INCLUSÃO DOS PORTADORES DE TDAH: Encontrando soluções onde todos veem problemas

Conclui-se que é necessário fazer uso das alternativas, já existentes, para superar problemas, que atinge uma boa parte dos educandos, e não somente os portadores de TDAH. Palavras-chave: TDAH. Dificuldades de Aprendizagem. Ambientes Multidisciplinares. Lúdico. Nos anos 60, houve uma dificuldade em comprovar da lesão, e sua conceituação ganhou uma perspectiva funcional, configurando-se como uma síndrome de comportamento, tendo como sintoma primordial a atividade motora excessiva. Essa disfunção não deve ser avaliada como postura inadequada, ou falha na educação, pois existe um comprometimento funcional da vida profissional, acadêmica e social do indivíduo. Esse transtorno se apresenta de maneiras semelhantes em culturas distintas. É caracterizado por Sam Goldstein, (2006) como hiperatividade, impulsividade ou déficit de atenção. Em função de ser um transtorno similar a má conduta de muitas crianças, esse diagnóstico demorou muito a ser de fato reconhecido, somente quando a medicina revelou que era uma doença cientificamente comprovada e, de fato, as crianças podiam ter um diagnóstico clínico, este conjunto de sintomas ganhou o nome de Disfunção Cerebral Mínima.

• Reage de forma exagerada a estímulos. • Tem dificuldade para dormir. • É desorganizada e bagunceira, perde as coisas facilmente. • É incapaz de fazer planos e de se organizar. • Não consegue ficar em silêncio; fala sem parar. Tratamentos significativos Desde o final da década de 1930, têm-se utilizado remédios para tratar crianças e adultos com TDAH. O tratamento mais comum para tais transtornos são os estimulantes. Apesar de a Ritalina ser o medicamento mais comum, há pacientes que obtêm resultados até melhores com Dexedrina, Cylert e Adderall, ou até com certos antidepressivos. Cerca de 70% das crianças respondem bem a estimulantes. Quando tomados na dose correta, os estimulantes ajudam pessoas com TDAH a se concentrar por mais tempo e inibem comportamentos indesejados, como distração, frustração e acessos de raiva.

Em relação as dificuldades de aprendizagem, dos portadores de TDAH, essa teoria de Vygotsky vem de encontro a amenizar os efeitos dessas dificuldades, a ZDP de crianças com dificuldades para aprender é altamente influenciada, positivamente, quando estimulada por colegas aptos e dispostos a cooperar, tornando a sala de aula um local desafiador e acolhedor, ideal para proporciona-lhe um desenvolvimento intelectual sem traumas, cobranças, ou pressões excessivas; além de sua capacidade. Assim fazendo com que essas diferenças diminuam naturalmente e a produtividade aumente gradativamente, elevando a autoestima das crianças. ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS A implantação de atividades inovadoras e estimulantes, com a mudança de paradigma em nossa prática docente, é possível conceder ao aluno, em seu processo de desenvolvimento, a tomada de consciência de seu caminho na aprendizagem; proporcionar-lhe uma formação dinâmica, ativa, realizadora, reveladora e feliz.

Essa inovação será possível se houver uma metodologia focada no aluno em primeiro lugar, onde toda a equipe pedagógica se envolva num mesmo ideal, e trace metas de ensino coletivo, buscando a harmonia e evolução de todos ao mesmo tempo. Os portadores de TDHA necessitam de atenção especial, por parte dos professores, pequenas atitudes que os auxiliarão cotidianamente; sentá-los perto do professor e da lousa ajudará para que não percam a atenção tão facilmente; fazer um roteiro escrito, para eles não esquecerem tarefas básicas, também é uma boa opção no auxílio das crianças. Segundo Piaget (1998, p. “O lúdico atua nas atividades intelectuais da criança, o que se torna indispensável para a prática de um contexto educativo”.

Brincando, a criança adquire aprendizado e explora o mundo que a rodeia, e o brincar voltado para a prática pedagógica com crianças com TDAH ultrapassa as fronteiras da aprendizagem, uma vez que também contribui significativamente para o tratamento de alguns sintomas que se manifestam no ambiente escolar, como a desatenção e a impulsividade, e, quando está atrelado à atividade física, auxilia no controle de energia, que essas crianças têm em demasia. A gama de opções para auxiliar nas atividades dos portadores de dificuldades de aprendizagem é muito grande, pode-se ter acesso a muitos recursos e opções de atividades no site do Instituto ABCD. Ao fazer adaptações para atender um público específico, aqui proposto aos portadores de TDAH, alcançaremos os objetivos de forma muito mais consistente.

A brincadeira é tão fundamental na vida da criança quanto o trabalho é na vida do adulto. Uma criança que é privada de brincar tem seu desenvolvimento psíquico comprometido. Vigotsky analisa, em suas teorias, a importância do brinquedo e da brincadeira na construção da subjetividade e da aprendizagem de uma criança; e sua interação com os colegas, em melhor desempenho, no seu processo evolutivo. É necessário, ao educador que deseja atuar de maneira significativa na vida de seus alunos com TDAH, proporcionar as crianças maneiras de encontrarem em si mesmos meios de superar suas dificuldades, e caminhar em direção ao seu bom desempenho na escola. Reconhecer o aluno como um sujeito em formação, sujeito de sua própria história e de seu conhecimento, que necessita de compreensão, de apoio e de mediação de seu professor para a compreensão do mundo à sua volta é o melhor princípio para superar qualquer adversidade encontrada.

     REFERÊNCIAS GOLDSTEIN, Sam.  Hiperatividade: Compreensão, Avaliação e Atuação: Uma Visão Geral sobre TDAH.  Artigo: Publicação, novembro/2006. INSTITUTO ABCD.  Acreditamos na neurodiversidade em sala de aula. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. ª edição. São Paulo: Cortez, 2005. PIAGET, J. A psicologia da criança. A formação social da mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1998.