portadores de TEA definindo as pessoas com deficiência “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial”. O Estatuto é um símbolo importante na defesa da igualdade de direitos dos deficientes, no combate à discriminação e da regulamentação da acessibilidade e do atendimento prioritário. LDB) e a Resolução CNE/CEB Nº. que institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, ambas tratam acerca do trabalho através de um currículo diferenciado e flexível que atenda os alunos da Educação Especial, inclusive a LDB/96, define no Art. Incisos I – III) que “Art.

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; […] III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular, capacitado para a integração desses educandos nas classes comuns” (BRASIL, 1996). CAPITULO 3 O autista e a inclusão escolar No dia 20 de dezembro de 1996, foi criada as Diretrizes e Lei Básica da Educação Nacional (LDB) nº 9. Atualmente os profissionais que atuam estão preparados com qualificação adequada para receber esses alunos com TEA, algumas escolas foram implantadas salas do AEE, com recursos especializado para atender a demanda e necessidade da comunidade, os atendimentos é diferenciado voltado somente para a criança naquele momento, esse atendimento diferenciado é ofertado no contra turno do horário da regular que o educando cursa, esse trabalho é realizado por educadores especializados.

Mesmo assim percebe-se que existe muitas dificuldades a serem sanadas, cada educando apresenta suas especificidades e limitações exigindo do educador estudos e estratégias para obter atenção e fazer com que esses educandos consigam superar suas limitações, adquirindo conhecimento e autonomia para o desenvolvimento de uma vida normal O papel do educador é essencial na educação inclusiva pois é a autoridade competente para orientar o método de aprendizagem, intervir e criar condições necessária para apropriação indébita do conhecimento, dessa forma Freire relata que (2005, p. “o ideal é que na experiência educativa, educandos, educadoras e educadores, juntos ‘convivam’ de tal maneira com os saberes que vão virando sabedoria. Algo que não é estranho a educadores e educadoras”. Conforme Mantoan (1997, p. Educadores considerados qualificados para trabalhar nas classes normais e com educandos com necessidades educacionais especiais, devem estar incluídos em seu nível intermediário ou superior de educação especial adequado para desenvolvimento com habilidades na área do conhecimento para necessidades especiais.

Gomes (2007, p. ressalta que o educador deve estar atento ao planejamento docente para que as crianças com autismo possam responder aos estímulos ambientais, às formas de pensar e seus comportamentos típicos que apresentam. Ainda com pensamentos de Gomes (2007) […] “a imaginação e a brincadeira simbólica, são fundamentais para a apreensão de conceitos emblemáticos acadêmicos, são restritos e até mesmo ausentes. ” Dificilmente veremos uma criança autista brincando de faz-de-conta”. Assim, a escola deve tentar adequar sua infraestrutura, recursos e na preparação dos profissionais para buscar soluções conjuntas com especialistas e familiares, fornecendo aos educadores da educação especial (AEE) a formação continuada implantando cursos específicos sobre o Autismo (TEA), disponibilizando recurso para melhor atendê-los” Considerações Finais A vivência, a socialização e o espaço familiar são de grande importância, a concepção de parcerias educativas na relação escola-família visando a promoção do desenvolvimento integral das crianças.

A inclusão escolar vem acontecendo de forma gradual em todas as fases da educação, a participação da família é de grande importância para que a relação escolar aconteça de forma tranquila para a criança autista. Através de muitas iniciativas e persistências, o autismo é compreendido e aceito na sociedade, tornando mais inclusivo e afeiçoado, tratando-se de uma troca realista de uma aparência sensível e de passos para um mundo diversificado, sem preconceitos e imposição aos outros. Na inclusão das crianças com autismo na educação infantil, os educadores usam vários métodos para explorar a interação e o potencial educacional dessas crianças, ponderando o bom senso da organização dos espaços, da interação e do andamento do ensino para obter um resultado no desenvolvimento das crianças.

Dessa forma, o olhar do educador deve estar voltado para o ambiente escolar, no qual deve acolher as crianças de forma integral, atentos ao seu potencial e não às suas dificuldades. Até aquele dia. Nunca vou esquecer aquele dia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A Professora entrou na sala. Estava sozinha. A Dona Praga fazia tempo que não vinha mais junto. Ela já tinha desistido de apresentar uma professora por dia. fala Maria Clara. Professora até o final do ano. Vamos organizar de vez essa sala. fala a Professora. Um olha para a cara do outro e foi mesmo uma revolução. Tudo culpa do Enzo. Nossa sala era diferente sem ele. fala Patrícia. Ele quebrou a janela. fala Gustavo. E quem não quiser, quem não gostar, pode ir embora.

Pode mudar de sala que eu não vou impedir! Tá na hora de tudo voltar aos eixos e vai voltar! Eu vim para ficar. Tudo vai ser melhor. Somos unidos! Um olhou para a cara do outro não acreditando muito na Professora. Enzo, olhe para a Professora Silvia! _fala Professora olhando para o Enzo. Todos vão se esforçar para darem seu melhor. Eu acredito! Eu acredito em vocês! Combinado? __Combinado! _repetimos em coro sem saber direito se estava combinado mesmo. Repitam: Eu acredito! _pede a Professora. Eu acredito! _repetimos todos juntos. Todos aqui têm um ponto forte. Fez uma cara que não gostou nada e foi embora. ” Referências Bibliográficas AMÂNCIO, V. ASSALI, A. M.  O saber e o não saber – do crer ao criar: eis uma das questões na escolarização de crianças psicóticas – duas histórias de travessias pelo Ponte.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA.  Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5.  Porto Alegre: Artmed, 2014. BAPTISTA, C. R. BIBIANO, B.  Inclusão.  Revista Nova Escola, Rio de Janeiro, n. p. BRASIL.  Lei nº 13. de 6 de julho de 2015.  Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência). Disponível em: <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/leis/l9394. htm>. BRASIL.  Ministério da Educação.  SES – Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 4:46, abril 2015. Disponível em: <https://www. saude. mg. gov. CUNHA, E.  Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família.  4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012. D’LUCCA, Silvia. com. br/10164896-Educacao-e-diversidade-cultural-refletindo-sobre-as-diferentes-presencas-na-escola. html>. Acesso em: 12/12/2020. KUPFER, M.  Travessias inclusão escolar: a experiência do grupo ponte Pré-escola Terapêutica Lugar de Vida.

 (p. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 2005. MANTOAN, M. T.  Crianças autistas: procedimentos metodológicos a favor da inclusão escolar.  Disponível em: <https://portal. fslf. edu. br/wp-content/uploads/2016/12/tcc_05.  Fontana, 2012. Disponível em: <http://www. repositorio. ufc. br/bitstream/riufc/33717/1/2017_dis_gomesgb.  novembro 2014. psicologia. pt/artigos/textos/A0259. pdf>. Acessado em: 12/12/2020.

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