LÚDICO E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Conforme os resultados obtidos neste trabalho, verificou-se a consistência da atividade lúdica no ensino de conceitos, visto a influência que exerce frente aos educandos, mas para isso necessita de uma ação conjunta que envolve educadores e a escola. Além disso, foi possível constatar que atividades lúdicas requerem um rigoroso e cuidadoso planejamento para que seus resultados no processo de ensino de conceitos sejam eficazes. Palavras-chave: Alfabetização. Lúdico. Ensino. Sob este prisma, o presente artigo, tem como objetivo analisar as contribuições do lúdico no processo de alfabetização. METODOLOGIA O presente estudo caracteriza-se como descritivo, com fontes de dados documentais e abordagem metodológica de revisão sistemática da literatura, cujo objetivo é realizar sínteses da literatura sobre um tema específico, mediante avaliação crítica e sumarizada das informações apuradas (SAMPAIO e MANCINI, 2007).

Dessa forma, a busca pelo material bibliográfico acerca da temática foi realizada em três etapas. A primeira se constituiu do levantamento dos estudos em periódicos nacionais e internacionais por meio de revistas eletrônicas e, bases de dados virtuais, visando à coleta abrangente de informações e sendo possível abarcar uma vasta produção científica. Na segunda etapa realizou-se a análise, levando em consideração a relevância dos estudos, bem como sua fidedignidade. Ainda de acordo com o mesmo autor, “a brincadeira consiste em uma atividade de simulação que reforça o significado da vida cotidiana, enquanto processo assimilativo participa do conteúdo da inteligência, à semelhança da aprendizagem” (KISHIMOTO, 1998, p. Além disso, as atividades lúdicas não são atividades inatas, uma vez que supõem contextos sociais, tornando-se uma atividade de cunho social, como também, humana.

Em grande parte das situações, o conhecimento do “brincar” vem por parte dos adultos, na qual é ensinado e repassado sua experiência e, de forma despercebida, ele vai recebendo toda a sua formação social (QUEIROZ, 2009). Diante desse cenário, é notório a necessidade de valorização do lúdico com os educandos, pois com o passar do tempo as brincadeiras ganharam destaque nos aspectos cognitivos, visto que influencia positivamente no processo de ensino de conceitos, mas que também pode ser utilizada durante todos os níveis de ensino (KAHL; LIMA; GOMES, 2007). De acordo com Alves (2003), a utilização do lúdico na escola como recurso pedagógico é de grande relevância, pois o brinquedo desperta interesse e curiosidade, nos quais são aspectos que contribuem no ensino-aprendizagem, consequentemente na alfabetização.

Sob essa perspectiva, as atividades lúdicas são importantes instrumentos no processo de ensino-aprendizagem, conforme os educadores entendam a importância e toda sua capacidade potencial de contribuição para com o desenvolvimento do educando (ROCHA, 2007). Diante disso, tais atividades devem passar por um rigoroso e cuidadoso planejamento e que seja realizada de tal modo que acompanhe o progresso dos alunos, além disso, a avaliação dessa metodologia não deve ser avaliada por quantitativo de atividades realizadas em sala de aula, mas sim, pela qualidade (ANTUNES, 2003). Neste cenário, o educador deve analisar a temática a ser estudada e posteriormente, fazer toda adequação da atividade: objetivos, tipo de jogo, público-alvo e conteúdo a ser trabalhado, para que assim os resultados sejam satisfatórios (LUCKESI, 2004).

Dentre pontos relevantes ao trabalho lúdico do educador estão a preocupação na construção de uma relação democrática e respeitosa com os alunos em todas as situações; deve haver o estabelecimento de regras tanto para utilização quanto para manutenção dos materiais; as atividades devem oferecer materiais, variados e interessantes, facilitando assim, a estimulação da imaginação (FORTUNA, 2010). Dessa maneira, o educador envolvido na inserção do lúdico no processo de alfabetização na infância demanda uma formação sólida e fundamentada nos seguintes pilares: formação teórica, pedagógica e pessoal (NEGRINI, 1994). Deste modo, acredita-se que a utilização do lúdico melhorar o processo de alfabetização na infância. Portanto, vale ressaltar que o presente trabalho buscou responder os objetivos propostos, mas recomenda-se, portanto, que haja um aumento no número de pesquisa voltadas para esta temática, para que complemente os resultados obtidos neste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, C. Jogos para bem falar. São Paulo: Papirus, 2003. CARDIA, J. A. P. A importância do lúdico e da brincadeira nas séries iniciais: Um relato de pesquisa. Revista Eletrônica de Educação. M. S. O Lúdico na Educação Infantil: Jogar, Brincar, uma forma de Educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, v. n. KAHL, K; LIMA, M. E. O; GOMES, I. Alfabetização: Construindo alternativas com jogos pedagógicos. Extensio: R. In: SANTOS, S. M. P. org. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos. S. PASSOS, N. C. Aprender com Jogos e Situações-Problema. Porto Alegre. MORAIS, P. H. V. S. M. QUEIROZ, M. M. A. Educação infantil e ludicidade. Teresina: Edufpi, 2009. F. MANCINI, M. C.

Estudos de Revisão Sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista Brasileira de Fisioterapia: São Carlos, v. NASCIMENTO, P. R. A história do lúdico na educação. REVEMAT, Florianópolis (SC), v. n. jan. jun. TEZANI, T. C. R.