Ludicidade como alternativa diferenciada para a organização do trabalho pedagógico
Tipo de documento:Estudo de Caso
Área de estudo:Pedagogia
Conclusão. Referências Bibliográficas. Introdução Este estudo adotará uma abordagem interpretativa, por meio do estudo bibliográfico, com o intuito de examinar as concepções dos principais autores da educação, no que tange – especialmente – a importância da ludicidade como alternativa diferenciada para a organização do trabalho pedagógico. Para tal, com o intuito de salientar a sua essencial no processo de ensino-aprendizagem, optou-se por analisar a sua função na contação de história, como prática educativa, na Educação Infantil. Assim, o objetivo principal deste estudo é refletir e analisar a importância da ludicidade como fator diferencial na contação de história na Educação Infantil e como objetivos secundários demonstrar a contribuição da ludicidade no que tange a despertar o interesse das crianças para a contação de histórias; apresentar a função e importância do educador, como mediador, no processo de formação de “pequenos” leitores, através de uma abordagem lúdica; e, apontar os desafios e as possibilidades da organização do trabalho pedagógico.
Todas as crianças que adquirirem a linguagem, em todas as famílias, têm pela escrita igual interesse e curiosidade. Elas querem saber o significado da palavra escrita, ao mesmo tempo que aprendem a falar. Esta é a idade de ouro para se ler histórias em voz alta para elas! [. Ler é compreender, é construir sentidos, significados. Isso é o que fazem os bebês, à sua maneira, sempre que lemos histórias para eles (AMICHE, 2013, p. É pela voz da mãe e do pai, contando contos de fada, trechos da Bíblia, histórias inventadas tendo a gente como personagem, narrativas de quando eles eram crianças e tanta, tanta coisa mais [. Contadas durante o dia, numa tarde de chuva ou à noite, antes de dormir, preparando para os sono gostoso e reparador, embalado por uma voz amada […] É poder rir, sorrir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever de um autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de gozação (ABRAMOVICH, 1997, p.
Quando os pais leem para a criança desde os primeiros meses de vida, desenvolve nessa o hábito da leitura. Porém, os adultos tendem a pensar – de forma equivocada – que os bebês não entendem muitas coisas e, por isso, mantêm os livros afastados da rotina diária destes, no início de suas vidas. Contudo, ao contrário do que estes imaginam, é desde o ventre da mãe que o bebê pode (deve) se aproximar desse mundo mágico, que é a leitura, despertando o prazer em ouvir histórias. p. Logo, para formar pequenos grandes leitores, faz-se essencial compreendermos as fases de desenvolvimento da criança, a fim de facilitar esse processo e a escolha de histórias para cada uma delas, respeitando o ritmo de cada um, realizando passeios que tragam a leitura para o cotidiano dessa, incentivando a leitura antes de dormir, improvisando representações dos livros, organizando uma pequena biblioteca, entre outras propostas.
Do nascimento aos 2 anos de idade, a criança prende-se aos movimentos e ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção aos movimentos de bonecos (fantoches) e aos objetos que se comunicam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas, pois nessa fase a criança se dispersa facilmente. Há o predomínio absoluto da imagem sem texto ou com textos curtíssimos e, ainda, de dobraduras simples. Outro recurso fundamental é a personalização do contador e do ambiente, de acordo com o personagem e objetos da história. Nessa fase, a criança acredita realmente que o contador se transformou no personagem da história e gosta de escutá-la várias vezes. A escola é o espaço democrático e privilegiado para o acesso e estímulo a leitura.
Assim, no âmbito específico de sua atuação, esta contribui assiduamente para a realização de ações educativas e lúdicas, visando à formação de pequenos leitores. De acordo com os RCNEI, a leitura e a escrita estão vinculadas e devem ser trabalhadas em conexão e parceria. Nesse contexto insere-se a contação de histórias, pois esta envolve a criança com o diálogo, com a leitura de textos e imagens e com a inserção dos códigos da escrita. Nesse sentido, a roda de conversa torna-se uma ferramenta de incentivo a produção de histórias, partilhas e escutas, imprescindível para a prática pedagógica. A roda de conversa é o momento privilegiado de diálogo e intercâmbio de ideias. Por meio desse exercício cotidiano as crianças podem ampliar suas capacidades comunicativas, como a fluência para falar, perguntar, expor suas ideias, dúvidas e descobertas, ampliar seu vocabulário e aprender a valorizar o grupo como instância de troca e aprendizagem.
Hoje, com a disseminação da mídia e dos meios tecnológicos, os livros estão sendo deixados de lado (as histórias estão sendo abandonadas), o que torna ainda mais fundamental e desafiadora a função do educador, no que tange a despertar nas crianças – desde cedo – o gosto pela leitura. Sendo assim, o desafio está em estabelecer novas estratégias para o estímulo à leitura no contexto atual, de forma a utilizar os recursos tecnológicos (lúdicos) a favor do processo de ensino-aprendizagem, unindo escola, família e sociedade. Referências ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 2006. Petrópolis: Vozes, 1997. AMICHE, Sylvie. A pequena história dos bebês e dos livros. São Paulo (SP): Pulo do Gato, 2013. ÁRIES, Philippe.
gov. br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1. pdf. Acessado em: Fev. BRASIL. COELHO, Bethy. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática,1999. COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria-análise-didática. Formando crianças leitoras. Volume I. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. MIGUEZ, Fátima. Nas arte-manhas do imaginário infantil: o lugar da literatura na sala de aula. htm. Acessado em: Fev. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1985.
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