INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS UTILIZANDO POLIETILENO RETICULADO PEX
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharias
Neste contexto, surgem as tubulações de Polietileno Reticulado (PEX), que passam a ser uma ótima alternativa, para racionalizar e otimizar o processo construtivo, de modo a estabelecer conforto, segurança e economia, porém, há pouco conhecimento a respeito desta modalidade. Por esta questão, O presente trabalho tem como objetivo geral demonstrar a importância da implantação da tecnologia PEX nas instalações hidráulicas prediais, com a finalidade assim, de ressaltar suas principais vantagens e desvantagens frente aos outros materiais, especialmente, os convencionais. A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica, que foi realizada a partir de artigos, dissertações, monográficas, teses, disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e no Google Acadêmico. Os principais resultados demonstraram que os tubos PEX podem promover economia, praticidade, maior qualidade e segurança estrutural, melhor planejamento e controle hidráulico nas edificações.
Concluindo que, estes materiais tendem a facilitar a execução de obras, priorizando a qualidade, e que constituem produtos sustentáveis, capazes de gerar inúmeras contribuições para o meio ambiente, a economia e sociedade, em comparação aos convencionais. Keywords: Crosslinked polyethylene; PEX; Hydraulic installations. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 5 2 OBJETIVOS 7 2. OBJETIVO GERAL 7 2. OBJETIVO ESPECÍFICOS 7 3 JUSTIFICATIVA 8 4 METODOLOGIA 10 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11 5. CONTEXTO HISTÓRICO DAS TUBULAÇÕES HIDRAÚLICAS 11 5. Porém, dependendo do método construtivo e do tipo de material aplicado, podem vir, com o decorrer dos anos, a apresentar deficiências ou falhas, expressas, geralmente, por vazamentos e manifestações patológicas (trincas, ferrugem e bolor), que não só tendem a comprometer o abastecimento da edificação, como também gerar efeitos nocivos para a saúde dos usuários e para a própria construção (BRANDÃO, 2010).
Sendo assim, ao longo dos anos, inúmeras empresas construtoras passaram a buscar novos métodos construtivos, que pudessem propor facilidade de execução, qualidade e segurança estrutural, e até mesmo a redução de custos (diretos e indiretos) nas instalações hidráulicas. Uma vez que, a grande competitividade do mercado atual, demanda soluções, que possam promover a melhoria e a eficiência do processo construtivo, elevando a qualidade do produto final (BATISTA, 2017). Neste contexto, acredita-se que a tubulação de Polietileno Reticulado (PEX) seja considerada uma alternativa viável e promissora, que pode vir a promover tais melhorias e surge como um novo material, capaz de facilitar o processo construtivo e reduzir o número de resíduos. O material PEX apresentam diversas características positivas que são, em grande parte, desconhecidas pelos profissionais, estudantes e sociedade em geral.
A implantação da tubulação PEX, neste caso, se torna importante, uma vez que, representa um material que pode vir a propor melhoria no setor e, consequentemente, favorecer a implantação de instalações hidráulicas mais seguras. O PEX além de ser um material flexível e resistente, reduz a necessidade de conexões, que, em grande parte, são os elementos que mais sofrem falhas e contribuem para vazamentos. O que reduz, também, a quantidade de material a sofrer manutenção e ser descartado (BATISTA, 2017). Levando em consideração estes fatos torna-se importante o desenvolvimento de trabalhos que possam apresentar e demonstrar informações fundamentais desta tecnologia, para fornecer ou até mesmo ampliar o conhecimento sobre as tubulações PEX, de forma a contribuir para uma melhor produtividade das construtoras, favorecer informações adequadas ao campo acadêmico e a sociedade.
Sendo assim, do ponto de vista acadêmico, o presente trabalho poderá ser utilizado como base para ampliar o conhecimento a respeito do PEX ou ainda, para o desenvolvimento de novos estudos. Por fim, na última etapa, foram reunidas as principais e mais relevantes informações obtidas, de modo a apresenta-las de forma clara e coerente, para um melhor entendimento do leitor. A busca nas plataformas levou em consideração critérios de temporalidade e tema. Foram coletados trabalhos publicados nos últimos 20 anos, com a finalidade de obter informações teóricas e de qualidade a respeito do assunto. Para isso, as palavras-chaves utilizadas na busca, compreendem a: Polietileno Reticulado; PEX; Ligações prediais; Instalações hidráulicas; Água, entre outras. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5. Desta forma, constitui o conjunto de ações destinadas a manter ou alterar o ambiente, com o objetivo de evitar a ocorrência e a propagação de doenças, de modo a promover conforto e bem-estar (FONSECA, 2008).
Já de acordo com Borja (2011), este termo pode ser definido como: O conjunto de ações, entendidas fundamentalmente como de saúde pública, compreendendo o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegurar a higiene adequada e o conforto, com qualidade compatível com padrões de potabilidade; coleta, tratamento e disposição adequada de esgotos e dos resíduos sólidos; drenagem urbana de águas pluviais e controle ambiental de roedores, insetos, helmintos e outros vetores e reservatórios de doenças (BORJA, p. O saneamento básico constitui, portanto, um conjunto de ações sobre o meio ambiente físico, o qual visa manter um controle ambiental para proteger a saúde do homem (TEIXEIRA, 2015). O mesmo autor ainda ressalta que o acesso ao saneamento representa um fator fundamental no desenvolvimento socioeconômico de qualquer nação e na qualidade de vida de uma determinada população (ZAGALLO, 2018).
No território brasileiro, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei n° 11. Uma vez que, o ferro fundido apresentava desvantagens que dificultavam a condução da água e, portanto, sua função perante as instalações hidráulicas, devido se encontrar suscetível a ferrugem, a baixa condução de calor e, também, por possuir a tendência de acumular resíduos (BRANDÃO, 2010). Atualmente, o PVC se encontra inserido, predominantemente, nas instalações de água fria no Brasil, sendo considerado um material absoluto, também, para a coleta de esgotos. Já para a condução de água quente, os materiais que passaram a ser alvo nas instalações prediais compreendem ao Policloreto de Vinila Clorado (CPVC) e Polipropileno Copolímero Random (PPR) (BRANDÃO, 2010).
De acordo com Batista (2017), as instalações prediais de água e esgoto tem por função efetuar a distribuição da água, em quantidade e qualidade suficiente, bem como promover o afastamento das águas servidas de forma adequada, com a finalidade assim, de favorecer a criação de condições favoráveis ao conforto e segurança dos usuários. Apesar de tal funcionalidade e do aprimoramento tecnológico dos últimos anos, as instalações hidráulicas ainda apresentam problemas, que favorecem a ocorrência de vazamentos (e, consequentemente, desperdício de água), manifestações patológicas em edificações (provenientes da umidade), assim como prejudicam a qualidade, quantidade e eficiência do abastecimento de água, e consequentemente, abastecimento dos usuários, que necessitam da água, especialmente, para hábitos higiênicos (FERREIRA, 2018).
Na América do Norte, os tubos PEX, foram inseridos em 1984, na forma de dutos para o aquecimento do piso, que, posteriormente, passaram a ser introduzido também em sistemas hidráulicos residenciais, para o transporte de água fria ou quente para consumo, como relata Souza (2012). No Brasil, o sistema PEX foi inserido há cerca de 15 anos, para compor a parte hidráulica e o sistema de aquecimento de pisos, porém, ainda é pouco aplicado e utilizado no ramo da construção civil, sendo encarado como uma tecnologia inovadora (FERREIRA, 2018). Por meio do PEX é possível, como relata Batista (2017), executar tubulações flexíveis de água fria ou quente e gás, uma vez que, os sistemas de PEX possuem um reduzido número de conexões, devido o tubo (que é tipo mangueira) ser maleável e assim, permitir curvas, o que evita a necessidade de joelhos e cotovelos, evitando também o risco de vazamentos, além de propor melhor trajeto para a água.
Sendo assim, constitui um sistema de tubulação plástico, que pode vir a ser implantado, especialmente, em instalações hidráulicas prediais tanto para água quente, quanto para água fria, o qual deve ser dimensionado adequadamente, com base nas características da edificação e do que requer o sistema (POSSAMAI; BACK, 2012). A tubulação PEX é fabricada para suportar uma pressão de até 12,5 bar e temperaturas entre -100 C° à +95 C°, e em picos de curta duração até +110 C°, sendo sua principal características a flexibilidade (CURTINHAS et al. Ferreira (2017) complementa que os tubos PEX monocamada podem ser obtidos pelos métodos de reticulação via silano e peróxido, e que são produtos de fácil transporte e instalação, uma vez que, podem ser entregues em bobinas.
PEX multicamada Já as tubulações PEX multicamadas, como demonstra a Figura 2, são compostas por cinco camadas, sendo estas: i) Polietileno reticulado (PEX), responsável por atuar na proteção do tubo contra a ação corrosiva do fluido; ii) Revestimento adesivo, que favorece a adesão entre as camadas do tubo; iii) Alumínio, responsável por garantir a resistência do tubo ao calor e a pressão do fluído a ser transportado, bem como a flexibilidade e a resistência mecânica (controle da dilatação) da tubulação; iv) Novamente, o adesivo especial; e v) Polietileno reticulado (PEX), este que passa a atuar na proteção do tubo contra a ação de agentes externos (água, cimento, terra, entre outros) (SOUZA, 2012). Figura 2 – Tubulação PEX multicamadas Fonte: Curtinhas et al.
p. Sendo assim, as tubulações PEX multicamadas contam com o emprego de um novo material, o alumínio, que garante novas propriedades ao tubo, como, por exemplo, resistência a pressões de serviço e temperaturas maiores, de 100 m. APLICAÇÃO DE PEX NA CONDUÇÃO DE ÁGUA FRIA OU QUENTE A tubulação PEX, devido a sua grande capacidade de condução de água (tanto fria, como quente) pode vir a ser implantado nas instalações hidráulicas de uma residência (BRANDÃO, 2010). O seu uso em sistemas prediais de distribuição de água é regulamentado pela Norma Brasileira – NBR 15939, direcionada aos Sistemas de Tubulações Plásticas para instalações prediais de água quente e fria – Polietileno reticulado (PE-X) (BATISTA, 2017). De acordo com Curtinhas et al. em termos de água, a tubulação PEX monocamada é utilizada para realizar a condução de água fria, enquanto que a tubulação PEX multicamada, é para instalações de água fria/quente.
Em ambos os tipos, no Brasil, são fornecidos nos diâmetros de 16, 20, 25 e 32 mm, e com bobinas de comprimentos de 50 ou 100 metros (FERREIRA, 2018). Figura 4 – Método tradicional x Método ponto a ponto Fonte: Oliveira (2014, p. Além disso, este sistema facilita e permite a inspeção, troca e manutenção das tubulações, sem exigir quebras de foros, revestimentos, pisos ou paredes, o que evita a geração de entulho e o enfraquecimento estrutural da edificação, uma vez que, as tubulações do PEX podem vir a ser trocadas pelo quadro de distribuição, o que elimina, também, a possibilidade de vazamentos. O mesmo autor complementa que o método ponto a ponto pode ser instalado em padres de alvenaria convencional ou até mesmo, em paredes drywall (FERREIRA, 2017).
De acordo com Souza (2012) o sistema PEX ponto a ponto é composto por: caixa de distribuição; distribuidores de água quente e fria; conexões (ligação entre a tubulação e o aparelho de utilização); e caixa de distribuição (controle). E é, normalmente, instalado em escolas, hospitais, hotéis, empresas e indústrias, uma vez que, são locais que ficam impedidos de sofrer a paralisação de suas atividades para efetuar manutenções, sendo o tipo de sistema mais recomendado para a condução de água destinada ou não ao consumo humano. Menos perda de material na obra: os tubos podem ser cortados em qualquer tamanho sem que sobre pequenos pedaços na obra. Baixa perda de calor: baixa condutividade térmica. Redução de conexões: devido a sua flexibilidade, as conexões podem ser eliminadas utilizando o próprio tubo para mudanças de direções.
Alta resistência química e corrosão: suporta a agressão de aguas acidas ou alcalinas sem qualquer alteração. Pureza e atoxicidade: não transmite gosto ou odor a água (SOUZA, 2012, p. De acordo com Caraciolo (2008), além dos 68,9% das águas doces estarem congeladas, 29,9% localizam-se em águas subterrâneas e assim, dispostas a certa profundidade no subsolo, sendo consideradas, também, de difícil acesso. Por fim, os 0,3% das águas doces referem-se aos rios e lagos, encontradas na superfície da terra e fácil acesso, implicando em um menor custo tecnológico e econômico (CARACIOLO, 2008). Esse baixo valor tem impactado diretamente na sociedade, que tem sofrido com a escassez de água. Estima-se que aproximadamente 40% de toda a população mundial vive com esse problema, sendo que esse número tende a se elevar consideravelmente nos próximos anos.
Acredita-se que até 2050, cerca de 4,8 bilhões de pessoas vivenciarão este problema, o que evidência a grande crise a ser enfrentada pelo mundo no futuro (MALDONADO, 2019). Em termos de perda de carga, é possível notar com base em um projeto de edifício de 3 pavimentos, que a perda de carga do PEX é muito menor em comparação ao PVC, como demonstra a Figura 6. Figura 6 – Comparativo da perda de carga entre PEX e PVC Fonte: Santos; Modolo (2012, p. Além disso, ao contrário deste sistema convencional, o PEX facilita a passagem da tubulação de uma parede para outra, a qual passa a poder ser distribuída em curvas mais suaves, sem necessitar de ângulos diretos de 90° (CURTINHAS et al. Ao contrário do PVC, o PEX pode atuar nas instalações de condução de água fria e água quente, enquanto que o material convencional é para instalações apenas de água fria, no caso de água quente, costuma ser instalado a alternativa de Polipropileno Copolímero Random (PPR) (FERREIRA, 2018).
Segundo Ferreira (2018) o preço é favorável do PEX, considerando o seu tempo de utilização, instalação e praticidade. Os tubos PEX tendem a facilitar a condução de água e suportar os esforços que esta prática requer, principalmente, perante a altas temperaturas (como é o caso da água quente), uma vez que, são projetados para resistir as oscilações de temperatura, a materiais químicos e forças físicas. Por esta questão, tendem a ser estruturas mais seguras e com um período de vida útil superior, aos sistemas convencionais, e portanto, ficam suscetíveis a sofrer uma menor quantidade de falhas, erros ou até mesmo, manifestações patológicas É possível concluir que os sistemas PEX constituem uma tecnologia aliada a sustentabilidade, visto que, visam estabelecer contribuições positivas as três esferas (meio ambiente, economia e sociedade) e estão aliadas ao que requer os princípios de desenvolvimento sustentável, que objetiva preservar condições adequadas para as atuais e futuras gerações.
Do ponto de vista ambiental, os sistemas PEX, tendem a evitar a ocorrência de vazamentos e, consequentemente, contribuir para a proteção e preservação da água, que constitui um bem vital para a vida, os ecossistemas e até mesmo, os ciclos produtivos. Do ponto de vista econômico, tendem a gerar economia para as empresas construtoras e até mesmo para o usurário, visto que se reduz o número de vazamentos e, portanto, a necessidade de restaurações e correções estruturais, que costumam gerar uma elevada quantidade de resíduos e requerer mão-de-obra, bem como a aquisição de novos materiais. Enquanto que do ponto de vista social, o PEX tende a fornecer o abastecimento eficiente, adequado e seguro ao usuário, sem contaminações (produto é atóxico) e, portanto, suprir as demandas e o consumo necessário.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Química). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2011. BORJA, P. C. M. M. A prática do reuso de águas: Possibilidade de estímulo pela política nacional de recursos hídricos e de instrumento adicional de gestão. f. Dissertação (Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais). COELHO, R. M. P. HAVENS, K. Gestão de Recursos Hídricos em Tempos de Crise. f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Centro Universitário UNIFAT. Atibaia, 2018. FARIAS, W. Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 2018. FERREIRA, M. B. S. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2008. LANCHOTTI, A. O. Diagnóstico da atual situação dos serviços de esgotamento sanitário nos municípios integrantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte visando à elaboração de termos de ajustamento de conduta pelo Ministério Público.
Estudo da tendência de mercado em relação a peças hidráulicas vendidas no município de Palmas/TO. f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Faculdade Presidente Antonio Carlos. Porto Nacional, 2019. Anápolis, 2018. OLIVEIRA, R. C. T. Verificação de rompimentos em instalações prediais de água quente: Um estudo de caso. Universidade do Extremo Sul Catarinense. Criciúma, 2012. RIBEIRO, J. W. ROOKE, J. R. Sistema PEX e as inovações nas instalações prediais. f. Artigo (Graduação em Engenharia Civil). Universidade de Araraquara. O Esgotamento Sanitário e o Uso do Território em Natal/RN (1969-2009). f. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2010. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciências Ambientais). Universidade de Caxias do Sul.
Caxias do Sul, 2018. TEIXEIRA, J. Dissertação (Mestrado em Política e Gestão da Sustentabilidade). Universidade de Brasília. Brasília, 2018.
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