Homo eroticus: Comunhões emocionais

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Michel Maffesoli em sua obra, trabalha de forma metafórica o corpo social, inclusive utilizando a analogia dos humores corporais físicos com a dos grupos sociais formados ao longo do tempo porque na sua visão, o corpo social é formado por emoções que direcionam os caminhos tomados pelo ser humano. Entendendo que este ser humano descrito pelo autor se porta não como sapiens, mas sim como homo apenas, com viés para o erotismo em razão de a se agregarem para obedecer ao impulso afetivo de estarem juntos. Há um destaque em relação a união entre os seres de quando o homo Eroticus se torna festivus sapien e explicando que o homo pós-moderno tem a tendência de participar de uma Comunhão emocional.

Artifício aproveitado pela religião católica que inseriu em seus dogmas, a união psíquica em relação a comunhão dos santos. Segundo o pensamento do autor, o homo erótico busca compartilhar seus afetos em qualquer oportunidade em que esteja em contato com outros, seja no mundo real ou virtual, assim que descobre pontos comuns de interesse entre si e outrem. ” Michel Maffesoli acredita que o vínculo social, de foram holística, é representado por um corpo vivo semelhante ao corpo físico e que corpo social tem como base “esse misterioso laço social” que pode ser detectado por sua organização permeada por oposições que poderiam ser ditas como, por exemplo, oficial / não oficial. Esta sociedade que o autor se dirige e a qualifica como pós-moderna, em que surge o emocional, o índice de uma mudança de período em nosso tempo e que é atribuída ao poder da palavra na palavra falada.

Assim, “somente o político que tem a intuição desse poder emocional será ouvido. ” Neste movimento da sociedade, Michel Maffesoli considera o humano como passivo no espaço em que vive, e justifica: o lugar é um link, implícito para estar junto, que necessitam estar unidos pelo elo social que estrutura esse lugare também possuem um forte impulso para falar com seus pares que é especificamente humano que deixa o homo de animalidade. A exigência da fala caracteriza o Homo sapiens, mas também o seu Homo eroticus, porque, segundo o autor, empurra o Homo para construir uma ordem social, espelho de sua organização linguística cujas facetas constroem os dois modos antagônicos e simétricos: a Unipara, o mundo do Uno, do monoteísmo, da razão e do múltiplo para “explicar as pequenas verdades aproximadas”.

E, concluindo, o estar juntos na fragmentação e efêmero é uma parte importante de nossas sociedades pós-modernas que agora abominam o ser-juntos sob a autoridade de uma ideologia, um dogma ou um partido, tornando os seres humanos, ao mesmo tempo, independentes para sua escolhas de grupos, tribos etc, mas também sujeitos às regras destes para que possam ser aceitos. Esta fragmentação é o preço que se paga para a garantia das comunhões relacionais que permitem e perpetuam a sustentabilidade dos grupos formados na sua dimensão social.

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