Inclusão digital na terceira idade – Um estudo sobre a relação entre a classe social e a utilização da Internet

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Finanças

Documento 1

introdução. REFERENCIAL TEÓRICO. Breve Análise Do Comportamento Do Consumidor Idoso no Brasil. Reflexão acerca do Contexto Histórico da Terceira Idade e Envelhecimento da População Brasileira. Políticas Brasileiras de Inclusão Digital na Terceira Idade. Os resultados demonstram que as maiores dificuldades encontradas pelos respondentes estão relacionadas ao manuseio do computador e das informações. Quanto às vantagens, o resultado obtido foi de melhora na autoestima e maior confiança. Apenas alguns dos respondentes procuraram o curso de Inclusão Digital para aprender usar o computador para fins de trabalho. A maioria procurou pelo curso para aprender a usar o computador em casa, para se manter atualizados ou até mesmo para redes sociais. Conclui-se, portanto, que a inclusão no curso digital trouxe resultados favoráveis a essas pessoas, pois eles afirmaram ter conquistado independência para manusear o computador, obtiveram melhor comunicação à distância, melhoraram sua autoestima, e conseguem manter-se atualizados, proporcionando conhecimento e amizade e disseram também que são mais felizes.

O estudo do marketing (MKT) abrange várias dimensões, entre elas o comportamento do consumidor que é voltado para entender as necessidades dos clientes e considera “quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos” (SOLOMON, 2011, p. O consumidor idoso, via de regra, não utiliza a internet ou aplicativos com muita frequência. Após os 60 anos, muitas pessoas não acompanham todas as funcionalidades digitais. Há estudos que indicam que essa dificuldade aumenta com o passar do tempo devido à velocidade das inovações. Entretanto, uma pesquisa do IBGE mostra que a quantidade de idosos que usam a internet aumenta gradativamente a cada ano. Eles sentem prazer em mostrar à sociedade que são tão ativos e inteligentes quanto os jovens.

Atualmente estamos cercados por tecnologia e, apesar da popularização da internet é notório que as pessoas que possuem um poder aquisitivo favorável têm mais facilidade de acesso a esses avanços computacionais que as pessoas que não possuem tantos recursos financeiros. Esta reflexão nos leva ao seguinte questionamento: Há alguns anos o público da terceira idade era excluído quando se tratava de mudanças tecnológicas, pois tinham dificuldades de acompanhar tantas inovações e modificações. Porém, este cenário mudou, hoje podemos observar que os idosos dos tempos atuais estão mais atualizados e conectados que os idosos de outras épocas. Eles sentem prazer em mostrar à sociedade que são tão ativos e inteligentes quanto os jovens. No mundo atual, dinâmico e complexo, as empresas disputam a conquista do mercado consumidor, cada vez mais exigente, tentando compreender e se adaptar, obrigatoriamente, às suas necessidades e motivações, para garantir a sobrevivência do negócio.

De acordo com Kotler (1995), as compras do consumidor são altamente influenciadas pelas características culturais, sociais, pessoais e psicológicas de consumidores. Assim, pode-se transcrever que os fatores culturais exercem uma influência muito ampla e profunda no comportamento do consumidor, precisando-se compreender a cultura em primeiro momento, subcultura e classe social do consumidor em sequência. Já segundo Blackwell, Miniard e Engel (2001), a cultura refere-se a um conjunto de valores, ideias, artefatos e outros símbolos significativos que ajuda o indivíduo a se comunicar, a se interpretar e se avaliar como membro de uma sociedade. Ainda em relação aos fatores culturais, o autor Churchill (2000) esclarece que os grupos de referência podem influenciar o comportamento do consumidor de diversas maneiras, tendo maior impacto, especialmente, quando os consumidores não estão familiarizados com um produto e acham o grupo de referência particularmente confiável ou atraente, como no caso de alguns de seus amigos.

Com isso podemos entender que quando tomamos decisões de compra, normalmente temos um número de possibilidades entre as quais escolher. Ainda assim, não devemos considerar todas as alternativas que estão disponíveis para nós e com os idosos não é diferente. Segundo SOUZA et. al. os idosos estão cada vez mais conscientes de que a busca de novos interesses é extremamente saudável e que o isolamento e o sedentarismo são fatores de risco para a saúde, especialmente para quem tem maior tendência a problemas psicológicos como a depressão. Hoje, a faixa etária de 80 anos a mais é composta por 2. pessoas (IBGE, 2011), representando 14% da população idosa brasileira. De acordo com Beltrão, Camarano e Kanso (2004), espera-se que o contingente de idosos atinja a magnitude de aproximadamente 30,9 milhões de pessoas, no ano de 2020, vindo a constituir 14% da população brasileira, ocupando, então, o sexto lugar na classificação mundial (INOUYE et alii, 2008, p.

Essa alta taxa de crescimento fez com que, na virada do século, a população brasileira de idosos/as apresentasse um crescimento oito vezes maior quando comparada às taxas de crescimento da população jovem (CAMARANO et alii, 1999). Caso seja mantida a atual dinâmica, a partir de 2030, o total de idosos/as ultrapassará o número de jovens entre 15 e 29 anos (IPEA apud BRASIL, 2010, p. O presente subcapítulo abordará inicialmente uma breve análise da questão do envelhecimento, bem como abordará discussões acerca da exclusão digital contra os idosos, na sequência comentará sobre a inclusão digital na melhor idade. O Estatuto do Idoso assegura no seu artigo 21, parágrafo 1º - “Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdos relativos às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna” (BRASIL, 2010, p.

Desta foram pretende-se destacar a importância da inclusão digital na vida do idoso, sendo uma alternativa em nível de programas e projetos que o profissional de serviço social possa intervir e contribuir para a qualidade de vida e de autonomia deste segmento social. Muitas vezes é difícil aos considerados “letrados digitalmente” acompanhar esta evolução, quisera avaliar a situação da maioria dos idosos, em diferentes situações de fragilidade econômica. Muitos idosos são excluídos da sociedade e chamados de “analfabetos digitais”, por não terem a oportunidade de acompanhar esta evolução tecnológica constante. serviços socioassistenciais direcionados ao atendimento da população idosa. Esses serviços são ofertados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centros de Convivência do Idoso (CCI), Centros Dia do Idoso (CDI), Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e Entidades Sociais.

Estimativa de atendidos pela rede: 559. idosos - Cofinanciamento estadual alocado nos serviços: R$ 23. PORTAL SP AMIGO DO IDOSO, 2017). Do ponto de vista prático, a pesquisa é relevante para o incremento dos serviços de inclusão digital no Brasil. Nesse contexto, conhecer o consumo de internet dos idosos pode resultar em informações relevantes para o setor. Em outras palavras, os resultados da pesquisa poderão auxiliar as empresas do ramo cibernético a adaptar os seus serviços de acordo com as necessidades e exigências do crescente consumidor idoso no país. Este trabalho é importante, pois pode alertar a sociedade e as organizações de vários segmentos sobre a relevância da inclusão digital na terceira idade. Inúmeras pesquisas indicam que a população do Brasil está envelhecendo e com base nesta informação, é possível que as pessoas da terceira idade tenham maior visibilidade no mercado, pois são consumidores em potencial.

A partir disso, foi desenvolvido um estudo de campo descritivo quantitativo com pessoas da terceira idade que residiam em diversas regiões da capital paulista e pertenciam a diferentes classes sociais, cargos e níveis de escolaridade. De acordo com Vieira (2002, p. “a pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la. Seu principal intuito é descobrir e observar os fenômenos, buscando descreve-los”. A pesquisa descritiva mostra características de um determinado grupo social ou situação, mas não tem o compromisso de explicar tais situações. Na faixa de 56 a 65 anos, encontram-se 8 pessoas, sendo 0 homens e 07 mulheres. Na faixa de 66 a 79 anos, encontra-se 07 mulheres e 03 homens. Sobre estado civil, percebe-se que 10 são mulheres casadas e 06 mulheres solteiras e os homens, 05 são casados e 01 é solteiro.

No que diz respeito à escolaridade, 13 tem ensino fundamental incompleto, 04 possuem ensino fundamental completo, 05 ensino médio incompleto, 11 possuem ensino médio completo. Apenas 1 respondente possui superior completo, que é o que possui a maior idade – 79 anos, um dentista. Esta questão mostra que apenas 4 pessoas procuraram o curso porque precisam e querem aprender a usar o computador para fins de trabalho. Percebe-se que a maioria dos respondentes, ou seja, 21 pessoas procuraram o curso de inclusão digital, pois queriam aprender para uso doméstico, ou seja, eles queriam aprender para usar em suas casas. Verificou-se que 7 pessoas dizem que foi aprender usar os comandos do computador, 8 dizem entender o que o computador faz, 7 inserir no mundo das pessoas que usam computador, 8 respondem todas as opções e 4 deles não respondem. Percebe-se que os desafios encontrados pelos pesquisados quanto ao curso de inclusão digital são diversos, mas todos são voltados para a questão do manuseio do computador.

Possivelmente, esta dificuldade torna-se uma barreira para muitas outras pessoas de terceira idade a procurar um curso de informática. Quando questionados sobre a aprendizagem adquirida no curso, 21 dos respondentes conseguiram aprender o que precisavam com o curso, 13 dos respondentes não conseguiram aprender. Foram realizadas algumas perguntas abertas, na qual somente algumas pessoas responderam. Esse resultado vai ao encontro com a afirmação de Kackar (2003), pois a autora pontua que o computador pode mudar positivamente a vida das pessoas de terceira idade, estimulando a atividade mental e interação social. Conclui-se, portanto que, o curso de Inclusão Digital teve resultados positivos segundo os respondentes, pois após ingressarem no curso, eles afirmaram ter conquistado independência para manusear o computador, obtiveram melhor comunicação à distância, melhoraram sua autoestima, e conseguem manterem-se atualizados, proporcionando conhecimento e amizade e disseram também que são mais felizes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. JAMES F. Miniard. Comportamento do Consumidor. eds. Rio de Janeiro: Thomson, 2001. Brasília: 2010. BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social. PBAS/2004. NOB/SUAS. A. KANSO, S. MELLO, J. L. Como vive o idoso brasileiro?", in CAMARANO, A. Saraiva, 2000. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. P. ARAÚJO, R. M. de. Pesquisa Quali-Quantitativa em Administração: uma visão holística do objeto de estudo. Dados sobre População do Brasil, PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), 2001. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Sinopse do Senso Demográfico de 2010. Rio de Janeiro, 2011. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEA. p. KALACHE, A. VERAS, R. RAMOS, L. R. PAVARINI, S.

C. I. Octogenários e cuidadores: perfil sócio demográfico e correlação da variável qualidade de vida", in Texto contexto – Enfermagem, Vol. n. SEMENIK, Richard J; BAMOSSY, Gary J. Princípios de Marketing: Uma Pesquisa Global. São Paulo: Makron Books, 1996. SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. In: SILVEIRA, Sérgio Amadeu; CASSINO, João (org. Software livre e inclusão digital. São Paulo, Editora Conrad Brasil, 2003. SOUZA, H. M. N. jan/abr 2002. Disponível em: https://www. revistafae. fae.

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