INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Em meio à contemporaneidade e rompimentos de paradigmas educacionais. Para assegurar e processo de esclarecimentos é necessário compreender para aprender e intervir, elevando o educando como autor ativo e reflexivo do aprendizado, bem como suprir necessidades e possibilidades demandadas por eles, identificando que a educação é uma necessidade inerente do ser humano devemos criar estratégias e recursos, considerando a flexibilização do saber, sem adotar modelos ideais, canalizados como utópicos e medíocres, idealizados sob uma concepção tradicional e arcaica. Deve-se construir caminhos e dimensões para o conhecimento, subsidiados pelas características e demandas do ser em constante transformação. Assim, possibilitar a inclusão dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais é concretizar a aprendizagem significativa e integral do educando, porém, nem sempre é fácil adaptar e incluir as diferenças.

A inclusão de alunos com necessidades especiais no Ensino Regular tem se constituído num desafio para as instituições de ensino, pois estas encontram dificuldades para efetivar uma educação pautada em critérios inclusivos e democráticos. A capacidade de superação só se realiza a partir da interação com fatores ambientais, pois o desenvolvimento se dá no entrelaçamento de fatores externos e internos, para isso são necessários meios, estratégias e adaptações que só política inclusiva subsidiada na socialização dos indivíduos, de forma ativa e participativa, não apenas inserindo, mas sim incluindo, integrando e orientando os indivíduos. Dessa demanda surgiu a necessidade da inclusão e inserção de todo e qualquer tipo de alunado em no ensino regular, bem como lançar mão de estratégias e adaptações curriculares para suprir a essas necessidades especiais.

Quando falamos sobre o processo de inclusão escolar e a necessidade de serviços de apoio, partimos da ideia de que a inclusão é mais do que uma mudança de sistema de ensino para o aluno com necessidades educacionais especiais. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente trabalho utilizou-se do método de revisão integrativa da literatura, através de pesquisas bibliográficas, avaliação e análise dos artigos selecionados na pesquisa, interpretação e discussão dos resultados obtidos e apresentação da revisão, bem como utilizar-se das experiências vividas dentro do ambiente escolar levando em conta opiniões, relatos e fatos ocorridos dentro de uma unidade escolar. De acordo com Caldas (1986, p. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e, portanto, possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto durante a sua escolarização.

Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devam ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem-sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severa. Está associada, portanto, a dificuldade de aprendizagem, não necessariamente vinculada a deficiência(s). Segundo Correia (1999, p. “o conceito de necessidades educativas especiais (NEE), (…) surge de uma evolução nos conceitos que até então se usavam, quer eles fossem de cariz social, quer educacional.

O termo NEE vem, assim, responder ao princípio da progressiva democratização das sociedades, refletindo o postulado na filosofia da integração e proporcionando uma igualdade de direitos, nomeadamente o que diz respeito à não descriminação por razões de raça, religião, opinião, características intelectuais e físicas, a toda a criança e adolescente em idade escolar. ”       A Pessoa com Necessidades Educacionais Especiais (PNEE) de acordo com a Declaração de Salamanca (1994, p. Paralelamente, Evans (1999), define as PNEE como sendo ". aquelas cujas escolas não podem educar efetivamente sem apoio adicional" (p. Assim, estas definições centram-se nas necessidades educativas especiais do processo educativo, tirando o foco da "deficiência" e apostando num processo inclusivo, que para ser bem-sucedido precisa de recursos adicionais, sejam técnicos, humanos ou arquitetônicos.

O termo Necessidades Educativas Especiais (NEE) está associado a pessoas com problemas sensoriais, físicos, intelectuais e emocionais e com dificuldades de aprendizagem derivadas de fatores orgânicos e/ou ambientais. Existem dois tipos de NEE: 1. Quanto aos problemas de visão podemos considerar os cegos (não lhes é possível ler, e por isso utilizam o sistema Braille) e os amblíopes (são capazes de ler dependendo do tamanho das letras). Relativamente aos problemas de audição, temos os surdos (cuja perda auditiva é maior ou igual a 90 decibéis) e os hipoacústicos (cuja perda auditiva se situa entre os 26 e os 89 decibéis). INCLUSÃO DE ALUNOS COM NEE’S NO ENSINO REGULAR A concepção de inclusão no decorrer da trajetória humana pode ser apresentada em quatro fases distintas.

A primeira, conforme Facion (2005) aponta, é a fase da exclusão na qual as pessoas com deficiência eram abandonadas e até sacrificadas, sendo consideradas indignas da educação escolar. A segunda é a fase de segregação, que começou no século XX com o atendimento às pessoas com necessidades educativas especiais (NEE) em grandes instituições separadas das regulares, oferecendo programas próprios, técnicos e especialistas. A inclusão representa um movimento social em defesa de todas as pessoas excluídas e marginalizadas. Sua efetivação depende da adesão de todos os cidadãos e de iniciativas do poder público. Dentro dos pressupostos de uma sociedade inclusiva está prevista a garantia do direito coletivo de exercício da cidadania indiferentemente de gênero, origem socioeconômica, escolaridade, opção sexual, religião, cor, idade, raça e deficiência.

Nela também está prevista a eliminação de qualquer forma de discriminação e segregação. Assim como estão previstos os princípios da aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana. Incluir não significa apenas receber o aluno com deficiência nas escolas comuns. Educar de forma inclusiva é encontrar um caminho pedagógico para alcançar o aprendizado de cada aluno individualmente, já que as deficiências interferem diretamente no processo de ensino-aprendizagem. Vale sempre enfatizar que a inclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não considera apenas a sua permanência junto aos demais alunos, nem na negação dos serviços especializados àqueles que deles necessitam.

Ao contrário, implica uma reorganização do sistema educacional, o que acarreta a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais na busca de se possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desses alunos, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades. GLAT; NOGUEIRA, 2002, p. ” (MANTOAN apud SASSAKI, 2003, p. Defender a análise do processo de inclusão na perspectiva do aluno deficiente é alertar para a necessidade de criação de interações pedagógicas, como condição central para repensarmos o processo de desenvolvimento humano, com a consideração dos sujeitos como ativos e construtores, com a devida exploração dos significados e da compreensão interpretativa acerca da alteridade. Ferreira (2005, p. afirma que inclusão educacional é um termo utilizado em referência a todas as pessoas que foram de alguma forma, excluídas no e do contexto escolar, pois não encontraram oportunidades para participar de todas as atividades escolares, ou se evadiram, foram expulsos ou suspensos, ou não tiveram acesso à escolarização, permanecendo fora da escola.

A Inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos envolvidos no processo de inclusão dando um passo para caminhar em sociedade livre de preconceitos e limitações. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; [. Art. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: [. III- Atendimento educacional especializado às pessoas com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. BRASIL, 1988) No Brasil, em termos legislativos o documento fundamental que passa a exigir o respeito ao diferente, isto é, à diversidade é a Constituição Federal de 1988. Temos então, segundo Plano Nacional de Educação – PNE sobre a educação: 4.

Promover, no prazo de vigência deste PNE, a universalização do atendimento escolar a demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observando o que dispõe a Lei no 9. de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; 4. Implantar, ao longo deste PNE, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de comunidades quilombolas; 4. Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas, ou especializadas, públicos ou conveniadas, nas formas complementar e suplementar, a todos (alunos) os com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno; 4.

A LDB visa, ainda, que o sistema de ensino assegure aos educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização para atender o alunado, proporcionando a estas condições adequadas para a vida e para sua integração na sociedade. No artigo 60 da LDB/1996 está proposto ainda que: Art. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico pelo Poder Público. Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades na própria rede pública regular de ensino, independente do apoio às instituições previsto neste artigo.

Nessa proposta o professor media e incentiva a construção do conhecimento através da interação com ele e com os colegas (LACERDA, 2007, p. No entanto, para Prieto (2006), a expansão do acesso de alunos com necessidades educacionais especiais às classes comuns, constatável principalmente desde a última década do século XX, demanda investimentos de diversas naturezas para também assegurar a permanência desses educandos. Quanto ao professor Xavier (2002) considera o seguinte: A construção da competência do professor para responder com qualidade às necessidades educacionais especiais de seus alunos em uma escola inclusiva, pela mediação da ética, responde a necessidade social e histórica de superação das práticas pedagógicas que discriminam, segregam e os desafios da educação inclusiva e a escola hoje excluem, e ao mesmo tempo, configura, na ação educativa, o vetor de transformação social para a equidade, a solidariedade, a cidadania (XAVIER, 2002, p.

O processo de ensino-aprendizagem de educando com ou sem deficiência ocorre num processo de respeito, diálogo e trocas de vivências, pois se o educador conseguir propiciar a seu educando um ambiente saudável, estimulante e facilitador da aprendizagem, não haverá no ambiente escolar deficiências nem diferenças, mas haverá uma prática pedagógica diferenciada. Por isto é importante a formação do professor, na capacitação continuada para que se tenha um suporte necessário para modificar práticas retrógadas e reconstruir o ato de ensinar e aprender. É necessário proporcionar ajuda pontual para atender as necessidades específicas dos estudantes. A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade.

O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. É preciso fazer algo para que a inclusão realmente aconteça. É necessário identificar o problema, fornecer soluções, e o mais importante é o comprometimento dos educadores em fazer a diferença e realmente fazer a inclusão, usando de recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo escolar de qualidade. Afinal, na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção desse aluno especial. E para isso acontecer é preciso despertar a consciência e a dedicação de todos os envolvidos nessa questão, sem preconceitos, sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais para que a escola se torne aberta ás diferenças e competente para trabalhar com os educandos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www. Acesso em: 29 abr 2017 _________. Lei nº. de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://portal. php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 30 abr 2017. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Especial. Disponível em: http://portal. ed. São Paulo: Papirus, 1992. DEMO, Pedro. Política Social do Conhecimento: sobre futuros de combate à pobreza. ed. R. Inclusão Escolar e as suas Implicações. Curitiba: IBPEX, 2005. FERREIRA, W. B. V. Educação Especial no Contexto de uma Educação Inclusiva. In: GLAT, R. org.  Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. O que dizem/sentem alunos participantes de uma experiência de inclusão escolar com aluno surdo.

Revista Brasileira de Educação Especial. Marilia, v. n. p. LEITE, T. Necessidades Educativas Especiais 4. ed. Lisboa: Universidade Aberta, 2003. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. ed. São Paulo. Summus 2006. MARCHESI, A. e MARTIN, L. A inclusão de alunos com necesidades educacionais especiais no município de Londrina – PR. Londrina 2009. UEL, Relatório de pesquisa Murta, S. G. Tróccoli, B. PARANÁ. Resolução n. de 18 de agosto de 2011. Disponível em: http://www. educacao. Sobre o behaviorismo. M. P. Villalobos, Trad. ed. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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