Impactos ambientais na usina de itaipu

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Geografia

Documento 1

A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações, monografias e teses. Os principais levantamentos demonstraram a Usina Hidrelétrica de Itaipu, mesmo sendo considerada um dos principais empreendimentos destinados a produção de energia, devido a sua extensão e representatividade energética, foi responsável por propor inúmeros alagamentos, que possibilitaram perdas econômicas, a mudança de habitats, perda de biodiversidade (afugentamento) e a sobrecarga do solo. Concluindo que, para diminuir todo o impacto ambiental provocado pela construção das hidrelétricas e especialmente, a de Itaipu, torna-se fundamental a implantação de programas ambientais, que visem mitigar e/ou reduzir impactos, bem como oferecer serviços de educação ambiental, com a finalidade de capacitar seus funcionários e ainda, contribuir para a formulação de uma sociedade sustentável.

Palavras-chave: Usina Itaipu; Hidrelétrica; Impactos ambientais. ABSTRACT Hydroelectric Power Plants constitute a project aimed at generating energy, being fundamental to the Brazilian energy matrix and, consequently, for the economic and social development of the country. GWh, e acredita-se que até 2024, alcance um aumento de 220. GWh (MAGALHÃES JÚNIOR et al. De acordo com Silva (2006), o Brasil possui um rico potencial hidráulico, de modo que, cerca de 75% da energia produzida no país é proveniente de empreendimentos hidrelétricos. Entretanto, apesar de ser considerada uma alternativa energética “limpa”, é capaz de proporcionar inúmeros impactos ambientais, econômicos e sociais, uma vez que, os reservatórios tendem a exigir grandes superfícies e estarem localizadas em áreas densamente povoadas, que contam com uma extensa diversidade de espécies. Sendo assim, a construção de represas para a geração de energia elétrica constitui uma medida que pode ocasionar o deslocamento forçado de milhões de pessoas e danos irreparáveis ao meio ambiente, resultantes do desequilíbrio dos ecossistemas aquáticos, que tendem a afetar a fauna, especialmente, os peixes (SILVA, 2006).

Sendo assim, o presente trabalho tem como o objetivo principal apontar os principais impactos ambientais, decorrentes da instalação e funcionamento da Usina de Itaipu, bem como apresentar a importância da implantação de programas ambientais, principalmente, na região do Lago artificial. Uma vez que, conforme ressalta Magalhães Júnior et al. ecossistemas foram dizimados com a implementação de mais de 45 mil hidroelétricas. A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações e monografias, disponíveis no Google Acadêmico e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Os materiais utilizados compreendem, portanto, obras acadêmicas e técnicas, publicadas nos últimos 20 anos, uma vez que, o presente trabalho visa apenas conteúdos teóricos. Entretanto, os impactos considerados, do ponto de vista inicial, mais severos compreendem aqueles resultantes da etapa de construção, uma vez que, o método construtivo, geralmente, aplicado, conta com a remoção de grande parte da vegetação nativa e natural da região, como ilustra a Figura 1, o que tende a sobrecarregar o sistema ambiental da região, e promover o afugentamento de espécies, podendo assim, modificar a cadeia alimentar (ROOS, 2012).

Além disso, passa a inserir no ambiente materiais construtivos, capazes de afetar as propriedades do solo e favorecer o aumento de temperaturas (SILVA, 2006). Figura 1 – Desmatamento na etapa de construção de hidrelétricas Fonte: Ribeiro, Cassuli e Frassão (2012) Um outro grande exemplo de impacto, comum durante a construção das hidrelétricas, é a disposição inadequada de Resíduos da Construção Civil, que possuem propriedades tóxicas, as quais são capazes de gerar inúmeros danos a fauna, flora e as próprias características do terreno. A disposição inadequada de RCD é capaz de proporcionar graves impactos sobre o meio ambiente e sobre a qualidade de vida, em razão, do nível de periculosidade destes resíduos (INOJOSA, 2010). Uma vez que, muitos materiais utilizados na construção civil apresentam elementos químicos em sua composição, principalmente, os de classe D, tais como: os Compostos Orgânicos Voláteis – VOC’s (utilizados em tintas, vernizes, selantes, entre outros) e o Amianto (utilizado na indústria de cimento-amianto ou fibrocimento, em componentes como telhas e caixas d’ água) (MENDES, 2014).

Com as consequências geradas pelas usinas e seus altos índices de impactos causas ao meio ambiente mudanças do espaço geográfico. O discurso do governo é que as usinas são para geracao de eletricidade e desenvolvimento do país e investe cada vez mais onde vários setores políticos, econômicos que consolidam tais termos. A importância de ter o controle dessas obras com políticas não so que beneficiam os interesses dos mesmo e sim para a preservação do meio ambiente, antes claro de qualquer construção de tais empreendimento. A construção da usina tem impactos em relação ao meio ambiente por serem estudados tem que ser uma preocupação constante para um desenvolvimento sustentável. São irreversíveis impactos ambientais causados pelas usinas causando uma grande degradação ambiental e com isso afetando todo o seu ecossistema onde o empreendimento foi instalado.

kW) (SILVA, 2006). Desta forma, localiza-se entre o Brasil e o Paraguai, 14 Km a Norte da Ponte da Amizade, compreendendo os municípios Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, sob o Rio Paraná, na Bacia do Prata (SORIANO; NORMA, 2010). Figura 3 - Usina Hidrelétrica de Itaipu Fonte: Soriano e Norma (2010, p. A UHE de Itaipu liga, portanto, as cidades de Foz de Iguaçu, no Brasil, e a Ciudad del Este, no Paraguai (STORTO; COCATO, 2017). Possui uma cota altimétrica de 163 metros em relação ao nível médio dos mares (SORIANO; VALENCIO, 2010). Segundo Soriano e Norma (2010), a descarga do vertedouro de Itaipu é de, aproximadamente, 62,2 mil m³/s, o que corresponde a quase 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A barragem, segundo o mesmo autor, registra um desnível em torno de 120 metros de queda, para o funcionamento das turbinas, o que tende a afetar diretamente as espécies aquáticas, em razão, primeiramente, da velocidade de deságue, como pela sua extensão.

A construção de tal hidroelétrica, além de propor, também, impactos relacionados ao desmatamento e retirada da camada vegetal original da região, provocou o alagamento de uma expressiva área de terras, para a constituição do reservatório, de modo que, foram afetados, na época, cerca de oito municípios (Guaíra, Terra Rocha, Marechal Cândido Rondon, Santa Helena, Matelândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu e Foz do Iguaçu). Com base no mesmo autor, é possível perceber a quantidade de áreas comprometidas, por município, conforme ilustra a Tabela 1 (RIBEIRO; CASSULI; FRASSÃO, 2012). Tabela 1 – Área dos municípios afetados pela Usina Hidroelétrica Itaipu Fonte: Ribeiro, Cassuli e Frassão (2012, p. Manyari (2007) ressalta um outro ponto interessante, além dos impactos dos meios físicos, bióticos, sociais, econômicos e culturais, toda esta transformação no ambiente força a substituição do ecossistema e do sistema local, por um que é artificialmente construído, com base em projetos e materiais construtivos, perdendo toda e qualquer característica original.

Ações tomadas pela Usina A Usina Itaipu vem, ao longo dos últimos anos, tentando amenizar as consequências e perdas, provenientes de seus impactos, por meio da implantação de programas de desenvolvimento e de políticas sociais, que visem, do ponto de vista inicial, reduzir, neutralizar e até mesmo evitar a ocorrência de determinados impactos. Porém, tais programas não constituem medidas eficientes, uma vez que, apenas minimizam os danos e que alguns casos, são irreparáveis, como é o caso do Município de Sete Quedas, que foi alagado, após a construção da usina (RIBEIRO, 2003). De acordo com Nascimento (2006, p. a Itaipu é sem dúvida um dos grandes exemplos de que o homem é capaz de modificar a natureza com obras em seu favor (buscando desenvolvimento).

Para compensar toda a perda da perda da biodiversidade e minimizar os problemas causados na flora e fauna, a usina trabalha através de desenvolvimento de programas e através de ajuda políticas para amenizar todas as perdas causadas pela usina. Porém é irreversível todo o impacto que a represa causou tanto social, quanto ao meio ambiente pela formação do lago de Itaipu (RIBEIRO, 2007). CONCLUSÃO Por meio dos dados levantados, bem como apresentados no presente trabalho é possível notar que as hidrelétricas constituem fontes fundamentais para o Brasil e, consequentemente, para o setor energético, que atua na produção e fornecimento de energia. Uma vez que, configura uma fonte renovável de energia, que possibilita o aproveitamento da força dos rios, para atender ou ainda, auxiliar na constante demanda por energia, que passou a representar um recurso essencial para o desenvolvimento econômico e social do país.

Entretanto, apesar de ser considerada uma alternativa limpa, a Usina de Itaipu é capaz de propor inúmeros impactos ambientais, desde a sua construção ao seu funcionamento, uma vez que, do ponto de vista inicial, requerem o desmatamento de grandes áreas, que se encontram, geralmente, próximas as nascentes e ou demais corpos d’ água. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados, 2011. CASTRO, C. J. Florianópolis, 2016. FRANÇA, F. M. Os impactos socioespaciais com a construção de hidrelétricas – um estudo de caso da usina hidrelétrica de Salto Caxias – PR. Anais XVI Encontro Nacional dos Geógrafos: “Crise, práxis e autonomia: espaços de resistências e de esperanças”. A. O. LEITE, J. C. CARMO, T. Tese (Doutorado em Ciências em Planejamento Energético).

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2007. MENDES, C. S. A contribuição da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu no Desenvolvimento Regional da Cidade de Foz do Iguaçu, à Luz da teoria da de base da exportação. Revista Orbis Latina, v. n. p. NASCIMENTO, W. C. A gigante de concreto: os prós e contras da construção da hidrelétrica de Itaipu na região Costa Oeste do Estado do Paraná. Monografia) UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – campus de Marechal Cândido Rondon – PR, 2006. PONTES, G. C. J. F. Território e conflito: Breve histórico sobre a implantação da usina hidroelétrica Itaipu Binacional e seus reflexos na produção do espaço. In: XIII Jornada do Trabalho, v. n.

Usina Hidrelétrica de Itaipu: Uma perspectiva a respeito dos seus impactos socioambientais. Greographia Opportuno Tempore, v. n. p. SILVA, J. f. Artigo (Especialização em Ciências da Engenharia Ambiental). Universidade de Coimbra. Coimbra, 2010. RIBEIRO, F. p.

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