Interdisciplinaridade: uma prática na educação infantil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

IV (documentos esses, que descrevem as principais características e tendências da produção de ensino e aprendizagem na educação infantil), visa compreender a interdisciplinaridade e seus fundamentos na educação infantil, pensando a interdisciplinaridade como suporte necessário para proposição de atividades diferenciadas na educação da criança. O referencial teórico que sustenta esta pesquisa de abordagem qualitativa põe em relevo os autores Fazenda (2006), Lenoir (2006), Rojas (et al, 2008) e Merleau-Ponty (2006). Discute a interdisciplinaridade como um movimento contemporâneo presente nas dimensões da epistemologia e da pedagogia, que vem marcando o rompimento com uma visão cartesiana e mecanicista de mundo e de educação e, ao mesmo tempo, assumindo uma concepção mais integradora, dialética e totalizadora na construção do conhecimento e da prática pedagógica.

PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento. Educação infantil. Quanto aos objetivos específicos, foram escolhidos: a) Apresentar a interdisciplinaridade como princípio pedagógico que possibilita aprendizagem da criança; b) Fazer perceber, que é necessário eliminar as barreiras entre as pessoas, para um trabalho efetivamente interdisciplinar. Contudo, este artigo se justifica por sua relevância, sobretudo, por se fazer compreender que, a educação infantil é uma etapa fundamental no desenvolvimento escolar do aluno, é o lugar onde a criança começa a interagir nas suas primeiras descobertas. E, assim, o trabalho interdisciplinar valoriza a identidade pessoal e social das crianças, envolvendo um aprendizado permanente de cidadania. Ressalta-se também que, o trabalho multidisciplinar na escola infantil também exige intensa responsabilidade profissional, cabendo ao professor ou educador trabalhar com conceitos de naturezas diversas que articulam o cuidar e educar em todos os momentos do cotidiano educativo.

CARÁTER PROBLEMÁTICO: DISCUSSÃO TEÓRICA 2. Ela parte do verbo, de uma ação disciplinar para qualificar-se no substantivo, agregar valor, transformar-se e, a partir, de suas relações poder se organizar em outros núcleos, a partir de prefixos como o inter-, o trans-, o poli-, o multi-, dentre outros (THIESEN, 2008, p. De acordo com a citação acima, compreende-se a interdisciplinaridades e suas possibilidades e limitações contribui para que o profissional envolvido com a educação agregue valor ao seu trabalho pedagógico. Como também, na disciplinaridade escolar parte-se de uma forma mais sintética de dimensionar o conteúdo para que ele seja compreendido, e englobe fatores determinantes para as vivências, as relações sociais e contribuições históricas da sociedade contemporânea para a educação.

A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados (BRASIL, 1999, p. A escola precisará acompanhar o ritmo das mudanças que se operam em todos os segmentos que compõem a sociedade. O mundo está cada vez mais interconectado, interdisciplinarizado e complexo. Quanto às propostas interdisciplinares nas escolas, nem sempre são compreendidas pelos que a projetam, há confusões teóricas sobre a prática interdisciplinar, por parte dos educadores, que atrapalham e até impedem o ganho intelectual.

A escola é um ambiente de vida e, ao mesmo tempo, um instrumento de acesso do sujeito à cidadania, à criatividade e à autonomia. Não possui fim em si mesma. É importante ressaltar que, o conhecimento não pode estar desvinculado da prática e da ação pedagógica, para que o saber não seja algo desconexo da realidade. No entanto, que parta da prática e da ação pedagógica e retorne o caminho a elas para resolver questões do cotidiano. Acrescente-se, ainda, que a prática não se reduz a um conjunto de procedimentos ou receitas, nem tampouco pode se limitar à execução de conhecimentos pré-fabricados. Ela amplia as perspectivas do possível, aceita o devir e a diferença. E, assim, no ensino e nas escolas do Brasil, muito se necessita de uma quantidade bem maior de estudos e pesquisas que enveredem por programas ou projetos de cunho interdisciplinar implementado em situações reais de ensino formal.

Diante desse entendimento, Lenoir (2006, p. identifica duas grandes tendências quanto às finalidades perseguidas para a interdisciplinaridade e aponta sua importância para a interdisciplinaridade escolar: “A primeira é uma perspectiva de pesquisa, filosófica e epistemológica. A segunda é instrumental, refere-se, pois, a uma categoria de ação”. Assim, o estabelecimento de um trabalho de sentido interdisciplinar provoca como toda ação a que não se está habituado, sobrecarga de trabalho, certo medo de errar, de perder privilégios e direitos estabelecidos. A orientação para o enfoque interdisciplinar na prática pedagógica implica romper hábitos e acomodações, implica buscar algo novo e desconhecido. De todo modo, o professor precisa tornar-se um profissional com visão integrada da realidade, compreender que um entendimento mais profundo de sua área de formação não é suficiente para dar conta de todo o processo de ensino.

Ele precisa apropriar-se também das múltiplas relações conceituais que sua área de formação estabelece com as outras ciências. Para Fazenda (2008), na interdisciplinaridade escolar a perspectiva é educativa. Assim, os saberes escolares se estruturam diferentemente dos saberes constitutivos das ciências, as noções, finalidades, habilidades e técnicas visam favorecer principalmente, o processo de aprendizagem, respeitando os saberes dos alunos e sua integração. Um ponto relevante nesse contexto é acreditar que, o atual processo de ensino e aprendizagem em muitas escolas brasileiras, precisa eliminar as barreiras entre as disciplinas em um simples gesto de ousadia, na tentativa de romper com um ensino transmissivo e aprisionado, distante dos olhos das crianças e dos adolescentes que correm pelos corredores das escolas. A Interdisciplinaridade Didática tem como objetivo básico articular o que prescreve o currículo e sua inserção nas situações de aprendizagem.

O terceiro nível, refere-se à interdisciplinaridade escolar em seu nível pedagógico, espaço da atualização em sala de aula da interdisciplinaridade didática. Exatamente por isso podemos considerar a Interdisciplinaridade uma categoria de ação, pois considera a dinâmica real da sala de aula, com todos os seus implicadores (LENOIR, 2006, p. Na sala de aula, ou em qualquer outro ambiente de aprendizagem, são inúmeras as relações que intervêm no processo de construção e organização do conhecimento. As múltiplas relações entre professores, alunos e objetos de estudo constroem o contexto de trabalho dentro do qual as relações de sentido são construídas. É preciso que a sala de aula seja vista como um ambiente em que o conhecimento cientifica tenha seu mérito de ampliar nossa capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos.

Outra linguagem, completamente imersa no cotidiano do aluno, é a científica. Sobretudo as crianças pequenas são dotadas de uma curiosidade quase que insaciável. O desejo de descoberta percorre suas vivências e permite que um novo mundo se abra à medida que seu olhar se desperta para ele. Nesse sentido, a interdisciplinaridade propõe a efetivação de uma nova dinâmica nas aulas, por exemplo, de Ciências, desprendida das sequências estabelecidas linearmente por grande parte dos livros didáticos. Ressalta-se ainda que, na educação, a fragmentação do conhecimento, que recebeu o nome de divisão disciplinar e foi instituída no século XIX com a formação das universidades modernas, reconhece na compartimentalização dos currículos escolares em disciplinas que o atual modelo já não dá conta de responder as questões que a realidade mostra (MERLEAU-PONTY, 2006).

Pois, a educação é um processo essencialmente interior. Trabalhar visando à multidisciplinaridade é uma oportunidade ímpar de melhorar as formas de ensinar e de aprender, tornando-as muito mais prazerosas e eficientes (MERLEAU-PONTY, 2006). Quando se toma consciência desse fato, a percepção e a sensibilidade conduzem seus coadjuvantes à necessidade de transcender a especificidade disciplinar e enveredar por diferentes campos de conhecimento sem a identificação com apenas um deles. Contudo, a flexibilização das propostas educacionais possibilita que o aluno construa os caminhos de sua aprendizagem com autonomia. Portanto, as questões do mundo atual, por serem de grande magnitude e complexidade, têm que ser tratadas por um processo de contextualização. Só pela contextualização as demandas sociais penetram no processo de pesquisa, influenciando a formulação dos problemas, a implantação de soluções e a avaliação de resultados.

Acreditando que a educação é um exemplo que integra essa categoria. E a sociedade como um todo se torna agente passivo das políticas públicas decisórias nesse setor. É primordial estar permanentemente atento ao fato de que a transdisciplinaridade não prescinde nem exclui os demais modos de interpretar o mundo, apenas considera suas lógicas reducionistas, ainda que relevantes. Mais explicitamente, são desconsideradas várias dificuldades - dificuldades em trabalhar com as diferenças pessoais, dificuldades para implementar novas práticas, dificuldades com a falta de esperança, dificuldades com o descaso dos alunos, dificuldades com a ruptura dos modelos vigentes, dificuldades para lidar com o medo do fracasso etc. INTERDISCIPLINARITY: A PRACTICE IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION ABSTRACT This study is a reflective analysis on the basis of bibliographical studies (theses, articles and books by authors in the area) reporting interdisciplinary practices in early childhood education involving two or more subjects of the school curriculum, on the theme: "Interdisciplinarity: a practice in Early Childhood Education ".

Knowing that, the interdisciplinary process is characterized by creating bonds of exchange relations of teaching and learning that seeks to understand and reflect the pedagogical and methodological aspects of their practice and the classroom; this study shows that, from the classification of the Law of Guidelines and Bases of National Education Law No. title III, The Right to Education and Responsibility to Teach Art. IV (these documents, which describe the main features and trends in the production of teaching and learning in early childhood education), aims to understand interdisciplinarity and its foundations in early childhood education, interdisciplinary thinking as necessary support for the proposition of differentiated activities in raising the child. In: FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (Org. O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008. BRASIL. Revista Criança do Professor de Educação Infantil.

Nº 32, jul. Interdisciplinaridade: atitude e método. São Paulo: Instituto Paulo Freire. Disponível: <www. paulofreire. org>. Acesso em: 26 fev. LENOIR, Yves. Didática e interdisciplinaridade: uma complementaridade necessária e incontornável. In: FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (Org. Didática e interdisciplinaridade. S. A Brinquedoteca nos Contextos Educativos. In: MACEDO, C. A. SALMAZE, M. Educ. vol. no. Abr, 2008. THIESEN, Juares da Silva.

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