As contribuições do caso Anna O. de Breuer para a consolidação da teoria psicanalítica

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

mencionado na obra “Estudos sobre a Histeria” em parceria com Breuer (1895), no qual essa obra é pautada em relatos de casos clínicos de Freud, com exceção do caso de Anna O. que é de autoria de Breuer, porém as reflexões teóricas e metodológicas acerca desse caso que levaram à psicanálise foram de Freud. Sendo assim, para que possamos apresentar a importância de compreender o caso de Anna O. e as contribuições que esse emergiu para a elaboração da teoria psicanalítica é necessário que o esbocemos de forma sucinta, com a finalidade de evidenciar apontamentos essenciais que marcaram a psicanálise. Anna O. passa a denominar seu tratamento de “Limpeza de Chaminé” e “Cura pela fala”. Assim, segundo Gay (2012) o desfecho final desse caso foi mencionado em uma carta escrita por Freud, em que relata um fato que fez Breuer encerrar o tratamento de Anna O.

visto que após um período da diminuição significativa dos sintomas, Breuer é solicitado para ajudar em uma nova crise e depara com Anna O. contorcendo-se de dor, similar a um trabalho de parto (parto histérico), e declarando a chegada do “filho do doutro B. ”, no qual esse episódio fez com que Breuer direciona-se a sua paciente aos encargos de outro profissional. Nessa perspectiva, Fochesatto (2011) pontua que o valor atribuído por Freud sobre a habilidade da escuta analítica, permite que consideramos Anna O. como uma colaboradora para o desenvolvimento da teoria psicanalítica, um tanto quanto o terapeuta Breuer que a assistiu e assim como o teórico Freud, uma vez que Breuer declarou que o processo de tratamento da paciente continha “a célula germinativa do conjunto da Psicanálise”, no qual foi por meio dos relatos de Breuer sobre o caso Anna O.

para Freud que o ato de escuta transformou-se em um método, um caminho privilegiado para o conhecimento do sintoma, pelo qual os pacientes permitiam o acesso. Desse modo, Freud (1901-1905), após demasiados estudos sobre o método da hipnose, passa a adotar a associação livre como um método fundamental para a teoria psicanalítica, uma vez que a fala em um processo de transferência permite uma capacidade valiosa na resolução dos sintomas, mesmo que a resistência em algum momento esteja presente, ao passo que o tratamento provoca uma movimentação no processo analítico permitindo que o analista desconstrua gradativamente o arranjo elaborado pelo paciente, arranjo esse que coloca para fora da consciência eventos traumático, visto que quando a resistência reduz é possível acessar os eventos traumáticos, o sintoma se extingue e o paciente segue o seu percurso com uma atenuação significativa do sofrimento.

No aspecto referente a noção de pulsão sexual em casos de histeria, Freud (1901-1905), após o caso Anna O. Nessa perspectiva, Lima; Mioto (2007) mencionam três passos primordiais para que a pesquisa bibliográfica possa ser realizada, em que o primeiro passo se concentra no aspecto sobre a definição da narrativa teórica que permitirá o acesso do pesquisador de forma a relacionar suas concepções subjetivas a partir dos variados modos de compreensão das relações entre o homem e o contexto, promovendo observações e pontuações relevantes sobre a dinâmica adotada em sua linha de pesquisa. O segundo passo está relacionado a uma elaboração do desenho metodológico e a escolha dos procedimentos, no qual esse desenho é ordenado por um esquema estrutural que traçará o percurso da pesquisa, por isso a importância de delinear a pesquisa com a finalidade de contribuir na coleta de dados, ao passo que as informações nesse tipo de pesquisa são adquiridas provisoriamente, ou seja, permite que o pesquisador retorne ao objeto de estudo para obtenção de informações que venha agregar a pesquisa ou esclarecer algo que não ficou bem compreendido.

De acordo com Salvador (1986), o procedimento adotado é expresso em etapas a serem seguidas de forma categórica para a execução da pesquisa, são elas: a) constituição do projeto de pesquisa: envolve a escolha da temática a ser pesquisada, elaboração de objetivos, hipótese, problema e construção de um traçado para que o estudo possa ser realizado; b) análise de soluções: colhimento de documentos divididos em duas etapas: verificação de bibliografia e verificação da veracidade contida na bibliografia, ou seja, investigar e analisar os dados colhidos; c) análise explicativa das soluções: propicia ao pesquisador esclarecer ou fundamentar os dados colhidos e d) síntese integradora: mediante a realização de uma análise sistemática de todo o material elaborado e colhido ao decorrer da pesquisa, nessa etapa o pesquisador agrupa todas essas informações para uma argumentação e exposição de soluções com vista a alguns critérios, tais como: parâmetro temático (estudos relacionados com a pesquisa), parâmetro linguístico (idioma das obras), parâmetro das principais fontes consultadas (livros, periódicos, teses, dissertações, entre outros), parâmetro cronológico de publicação (definição do período a ser pesquisado) e técnica adotada na investigação das soluções, ao passo que em uma pesquisa bibliográfica a leitura é a técnica primordial.

O terceiro passo, de acordo com Lima; Mioto (2007) é a apresentação da direção da pesquisa, no qual o pesquisador expõe minuciosamente o percurso adotado no estudo na coleta e análise dos dados. Em conexão com as considerações do terceiro passo de uma pesquisa bibliográfica, Salvador (1986) três fases essenciais para que o pesquisador consiga delinear o percurso da pesquisa, são elas: averiguação das soluções; avaliação explicativa e uma síntese integradora. FREUD, S. Estudos sobre a histeria. In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. v. v. Rio de Janeiro: Imago, 2006. FOCHESATTO, Waleska P. F. A cura pela fala. Rio de Janeiro: Editora E-papers, 2008. LIMA, Telma C. S. MIOTO, Regina C. T. São Paulo: Hucitec, 1994.

MINTZBERG, Lena L. Caso “Anna O. Disponível em:<http://www. lenalerner.  Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. SALVADOR, Ângelo D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. Porto Alegre: Sulina, 1986.

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