LEAN MANUFACTURING E SUAS APLICABILIDADES NO GERENCIAMENTO E REDUÇÃO DE CUSTOS DA PRODUÇÃO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Considerando estas informações, se faz necessário a implementação de políticas e estratégias que auxiliem estas empresas a reduzir o máximo de custos e desperdícios gerados na produção, a fim de se obter melhores resultados produtivos e financeiros para a empresa. Diante do exposto, indaga-se: como a filosofia e/ou metodologia do Lean Manufacturing, pode auxiliar as empresas na redução de custos da produção? O objetivo geral deste artigo é analisar as aplicabilidades do Lean Manufacturing dentro das organizações, no que tange a redução de custos. Quando se diz que uma empresa tem vantagem competitiva no mercado, várias indagações podem ser apresentadas para tal afirmação. Inicialmente, entende-se como vantagem competitiva uma característica específica que torna uma empresa um destaque no mercado consumidor, perante seus clientes.

É o que a torna mais desejada e mais procurada pelos clientes. Essa filosofia de gestão é baseada na redução de desperdícios que podem afetar o desempenho produtivo. SOUZA, 2018). O estudo desta metodologia requer toda uma abordagem em torno da empresa, no que tange a observação, análise, medição de dados, atentar-se aos desvios e após, efetivar a implementação de ferramentas, tanto qualitativas como quantitativas, a fim de resolver os problemas detectados. Outro fator importante dentro deste artigo, é conseguir visualizar como os estudos em torno da linha de produção das empresas evoluiu até o momento. A área de Engenharia de Produção, por exemplo, ganhou grande destaque por estudar de forma minuciosa os fatores em torno da produção, otimizando processos e sistemas complexos. RODRIGUES, 2016) 2.

CONHECENDO A FILOSOFIA LEAN MANUFACTURING De acordo com o mencionado anteriormente, percebe-se que a filosofia Lean Manufacturing, teve suas raízes no Japão, através de um estudo realizado inicialmente por Eiji em uma das fábricas da Ford, onde mais a frente, juntamente com Ohno foram aprimorados os modelos produtivos da Toyota, de acordo com as necessidades do país e das outras empresas do Japão. Esse aprimoramento ficou conhecido por Sistema Toyota de Produção ou Lean Manufacturing, que basicamente é um método de produção enxuta, onde o principal objetivo é a eliminação de desperdícios ao longo da cadeia produtiva, a fim de gerar melhores resultados para as empresas. Para uma melhor compreensão destes conceitos e termos, logo abaixo na Figura 1, está representado de forma ilustrativa a evolução dos sistemas de produção ao longo dos séculos.

Figura 1 – Evolução dos sistemas de produção. De outro lado, tudo aquilo que não agrega conveniência a um produto ou a um processo, mas que consome tempo, insumos ou qualquer outro tipo de recurso é considerado como desperdício ou perda. RODRIGUES, 2016) Seguindo esta linha de pensamento em que o princípio de valor norteia todos os outros dentro do pensamento Lean, existem mais quatro elementos que compõe o ciclo dos principais pensamentos Lean, que podem ser descritos como a cadeia de valor do produto; fluxo da cadeia de valor; produção puxada pelo cliente e busca pela perfeição. Visto isso, a cadeia de valor pode ser descrita como todas as etapas e ações que serão realizadas para o atendimento pleno do cliente. Esta cadeia é formada por todas as instituições que giram em torno de um processo produtivo de uma empresa até a chegada ao cliente final.

Isso inclui os fornecedores, distribuidores, varejistas, dentre outros. O fator interessante desta abordagem, está no fato de que as possibilidades de melhoria se encontram por toda a organização e com o empenho e engajamento de todos. Essa linha de pensamento da perfeição, busca não apenas a implementação de melhorias em uma fase específica do processo, mas sim prezar pela qualidade em todos os aspectos organizacionais, de forma, a tornar a filosofia do Lean parte da cultura da empresa. RODRIGUES, 2016) O estudo e posterior implementação destes cinco e fundamentais princípios Lean em uma instituição refletem em uma maior qualidade de produtos ofertados, contempla a atenuação de desperdícios e a padronização das tarefas dentro do processo produtivo, redução de custos, maior eficácia e eficiência e demais.

Aliado a estes fatores é importante mencionar que é necessário um profissional qualificado para analisar, coordenar e executar as ações de acordo com a necessidade de cada empresa. Outro ponto a ser discutido quando se fala na metodologia do Lean Manufacturing, é a divisão dos tipos de desperdícios. A falta de um ambiente ergonômico no trabalho pode afetar a produção e a segurança do colaborador. O desperdício por movimento mecânico é citado quando, por exemplo, uma peça de uma máquina está posicionada em um local muito distante uma da outra, levando a uma movimentação desnecessária. Em seguida tem-se o desperdício de espera que normalmente ocorre quando um colaborador precisa esperar a chegada de um material para executar sua função, quando a linha de produção está parada para algum suporte necessário, ou até mesmo quando o trabalhador precisa esperar que uma máquina processe uma peça.

Todo esse tempo de espera aumenta o que é conhecido como Lead Time, que seria o tempo entre o pedido do cliente até o recebimento deste. Sendo assim, o Lead Time foi definido como o resultado do tempo de processamento acrescido do tempo de retenção. Essas ações acometem um fluxo reprimido  e normalmente é bastante notado em empresas que trabalham com o sistema de produção empurrada, ou seja, se produz em grande escala com uma demanda pré definida pela empresa, para as possíveis vendas para aquele determinado produto. Em seguida à o desperdício por excesso de produção, que é simplesmente produzir coisas que não serão vendidas, gerando um custo desnecessário com máquinas; equipamentos; pessoas; energia e até mesmo o desperdício de espaço em estoques com estes itens.

E por último é citado o conhecimento sem ligação, conceituado pela falta de comunicação entre empresa, colaboradores, clientes e fornecedores, levando à uma inibição de conhecimento; ideias; criatividade e gerando frustração e falta de oportunidades. DENNIS, 2008) 2. TÉCNICAS E FERRAMENTAS – LEAN MANUFACTURING NA PRÁTICA Sabendo que a filosofia do Lean Manufacturing consiste basicamente na eliminação dos desperdícios ao longo do processo produtivo e que o engajamento de toda a organização contribui para uma melhor e efetiva qualidade nos produtos e serviços prestados, surge em sequência um pequeno questionamento: Como identificar as falhas e erros decorrentes do processo produtivo para a implementação de ações em prol de sua melhoria? A resposta é bem simples, a metodologia não só orienta quanto a importância da eliminação desses erros e/ou falhas, como também disponibiliza de algumas técnicas e ferramentas para auxiliar as instituições na identificação destes problemas e assim programar ações de melhoria.

Pensando nisso, Ballestro (2019), afirma que existem três grandes grupos de possíveis causas para um erro, que são relacionados à qualidade; com o maquinário e com o setup de máquina. Desta forma quando se fala nos erros ligados à qualidade há o uso do estoque entre as etapas de produção, a fim de dar prosseguimento ao processo, caso aconteça algum problema com os insumos utilizados. Quando isso acontece todo o material não aproveitado não é considerado e a produção continua de forma que cada estágio seja independente. Com relação ao maquinário, há a afirmação que ocorrem defeitos nas máquinas que participam das etapas do processo produtivo e o estoque é utilizado para dar sequência à produção e promover a independência entre essas etapas.

Já os relacionados com o setup de máquinas, acontece quando se pretende reduzir as ociosidades das máquinas, levando a um estoque maior de lotes, que divididos entre a quantidade maior de peças, gera um custo menor por unidade. A ferramenta define basicamente o envolvimento de todos os funcionários da empresa, desde a alta gerência até aos funcionários da linha de produção. Segundo Souza (2018) o Kaizen se divide em dois conceitos: Kai que no português é mudar e Zen, no português significa bem e que juntos compõem o termo “melhorar contínuamente”. Todas as atividades ligadas ao Kaizen são relacionadas ao controle de qualidade. A metodologia busca alcançar a melhoria contínua em todos os níveis da organização, melhorando a satisfação dos seus clientes internos e externos.

Apesar do método Kaizen ser bastante simples e objetivo é necessário como qualquer outra ferramenta de gestão, um bom planejamento. Ela é considerada o ponto de partida para a utilização do Lean Manufacturing dentro das organizações. O conceito dos 5S giram em torno de 5 palavras japonesas, Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuk, que significam e representam em português, respectivamente, senso de utilização; senso de organização; senso de limpeza; senso de padronização e senso de disciplina. De acordo com Rodrigues (2016), a conceituação de cada termo se dispõe da seguinte forma: O senso de utilização otimiza os espaços, locação e utilização dos móveis e equipamentos de trabalho. O senso de organização tem como objetivo certificar-se de que todos os itens estejam ordenados em seu devido lugar e principalmente com fácil acesso, ou seja, a implementação de um bom layout é essencial.

O senso de limpeza é basicamente prezar pela higiene do ambiente de trabalho para, por exemplo, evitar ambientes insalubres. Desta forma, autores como Souza (2018), Rodrigues (2016) e Ballestero (2019) serão fortemente mencionados no decorrer do artigo, a fim de aperfeiçoar o tema deste artigo. A pesquisa será fundamentada em trabalhos publicados nos últimos dez anos, sob a forma de livros, monografias, artigos e dissertações. As buscas serão realizadas em páginas na internet que se enquadrem dentro da temática adotada. As palavras-chaves utilizadas para a procura serão: metodologia, ferramentas, gestão, Lean e Manufacturing. CRONOGRAMA Pretende-se realizar as ações presentes no Quadro 01 para realizar o presente artigo. ed. Porto Alegre : Bookman, 2008. RODRIGUES, Marcus Vinícius. Entendendo, aprendendo e desenvolvendo sistema de produção Lean Manufacturing. ed. Disponível em: https://www.

fm2s. com. br/quais-sao-os-7-desperdicios-visuais-lean-manufacturing/. Acesso em: 01 de dez.

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