A FORMAÇÃO DOS DOCENTES E PARADIGMAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

A escola inclusiva baseia-se no conceito de que as crianças devem conviver juntas, para que sejam ofertados conhecimentos independentemente de quais dificuldades possam ter, contudo, evidencia-se que apesar das diferenças ser essenciais para a sociedade o ato de incluir deve transcender a inserção sem suporte do indivíduo, isso porque, a falta de condições adequadas para o ensino resulta numa segregação dentro da própria inclusão (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). Portanto, há uma lacuna entre a aquisição de conhecimento e a formação dos docentes com relação à educação inclusiva, havendo,a necessidade de desenvolver pesquisas que visem compreender e refletir sobre essa temática. Diante do exposto, elaborou-se a seguinte problemática: A formação que o docente recebe em relação a educação inclusiva é o suficiente para trabalhar nas salas aula? Assim sendo, o objetivo geral do presente estudo é evidenciar os aspectos da educação inclusiva na formação dos docentes atualmente e objetivo específico analisar o processo de formação do professor para lecionarem.

A justificativa desse trabalho deve acompanhar a trajetória das diferentes experiências construídas pelo professor,é muito importante mostrar a importância da formação continuada do professor no contexto educacional inclusivo mas para que a inclusão ocorra é necessário que os professores estejam preparados para lidar com esse tipo de situação, por isso a importância da formação continuada do professor. Com o surgimento da inclusão no âmbito escolar, é necessária uma inovação educacional, onde as exigências sejam baseadas na metodologia de ensino visando o fim do preconceito e da discriminação com os alunos com necessidades especiais. Trata-se de equiparar oportunidades garantindo-se a todos – inclusive as pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades / superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver (CARVALHO, 2004.

p. A declaração de Salamanca 1994 afirma: Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas, sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades, aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades, escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.

O principal objetivo da declaração de salamanca é nortear os países a necessidade de políticas públicas e educacionais que venham a atender a todos, visando igualdade, independente das suas condições pessoais, sociais, econômicas e socioculturais. A Declaração enaltece a necessidade da inclusão educacional das pessoas com necessidades específicas. Cabe as instituições de ensino ter um olhar mais apurado e investir na formação continuada, debates, rodas de conversas a fim de realizar a troca de experiências propiciando o crescimento profissional de todos, para Nóvoa (1997 p. “A troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços deformação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente o papel de formador e formando. ” Se as instituições de ensino não se organizarem para analisar a necessidade dos alunos a tendência é que o processo de inclusão se torne mais distante, o docente e toda gestão escolar precisam juntos traçar os objetivos e metas a serem atingidos de forma que propicie a inclusão e não promova a integração, por muitas vezes com a falta de qualificação o professor acaba favorecendo somente a integração o que não favorece a aprendizagem, pois muitos alunos se encontram dento da sala de aula, porém dispersos e o professor não repensa a sua prática de modo a incluí-los.

A qualificação do professor é de extrema importância, embora não é de responsabilidade somente da instituição de ensino é de responsabilidade do docente se capacitar, ou seja, é um trabalho em conjunto, uma boa graduação é essencial para que o docente venha promover uma aprendizagem de qualidade, sendo assim o docente precisa atualizar a cada dia adaptar suas rotinas para encaixar nos cursos de formação continuada que são ofertados pelas instituições de ensino, pois em muitos casos a instituição até disponibiliza os cursos de extensão contudo, isso reflete em muitas questões como por exemplo o número de vagas ofertados que nem sempre todos os docentes conseguirão a vaga sendo assim deveria se repensar no número de vagas disponibilizadas , também a questão do horário dos cursos que por vezes acaba acontecendo no momento que o docente esta em sala de aula e acaba não se encaixando nos horários do professor devido a grande carga horária que eles precisam cumprir ,ainda existe uma série de adequações a serem realizadas.

Quando a teoria e a prática conseguirem se unir processo de ensino e aprendizagem será alcançado, muitos professores encontram-se desmotivados devidos aos desafios que eles enfrentam para Nóvoa : As situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar e resolver apresentam características únicas, exigindo, portanto, características únicas: o profissional competente possui capacidades de auto desenvolvimento reflexivo. A formação continuada foi à fonte que o docente viu para se capacitar-se na educação inclusiva, pois perceberam quando eles se depararam com a realidade das salas de aula era bem diferente das teorias aprendidas durante o curso de pedagogia e puderam perceber as necessidades educacionais dos alunos. “A inclusão escolar não cabe em uma concepção tradicional de educação. A formação do professor inclusivo requer o redesenho das propostas de profissionalização existentes e uma formação continuada que também muda”.

MATOAN,2015,p. Ou seja, quando o professor está no seu processo de formação ele precisa alinhar a teoria e prática de forma que o professor consiga atingir as metas traçadas, e isso favorece o processo de ensino e aprendizagem, a formação continuada irá auxiliar o professor sobre como melhor lecionar. As trocas de experiências leva os docentes a repensar a docência, repensar formas de organização do espaço de aprendizagem e como melhor lecionar, a formação continuada, não é somente responsabilidade do professor buscar mas as instituições de ensino, precisam incentivar os docentes e abrir novas oportunidades para extensão universitária pois os docentes podem e devem se constituir em um grande laboratório, no qual a partir das nossas vivências e trocas vamos construindo um outro modo de ser e estar no mundo e com o mundo, entre os conhecimentos produzidos pelo professores e futuros professores.

O PLANEJAMENTO ESCOLAR INCLUSIVO A formação dos professores é fundamental, pois o professor precisa inovar a sua prática pedagógica e adquirir conhecimento, a fim de garantir uma aprendizagem de qualidade, o professor ele é o facilitador do ensino,ele organiza, orienta e propõe a cooperação e solidariedade entre alunos ele não apenas um mero transmissor de conteúdos desvinculado a realidade MARQUES,2008. O professor juntamente com gestor precisa observar o grau de dificuldade de cada aluno e baseado nas vivências do aluno buscar desenvolver novas metodologias de ensino que visem a aprendizagem de modo a incluí-los e não apenas integra-los na sala de aula, é um trabalho em conjunto que exije muita dedicação por parte do gestor e do docente. O planejamento precisa ser baseado nas vivências do aluno e a partir das suas dificuldades cabe a instituição traçar objetivos e metas e modo a promover a inclusão.

O professor precisa ter um planejamento bem alinhado com as necessidades específicas de cada aluno a fim de respeitar as diferenças de cada aluno e conduzir a uma aprendizagem significativa segundo Libâneo (1994, p. REFERÊNCIAS BRASIL. LDB. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996 São Paulo: Saraiva, 1996 BRASIL. Constituição (1988). São Paulo: Martins Fontes, 2001. FACCO, Marília Alves. Educação inclusiva e atividade docente: um caminho difícil. f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007. p. Editora da UFPR Pedagogia e pedagogos:inquietações e buscas. f. Monografia (Especialização) - Curso de Pedagogia, Ufpr, Curitiba, 2001. Disponível em: https://revistas. Atendimento educacional especializado; políticas públicas e gestão nos municípios. São Paulo: Moderna, 2010.

MARQUES, Luciana Pacheco. Diversidade, formação de professores e prática pedagógica. In: MARQUES, Luciana Pacheco (org. fclar. unesp. br/rpge/article/view/13019/8638. Acesso em: 1 out. MATIAS, Flávia Souza; SOUZA, Sandra Freitas de. Nóvoa, Antônio. Formação de professores 2º. são Paulo:Unesp 1998 OLIVEIRA, Ciro M de. A pedagogia de AnkonMakareno. Fortaleza: Novas Edições Acadêmicas, 2016. pr. gov. br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ pd e/2013/2013_fafipa_ped_artigo_maria_lucia_dos_santos. pdf. Acesso em: 21 agosto 2020. v. Tese (Doutorado) - Curso de Pedagogia, Ueg, Ufms, Goiás, 2007. Disponível em: http://www. revistas. udesc. Educação Inclusiva e Formação Docente Continuada, 2015. f. Monografia (Especialização) - Curso de Pedagogia, Pucpr, Minas Gerais, 2015. Disponível em: https://educere. bruc. p. Disponível em: https://doi. org/10. vivencias. v15i29.

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