História da Igreja
Tipo de documento:Monografia
Área de estudo:Teologia
Orientadora: Prof. ª: CIDADE- ESTADO 2020 NOME DO ALUNO HISTÓRIA DA IGREJA Trabalho de Conclusão de Curso, submetida à coordenação do curso de. pela Faculdade. CIDADE- ESTADO como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de graduado em. NOME DO ALUNO BANCA EXAMINADORA Data da aprovação: _____/____/____ Nota: __________ ____________________________________________________ Prof. Key words: Christian Church; Jesus Christ; Gospel; Faith. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO I: O HISTÓRICO DA IGREJA 11 1. A concepção de Igreja 11 1. A historiografia da Igreja Cristã 13 1. A Igreja no contexto político 19 CAPÍTULO II: A IGREJA CRISTÃ 22 2. A História da Igreja sustenta-se na presença de Deus que está cotidianamente nos acontecimentos da vivência em sociedade onde não se pode querer ver o salvador apenas em milagres, pois o salvador nos guia nos diversos momentos da vida, sendo que muitos são as pessoas que não conseguem encontrar com Cristo.
Na compreensão da História da Igreja é necessário saber que a mesma fundamenta-se com a salvação em Jesus Cristo, e tem-se a realidade onde nossas ações de amor ao próximo não podem ser praticadas como uma atividade de uma empresa, pois somos dotados de virtudes divinas e vocações e precisa-se buscar viver essa realidade com justiça, amor e caridade. No decorrer deste trabalho de análise bibliográfica busca-se como objetivo compreender a concepção, o processo histórico e as bases de sustentação da Igreja Cristã, tendo como problemática saber quais fatores proporcionaram o secularismo no contexto da Igreja Católica ao longo do tempo. CAPÍTULO I: O HISTÓRICO DA IGREJA 1. A concepção de Igreja Na sociedade contemporânea estabelecer um conceito para Igreja leva a refletir que este é formado conforme a concepção adotada, pois é possível atribuir o sentido como assembleia de cristãos, conjunto, congregações e reuniões, além de uma realidade mais universal que a definir como a junção de todos os cristãos ou nos moldes das cartas do Novo Testamento que restringe a uma conjuntura delimitada na localidade (KITTEL, 2013).
Nos versículos destacados acima se verifica um ensinamento sobre a concepção de Igreja em que o foco principal está na prática de evangelizar, ou seja, não se deve está preso a uma ideia de igreja somente como local para realizar cerimônias religiosas, mas ir ao encontro dos irmãos com a evangelização. não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus,e que não sois de vós mesmos?Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. Coríntios 6:19-20) O apóstolo Paulo ao escrever a Corinto, na Grécia, deixa claro que cada ser humano é um templo do espírito santo e desta forma os cristão possuem dentro de si mesmo uma Igreja que necessita evangelizar, pois como seres pertencentes a Deus é necessário atender ao chamado divino.
E Salomão lhe edificou a casa; Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, E a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?Porventura não fez a minha mão todas estas coisas? (Atos 7:47-50) A compreensão da Igreja presente nos versículos acima está relacionada ao fato que não se pode limitar a realidade dos templos no cotidiano e os fiéis são convidados a formarem uma Igreja viva que atua na evangelização e conversão dos indivíduos que ainda não conhecem ao senhor. A partir do império romano os cristãos se espalharam pelo Oriente, mar Mediterrâneo, Portugal, Espanha, Gália e entre outras localidades, enfrentando as perseguições imperiais em Roma que considerou estes inimigos devidos não aceitarem adorar o imperador César e os deuses romanos, portanto seguiram-se mais de dois séculos com dez enormes perseguições com vários martírios (NEUTZLING, 2005).
A perseguição aos cristãos em Roma teve fim com o Edito de Milão em 313 através de Constantino Magno, contudo os mártires foram as sementes boas diante do crescente número de fiéis no império romano, portanto a união entre Igreja e Estado formou a era constantiniana e em 381 Teodósio I oficializou a religião cristã como oficial do império. O período de união entre a Igreja e Estado percorreu toda a Idade Média e iniciou a separar-se na Idade Moderna com a Revolução Francesa, sendo que esta divisão aconteceu em tempo diferente em outras nações, por exemplo, no Brasil ocorreu apenas em 1989 com a República (NEUTZLING, 2005). No contexto da liberdade religiosa disseminaram--se as heresias, onde vale destacar a realidade onde o sacerdote, 318 em Alexandria no Egito início um discurso que Jesus não é Deus, mas sim um filho adotado, ou seja, estava-se negando a santíssima trindade, contudo a igreja celebra o concilio ecumênico em 325 afirmando Jesus como verbo que se fez carne.
A queda do império romano do Ocidente se deu em 476, contudo foi consequência de uma série de ataques realizados por germanos que eram considerados como bárbaro, um povo que cresceu em número no império Romano e desenvolveu o plano levando a ruína e dispersando o povo cristão, mas os fiéis que permaneceram em Roma iniciaram novamente todo o processo de evangelização para conversão agora dos povos bárbaros. Os nativos da América e os negros escravizados neste continente tiveram a fé cristã imposta, e dessa forma diversas resistencias se desencadearam, causando invasões e morte de muitos indivíduos em uma realdiade que o principal objetivo estava no crescimento material. A fé cristã vivenciou durante o Século XV a presença dos anseios de reforma na Igreja, através de pessoas como João Huss na República Tcheca e John Wiclef na Inglaterra, que desencadearam movimentos reformistas que foi caracterizado como herético pela Igreja católica.
Na tentativa de realizar uma renovação dentro da Igreja católica surgiu na Holanda um movimento que ficou conhecido como “Devotio Moderno”, sendo possível destacar o livro “Imitação de Cristo” redigido por um monge neste contexto e que tornou-se um obra considerada como célebre com utilização na sociedade contemporânea por vários fiéis cristã. O processo de busca por renovação na Igreja Cristã gradativamente se expandiu pela Europa, sendo que Savonarola (1452-1498) iniciou um processo em favor da reforma eclesiástica e política em Florença na Itália, contudo adotou um estilo caracterizado como teocrático e sua tentativa de reforma o levou a ser executado na fogueira, portanto este cenário demonstra os anseios por reformas que a Igreja vivia adiando (COMBY, 1994).
A humanidade vivenciou transformações no aspecto cultural, político e religioso durante os Séculos XV e XVI, sendo conhecidos como período de transição com a presença do Renascimento e o Humanismo, ou seja, movimentos artístico e cultural que proporcionaram reflexões e incentivaram o processo de transformação o cenário vivenciado durante toda a Idade Média, sendo que a realidade de mundanismo em Roma deixou o monge Lutero escandalizado com a situação ao peregrinar por essa região (COMBY, 1994). O processo de renovação da Igreja Católica proporcionou a cristalização da mesma nos séculos XVIII e XIX, sendo que mesmo com o Concílio Vaticano I foi interrompido com Garibaldi invadindo Roma, mas não conseguiu conter os novos rumos para a fé cristã, contudo o Papa Leão XIII amadureceu a realidade para vivência entre 1962 a 1965 do concílio Vaticano II convocado pelo Papa João Paulo II, que restaurou os estudos sobre a Teologia e a Filosofia colocando a Igreja na realidade trabalhista e na defesa da dignidade humana.
A Igreja no contexto político A compreensão a respeito do processo de separação e autonomia do poder político frente ao religioso pode vir a ser detalhada como a construção histórica e cultural da modernidade ocidental, porém esse é um conceito que por alguns fatores não pode vir a ser subespontâneo, visto que se passa o direcionamento da atenção para o contexto das sociedades tradicionais ficando clara a estreita vinculação do religioso ao político. Os acontecimentos são bem frequentes também em campos conceituais e teóricos, como forma de explicar o modo pelo qual os conceitos teológicos e eclesiológicos conseguiram ser transferidos para o campo político no período da idade média e início da modernização ocidental.
O autor Ernst Kantorowicz (1985) criou a obra “Os Dois Corpos do Rei” que, contudo, foi no período medieval, onde a sociedade cristã tinha a autoridade espiritual e poder temporal permutando com os símbolos e enigmas se apresentando de forma bastante presente na sociedade. As infinitas inter-relações entre a Igreja e o Estado, ativas em todos os séculos da Idade Média, produziram híbridos em ambos os campos. A realidade da Igreja esteve em diversos cenários presos ao contexto político vigente, sendo que durante toda a Idade Média prevaleceu uma submissão e ao mesmo tempo uma cumplicidade entre o poder religioso e o político nas nações do continente europeu. CAPÍTULO II: A IGREJA CRISTÃ 2. A História da fé em Jesus Cristo O nascimento de Jesus Cristo ocorreu em Nazaré na Judéia onde hoje se localiza Israel e marcou o ano I da era cristã, sendo este acontecimento o marco importante na estruturação e fortalecimento do cristianismo no mundo inteiro, tendo em Cristo a base precursora da fé que direciona os fiéis no caminho da salvação eterna segundo ensinamentos do nazareno filho de Deus.
De acordo com o livro Novos Limiares da Fé, o autor Kenneth E. Hagin relata sobre a essência da fé na vida humana dizendo que: (. A crença na salvação em Jesus Cristo se fortaleceu ainda mais quando ao terceiro dia de sua morte ele ressuscitou dos mortos conforme havia relatado aos seus seguidores, sendo que o messias enviou seus discípulos para pregar o evangelho e a esperança na salvação para todos os povos. Os ensinamentos da fé cristã surgiram em uma pequena e humilde comunidade da Judeia há pelo menos 2020 anos atrás e disseminou-se por várias regiões atingindo hoje o mundo inteiro com as mensagens do evangelho de Jesus Cristo, sendo que o amor de Deus pela humanidade é tão grande e misericordioso "porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16), fazendo assim crescer a crença na salvação por meio de Jesus Cristo.
A história da fé em Jesus Cristo teve origem nos relatos proféticos do Antigo Testamento e registra a fé cristã mais precisamente no Novo Testamento formando assim os livros da bíblia que serve para os seguidores do cristianismo como o manual de como o homem deve viver em comunidade para ser digno da vida eterna e gozar das bênçãos celestes. As histórias de fé são diversas nas mais variadas sociedades no decorrer do tempo, porém o grande diferencial da fé cristã está na ressurreição de Jesus Cristo, pois conforme havia anunciado se cumpriu, tendo em vista que se caso essa profecia não tivesse se cumprido a história cristã seria apenas um mito, contudo o filho de Deus pregou a salvação eterna e passou ele pela crucificação para nascer dos mortos e assim poder reinar na sua glória.
“Ter fé significa decidir que no âmago da existência humana há um ponto que não pode ser alimentado e sustentado pelo que é visível e tangível, mas que toca a fímbria daquilo que não é visível, a ponto de este se tornar tangível para ele revelando-se como algo indispensável à existência”. A realidade de seguir Jesus o caminho para salvação não pode ser visualizada como um fardo difícil de ser carregada, mais vivência prazerosa de santificação que pelo amor busca-se viver os ensinamentos do evangelho com a consciência que as pessoas não perdem a salvação por sua atual situação, pois quando estas encontram o amor de Deus sua vida é transformada e o perdão divino liberta e salva as pessoas dos seus pecados concedendo-lhe a salvação.
A salvação pregada no evangelho está direcionada aos pecadores e não aos justos, pois Jesus Cristo veio ao mundo para converter as pessoas que viviam desconhecendo o amor de Deus e o caminho da salvação eterna, portanto a fé em Deus conduz o homem a se tornar dignos do perdão de seus pecados e confirma que se sabe o caminho da salvação por meio de Jesus Cristo. O Evangelho base histórica do cristianismo No cristianismo os fiéis buscam no evangelho orientações para conseguirem a salvação espiritual, tendo Jesus Cristo como o caminho para a vida eterna, pois a fé é o alimento do cristão que deve ser buscado nas orações e ensinamentos presente no evangelho do Cristo salvador. No cotidiano muitas vezes nos deparamos com a realidade onde somos indagados sobre quem é Jesus em nossa vida assim como em Israel quando Cristo apareceu como profeta e perguntou: “Quem diz os homens que eu sou”? (Mc 8,27), sabemos que ele é muito mais que um profeta, pois é o messias salvador da humanidade, mais se precisa fortalecer a concepção de fé nos princípios do cristianismo para se viver as palavras de salvação do evangelho.
Os profetas anunciam as realizações de Jesus Cristo que advém por meio de pressentimentos e iluminação divina sobre determinadas realidades que precisam ser prevista para a humanidade, pois conforme os ensinamentos bíblicos as profecias estão sendo cumpridas e, portanto viver a realidade do evangelho torna-se necessário para os que acreditam na salvação em Jesus Cristo e nos ensinamento do evangelho. A terra por si mesma produz primeiro o colmo, depois a espiga, e por fim a espiga cheia de trigo. E quando o fruto o permite, mete-se a foice, porque chegou a ceifa” (Mc 4,26-29). A fé na salvação em Jesus Cristo precisa ser fortalecida como uma realidade presente no cotidiano das pessoas e não somente como a chegada de um reino que se aproxima, pois Cristo atua desde o plantio até a colheita dos frutos como ressaltado na citação bíblica de Mc 4,26-29.
A salvação é concedida a todas as pessoas, mas cabe a cada uma está disposta a esse mérito ou não, pois o homem precisa cumprir os ensinamentos do evangelho. O evangelho coloca que os pobres são dignos das promessas divinas, pois pela humildade e pobreza essas pessoas são mais fáceis de acreditar nos ensinamentos divinos devidos estar numa realidade social que possibilita afastar-se do orgulho e avareza que conduz ao afastamento de Cristo. Segundo o homem interior, acho satisfação na Lei de Deus; mas em meus membros experimento outra lei que se opõe à lei de meu espírito e me encadeia à lei do pecado que reina em meus membros” (Rm 7,15-23). O senhor Jesus Cristo ensinou aos seguidores do cristianismo que o caminho da salvação por seu intermédio necessita viver a justiça como verdade essencial, pois a misericórdia e perdão divino são as bases que liberta o homem para viver o amor ensinado nas escrituras como também nas próprias práticas de Cristo na sua vida terrena.
A vida de pecado dos indivíduos não pode ser considerada obstáculo para a vida eterna, sendo que o amor de Deus transforma e nenhuma pessoa conseguirá transformar sua realidade sozinha. A justiça deve ser vivida a partir da fé em Deus para assim termos uma realidade aceita e propulsora para salvação, pois “sabendo que ninguém se salva pelas obras da Lei, mas pela fé em Cristo Jesus, por isso abraçamos a fé em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da Lei, porque ninguém será justificado pelas obras da Lei” (Gl 2,16). “Acima de tudo, cada um de nós deve convencer-se de que temos de ser justos sem buscar recompensa… Não há que pensar qual virá a ser o prémio de um ato justo; o maior prémio está no fato de ele ser praticado para o bem comum (Séneca, 2009).
A vinda de Jesus Cristo entre os homens foi marcante pelos seus ensinamentos e entre estes está a vivência da caridade, ou seja, ajudar o próximo sem pretensões de recompensas, mais almejando ver saciadas as necessidades que o seu semelhante está vivenciando. A experiência humana não será suficiente para compreender os desígnios de Deus, portanto a caridade como virtude concedida por Deus não pode ser compreendida, mas vivenciada diante do amor ao próximo no momento de dificuldade. A ideia de unidade e caridade no cotidiano contemporâneo apresenta-se de forma que muitas vezes considera-se que as virtudes divinas não podem ser reais na vivência social, pois o homem vive numa constante luta que muitas vezes está destruindo a reconciliação humana, portanto a cada dia necessita-se viver mais as práticas caridosas para compreender verdadeiramente o sentido da cruz de cristo e do seu sangue derramado pela humanidade.
Os mistérios da salvação presente nos ensinamentos de Cristo permite uma reconciliação dos homens com as vontades divinas, portanto cada fiel tem sua vocação e contribui para construção do reino de sua forma, porém é necessário ser caridoso com seus irmãos. A vivência da caridade para salvação em Jesus Cristo confirma-se quando o evangelista se expressa que “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1 João 4: 20), portanto a fé precisa está fundamentada em ações cotidianas como a caridade. Mas da fundação dessa clara distinção entre o imanente e o transcendente se desenvolve outra díade, na qual “secular ” refere-se àquilo que pertence a uma esfera imanente, autossuficiente, e é contrastado com aquilo que pode, então, passar por uma nova mutação, por meio da negação do nível transcendente, sendo aquilo que é meramente inventado (“religioso”); ou onde “secular ” se refere às instituições de que nós realmente precisamos para viver “nesse mundo”, e “religioso” ou “eclesial” se refere aos acessórios opcionais que, com frequência, perturbam o curso da vida nesse mundo (taylor in Rethinking 2011:34).
A forma de conceber o secularismo é para a sociedade compreendida como tornar-se livre da obrigação de submissão ao credo e/ou doutrina religiosa que na sociedade ocidental prevaleceu sobre o controle da igreja cristã ao longo do tempo, porém com a crescente onda de transformações nos sistemas políticos e revoluções religiosas o secularismo ganhou força na realidade dentro da igreja cristã que passou a encontrar um cenário onde já não é possível compartilhar forças para manter os fiéis e o secularismo apresenta para a sociedade a ideia de liberdade em relação a religião e ao sistema de governo que já não tem mais autonomia para impor o credo religioso cristão em suas estruturas administrativas. Nas práticas do secularismo encontra-se a visão de que o ser humano em suas atividades deve agir em suas decisões sem sofrer influências em especial ausentes da doutrinação política assim como necessita está em um contexto de imparcialidade das influências religiosas, sendo assim um secularismo que realmente preza pelo princípio da separação entre ações governamentais e ensinamentos religiosos cristãos.
A busca pelo controle sobre a religião é uma das principais preocupações do secularismo, sendo que neste contexto a religião deve está em uma situação realmente definida na vida pública de forma que não exista repressão e conflitos, pois o cidadão deve aprender a respeitar e aceitar os limites da religiosidade na sua e na vida do outro evitando desgastes sociais e assegurando a ideia de uma igreja separada do estado. De acordo com Rawls (2005) o controle sobre as diversidades metafísica e filosófica no ideário religioso destaca-se como principal forma de compreensão do regime secularista de forma a possibilitar uma realidade democrática e justa que não se caracteriza como antirreligiosa e não religiosa, porém torna-se necessário estabelecer limites semelhantes ao apresentado pela filosofia, portanto o secularismo não desenvolve sua concepção focada exclusivamente na religião.
As inúmeras transformações ocorridas na sociedade, caracterizando o aumento da urbanização, industrialização e aumento dos meios tecnológicos, esse seria o fator de enfraquecimento da religião, sendo uma realidade bem diferente do que se via nas sociedades tradicionais em que a religião se encontrava no centro com superioridade acima de outros campos. O momento de saída da religião Católica do poder central é de fato um ponto que deixa de ter importância quanto a estruturação social e política, sendo que fez com que a religião caísse de seu posto de princípio norteador da vida social, e assim os comportamentos, atitudes e instituições passam receber direcionamento de outros campos do cotidiano social. No cenário social por mais divergentes que se pareçam ser as teorias da secularização defendidas por muitos autores como: Berger, Luckmann, Wilson, Martin, Fenn, Parsons e Bellah, tomam por base conceitos centrais, fazendo assim surgir a ideia de existência de um arquétipo de secularização.
Na realidade para que esse arquétipo possa se fixar são necessários três conceitos principais que são a diferenciação, racionalização e mundanização, sendo que esses conceitos por se dão origem a novos conceitos secundários, como autonomização, privatização, generalização, pluralização e choque da visão de mundo. O Secularismo da Igreja Cristã no Brasil No contexto social brasileiro o secularismo ganhou destaque em todo o território nacional em 1889, onde se vivenciou no Brasil o processo que culminou com Proclamação da República que se destacou pela ideia de separação da igreja cristã das instituições governamentais sobre influências do positivismo e do iluminismo que se apresentou como inspiração na Revolução Francesa e na Americana, sendo que todo este processo se tornou oficial no dia sete de janeiro de 1990 através do decreto 119-A que teve como autor Rui Barbosa, portanto esse momento representou o processo de inicial para que a nação brasileira vivenciasse a atual realidade de laicização LINS (1967).
No decorrer do tempo mesmo o Brasil após os anos 1889 vivendo a realidade do secularismo não conseguiu de tudo suprimir as práticas e costumes religiosos presentes na sociedade brasileira, sendo que em diversas festividades cívicas ainda costuma-se encontrar traços do cristianismo que proporcionam questionamentos e divisão na interpretação sobre o secularismo dentro da igreja cristã no território brasileiro contemporâneo. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Igreja Cristã ao longo da História enfrentou diversas transformações, sendo que teve sua hegemonia fortalecida durante boa parte da Idade Média, contudo surgiram os movimentos pela reforma da Igreja que se fortaleceu baseado na necessidade da liberdade para interpretar a bíblia, sendo conhecido como Reforma Protestante por parte dos católicos. A história da Igreja mostra que a fé presente na humanidade é cultivada no cristianismo diante das ações cotidiana, pois quando não se consegue amar o próximo que se convive então não será possível amar a Deus a quem somente podemos ver pelos olhos da fé, sendo, portanto difícil alcançar a vida eterna de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo.
O cristianismo defende ao longo da História que a vinda de Jesus Cristo a terra para viver uma realidade humana fortaleceu a fé cristã diante de seus ensinamentos e orientações necessárias para se alcançar a salvação eterna, sendo que a humanidade conheceu o Deus que orienta seus filhos a viver o amor e com base neste realiza-se práticas cotidianas na vida terrena em favor do seu próximo sem esperar recompensas, pois o caminho da salvação em Jesus Cristo está no pela fé e com amor viver os princípios da fé cristã. O evangelho anuncia o caminho da salvação em Jesus Cristo com base na fé e amor ao próximo que se faz presente nas práticas de justiça e caridade, sendo atitudes que conduz o homem a viver uma realidade de busca pela vida eterna seguindo os ensinamentos de Cristo presentes nos livros da bíblia.
Tomos. São Paulo: Loyola. CASANOVA, José. Reconsiderar la secularización: Una perspectiva comparada mundial. Revista Acadêmica de Relaciones Internacionales, Madri, n. teologiapelainternet. com. br/biblioteca/arquivos/Evangelicos/Diversos/Jose%20Ferraz%20-%20Historia%20da%20Igreja. pdf. Acesso em: 12/12/2020. IGREJA E APOSTOLADO POSITIVISTA DO BRASIL. Ainda a verdade histórica acerca da instituição da liberdade espiritual no Brasil bem como no conjunto da organização republicana federal. nº 343, Rio de Janeiro, 1913. KANTOROWICZ, Ernst H. Los dos cuerpos del Rey: Um estudo de teologia política medieval. Companhia Editora Nacional. MAXWELL, John C. Bíblia da Liderança Cristã, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. MONDIN, Battista. As Novas Eclesiologias; uma imagem atual da Igreja. RATZINGER, J. Introdução ao Cristianismo. Preleções sobre o Símbolo Apostólico.
ª Ed. São Paulo: Loyola, 2006. VIEIRA. Dilermando Ramos. O processo de reforma e reorganização da igreja no Brasil (1844 – 1926). Aparecida: Editora Santuário, 2007. WILLIAM J.
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