O professor e o aluno autista

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Além das políticas e medidas legais que legitimam os direitos das pessoas com autismo, é preciso informar e sensibilizar os professores para que se apropriem da importância do tema da inclusão, permitindo-lhes trabalhar com o maior conhecimento e a inovação de estratégias que permitam o desenvolvimento de potencialidades num ambiente harmonioso, tendo em conta as suas necessidades e ritmo de aprendizagem. Palavras chave: autismo – escola - professor Abstract What are the challenges for the inclusion of children with autism in the school context and what is the teacher's role in this inclusion process? There are many educational challenges for including children with autism in the regular classroom. Attention should be given to them so that they have an enriching learning experience, as a result of which it is essential that teachers are updated with programs that sensitize them and prepare them to apply the appropriate educational guidelines.

It is also of fundamental importance to consider the triad: social interaction, communication and imagination, as well as the environment, curricular adaptations and the development of strategies as a guide for the teacher. In addition to the policies and legal measures that legitimize the rights of people with autism, it is necessary to inform and sensitize teachers so that they take ownership of the importance of the theme of inclusion, allowing them to work with greater knowledge and innovation of strategies that allow the development of potential in a harmonious environment, taking into account their needs and pace of learning. Conforme expresso por Bandim (2011, p. a escolaridade adequada é essencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo. “As crianças autistas podem aprender, mas parece que só o fazem sob condições de aprendizagem muito cuidadosas.

Dificilmente aprendem se não seguirem regras de ensino muito escrupulosamente específicas identificadas através de pesquisas na área da aprendizagem. ” Atualmente, o recurso essencial, o controle adequado do ambiente para produzir a aprendizagem e pequenos desvios no comportamento do professor são suficientes para que ocorram graves distúrbios na aprendizagem da criança autista. Em outras palavras, é fundamental que os professores contem com programas de atualização que os sensibilizem e os preparem para aplicar as diretrizes educacionais adequadas. Da mesma forma, é evidente a cooperação do grupo familiar e seu compromisso com o planejamento, pois também é essencial que o Estado gerencie e administre uma política de inclusão clara. “Com o aumento da conscientização sobre a educação no país, as diversas necessidades e dificuldades que a população infantil tem em termos de aprendizagem vêm sendo detectadas através de avaliações realizadas pelas autoridades educacionais.

Isso gera maior preocupação, pois se trata da inclusão de crianças com autismo, que devem receber atenção para que tenham uma experiência enriquecedora em seus espaços de aprendizagem” (MANTOAN, 2016). Leve em consideração que o alvo aqui não é esgotar esboços acerca de conceitos em autismo e sim aflorar no profissional que trabalha com educação, a existência de muitos meios de se trabalhar o cognitivo das crianças portadoras de autismo. Mas a Professora explicou. Nunca vou esquecer aquelas palavras. Fechem os olhos e coloquem a mão no coração. Sintam. Escutem. Só tenho seis anos. Sou o tagarelador desta história. Você não sabe o que é um tagarelador? Eu sei! Minha Professora ensinou. Minha Professora é a melhor do mundo.

Minha professora sabe tudo! Ela ensinou tudo para os alunos. Era igual a todo mundo. Até o jeito de pentear o cabelo era igual a todos os outros meninos. A partir daquele dia tudo mudou, muito barulho, muita confusão, muita gente discutindo, brigando. Até que a professora ficou doente e pegou licença. A professora pegou uma doença da aula de Geografia: depressão. Quando terminei minha mãe abriu os olhos. Minha mãe estava chorando. Emocionada. Resultado: no outro dia TODOS os pais, dos alunos do Primeiro Ano A, entraram antes dos filhos na escola e foram direto para a nossa sala de aula. TODOS queriam conhecer a nova Professora. Todos na minha sala já sabem. O Enzo não gosta de abraço coletivo, por isso nosso abraço coletivo é de dedinhos para o Enzo poder participar.

Não vou contar, agora, por que meu amigo chama ENZO PASSSARINHO???!!!! Aaaaahhhhhh! Você quer saber? Tá bom, é só ler o livro. E antes que eu me esqueça? __Eu acredito! Eu acredito, em você!” Capítulo 1 O que é autismo De acordo com Marinho e Merkle (2009) a definição do Autismo teve início na primeira descrição dada por Leo Kanner, em 1943, no artigo intitulado: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo (Autistic disturbances of disturbances of affective contact), na revista Nervous Children, n. p. Embora a síndrome descrita por Asperger (1944) fosse diferente a de Kanner (1943), havia semelhança em alguns aspectos como, dificuldades no “relacionamento interpessoal e na comunicação”. Finalmente, Kanner e Asperger se utilizaram do termo autismo. Inicialmente Kanner chamou de distúrbio autístico do contato afetivo, e Asperger utilizou o termo, psicopatia autística.

De acordo com Cunha, o autismo (2015, p. é um “transtorno do desenvolvimento infantil ao longo da vida caracterizado pela dificuldade de interagir socialmente e comunicar-se com os outros, bem como uma tendência a comportamentos repetitivos e interesses restritos que perduram por toda a vida”. “Isso merece uma orientação educacional onde o professor como líder da sala de aula, embora não seja o único responsável, desempenha um papel central que muitas vezes gera entre angústia e frustração, compromisso e pouca satisfação se não estiver preparado ou disposto a fazê-lo” (CUNHA, 2015). Capítulo 2 A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA Antes de abordar o processo ensino-aprendizagem propriamente dito, é preciso fazer referência à educação especial e à educação inclusiva, pois se baseiam no princípio da normalização e na filosofia da integração, bem como na individualização, destacando sobretudo a consideração positiva das pessoas sujeitas.

Citando Mantoan (2016, p. a educação especial “consiste em uma ação pedagógica cujo objetivo não é curar deficiências fisiológicas, mas em desenvolver ao máximo as potencialidades especificamente humanas, muitas ou poucas, que um determinado sujeito possui”. Assim, deve ser dada atenção especial àquelas pessoas que possuem atitudes e aptidões superiores e são capazes de se destacar em uma ou mais áreas do desenvolvimento humano. “São elas: 1) Conhecer e estudar as características comuns às pessoas com autismo; 2) Definir a forma de atendimento educacional a ser ofertado, concomitantemente com a turma comum e 3) Desenvolver estratégias adequadas de atuação pedagógica em sala de aula, respondendo às necessidades educacionais especiais de alunos com autismo, as quais devem ser avaliadas sistematicamente” (MENEZES, 2012, p.

Baptista (2006) afirma que a inclusão não é uma abordagem nova, embora apareça na literatura como uma nova estrutura, uma nova ideologia etc. É mais do que tudo isso. Supõe um processo de enriquecimento ideológico e conceitual em relação às abordagens de integração. Chiote (2013, p. Saber disso é essencial para desenvolver qualquer plano de trabalho com eles, sempre procurando aproveitar essas características especiais para ensinar-lhes as coisas de forma eficaz” (BANDIM, 2011). Cunha tem a opinião que (2015), “a psicologia do desenvolvimento normal da criança é hoje a base mais eficaz para encontrar esses objetivos. Portanto, o estudo descritivo e explicativo de como a criança normal constrói, em interação com outras pessoas, seu conhecimento social é matéria de conhecimento obrigatório para quem tem que planejar a intervenção por meio de orientações pedagógicas de alunos com autismo.

” Da mesma forma, Cunha (2015, p. acrescenta que o objetivo central da intervenção no aluno com autismo é melhorar o seu conhecimento social e a melhoria das habilidades de comunicação social, bem como alcançar um comportamento autorregulado adaptado ao meio ambiente. A escolarização de alunos com autismo deverá ser realizada criando contextos mais normalizados. As orientações pedagógicas são baseadas em adaptações na forma de ensinar, então, a intervenção educativa segundo Mello (2007, p. Baseia-se na aprendizagem sem erro e não por tentativa e erro. Implica uma avaliação cuidadosa dos requisitos e significados evolutivos dos objetivos e processos de aprendizagem que são exigidos da criança. Dá especial prioridade aos objetivos que se referem às competências de comunicação, numa perspectiva pragmática e funcional.

“Medo: se perguntam como podem ensiná-lo, como devem falar com a criança, o que farão se ela chorar ou ficar chateada. Sentem que é algo desconhecido, é um tema para o qual não foram formados, portanto, não têm certeza de que podem satisfazer suas necessidades” (SILVA, 2012). “Rejeição: algumas vezes acham que essas crianças deveriam estar nas mãos de especialistas; não sabem que com seu amor, insistência e com alguns elementos simples e práticos podem alcançar imensas mudanças” (SILVA, 2012). “Desafio: Em muitos casos, os professores expressam que desde o início assumiram que ter uma criança com autismo em sua sala de aula poderia ser um desafio, uma oportunidade de aprender e contribuir para o seu desenvolvimento” (SILVA, 2012). Importantíssimo, é uma tarefa que exige a contribuição da criatividade por parte das pessoas envolvidas, que são flexíveis em suas ações, podendo também enriquecer seu trabalho com uma atitude positiva.

As pessoas com autismo têm uma forma diferente de perceber o mundo e uma forma diferente de processar as informações que recebem do ambiente externo. Na sala de aula apresentam comportamentos inusitados: apego ao corpo do adulto e fugas da aula que dificultam o desenvolvimento de uma estrutura mental e bloqueiam o vínculo com o ambiente. Além disso, em alguns casos, hipersensibilidade visual e auditiva. “Nem tudo é difícil para as pessoas com autismo, pois elas têm habilidades que surpreendem e confundem os adultos: têm boa memória visual, alta capacidade de prestar atenção aos detalhes, facilidade para a música e desenho, bem como para usar dispositivos, computadores” (SANTOS, 2016, p. Segundo Chiote (2013) “do ponto de vista fenomenológico, não é recomendável criar modelos padronizados para aplicá-los de forma seriada e forçada dentro das salas de aula, pois não haveria solução para as situações individuais.

Quando se utilizam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), é preciso levar em consideração que o computador é um elemento de aprendizagem ativa, o que implica um reforço importante no desenvolvimento da aprendizagem. “As aplicações informáticas na área da educação apresentam vantagens importantes, uma vez que são meios que costumam gerar motivação intrínseca, resultando atrativo e estimulante. No entanto, merecem orientação adequada do professor para estimular o bom processamento cognitivo” (SILVA, 2012). Considerações Finais Constituem uma referência para o estabelecimento de metas adicionais em sala de aula às propostas pelo sistema educacional. As diretrizes pedagógicas aqui apresentadas e os desafios educativos para a inclusão. Nunca vou esquecer aquele dia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A Professora entrou na sala. Estava sozinha. A Dona Praga fazia tempo que não vinha mais junto.

Ela já tinha desistido de apresentar uma professora por dia. Ninguém aguentava ficar em nossa classe, no outro dia, a professora sumia. Professora até o final do ano. Vamos organizar de vez essa sala. fala a Professora. Um olha para a cara do outro e foi mesmo uma revolução. Quinze minutos de um barulho infernal. Nossa sala era diferente sem ele. fala Patrícia. Ele quebrou a janela. fala Gustavo. Foi você quem ficou com aquela brincadeira sem graça com a pedra. Pode mudar de sala que eu não vou impedir! Tá na hora de tudo voltar aos eixos e vai voltar! Eu vim para ficar. Tudo vai ser melhor. Somos unidos! Um olhou para a cara do outro não acreditando muito na Professora. Enzo, olhe para a Professora Silvia! _fala Professora olhando para o Enzo.

Enzo parou de brincar com alguns lápis e ficou olhando para a Professora. Eu acredito! Eu acredito em vocês! Combinado? __Combinado! _repetimos em coro sem saber direito se estava combinado mesmo. Repitam: Eu acredito! _pede a Professora. Eu acredito! _repetimos todos juntos. Todos aqui têm um ponto forte. Quero ver o ponto forte de cada um. ” Referências Bibliográficas BAPTISTA, C. R.  Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Mediação, 2006. BANDIM, José Marcelino. SEESP, 2006. BRASIL.  Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2009. BRASIL. CUNHA, Eugênio.  Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar – ideias e práticas pedagógicas. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2015. D’LUCCA, Silvia.  Autismo: guia prático.

Colaboração: Marialice de Castro Vatavuk. ed. São Paulo: AMA; Brasília: CORDE, 2007. MENEZES, A.  Mundo singular: entenda o autismo. Org. Mayra Bonifacio Gaiato, Leandro Thadeu Reveles. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

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