Melhores condutas para prevenção de lesão por pressão
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Enfermagem
MELHORES CONDUTAS A PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO *Nome do aluno completo RESUMO A lesão por pressão (LP) é uma grave alteração cutânea, que afeta inúmeros pacientes ao redor do mundo, tendo estes as mais diferentes patologias, sendo os principais idosos, lesados medulares e pacientes de trauma. Este é um problema que pode ter um grande avanço e se tornar muito agravante, limitando a vida do paciente. A LP pode ser classificada em quatro estágio e como não classificada, de acordo com a sua gravidade, e para cada estágio, há uma forma de tratamento diferente. O enfermeiro tem um papel importante na avalição, tratamento e prevenção da lesão por pressão. A prevenção é o método mais indicado, devido as diversas dificuldades, em todos os âmbitos, que podem surgir e limitar a vida do paciente.
This study aimed to perform a literature review on pressure injury, existing treatments and prevention. Finally, it is concluded that with an appropriate professional assisting, it is possible to prevent the appearance of these lesions. Keyword: Pressure injury; Prevention; Treatment. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 5 2 DESENVOLVIMENTO 6 2. A PELE 6 2. A National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) estima, segundo Black (2007), que entre 0,4% a 38% pacientes internados em serviços de atendimento de emergência, sofrem desse tipo de lesão. Os pacientes paraplégicos e tetraplégicos, em até 85%, desenvolverão esta lesão em algum momento de suas vidas, devido a pouca movimentação, a mesma posição por diversas horas, pouca ventilação na região, entre outros fatores (NOREAU et al. PAGLIACCI, 2008). No estudo de Gusenoff, Redett e Nahabedian (2002), nota-se que, pacientes idosos, em 35%, desenvolvem lesões por pressão e devido a idade avançada, necessitam de intervenção cirúrgica.
Um grande diferencial desta alteração da pele é que sua ocorrência causa múltiplos transtornos para o paciente e sua família, pois a lesão está exposta, sendo alvo de bactérias, infecções e outras disfunções, que acarretam em um uso elevado de medicamentos, que podem ser orais ou intravenosos, além de acessórios para realização da lavagem e curativos, gerando um alto custo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Podemos visualizar sua disposição na Figura 1. Figura 1 – Principais estruturas e camadas da pele. Fonte: MOORE (2011). A epiderme é a camada mais externa da pele, com espessura de 0,07 a 0,12mm, e a que tem contanto direto com o ambiente e agentes externos. Esta camada é responsável por proteger o corpo humano contra possíveis traumas, contra os raios ultravioletas, absorver água, entre outras funções (SILVER, FREEMAN, DEVORE, 2001).
Para cada camada, há um processo de recuperação diferente que deve ocorrer. De acordo com Mariani et al. quando a epiderme é lesionada, a regeneração promove a formação do tecido idêntico ao original; quando a derme é lesionada, inicia-se o processo de formação de tecido conjuntivo, buscando manter as funções da camada; por fim, quando a hipoderme é atingida, ocorrerá a regeneração da epiderme e a derme é substituída por tecido de granulação, que aumenta a produção de colágeno. Porém, uma lesão desta forma, promove severas alterações no sistema circulatório da região, além de modificar a coloração, inervação e as características físicas da pele. A fase inflamatória inicia-se logo após a lesão, liberando substâncias vasoconstritoras, causando a contração dos vasos sanguíneos.
Quadro 1 – Resumo da cicatrização da pele FASE PROCESSO Fase inflamatória Ativação da inflamação Moderação da inflamação Granulação Proliferação celular Migração celular Angiogênese Re-epitelização Funções de queratinócitos Remodelação Cicatriz Fonte: Autoria própria (2019). ÚLCERA POR PRESSÃO Bergstrom (1992) define a lesão por pressão como “uma área localizada de necrose celular que tende a se desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado”. Esse tipo de lesão ocorre entre o tecido e as superfícies moles ou proeminências ósseas, e ocorrem devido as forças produzidas repetidamente ou sobrecarga em cima daquela região, diminuindo o oxigênio que chega nos tecidos, causando isquemia tecidual (BORGES, 2008; IRION, 2012).
O cisalhamento é fenômeno que ocorre no corpo, onde este está sujeito a diversas forças que agem sobre ele, proporcionando deslocamento em diferentes planos, mantendo o volume constante. Figura 2. Estágio IV: ocorre a perda total da pele, podendo ter contato com músculos e outras partes da anatomia do ser humano. A profundidade da lesão varia de acordo com a área localizada. Há também as lesões que não podem ser classificadas, pois não é possível afirmar ou quantificar qual a extensão da lesão e dano causado ao corpo, pois esta lesão está encoberta. Quanto maior a profundidade da lesão, mais suscetível a infecções e complicações, esta o paciente. Entre estas, podemos citar a osteomielite e septicemia (FARO, 1999).
TRATAMENTOS DA ÚLCERA POR PRESSÃO Depois que a lesão por pressão é identificada, é necessário estabelecer o tratamento que será realizado, em busca de conter qualquer infecção e em curar esta lesão. Esta etapa depende de um profissional de enfermagem, pois apenas este possui os conhecimentos e entende corretamente das técnicas devidas, para realizar a lavagem, curativos e outras intervenções necessárias (COSTA, 2005). O profissional responsável pelo tratamento, deve, inicialmente, se higienizar, utilizar os materiais esterilizados, além das vestimentas e acessórios corretos, como máscara e luvas. O primeiro passo a ser realizado é a lavagem da lesão. A técnica de limpeza é feita utilizando soro fisiológico ou água destilada, em forma de jatos, que devem ser suficientes para remover corpos estranhos, tecidos frouxos e qualquer secreção presente.
Alginato de prata Além de absorverem as secreções e promover a cicatrização, auxiliam no tratamento de infecções. Hidrocolóide É ideal para prevenir o surgimento da ferida ainda durante o estágio 1 da úlcera de pressão, mas também pode ser usado nas úlceras mais superficiais de estágio 2. Hidrogel Pode ser usado na forma de penso ou gel e ajuda a remover tecido morto da ferida. Este tipo de material funciona melhor em úlceras com pouca secreção. Material Indicação Colagenase É um tipo de enzima que pode ser aplicado na ferida para degradar o tecido morto e facilitar a secreção, sendo muito usada quando existem grandes áreas de tecido morto para remover. Lima e Guerra (2011) realizaram um estudo onde comprovam que há maior vantagem em aplicar cuidados e recursos buscando a prevenção da lesão, do que permitir que esta se instale e direcioná-los para o tratamento.
É necessário que a equipe de saúde que acompanhe o paciente esteja atenta aos fatores de riscos e estes devem ser avaliados periódica e sistematicamente, quanto a integridade da pele. As medidas preventivas para lesão por pressão devem ser instituídas pelo enfermeiro após a identificação dos fatores preditivos para o risco por meio de cuidados essenciais com a pele para a manutenção da integridade cutânea (SALDANHA, 2016). É possível fazer uma avaliação do paciente, para classificá-lo como paciente: sem risco, risco baixo, risco moderado, risco alto e risco muito alto. O enfermeiro tem um grande papel nesta situação, pois este profissional é responsável por realizar a avaliação e a prescrição de recomendações, sendo que um acompanhamento deve ser realizado, devido a mudanças que podem ocorrer ao longo do tempo (SERPA, 2006; STUQUE, 2017).
Risco moderado Continuar as intervenções do risco baixo; Mudança de posicionamento a 30°. Risco alto Continuar as intervenções do risco moderado; Mudança de decúbito frequente; Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º. Classificação Tratamento para prevenção Risco muito alto Continuar as intervenções do risco alto; Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível; Manejo da dor. Fonte: Ministério da Saúde (2013). Deve-se averiguar, todos os dias, o surgimentos de possíveis áreas, de coloração vermelha, sobre os ossos que, quando sofrem algum tipo de pressão, não se tornam esbranquiçadas e observar o aparecimento de bolhas, depressões ou feridas na pele. CONCLUSÃO Vários pacientes, em diversas situações, principalmente aqueles que se encontram acamados ou com idade avançada, estão propensos e são candidatos a desenvolver a lesão por pressão.
Este é um problema grave, presente na vida de milhares de pessoas, que limita e dificulta a realização das atividades diárias e impacta diretamente na qualidade de vida do paciente. Devido a alta prevalência da doença, em todo o mundo, é necessário que pesquisas sejam sempre desenvolvidas, em busca da resolução deste problema. A lesão por pressão tem cura e tratamento, é um processo árduo e que longa duração. A duração pode variar de acordo com o estágio em que esta se encontra, pois há 4 formas de classificação e a não classificação, sendo assim, o estágio I é superficial e o estágio IV é quando a lesão está bem profunda, e necessita de auxilio contínuo de um profissional de enfermagem, para determinar qual método utilizar, definir sobre desbridamento e cobertura, de forma a buscar, enfim, que a lesão se feche.
MIRANDA, M. ALVES, P. Prevenção e Tratamento de Feridas: Da Evidência à Prática. ed. Novembro, 2014. n. p. BORGES, E. L. et al. bras. cir. dig. São Paulo, v. n. n. p. CUDDIGAN, Janet; FRANTZ, Rita A. Pressure ulcer research: pressure ulcer treatment. A monograph from the National Pressure Ulcer Advisory Panel. Aplicando recomendações da Escala de Braden e prevenindo úlceras por pressão-evidências do cuidar em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. n. p. DE SOUZA BARBOSA, Fernanda. GAWKRODGER, David; ARDERN-JONES, Michael R. Dermatology E-Book: An Illustrated Colour Text. Elsevier Health Sciences, 2016. GOMES, FVL; COSTA, MR; MARIANO LAA. Manual de curativos. REDETT, Richard J. NAHABEDIAN, Maurice Y. Outcomes for surgical coverage of pressure sores in nonambulatory, nonparaplegic, elderly patients. Annals of plastic surgery, v. n. Guanabara Koogan.
LIMA, Angela Cristina Beck; GUERRA, Diana Mendonça. Avaliação do custo do tratamento de úlceras por pressão em pacientes hospitalizados usando curativos industrializados. Ciência & Saúde Coletiva, v. p. Ministério da Saúde, Anvisa, Fiocruz. Anexo 2: Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Brasília (DF): Ministério Da Saúde; 2013. Disponível em: <http://www. hospitalsantalucinda. L. Considerações sobre a cicatrização e o tratamento de feridas cutâneas em equinos. Online. Disponível em: < https://www. boehringer-ingelheim. ODA, RM; SALOTTI, SRA; GUIMARÃES, HCQCP. Manual de normas, rotinas e técnicas de curativos. ªed. Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato. Bras. Enferm. Brasília, v. n. p. n. p. RODRIGUES, Michele Mendes et al. Sistematização da assistência de enfermagem na prevenção da lesão tecidual por pressão.
Cogitare enfermagem, v. n. p. SANTOS, V. L. C. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. SILVER, Frederick H. FREEMAN, Joseph W. DEVORE, Dale. Manual de prevenção e tratamento de lesões de pele. Unimed. Paraná. Disponível em: < http://www. unimed. JB Lippincott, 1860.
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